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História De Repente É Amor - III


Escrita por: h3lli

Notas do Autor


Demorou, mas finalmente consegui escrever mais um capítulo.
Ficou fofinho, espero que gostem <3

Boa leitura 😚

Capítulo 3 - III


Fanfic / Fanfiction De Repente É Amor - III

POV Dinah Jane

- Eu o conheci na aula... – Camila começou a falar do seu mais novo ex.

- Voltou para a escola?

- Aula de interpretação, besta.

- Ah então ele é ator. Subiu de músico para ator, acho que você não nasceu para namorar artistas.

- Na verdade, ele é escritor.

Mas um chute fora e entramos em uma pequena cafeteria, que eu adorava por sinal.

- Café, por favor! – Fui a primeira a fazer meu pedido no balcão.

- Posso pedir agora? – Ela não economizava motivos para me provocar.

- Oh desculpe, sua vez. – Sorri, assim como o atendente que estava na nossa frente.

- Capuccino, por favor. – Ela falou e eu só consegui admirá-la por uns instantes.

- Quem largou quem? – Voltei ao assunto anterior.

- Ele me deixou.

“Que filho da puta. ” Pensei.

Os cafés foram servidos e dessa vez ela tirou de seu casaco alguns dólares.

- Pode deixar, Camila.

- Não, eu pago.

- Eu gostei de você ter pego a grana aí. Você está aprendendo bem a interpretar. – Zombei, mas no fundo eu estava mesmo surpresa com aquela atitude dela.

- Fique quieta, eu pago!

Ela estava de fato falando sério e eu não levei a discussão adiante.

Voltamos para o seu carro.

- E os seus planos? – Ela falou me encarando.

- Para o que?

- Para a noite de ano novo.

- Sinceramente, eu não curto muito ano novo.

- Um bando de amadores se embebedando... – Ela falou e eu a olhei de canto - .... Gente sem graça toda produzida.

- É muito chato...

- Bom, mas eu sei de uma festa, se quiser me acompanhar... tenho certeza que com você será diferente.

- Hum, vamos lá então.

Eu não tinha roupas apropriadas para ir para uma festa, mas Camila sempre andava prevenida e na mala de seu carro havia de tudo.

- Tem mais roupas no seu porta-malas do que no meu guarda roupa. – Conclui enquanto ela pegava uma camisa que se encaixasse bem no meu tamanho. Que não é nada pequeno devido a minha altura.

- Experimente essa.

- Hum, parece legal... só é um pouco formal talvez se eu fingir que sou uma grande produtora de Hollywood acabe combinando mais. – Ri de mim mesma ao imaginar a cena.

- Apenas seja você mesma, Dinah. A roupa não importa.

- Só não fale do seu negócio de roupas íntimas na internet. – Ela falou caminhando para trás de uma lixeira grande, para trocar de roupa.

- Camila, eu preciso te perguntar algo. – Fui atrás.

- Ei, dá licença.

- Foi mal... – Voltei envergonhada.

- O que quer saber, afinal?

- Ainda quero saber, qual foi a “primeira bola fora”?

- O que?

- Em Nova York. A segunda era que eu não tocava guitarra, a terceira foi o meu signo... qual foi a primeira?

- Eu ter que tomar iniciativa.

- Foi antes da gente se conhecer! Não tem essa de bola fora antes do jogo sequer começar! – Me defendi.

Ela continuou calada com um sorriso sínico no rosto e rapidamente saiu andando até o carro bagunçando seu cabelo e me jogando as chaves.

- Você dirige. – Ela falou sorrindo de canto.

A pequena vestia um lindo vestido branco que valorizada ainda mais as suas curvas. Fiquei boquiaberta e paralisada ao vê-la dessa forma pela primeira vez. E como se não bastasse, um detalhe não me passou despercebido... ela não usava sutiã. Provavelmente de propósito só para me provocar ainda mais. Saí do pequeno transe e corri para trás da lixeira depressa para trocar de roupa. Voltei para o seu carro e partimos para a tal festa.

 Meia hora mais tarde, chegamos. O local estava lotado e impecável, cheio de gente. Tenho certeza que era festa de alguém cheio da grana e agora entendia o motivo da escolha das roupas mais formais. Caminhamos juntas pelo salão da festa.

- Eu me apresentei. – Voltei a pensar sobre o nosso assunto anterior.

- O que?

- Em Nova York, eu me apresentei. Isso não conta como iniciativa?

- Quem ligou pra quem hoje?

Ela estava jogando baixo descaradamente.

- EI! Eu não tinha seu número.

- Você que não pediu.

Nossa conversa foi cortada por uma amiga da Camila, que gritou ao vê-la ali na festa.

- Ai meu Deus, você veio! E trouxe uma garota junto. - A mulher baixinha de cabelos loiros falou empolgadíssima enquanto repara nós duas.

- Essa é a Ally e esse é o Troy, o noivo dela. – Camila os apresenta para mim.

- Dinah. – Me apresento em seguida e comprimento ambos – Eu vendo roupa íntima.

Troy me olha surpreso.

- Prazer em conhecê-la. – Ally sorri animada e estende sua mão para mim.

Nos cumprimentamos e Camila me olha sorrindo. Mas logo depois acabei ficando de canto, pois Ally a puxou para uma conversinha particular.

- Vou pegar um drinque para mim. – Falei para mim mesma em voz alta.

Com a bebida em mãos, resolvi ligar para a minha irmã para contar uma novidade.

- Alô?

- Hey, chata. Sou eu.

- O que você quer, Dinah??

- Você não vai acreditar, eu estou em uma festança e acabei de encontrar aquele rapper branquelo que você gosta!

- EMINEM? MEU DEUS!

- Escuta, eu estava conversando com ele e outro homem no bar e de repente vi ele começar a fazer carinho nas pernas do outro cara... – Não controlei o riso, pois sabia exatamente a cara que ela estava fazendo do outro lado da linha – FELIZ ANO NOVO!

- Você é uma babaca, Dinah!

Desliguei na cara dela e tomei um gole da bebida ainda rindo.

POV Camila Cabello  

- Ei você não vai fugir assim! – Ally falava cheia de curiosidade sobre a Dinah.

- Ela é uma velha amiga.

- Queria ter uma amiga assim. Ela é linda, Mila. Anda, conta tudo.

Antes que eu começasse a falar, olhei para frente e vi o idiota do meu ex conversando de maneira bem íntima com outra mulher. Fechei a cara e Ally percebeu meu incômodo.

- Ah essa não... vamos devagar em direção ao bar.

Começamos a andar evitando sermos vistas por ele a todo custo. Fiquei de costas para o salão da festa e a Ally sentou no bar, na minha frente.

- Ele continua conversando com a mulher? – Perguntei.

- Não. Com um cara. Não, pera, agora está falando com ela novamente. Acabou de beijá-lo.

- Ele está correspondendo?

Ally dessa vez ficou calada e eu sabia que a resposta era positiva. Virei uma taça de bebida por completo e nas seguintes a minha amiga me acompanhou. Quando acabamos, lembrei da Dinah e fiz uma varredura por todo o lugar com meus olhos, a sua procura e quando achei fui atrás. Ela estava conversando com uma moça bonita.

- Aí está você! Vem. – Falei enquanto encarava a moça e puxei a morena pela mão sem enrolar.

Começou a tocar uma música que eu amava e fiz questão de dançarmos juntas. Era uma música calma então dançamos bem grudadas. Me senti muito grata por ter ela ali comigo, mas não falei nada, apenas encostei minha cabeça próximo ao seu ombro. O silêncio era confortável. Foi aí que avistei do nosso lado, a alguns metros, meu ex dançando com a mesma mulher. Isso parecia uma perseguição e eu não aguentava mais a situação. Ele começou a reparar eu e a Dinah, e aposto que ela também percebeu que tinha alguma coisa de errado acontecendo.

- Ponha as mãos na minha bunda. – Ela falou de supetão.

A morena realmente havia sacado tudo. Eu comecei a rir abafado com o rosto grudado em seu corpo. Até nos piores momentos ela conseguia me arrancar sorrisos.

- Que foi? Prefere que eu ponha minhas mãos na sua bunda? – Ela continuou, mas só consegui rir mais ainda.

Afastei-me de seu corpo e a fitei por uns minutos. Eu estava tão arrasada devido tudo, estava tão zoada das bebidas que nem sabia o que responder, apenas admirá-la.

- Você está legal? – Ela perguntou preocupada.

- Eu vou.… vou no banheiro. Já volto.

Corri para o banheiro cambaleando e esbarrando em algumas pessoas que também dançavam. Dinah ficou para trás no mesmo canto e não deixei de notar que ela encarava descaradamente o meu ex com um olhar mortal.

Lavei meu rosto na pia e ao ver o meu reflexo no espelho, me senti um lixo. Quando sai do banheiro, todo mundo já se preparava para a contagem regressiva da virada de ano e a quantidade de gente parecia ter se triplicado. Comecei a procurar desesperada a Dinah, mas nenhum sinal dela. Desisti quando o último número foi gritado e me senti mais lixo ainda.

- FELIZ ANO NOVO! – Todos gritavam.

E antes que eu começasse a chorar ali mesmo desolada, senti os braços dela me envolverem e me puxarem para bem perto de si de forma brusca. Seus lábios macios tocaram os meus de forma intensa e eu me deixei levar facilmente. Comecei a beijá-la com mais vontade gradativamente. Quando não tínhamos mais ar, fiquei de ponta de pé para entrelaçar meus braços no seu pescoço e depositar beijos em seu pescoço. Ela me apertou mais, me suspendendo do chão sem tirar seus olhos dos meus.

- Feliz ano novo! – Ela falou sorrindo e me deu um selinho demorado.

Aquele sorriso e aquela voz... duas coisas dela que me deixavam fraca.

Uma chuva de confetes começou a cair sobre nós em seguida, e começamos a rir feito idiotas uma da outra. Ela me colocou de volta ao chão e começou a limpar meu rosto com as duas mãos de forma atrapalhada.

- Vamos dar o fora daqui? – Ela sussurrou em meu ouvido e eu fiquei arrepiada.

Assenti com a cabeça e saímos andando de mãos dadas até o meu carro.


Notas Finais


💓


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