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História De Repente É Amor - Cicatrizando...


Escrita por: VitoriaAlex

Capítulo 18 - Cicatrizando...


Ponto de vista: Florence Elliott.

Abro meus olhos lentamente e estranho o local a qual me encontro. Então, como em um flash, as lembranças da noite anterior chegam a minha mente, sem que eu controle isso, um sorriso se forma em meu rosto. Me remexo, e noto que há uma superfície rígida abaixo de mim, levo meus olhos nessa direção, e constato que eu estava dormindo sob o peitoral desnudo de Dake. Acaricio aquela área de sua pele e suspiro.

        Minha primeira vez não podia ter sido mais incrível. Dake fez ela ser especial.

     Encaro meu corpo e vejo que em algum momento da noite, eu capturei um dos moletons de Dake,e agora me encontrava vestida em um deles, junto com a minha calcinha.

          O sol adentra ao quarto por uma das janelas, e denuncia que já amanheceu. Me separo de Dake minimamente, me deitando ao seu lado e colocando minha cabeça, sob minhas mãos em um dos travesseiros da cama do West. Naquela posição, tenho uma visão privilegiada do rosto de Dake, que dormia de forma serena.

                 Eu tinha plena noção que havíamos dado um  grande passo ontem, mas não me arrependia disso. Aquele era o momento certo. Não importava se namorávamos; há dias, meses ou anos. Aquele era o momento.

—Não me encare assim, é estranho. — Dake diz, com os olhos ainda fechados. Dou um sorriso.

—Ninguém mandou você ser tão bonito. — falo e Dake sorri também, e por fim, me encara.

—Se arrependeu? — ele está sério, quando faz aquela pergunta.

—De ter passado a noite, com um cara galinha, como todas as outras milhões de garotas da Austrália? Possivelmente! — brinco e Dake revira os olhos. — Não estou arrependida. — concluo,  também séria.

—O que eu vou dizer é a coisa mais clichê que eu poderia falar, mas, eu já fiz isso com várias outras garotas, mas nenhuma dessas vezes, se compara com o que eu tive com você ontem a noite. — ele me olha nos olhos quando diz isso.

—Nunca passou a noite com uma virgem? — debocho por causa do comentário dele.

—Nunca fiquei com uma garota pela qual, eu estava completamente apaixonado. — admite, em resposta, subo em cima dele e o beijo de maneira carinhosa.

—Foi incrível. — sussurro. — E se eu tinha alguma dúvida de que quero ficar com você; Eu tirei ontem. Não quero que encare o que aconteceu, como uma prova minha. Eu não queria provar o que sinto por você com sexo. Queria que você visse o quão convicta, estou sobre nós.  Você vê um futuro comigo? Ótimo! Mas eu vejo um presente com você, e no momento é só com ele que eu me importo. Quero que você esteja agora comigo, não peço mais que isso. — falo com sinceridade. A respiração de Dake bate contra meu rosto, por causa da proximidade de nossas faces, e aquilo quase me faz fechar os olhos. Eu estava embriagada com as sensações que ele me fazia ter.

—Eu estou aqui hoje, agora. Assim como estive ontem, e assim como estarei amanhã. Eu posso ser um idiota quase sempre, mas eu sou um idiota que é completamente apaixonado por você. E eu sei disso, porque você é a primeira pessoa que eu penso quando acordo, e a última quando vou dormir. — me emociono com suas palavras, por isso lanço um sorriso para ele.

          Em um movimento rápido Dake está sob mim, e me olha de um jeito fascinado. Ajeito minha cabeça no travesseiro, e aliso suas costas nuas. De um jeito carinhoso, ele tira alguns fios de cabelo do meu rosto, e dá um beijo em minha testa. Logo, ele beija minha bochecha esquerda, seguindo para a direita, e parando no nariz, ele roça nossas peles e eu suspiro. Dake desce e seus lábios encontram os meus. Aproveito aquela caricia da melhor forma que posso. Memorizando cada detalhe daquilo.

—Comemoramos muito bem nosso primeiro mês de namoro. — ele anuncia, quando nos separamos.

     Coloco minhas mãos sobre seu peitoral, e o encaro afetada.

—Por que sempre temos que fazer isso? Brigar dessa forma tão frustrante? Por que temos que magoar um ao outro com palavras? — questiono, me lembrando de ontem.

—Talvez essa seja a nossa forma de fazer isso dar certo. Não é a mais saudável, mas é o que conseguimos. — ele murmura.

—Eu me importo demais com você para fazer a pergunta, mas eu tenho que fazer; Em algum momento já pensou de verdade, em terminamos com esse namoro? — indago séria.

—Nunca. — a resposta é rápida e me faz sorrir. — Desde que você entrou em minha vida, não consigo imaginar uma versão dela, em que eu não esteja apaixonado por você, e queira por dois segundos me separar de você. Pode ser egoísmo, mas eu não me importo. Não quero estar longe de você nunca, Florence Elliott. — ele declara.

—Ótimo, porque como eu disse; Eu me importo demais com você. — falo mordendo os lábios.

—Se importa quanto? — Dake pergunta, se sentindo bem com minhas palavras.

—Você está impregnado em mim, Dake West. É meu vicio, minha insanidade, minhas dúvidas...Você é a parte viva que existe em mim. — afirmo sincera.

—Se continuarmos essa conversa, eu não te deixarei sair daqui. — é o que ele diz, antes de me beijar mais uma vez, e ser retribuído com muita convicção.

           Aproveito mais alguns minutos trocando caricias com meu namorado, até a realidade me atingir e eu me recordar do fato de que eu tenho que ir para a escola. Me afastei de Dake e ele gemeu de desgosto.

—Eu preciso ir. — falo a contragosto, tentando empurra-lo.

—Não precisa não. — é o que ele diz, antes de começar a beijar meu pescoço.

—Preciso sim. — afirmo, rindo.

—Se você ficar te mostrarei coisas incríveis. — propõe.

—Apesar disso soar tentador, preciso ir mesmo. — murmuro.

—Que tal tomarmos um banho juntos? — faz outra proposta.

—Não mesmo! A última coisa que você quer fazer naquele banheiro é tomar banho. — falo e me utilizando das minhas últimas forças, consigo sair dos seus braços e pulo para fora da cama, catando as minhas roupas no chão.

        Dake se esparrama pela cama, e deixa seu tanquinho a mostra, para que eu caia na tentação e o agarre.

            Reviro os olhos, e visto meu shorts rapidamente.

—Droga!. — murmuro e Dake franze as sobrancelhas. — Deixei minhas sandálias na sala. — explico.

—E por que não vai busca-las? — indaga sem entender.

—Não quero me deparar com seu tio, depois de ter passado a noite aqui. Ele é meu professor. Seria estranho. — falo fazendo uma careta.

—Seu professor de história transa com a sua tia. Isso é que é estranho. — Dake pontua, e em resposta eu jogo um travesseiro em sua cara. Ele desvia, rindo. — Preciso sair daqui, sem que Bóris me veja. — falo, tentando pensar em algo.

—As únicas maneiras disso acontecer, seria você ficar invisível, ou pular a janela. — ele zomba e eu abro um sorriso. — Você vai pular a janela. — ele constata.

—Você é tão esperto. — debocho e ele revira os olhos, antes de se levantar.

         Engulo a seco, quando noto que Dake não está vestindo nada e que a única coisa que o cobria era um edredom e ele me olha sem pudor algum.

—Ainda quer ir embora? — questiona com deboche.

—Si...Não! — admito, e em resposta Dake me joga na cama e assim passamos mais meia hora ali.

         Por fim quando acabamos, reuni o que havia meu,  naquele quarto, e Dake disse que daria um jeito de tirar minhas sandálias da sala. Criei uma coragem absurda para pular aquela janela.  

     Dake atrás de mim — já vestido. — zombava da minha situação.

—O normal seria eu pular a janela do seu quarto, não o contrário. — debocha.

—Eu prefiro uma fratura do que uma situação constrangedora. — anuncio, e quando estou prestes a pular, me acovardo.

—Que tal isso: Pulamos juntos. — ele oferece.

          Dake agarra a minha mão, e assim eu coloco meus pés no peitoril da janela. Ela não era tão alta, mas ainda sim, era assustador pular dali. Fizemos uma contagem regressiva e então pulamos.

      O previsível aconteceu; Caimos. Mas só conseguimos gargalhar disso, pois não nos machucamos, a areia macia amorteceu a queda. No fim, não tive medo, Dake estava lá e isso era o bastante para eu não temer nada.

[...]

       Foi com um longo suspiro que adentrei a minha casa. Me encostei na porta de entrada, por dentro e sorri como uma boba apaixonada. Afinal, era isso que eu havia me tornado. Mais flashs de ontem surgiram em minha mente, por isso, fechei meus olhos e recordei cada detalhe. Quando os abri, tive uma visão um tanto perturbadora.

               Minha tia me encarava com um sorriso de deboche, encostada no balcão da cozinha. Ela analisou todo meu corpo, se focando no moletom, e acho que ligou os pontos sobre eu não ter dormido em casa, e estar sorrindo pateticamente.

—Não vamos falar sobre isso. — decretei apontando para ela, e finalmente me desencostando da porta.

—Vocês ao menos se preveniram? — é claro que ela não respeitaria meu decreto.

—Eu me recuso a ter essa conversa. — gritei divertida, enquanto em passos rápidos, eu corria para meu quarto. Sua gargalhada foi a única coisa que escutei, antes de me trancar lá dentro.

           Me joguei de barriga para cima na cama, e encarei o teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Em um movimento rápido, puxei o colar que Dake havia me dado do meu criado-mudo, e o fitei, enganchado entre meus dedos.

—Quem diria que eu me apaixonaria tanto por você, Dake West? — sussurrei sorrindo. —Aposto que você diria. No fim, você sempre soube que ficaríamos juntos. — continuei meu monólogo.

[...]

      Dake me prensou contra o capô do carro, naquela mesma manhã. Eu já estava arrumada, e pronta para mais um dia de aula. O loiro me beijava de maneira afoita, enquanto eu gargalhava por sua animação repentina.

—Dake, não é porque transamos que precisamos virar dois tarados que se agarram a qualquer momento. — comunico e ele finalmente me olha nos olhos e por fim os revira.

—Nem vem com esse papo, senhorita puritana, você fez coisas bem maliciosas naquele quarto. — ele acusa e eu aperto seu braço, fazendo ele gemer de dor.

—Não me irrite, West. Lembre-se que eu fui bem compreensiva ao passar a noite em uma cama, que outras mil já passaram. — pontuo o fato.

—Se serve de consolo, o edredom era outro. — Dake diz dando de ombros.

—Você é um idiota. — falo cutucando seu peitoral.

—O seu idiota. — corrige me olhando com carinho.

—Não! Só um idiota mesmo. — brinco e Dake me abraça pela cintura.

—Então, se você aceitou na mesma cama que as outras, o que acha de uma rapidinha no carro? — oferece e eu o olho incrédula.

—Cala a boca. — “peço”.

—Isso é um talvez? — questiona sabendo que o meu “talvez” era um sim.

—É um não. — esclareço e então reviro os olhos.

[...]

   Folheio o livro que estava nas minhas mãos apenas para fingir estar fazendo algo, enquanto Lynn e Peggy fofocam sobre as novidades da escola. Estávamos na sala do jornal, optamos por lanchar aqui, já que Peggy alegou que ainda precisava terminar o artigo sobre a feira de ontem. No entanto, até agora, ela não havia nem ao menos começado.

—O que há com você? Estamos trocando informações há mais de meia hora  e até agora você não disse nada. — Peggy me questionou sem entender. Engoli a seco, e larguei o livro.

                    Lynn me avaliou e em seguida um sorriso assustador se formou em seu rosto.

—Ela transou com Dake. — anunciou como se não fosse nada, e Peggy me olhou com estranheza. Ali ficou claro, que eu não poderia mentir.

—Como você descobriu? — eu tinha que saber.

—Sou amiga da Letty, ela fica com muitos caras, e eu meio que aprendi a reconhecer os sinais. E você está com uma cara pós sexo. — diz dando de ombros.

—Sua amiga é um vadia. — concluo.

—Qual é! Toda garota tem um lado vadia, é natural. — Lynn fala revirando os olhos.

—Eu não tenho um lado vadia. — afirmo e ela bufa.

—Falou a senhorita inocência que sempre que briga com o namorado, acaba o agarrando para não enfrentar as consequências da discussão. — Lynn debocha e é minha vez de revirar os olhos.

—Peggy que tal nos dar sua opinião visionária sobre isso? — indago, a encarando.

—O lacre já foi tirado, o que mais podemos fazer? — diz com indiferença.

—Você se referiu a minha virgindade como um “lacre”? — indago incrédula.

—Dake transou com alguém,  isso não é novidade, ele transou com a metade da Austrália. Eu sou a única exceção aqui. — anuncia com desdém. Me ignorando.

—E eu. — Lynn diz indignada.

—Ainda estou na dúvida sobre isso. — Peggy afirma e Lynn arregala os olhos.

—Será que podemos não esculachar a minha dignidade? — questiono ofendida, mas elas me ignoraram mais uma vez.

—O fato é que nada te difere das outras garotas, com  quem ele ficou. — Peggy não é nada sutil ao dizer isso.

—Que tal, o fato de que ele está comigo há um mês? Que tal o fato de que ele se importa comigo? — questiono e Peggy revira os olhos. — O fato é que eu fiz isso porque senti que podíamos dar esse passo. Vocês namoram, aposto que tiveram esse momento de passagem. — arrisco.

—Castiel e eu fizemos isso uma semana depois de nos encontrarmos a escondidas. Não foi um grande acontecimento. Eu já havia perdido minha virgindade, com meu ex namorado. — Lynn esclarece e eu encaro Peggy.

—Armim e eu não fizemos nada ainda. — diz sem dar importância, e Lynn e eu arregalamos os olhos. — O que? Por que é tão surpreendente? — Peggy pergunta.

—Você é toda direta e decidida. — falo gesticulando as mãos.

—O Armim é gostoso. — Lynn diz ao mesmo tempo, em que eu falo a frase anterior e Peggy a fuzila com o olhar. —Eu andei demais com a Letty. — ela esclarece.

—Pode soar inacreditável para vocês, mas é difícil tirar a atenção do Armim daquele joguinho estúpido dele. — Peggy diz  frustrada. — Mas eu gosto dele, desse jeito estranho que ele é, então estou bem com isso. — ela fala sorrindo singelamente.

—Isso foi fofo. — afirmo. — Agora podemos voltar ao fato de que você transou com o Castiel uma semana depois que começaram a ficar? — questionei encarando Lynn.

—Toda garota tem seu lado vadia. — ela esclarece sorrindo amarelo. — E voltaremos ao foco; Que é:  você passou a noite de ontem com Dake West. — ao mesmo tempo que aquela frase sai de sua boca, escutamos uma pilha de pastas cair no chão. Me viro assustada, e encontro Nathaniel na soleira da porta com um olhar vago.

             Lynn e Peggy se entreolharam.

—Ahn...Peggy, a diretora pediu para eu te entregar essas pastas. Acho que fala um pouco dos alunos da feira. — ele diz rapidamente, então se agacha para pegar o material que caiu e entrega Peggy mais rápido ainda.

              Vejo ele indo embora e engulo a seco.

          Nath não tinha que ouvir aquilo.

     Nem me dou ao trabalho de encarar as meninas, antes de abrir a porta com brutalidade, e andar pelo corredor, em busca de Nathaniel.  Algo dentro do meu coração se aperta, quando me deparo com a imagem do representante encostado em um dos armários, suspirando.

—Será que podemos conversar? — questiono hesitante e isso o faz me encarar.

—Sua vida sexual não é da minha conta. — ele murmura, desviando o rosto e olhando para um ponto qualquer.

—Não, não é! Mas eu sei que você se machucou com o que ouviu, porque sabe o que significa. Sabe que isso significa, que eu tenho certeza que quero ficar com Dake, e a minha certeza sobre isso, só torna mais real o fato de que meus sentimentos em relação a você não vão mudar, e independente de suas palavras dizendo que está bem com isso, você não está. Porque no fim, você acredita que em algum momento eu perceberei que há uma parte de mim que quer você. — quando digo aquilo dói mais em mim do que nele.

—Eu preciso ficar sozinho. — aquilo não parecia algo só sobre mim. Então me lembrei que ontem, ele não estava na feira.

—Nathaniel, o que aconteceu? — Toquei em seu braço, e ele se remexeu desconfortável, então Nath se virou, e eu finalmente notei algo; Havia um machucado em seu lábio inferior. —Você brigou com alguém? — questiono incrédula.

—Não foi nada. — ele diz amargo.

—É claro que foi algo. Fiquei preocupada com você ontem a noite, por não estar na feira, e agora eu vejo que aconteceu algo. — digo exasperada.

—Você estava fazendo coisas melhores do que se preocupando comigo, ontem a noite. — é com essas palavras que Nath me abandona no corredor.

              Por que tinha que ser assim? Toda vez que eu ficava feliz com Dake, eu acabava o machucando. Eu era uma péssima melhor amiga. Nunca levava em conta, que mesmo eu continuando no meu estado de tristeza, Nath nunca se afastou de mim. E eu me afastava dele a cada minuto, não fisicamente. Eu me afastava de faze-lo feliz, e isso acabava com ele.

      —Hey. — me virei ao reconhecer aquela voz, e me deparei com Kentin carregando um pacote de cookies sabor chocolate. — Eu sinto muito por ontem, sinto por ter te culpado por ir embora. Qualquer um teria ido, mas é que eu senti sua falta. Violette sentiu. — ele esclarece.

—Aparentemente, sou ótima em decepcionar as pessoas. — falo, olhando na direção que Nath se foi.

—Quer comer cookies comigo? Cookies sempre melhoram as coisas. — ele oferece solidário e eu o lanço um sorriso, antes de indicar um lugar perfeito para fazermos isso; O telhado da escola.

             Lá de cima tudo parecia tão fácil, tão bonito. Eu balançava meus pés no parapeito, tal como a minha versão criança faria, e Kentin se encontrava ao meu lado, em silêncio.

—Então, quando irá embora? — questiono curiosa.

—Hoje a noite. Tive mais um dia aqui, e descobri que queria um momento com você. — ele diz sorrindo.

—Eu senti falta disso. — murmuro.

—Dos nossos momentos juntos? — indaga me olhando.

—Dos Cookies. — brinco e ele revira os olhos.

—Então, o que tem feito por todo esse tempo? — perguntou curioso.

—Bom, eu me isolei do mundo por um longo período, e então eu me apaixonei, e venho me tornando uma grande praticadora no ramo de complicar as coisas. — faço um resumo e ele sorri.

—O loiro ciumento. — se refere a Dake.

—O loiro ciumento. — confirmo.

—Estou evitando essa pergunta desde que nos vimos, mas eu preciso saber: Você me odeia por ter descumprido a promessa do baile? — questiono e ele ri.

—Não! Eu fui ao baile com Violette, e foi realmente perfeito. — Kentin me diz e eu suspiro.

—Então quem perdeu fui eu. — noto divertida.

—Na verdade não. — ele discorda, e eu arqueio uma sobrancelha. — Que tal fazermos um novo trato? — indaga e eu sorri.

—Qual? — questiono animada.

—Você irá ao baile, darei a honra de te acompanhar, a outra pessoa. Mas você tem que me prometer, que terá absoluta certeza que pode confiar seu coração a essa pessoa, e esse cara fará essa ser uma das noites mais especiais da sua vida. — Kentin diz me olhando nos olhos.

—E o que você ganhará fazendo isso? — pergunto sem entender, ao mesmo tempo em que me encontro emocionada.

—A certeza de que fiz você feliz por alguns minutos. — diz sendo o cara incrível que ele era.

—Eu posso te abraçar de novo? — questiono e ele assente. — A Florence que não se quebrou naquele acidente, foi embora te amando. — o conforto sobre isso.

—E o Kentin que se foi, depois que ela foi embora, sempre amará essa Florence. — ele garante.

[...]

            Encaro a foto em minhas mãos com hesitação, alisando o papel, sentindo a poeira em meus dedos, denunciando que o tempo estava passando sem que eu percebesse. Então, suspirei.

—Todas às vezes que conversei com vocês, falei sobre a dor que sinto por perde-los. Mas dessa vez, não falarei sobre isso, só quero dizer que estou seguindo em frente, algo que nunca me pareceu possível. Eu estou vivendo, e de alguma forma há uma parte de mim que acha que estou cometendo algum erro, mas eu não sei o que é. Eu estou feliz, mas ainda não me sinto completa. Eu tenho pessoas que se importam comigo de verdade, e hoje eu acertei uma parte do passado que deixei para trás, mas eu também machuquei alguém, com quem eu me importo. E eu sei que a vida é assim, mas não me parece justo que a minha felicidade dependa da tristeza do Nathaniel. Eu o amo, mas não me vejo me apaixonando por ele. Enfim, estou enchendo vocês não é? Só quero que saibam que ainda dói, dói muito para falar a verdade, mas a ferida está cicatrizando.

                    Após essas palavras, beijo a foto dos meus pais e dou um sorriso.



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