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História De Repente É Amor - II


Escrita por: h3lli

Notas do Autor


Mais um capítulo /o/

Boa leitura :*

Capítulo 2 - II


Fanfic / Fanfiction De Repente É Amor - II

3 anos mais tarde...

Em um apartamento humilde de Los Angeles.

POV Camila Cabello

- Oh meu Deus, está falando sério? Achei que tinha sido péssima! Deixa eu pegar uma caneta. – Desci as escadas correndo e me joguei no sofá roubando a caneta do meu namorado – Pode falar. Aonde é? Está bem. Não vou me atrasar, pode deixar. Obrigada. Tchau.

Escrevi tudo que havia sido me informado e desliguei o telefone empolgada.

- Consegui!

Estiquei meus dois braços para o alto.

- O papel? – Ele disse.

- Não. Um telefonema de volta! É um filme independente de baixo orçamento, mas não importa.

Corri para o quarto em busca de uma roupa mais apropriada e me vesti o mais rápido possível. Voltei para sala.

- Querido, pode repassar as falas comigo antes de eu ir? – Perguntei para ele, que não demonstrava nenhuma espécie de felicidade pela minha notícia – O que acha? Sei que tem trabalho, mas eu estou aqui.

De repente ele começou a arrumar suas coisas na sala, me ignorando.

-  O que está fazendo, cara?

- Estou indo.

- Não precisa, vou sozinha. Pode trabalhar aí por 2 horas. – Tentei impedi-lo, mas foi em vão.

- Eu quis dizer... que estou indo. Sinto muito.

Sério que ele estava terminando comigo ali mesmo? Por.… nada?

Minha alegria foi por água a baixo, eu não o amava, mas fiquei decepcionada...nada surpresa para falar a verdade. Fui para a minha audição mesmo assim como planejado e fiz o que tinha que ser feito. Apesar de ter me saído horrível. Na manhã seguinte, eu e minha amiga Ally, fomos à praia. Ela sabia que eu adorava correr de manhãzinha e sentir a brisa do mar. Isso me revigorava e era exatamente o que eu precisava nesse momento.

- Você está melhor assim.

- Largada antes do ano novo. Nossa, é terrível.

- Só estou dizendo que não deve ficar remoendo por ele. Você com certeza está melhor sem ele, Mila. Acabou tá acabado. - Ally falou e me envolveu em seus braços me roubando um sorriso fraco. – Você vai amanhã para a festa, que tal eu te apresentar alguém?

- Um encontro no ano novo, Ally?

- Ué, não se passa um ano novo sozinha.

- Eu vou passar.

- Com namorado ou sem, não é legal passar sozinha. Não seja tão radical.

O meu mais novo dilema. Passei o resto da manhã na praia com esse nosso diálogo rondando meus pensamentos e quando voltei para casa fui logo me jogando no sofá de ponta cabeça, eu estava tão cansada psicologicamente. A falta do que fazer no resto do dia me levou a loucura, não que eu já não fosse louca, mas comecei a ligar para cada possível pretendente da minha lista telefônica, buscando alguma companhia para a virada do ano. A cada ligação, uma decepção. Até que, em uma das páginas da minha agenda encontrei um papel amassado e ele era tão familiar. Era a letra da Dinah, se tratava do número dos pais dela, se tratava da nossa aposta idiota. Uma nostalgia boa me encheu o peito ao lembrar daquele dia, ao lembrar dela... e um sorriso de canto bobo surgiu involuntariamente em meus lábios. Então resolvi ligar.

Mas não tive coragem. Larguei o telefone e respirei fundo, nunca pensei que poderia ser tão difícil depois desse tempo. Tentei mais uma vez e dessa vez fui até o fim. Minha mão estava suada e a cada chamada eu sentia um calafrio diferente em meu estômago.

- Residência dos Hansen. - A voz de uma mulher surgiu do outro lado da linha - .... Alô?

- Alô? Oi... A Dinah está?

- Um instante... DINAH!

- SIM? – Um grito soou distante, mas com certeza era a voz dela.

Eu reconheci.

- TELEFONE!

Os gritos entre as duas não paravam, me forçando a fazer caretas e afastar o telefone do ouvido para não ficar surda.

- Alô? – Era ela agora com um tom de voz suave e eu mal podia controlar minha felicidade em estarmos se falando depois de 3 anos.

- Dinah?!

- Sim.

- Aqui é Camila. Não sei se lembra de mim...

Eu sabia que corria o risco de ela ter me esquecido, então...

- Camila de Nova York?

- Sim!

- E então?

- Eu só estava pensando.... É, eu encontrei o seu número e fiquei pensando... “O que será que a Dinah está fazendo? ” Você deve estar ocupada, mas que tal um café? – Falei as últimas palavras o mais rápido que consegui e me preparei para ouvir mais um não.

- Claro.

Respirei aliviada, meio incrédula... ela parecia ser a mesma Dinah de 3 anos atrás, o que me deixava mais ansiosa agora para o reencontro ao vivo.

- É mesmo?!

Antes que Dinah pudesse continuar a conversa comigo, a linha de telefone foi invadida por uma de suas irmãs mais nova, o que tornou a situação mais engraçada. Me controlei para não ouvirem minhas gargalhadas do outro lado enquanto esperava a confusão acabar.

- Desculpe por isso... – Ela falou envergonhada - .... Ainda está aí?

- Sim.

- Onde você está? Eu passo aí.

- Agora? – Perguntei surpresa.

- Sim. É melhor eu passar aí.

Sendo assim, marcamos o encontro na minha casa. Faltando pouco tempo para a chegada da Dinah, o nervosismo tomou conta de mim, fiquei sem saber o que fazer, indo de um lado para outro da cozinha. Ela além de ser um amor de pessoa, ainda por cima era pontual.

A chamada no interfone indicava sua chegada.

- Alô?

- Oi, sou eu.

- O portão está quebrado. Balance e empurre.

Avisei terminando de retocar meu batom no espelho e abrindo a porta. Acabei dando de cara com uma mulher que nunca vi na minha vida.

- Oi?... – Falei confusa olhando para os lados, aquela branquela definitivamente não era a Dinah.

Caminhei para mais perto dela.

- Sou a Camila. – Me apresentei.

- Sou a Dinah.

Dei uma gargalhada.

- Não, você não é a Dinah. A voz pode ser a mesma, mas não.

- Ahhh... Achei que já tivesse se esquecido de mim. Me equivoquei. - De repente ela surgiu de trás de umas plantas. Tudo não passava de um teatrinho seu para confundir meu cérebro.

Ela continuava tão bem, tão linda e agora bem mais cheia de vida. Com o sorriso largo que eu tanto adorava estampado no rosto.

- Me deve 10 dólares, Dinah. – Cobrava a outra garota com a mão estendida na altura do rosto da morena.

- Sabia que não era você. Não é tão bonita assim como ela. – Zombei Dinah, lhe roubando um sorriso enquanto ela entregava a grana para a moça.

 - Eu já vou indo, garotas. Antes que a Mani quebre a buzina daquele carro.

- Calma, antes deixa eu ao menos apresentar vocês. Lauren, Camila, Camila, Lauren.

Nos cumprimentamos com dois beijinhos na bochecha e ela saiu apressada.

- Divirta-se, DJ. – Ela gritou e Dinah respondeu com uma piscadela.

- Elas são minhas amigas, vivem com pressa assim. Mas enfim...

Puxei ela pela mão para entrarmos no apartamento.

Rimos sem ter o menor sentido por um tempo, estávamos meio que travadas e sem saber o que fazer a sós.

- Você está diferente. Seu cabelo está maior. – Ela falou me reparando e pegando em algumas das minhas mechas.

- Você também. Gostei do seu, essas luzes estão incríveis.

- Você está mais bonita que antes. – Ela concluiu e eu apenas sorri.

- Sua amiga sempre vai nos seus encontros?

- Isso é um encontro?

Ficamos ambas sem resposta, nos encarando e eu não me controlei e a agarrei. Tirei seu casaco e nos beijamos por uns minutos em completa loucura, mas eu a empurrei quando percebi que a coisa estava esquentando demais.

- Quer beber algo? Chá, refrigerante...?

- Não, obrigada. – Ela estava bem confusa com a minha reação repentina.

- Vou pegar uma cerveja.

Caminhei até a cozinha e antes que chegasse de fato lá, voltei.

- Não acredito que achou que eu te chamei para isso.

Falei e voltei para a cozinha, mas ela me seguiu dessa vez.

- Pera, para isso o que?

- Não sou a mesma garota que você conheceu há 3 anos. Eu acabei de romper com alguém, mas não é a mesma situação...

- Eu entendo.

- Não sou daquelas que precisam dormir com alguém depois de um rompimento só para provarem que ainda estão bem. – Eu falava sério, mas a Dinah começou a vasculhar toda a minha cozinha, ignorando minhas palavras.

- O que está fazendo?

A atitude dela começou a me incomodar.

- Estou procurando... – Ela parou ao meu lado, checando um dos meus armários superiores e continuou a falar me olhando nos olhos - ...pelas suas pílulas contra maluquice. Devem estar por aqui, para momentos como esse.

Tentei controlar o riso.

- Não tem graça, Dinah. E se eu fosse maluca mesmo?

- Já comeu hoje? – Ela perguntou deixando de lado o assunto anterior.

E acabamos indo para um restaurante, já anoitecia quando chegamos.

- Como vive em Los Angeles sem um carro? – Perguntei.

- Eu tinha um, mas vendi. Precisava de grana para o meu negócio.

- É verdade, o plano! Eu me lembro. Faltam apenas 2 anos e meio para você ficar rica. Sua linda esposa vai morar na casa dos seus pais com você? – Falei enquanto tirava meu cachecol cor vinho da mala do carro, a noite estava fria.

- Não moro com meus pais. – Falou ela rindo e escorando seu corpo no meu carro.

- Estava só visitando?

- Fui pegar minhas coisas. Estou me mudando. – Ela tirou um pequeno cartão do bolso da sua calça rasgada e me mostrou.

- “porbaixodospanos.com”? – Li em voz alta pegando o cartão de sua mão.

- Vendo roupas íntimas, entendo muito bem de moda. Ok?

Rimos.

- Achei que a internet estivesse falida.

- Ainda dá bons negócios. Como vai o “Bon Jovi”? Ainda está no rock?

- Ele se mudou para Seattle.

- Agora ele deve saber ferver um leite para fazer achocolatado. – Ela riu.

- Ele foi ser vendedor lá.

- E o ex ou a ex?

- Quem disse que eu rompi?

- Você, maluca. Na sua cozinha, durante sua crise de hipoglicemia. Conte, quem era?

- Não vou falar.

- Te deixaram, não foi?

- Não vou falar sobre isso, Dinah. – Falei firme.

- Tudo bem. Então não vou falar mais nada.

- Não vai falar mais nada? Tudo bem, eu também não.

Paramos uma de frente para a outra, em frente a porta de um restaurante japonês e com as pontas dos dedos fizemos o gesto juntas de passar um zíper nos lábios. Apontei exageradamente para frente, para que ela entrasse primeiro e sentamos na mesa, nos encarando. Dinah começou a fazer caretas para me provocar e eu não conseguia me controlar rindo. A morena pegou um bule de chá que estava em cima da nossa mesa e começou a despejar o líquido quente em minha xícara do jeito mais sem jeito possível, respingando chá por grande parte da mesa, inclusive em mim. Continuei na minha, apenas rindo. Ela pegou sua taça cheia de água gelada e começou a beber, mas de uma forma que a água caísse para fora de sua boca. Olhei ao redor, felizmente o restaurante estava vazio e se isso era algum tipo de competição de quem era a mais idiota, ela não podia ganhar. Guardei um pouco da minha água na boca e quando ela menos esperava cuspi em sua camisa. Dessa vez foi ela que caiu na risada, e quis dá o troco. Lancei um olhar de “Não ouse fazer isso” e ela fez. Tentei desviar de sua cuspida na cadeira, usando um dos guardanapos preto da mesa como escudo. A guerra de cuspes não acabou por aí, se prolongou e eu avancei de quatro, por debaixo da nossa mesa em direção a cadeira da Dinah que estava frente a minha. Ela se assustou com a minha atitude e se levantou rindo e correu para a minha cadeira, acabamos trocando de lugar. Bem na hora que a comida foi servida.

Não resisti em aprontar mais uma com a Dinah, eu queria conseguir tirar alguma palavra da boca dela e enquanto nos comportávamos comendo, fingi um engasgo. Tinha tudo para dar certo, meu teatro foi tão bom que até mesmo a garçonete veio me socorrer. Mas a Dinah não caiu, continuou comendo como se nada estivesse acontecendo e eu desisti.

- Tá bom, eu vou falar. – Me rendi.

- Posso ficar dias sem falar. – Ela falou se achando e acenou para a garçonete - A conta por favor.

Voltamos para a rua, a noite estava agradável e a minha companhia era sem dúvidas a melhor.


Notas Finais


Até o próximo, comentem o que acharam :)

Abração <3
Sorry qualquer erro!


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