História De Repente É Amor - O Efeito De Dake West.

 "Queria ter te conhecido antes de todo esse caos, quando ainda não tinha me decepcionado e meu coração ainda estava inteiro."

Ponto de vista:Dake.

Enrolei a Peggy por toda a entrevista,desviando da maioria das perguntas dela,e comentando tudo por alto.Na verdade acabei a convencendo de que eu não fiquei com a Debrah,que tudo não passou de um mal entendido,causado por um informante que usava a câmera num ângulo errado.Quer dizer...não sei realmente se ela caiu nessa,ou se só fingiu acreditar,aposto que ela alteraria tudo o que eu falei.Depois que aquela palhaçada acabou,sai da sala em que estávamos e me direcionei para o corredor,com a intensão de ver Flore,para saber se ela leu o bilhetinho que eu havia deixado para ela.Só que acabei encontrando Castiel no caminho,e ele não parecia nada feliz em me ver,estava com uma expressão de raiva,e eu suspeitava saber o motivo.

—Como pôde ficar com a Debrah ? Com a DEBRAH cara! —ele perguntou demonstrando sua frustração em relação a isso.Eu sabia que estava errado quando fiquei com ela.Mas se serve de consolo nem sequer transamos,foram só uns beijos,depois que a Florence nos viu,o clima acabou e eu resolvi dispensar a Debrah sem muitas explicações,só dizendo que eu não estava mais afim.

—Não foi planejado...Estávamos juntos e aconteceu —tentei explicar,porque como eu disse a Florence,posso ser um cretino,mas não perco meus amigos por isso.

—Cacete Dake ! Você sabe da minha história com ela,onde está sua lealdade comigo? —ele questionou,e aquilo era um péssimo sinal,Castiel demonstrando seus sentimentos nunca era uma coisa boa.

—Eu não podia adivinhar que você ainda gostava dela...Debrah sempre foi uma vadia com você —comentei querendo aliviar o clima,mas isso não pareceu funcionar.

—Adivinhar ? Achei que fosse obvio que eu ficaria incomodado se você pegasse ela —ele brandou,e deu um murro no armário ao seu lado.Suspirei e encarei meu amigo.

—Eu sinto muito okay ? Sei que fiz porcaria,e você pode não acreditar,mas isso quase ferrou com uma coisa importante para mim.Se eu pudesse voltar atrás não faria isso novamente —tentei me redimir,me lembrando da reação da Flore,ao presenciar aquilo,constatando que eu realmente não faria isso de novo.

—Não voltaria não!Sei que você sempre quis ficar com a Debrah —ele afirmou e eu franzi as sobrancelhas.Tudo bem que eu sou um canalha,e que Debrah é uma gostosa,mas eu nunca tive a intensão de ficar com ela,sabia que ela era um saco,quase sempre.

—Cara você tá ficando paranoico...Qualquer assunto que envolva a Debrah te deixa cego —falei revirando os olhos.

—Que saber...Vai se ferrar Dakota...Você é um lixo como amigo —depois dessas palavras Castiel foi embora.Me deixando ali,me questionando novamente,por que raios eu havia ficado com a Debrah.Acabei de perder o que eu considerava ser meu melhor amigo,e dei mais motivos para Florence me achar um cretino.

          Isso é o que eu sempre faço,ferro com as coisas.Sabia que estava errado em me aproximar assim da Florence,em ajuda-la ,mas ao mesmo tempo em que tudo parecia errado...Parecia tão certo,eu me sentia bem ao seu lado,não queria me afastar.Ela é especial,algo nela é magnético,algo nela é puro,seu sorriso é bonito,seus olhos são tão brilhantes.Eu sabia que qualquer coisa que ela pedisse eu faria.Não sabia o que tinha acontecido comigo,mas sabia que Florence Elliott exercia algum poder sobre mim,algo que me fazia ser melhor.

[...]

  Ponto de vista:Florence.

 Assim que cheguei em casa,apaguei tudo que eu tinha escrito no meu artigo sobre popularidade até agora,e o reescrevi,me baseando nas informações que Dake me disponibilizou.Ele realmente parecia saber sobre o que falava,é claro tinha conhecimento na causa,afinal ele era um deles!Um dos populares.

    Fiz algumas anotações na minha agenda,sobre coisas que eu tinha curiosidade sobre o tema,e precisava conversar com Dake,das partes mais simples a mais complexas,eu tinha dúvidas sobre muitos fatos em relação a esse tipo de pessoa e aos seus pensamentos no mínimo escrotos,do nada parei o que estava fazendo,quando senti uma estranha sensação de flahsback e o sorriso de lado do Dake apareceu em minha mente.Balancei a cabeça,constatando que eu havia trabalhado demais hoje,e o melhor que eu tinha a fazer era descansar,passei a mão pelo me rosto e suspirei.Me virei para o lado e me deparei com Booh deitado preguiçosamente em minha cama.

—O que eu estou fazendo Booh ? Aceitei a ajuda do Dake,mesmo sabendo que ele é um babaca...Ele é completamente pirado,primeiro ele nem sequer falava comigo,agora aparece em todos os cantos,e fica se aproximando daquela forma espaçosa dele...Só que ele me deixa viva sabe ? Eu sei! É patético ! Mas enquanto todas as outras pessoas agem comigo como se eu fosse quebrar.Ele me balança,ele me chacolha,pode parecer estranho,mas eu gosto disso,gosto dele não pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa,todos ficam hesitantes,sempre agindo como se eu não fosse capaz de ouvir palavras duras,Dake não se importa com isso.Eu sei que sou solitária,que me prendo no meu próprio mundo,só que quando falo com ele,algum instinto me impede de ser a garota quieta e calada de sempre,ele consegue me fazer falar...ele consegue me fazer ser a Flore,somente a Flore —desabafei com Booh como se ele fosse capaz de me entender,queria que ele dissesse alguma frase sábia,ou somente que falasse “Você está certa Florence,isso é patético” Mas tudo que ele fez foi bocejar,e encostar sua cabeça no edredom.Revirei os olhos.

—E até você acha minha vida um tédio —murmurei,e me levantei,começando a arrumar a bagunça do meu quarto,reunindo todos meus livros e os guardando na estante próxima a janela.Meu celular tocou,e eu corri até minha escrivaninha,o pegando,vendo que o nome “Nathaniel” piscava na tela.Hesitei um pouco,antes de atender.

—Que bom que você atendeu Flore,fiquei sabendo da sua briga com a Melody,o que aconteceu? — sua voz no outro da linha indagou em disparada,me sentei na cama,ao lado de Booh.

—Acho que ela já sabe que você se declarou,estava frustrada e quis descontar sua raiva em mim,me acusando de me fingir de coitadinha e convencendo a todos que eu sou uma falsa —expliquei por alto,me lembrando da palavras dela,e do que Dake  havia me contado na sala,quando foi atrás de mim.

—Eu não acredito nisso ! O que a Melody tem na cabeça ? —perguntou irritado,pela sua respiração descompassada pude notar que ele realmente estava com raiva.

—Amor,e é no coração para ser mais especifica. Melody é completamente apaixonada por você,e se sentiu ameaçada quando percebeu que você gosta de mim—esbocei minha opinião,acho que querendo enfatizar,que Nathaniel sentir algo por mim,não era bom para ninguém.

—Mas já tínhamos tido uma conversa,e ela pareceu entender que só podemos ser amigos —ele falou como se realmente acreditasse que tinha entrado em um consenso com a Melody.

—Eu não acho que compreensão resolve muito nesses casos,reciprocidade no amor é uma coisa rara Nath,só acontece uma vez na vida.Partir o coração de alguém por não gostar o suficiente da pessoa a ponto de considerar amor nem sempre é algo que pode ser entendido —falei me lembrando de nossa situação,seu silêncio se fez presente por alguns segundos,ao ouvir minhas palavras.

—Por que eu acho que paramos de falar da Melody,e agora estamos falando sobre nós? —ele perguntou ao notar o sentido de meu discurso.

—Acho que o nosso problema Nath,é não existir um nós.Ambas são situações semelhantes,só que com pessoas em posições diferentes —disse meu ponto de vista,prevendo que aquilo não o agradaria.Mas e se Melody estivesse certa ? E se mesmo que indiretamente eu estivesse dando falsas esperanças a Nathaniel? Eu deveria ser mais sincera,com ele e comigo mesma.

—Posso te contar algo ? —ele questionou hesitante.

—Pode —respondi de pronto.

—Independente de você corresponder ou não ao que eu sinto por você.Se fosse para eu escolher não me apaixonar por você,eu não escolheria...Porque eu sou apaixonado por você desde que você começou a me ajudar na sala dos representantes,quando derrubei aqueles papeis porque estava correndo em direção a diretora,você tinha 15 anos,todos diziam que você nunca tinha falado com ninguém,mas você falou comigo,e a sua voz Flore,é a coisa mais linda que eu já ouvi.Você é tão bondosa,tão compreensiva que chega a defender a Melody pelo comportamento ridículo dela —ele declarou de uma forma tão sincera,que eu senti um bolo se formar em minha garganta,e uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

—Eu sinto muito —sussurrei contra o aparelho.

—Pelo quê ? —ele quis saber mesmo que já imaginasse a resposta,e mesmo que já odiasse ela.

—Por não conseguir ser a Florence que você merecia que eu fosse,por não te amar da mesma forma,por não ser pura o suficiente pra isso.A verdade é que...Desde que meus pais se foram,existe uma escuridão em mim,Nath,algo oco.Eu tento lutar contra isso,mas essa  luta é minha,não posso te incluir nisso,não posso incluir ninguém.Não sei se um dia poderei ser o suficiente para amar alguém de uma forma completa,intensa e apaixonada  — confidenciei a conclusão que eu havia chegado há algum tempo — E você merece alguém completa,todos merecem —complementei.

—Amor não é uma questão de merecimento Florence,é uma questão de escolha,faça seu coração me escolher,porque o meu já escolheu você —ele comunicou,e dito aquelas palavras,só o que escutei em seguida foi um sonoro tum tum tum.Ele havia desligado.Encarei a tela do meu celular e em seguida suspirei,me jogando de costas na cama.

     Eu precisava relaxar,precisava de um banho,e pensando nisso me encaminhei até o banheiro e tomei uma ducha gelada,permanecendo um bom tempo debaixo da água,tendo mais reflexões e pensamentos torturantes.Sai de lá,vestindo apenas minha peças intimas,enxugando meus cabelos com uma toalha,parei em frente a penteadeira e encarei meu reflexo no espelho,em seguida meus olhos se direcionaram ao porta-retrato que estava em cima do móvel,o peguei e acariciei a foto que estava presente nele.Na imagem estávamos eu e meus pais,sentados no jardim da minha casa.

—Vocês me prepararam para o primeiro dia de aula,para a primeira ida ao dentista,para a primeira noite no acampamento...Mas não me prepararam para viver se um dia eu perdesse vocês,isso é injusto —falei para mim mesma,tentando me lembrar de um dos sorrisos acolhedores da minha mãe,ou de um dos abraços de urso do meu pai,mas só o que eu conseguia lembrar é que eles se foram e que eu estava só.

       Deixei o objeto onde ele estava inicialmente,e fui até o armário tirando um moletom de dentro e um short jeans,os vestindo automaticamente.Caminhei para fora do meu quarto e encontrei minha tia sentada em seu lugar de costume,o almoço já estava posto na mesa,assim que me viu,Agatha sorriu e apontou para uma das cadeiras,esperando que eu sentasse,assim o fiz.

—Como foi o dia na escola hoje? —ela fez a mesma pergunta que faz todos os dias.Acho que ela pensa que é algo sobre o qual meus pais me perguntariam.Ela tentava compensar a falta deles de todas as formas.

—Foi ...intenso —resumi em uma palavra,e comecei a me servi com a lasanha que ela preparou.Cozinhar era uma espécie de hobbie dela,todos os dias ela usava sua criatividade para fazer um prato novo —E como foi seu dia no trabalho ? —perguntei tentando soar interessada.Minha tia era cabeleireira e trabalhava meio turno no salão do centro da cidade.Somente nos fins de semana ela passava o dia todo.Ao escutar minha pergunta,ela começou a tagarelar sobre as histórias inacreditáveis das suas clientes.Enquanto eu apenas assentia como se tivesse prestando atenção no que ela estava dizendo.Não comi nada,apenas movi o garfo por cima da massa,e minha tia percebeu isso,tanto que parou de falar sobre seu emprego e me encarou preocupada.

—Está tudo bem? Está mais calada que o normal — ela observou.

—Só estou pensando...Tia o que... — pensei em continuar,mas achei melhor não.Minha tia me olhou,me incentivando a prosseguir da onde eu havia parado— O que a senhora acha que alguém pode fazer para se apaixonar por outra pessoa,quando não sente nada por ela,além de carinho ? —perguntei querendo saciar minha dúvida.Eu precisava saber se havia alguma possibilidade,mesmo que remota,de eu poder sentir o mesmo por Nath,ele era uma ótima opção de recomeço,se não a melhor.

—Então vamos ter a conversa sobre relacionamentos amorosos agora ? Estava ansiosa por isso —ela brincou e eu revirei os olhos,por que ela tinha que ser tão infantil as vezes?.

—Nada disso.Só estou perguntando porque quero fazer um artigo sobre isso,sobre amores não correspondidos —menti querendo ocultar os verdadeiros motivos.Minha tia assentiu ainda desconfiada.

—Em primeiro lugar:Não há uma fórmula para nos apaixonarmos por alguém,Flore,é natural.Não podemos forçar nosso coração a amar alguém,ele simplesmente escolhe a pessoa certa,mesmo que ela pareça errada —ela explicou seu ponto de vista — Isso tem alguma coisa a ver com a visita do sobrinho do Bóris ontem a noite ? —ela questionou com um ar malicioso.

—Céus !Não! Não tem nada a ver com o Dake —neguei rapidamente,e me levantei,colocando meu prato na pia,indo de volta para meu quarto.

—Florence você mora na praia querida,por que não aproveita um pouco a tarde de sol,ao invés de ficar enfurnada naquele quarto ? —ela questionou carinhosamente.Me virei para ela.

—Tenho vários trabalhos escolares para fazer,e aproveito a paisagem sempre que levo Booh para passear —respondi ,e então girei os calcanhares e continuei meu percurso até meus aposentos.

[...]

      A noite caiu lá fora,enquanto eu estava esparramada pela minha cama,ouvindo uma boa música nos fones de ouvido,Booh estava sentado no meu tapete apenas me observando.Peguei meu celular no criado-mudo e vi que já eram sete horas.Abracei meu travesseiro,decidida a ficar deitada ali,por mais alguns minutos,mas o grito da minha tia interrompeu meus planos.

—Florence,venha cá,tem alguém querendo te ver —foi o que ela disse.Obriguei meu corpo a se mover,e caminhei até a sala.Não encontrei ninguém lá,logo encarei a porta,onde em frente da mesma minha tia estava.Fui até ela,ver quem estava lá,afinal o corpo de Agatha tampava a visão de fora.Arregalei os olhos ao ver que se tratava de Dake,e não impedi minha boca de falar:

—O que faz aqui ? — meu tom saiu confuso.

—Podemos conversar? —ele indagou,de um jeito que nem parecia que era Dake falando.Assenti lentamente,e minha tia viu que aquela era a deixa para  sair daqui,por isso inventou uma desculpa esfarrapada e disse que precisava ir para seu quarto.Fui até a varando com Dake me seguindo,e fechei a porta atrás de mim,afundei minhas mãos nos bolsos do moletom,e me sentei na escadinha em frente a casa,Dake fez o mesmo.

—Então...O que aconteceu? —questionei,realmente curiosa sobre o motivo que o fez vir a minha casa a essa hora,e parecer tão diferente do que ele realmente era.

—Briguei com o Castiel hoje,por ter ficado com a Debrah,e me senti mal por isso.Ele é meu amigo,e eu não levei isso em conta quando tive a maldita ideia de cogitar que pegar a Debrah seria algo prazeroso...Precisava de alguém para conversar sobre isso...e então notei que eu não tinha ninguém para fazer isso e você apareceu na minha mente,imaginei que ficaria feliz m reforçar minha certeza de que eu sou um estupido —ele explicou e mesmo que eu tenha ficado surpresa com aquilo não consegui conter um meio sorriso ao escutar o que ele disse.

—Convenhamos...Qualquer um ficaria magoado com isso,porque é visível até para um cego que o Castiel ainda é louco por ela —falei concordando com ele,no ponto que ele era um estúpido e ninguém podia ir contra isso,pois era  verdade.Dake me olhou,e parecia feliz por nesse momento eu ter escolhido dar lição de moral,ao invés de xinga-lo.

—Segui meus instintos e me ferrei —ele afirmou,olhando para o mar.

—Instintos são uma porcaria mesmo,eles podem te ajudar e podem ferrar com a sua vida...Mas esse instinto em questão é bem vergonhoso,tantas garotas para você satisfazer suas necessidades masculinas,e você escolhe logo a vaca da Debrah  — tive que reclamar mais uma vez e ele suspirou.

—O que acha que eu devo fazer ? —ele perguntou,tendo esperanças que eu soubesse a resposta.

—Mostrar ao Castiel que está arrependido,e que você é um idiota,mas que é um idiota que preza por suas amizades —aconselhei.

—Tentei fazer isso,e ele quase socou a minha cara,minha sorte era que tinha um armário no caminho até meu rosto —ele disse como se se lembrasse do ocorrido.Franzi as sobrancelhas “armário no caminho”?.Mas ignorei isso.

—Dizem que o tempo é um remédio milagroso,cura todas as feridas e os ressentimentos...Dê tempo a ele —falei o que a maioria das pessoas falavam para mim.

—Tempo funcionou com você? —ele disse num tom sereno.

—Não sei...nenhuma amiga minha,pegou um ex meu —comentei em deboche.Sabendo que ele não se referia especificamente a essa situação.Ele estava falando do luto em relação aos meus pais.

—Mas mudando de assunto...Como você está em relação a sua briga com a Melody? — ele questionou,querendo oferecer seu “ombro amigo” também.

—Sinceramente ? Estou péssima !Não queria magoar Melody,nunca quis que o Nathaniel se apaixonasse por mim,não tive essa intensão —expliquei,querendo colocar aqueles sentimentos para fora também.

—Essa é a primeira vez que você admite que ele realmente se declarou para você,das outras vezes em que mencionei isso,você simplesmente desviou o assunto —ele notou,voltando a sua postura habitual de babaca —Mas por que você não o deu uma chance ? — ele continuou e parecia incomodado,ao me fazer aquela pergunta,que tantas vezes rondou em minha mente.Por que ? simplesmente por que?.

—Porque eu sou mais estupida do que você...Simplesmente não consigo sentir algo reciproco por ele.Nath é o cara perfeito,o cara dos sonhos,ele seria a pessoa que poderia me tirar dese estado de inércia...Só que eu não sinto esse amor que ele sente por mim...E Melody foi uma bruaca ao tripudiar em cima de mim,ela me machucou,porque eu a considerava uma amiga,e agora todos me consideram uma falsa,que se finge de coitadinha —falei o que estava sentindo,Dake me olhou com determinação.

—Todos vão ver que a fingida é ela.Eu garanto —ele disse com um sorriso,estranhamente doce,que me fez ficar desconfiada no mesmo instante.Afinal Dake não era doce.