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História De Repente É Amor - Sentimento Não Identificado


Escrita por: VitoriaAlex

Capítulo 9 - Sentimento Não Identificado


Ponto de vista : Dake West.

A festa estava igual a todas as outras dezenas que eu já havia ido;Garotas fáceis, bebida grátis e locais para pegação liberados. Cumprimentei a todos quando cheguei ao apartamento de Castiel, e não demorou muito para que uma garota caloura se aproximasse de mim e começássemos uma conversa cheia de flertes. Daquelas típicas de mim nessas ocasiões.

         Mas ainda sim, algo não se encontrava certo. O papo com a garota fluía bem, mas aquele lugar... Estar nele nesse momento pareceu algo extremamente errado. Por mais que tudo tivesse indo como de costume, algo me alertava que vir até essa festa não foi uma boa escolha.

             Não demorei a notar o porquê desse sentimento de erro. Era por causa de Flore, eu estava terrivelmente preocupado com ela, e me sentindo culpado por abandona-la numa ocasião que eu mesmo havia a obrigado a ir. Não dava para continuar fingindo para garota que eu estava prestando atenção nela, quando na verdade a única coisa que eu pensava é que eu havia sido um idiota com Flore. Para variar.

         A sensação não iria embora tão cedo, por isso para diminuir minha preocupação, pedi licença a garota — deixando ela bem confusa  — e procurei um lugar em que a música alta não incomodasse tanto. Por fim parei no corredor do prédio. Tirei meu celular do bolso e não demorei a ligar para Flore.

              Só dava na caixa postal. Droga!

     Guardei o aparelho e me vi pronto para entrar no elevador, quando a garota com quem eu falava anteriormente saiu do apartamento e veio até mim.

—Já vai? — questionou com as sobrancelhas franzidas. — Achei que fossemos nos diverti. —comenta e eu a avaliei dos pés a cabeça. Ela tinha longos cabelos castanhos ondulados e uma pele bronzeada, que combinava com seus olhos negros. Sem falar no corpo curvilíneo que se adequava perfeitamente aquele vestido apertado. Ela era realmente gostosa.

          Para cair não cair na tentação foquei em outra coisa. Ou melhor dizendo, em outra pessoa. Me lembrei da Flore.Me lembrei de como ela não precisava de uma roupa daquelas para se tornar atraente. Ela era simplesmente linda. Sem coisas artificiais. Só era bela ao natural.

          Sem que eu percebesse já estava sorrindo por me recordar da minha complicada vizinha.

—Eu realmente queria... Mas tenho que lidar com um problema. — Um problema respondão que tem a terrível mania de me fazer sorrir do nada.

—Bom...É realmente uma pena...Mas quem sabe outro dia. — ela disse e não para minha surpresa me entregou um pedaço de papel com seu número de celular escrito. Sorri de lado pela rapidez dela em planejar as coisas e ela sorriu de volta. — Não gosto de depender do acaso. — contou simplesmente.

                     Quando entrei no meu carro, tentei mais uma vez ligar para Florence, mas ela continuava sem atender.Coloquei o cinto e liguei o veículo, dirigindo rumo a praia o mais rápido possível — Eu iria até lá para checar se ela estava em casa e para me desculpar, já que Faraize provavelmente já teria a levado para casa, e caso não tivesse feito isso eu mesmo a buscaria.  —.

         Dado certo momento notei o quão ridículo estava sendo por ter abandonado a festa só por estar preocupado com a Florence, ela provavelmente esta ótima em casa, somente me odiando por ser um idiota. Eu poderia lidar com isso depois.

              O que Florence Elliott está fazendo comigo? — me perguntei a medida que chegava a praia.

            Estacionei o carro no calçadão. Antes que eu seguisse para areia que era o caminho para casa dela estanquei no lugar ao ver algo que me incomodou de um jeito que não posso nem descrever. Era o carro do representante. Eles estavam praticamente colados um no outro lá dentro. Eu não duvidava que algo tivesse acontecido antes de eu chegar. Então Florence mentiu para mim, sua intensão desde o começo era voltar com o Nathaniel para casa. É claro que era! Ele era o garoto certo para a garota certa! Estava bem na minha cara, só fui estúpido o suficiente para não perceber. Afinal, o que raios eu queria quando decidi me aproximar de Florence?

         Eu não sabia o que estava acontecendo, mas algo dentro de mim estava bem confuso. Eu estava com raiva, frustração e outro sentimento não identificado. Ao mesmo tempo em que eu só queria socar o representante de turma, eu me perguntava por que raios eu faria isso.

           Soltei um longo suspiro,e  aquela foi minha reação. Dei meia volta, decidido a não atrapalhar o “casalzinho”. Passei a mão por meu rosto,querendo engolir todos aquele sentimentos estranhos, e por um momento a ideia de socar meu carro para eliminar esses sentimentos me pareceu boa, mas logo ela foi devidamente ignorada.

          Florence tinha algo com o representante. Okay! Ela mentiu para mim hoje. Okay...Ah quem eu estou tentando enganar? Não está nada okay. As coisas estão bem longes de estar assim.

         Movido por aquele sentimento não identificado, peguei meu celular e o papel que a garota da festa me entregou e digitei o número com pressa, não demorou muito para ela atender.

 —Alô. — ouvi sua voz saudar e gostei do fato dela não estar embargada. Isso quer dizer que a garota não estava bêbada, ela já ganhava pontos comigo por isso.

—Lembra do cara incrível que você conheceu hoje a noite? Ele está disponível agora. — mesmo não a vendo, eu sabia que ela estava sorrindo ao reconhecer minha voz.

—Então resolveu o seu problema? — indagou curiosa. Me virei mais uma vez na direção do carro do representante e suspirei.

—Não era bem meu problema. — fui sincero.

                     Ajudar Florence havia sido um erro. Eu estava tentando ser com ela algo que não sou, e foi ilusão da minha parte acreditar que Flore gostava do cara babaca que eu era, se ela havia aceitado minha ajuda, era porque isso traria benefícios a ela, não porque queria se aproximar de mim, ou tentar ver em mim algo bom.

       Eu era só Dakota West, o garoto cujo as características, ela desprezava. Fala sério! Era lógico que ela terminaria ficando com o representante. Naquele momento entendi porque Castiel não gostava dele. Talvez ele tenha ficado realmente com a Debrah. Talvez seja tão ruim quanto eu.

[...]

       Ponto de vista : Florence Elliott.

  Senti os raios solares na minha pele a medida que eu corria pela praia naquela manhã de domingo, explodindo em gargalhadas, enquanto tentava desesperadamente desviar dos braços firmes de Nathaniel que queriam me segurar. Para me livrar desse destino cruel, entrei no mar, e enchi minhas mãos de água a jogando infantilmente em Nathaniel, enquanto ele não resistia e ria também.

           Após ontem a noite havíamos nos resolvido. Acho que por fim,Nathaniel entendeu que eu não poderia forçar meu coração a sentir algo por ele, além de nossa amizade. Eu o amava, mas não do jeito que ele queria.

           Para recompensa-lo por todas as vezes que neguei me divertir com ele, o convidei para vir a praia no domingo e tenho que dizer que essa se mostrou ser uma boa escolha. Essa era a primeira vez que eu podia aproveitar um momento ao seu lado, sem me preocupar com o fato de que estava o machucando com minha falta de sentimentos românticos em relação a ele.

                  Quando nos encontramos exaustos nos jogamos na areia da praia ofegantes. Eu ainda ria por nossa brincadeira infantil e estava bem surpresa com o fato de que aquele garoto sério do grêmio podia ser as vezes um cara divertido.

 —Por que nunca fizemos isso? — indaguei me virando para o lado o encarando. Era tão bom poder encarar seus olhos e ver neles felicidade. Não causada por falsas esperanças vindas da minha parte, mas sim por estar feliz com a minha amizade.

—Você sempre negava quando eu te chamava para nos divertirmos. —ele relembrou e eu quis dizer que isso era antes. Quando o medo me sufocava. Mas agora esse medo se afrouxava aos poucos e eu conhecia bem o motivo disso  acontecer. O motivo tinha olhos oceano e um humor irritante.

—É... Devemos mudar isso. —murmurei  em tom divertido, ele assentiu e assim iniciamos uma conversa interessante sobre o quão sortuda eu era por morar na praia.

           Quando o horário do almoço chegou, nos levantamos e vestimos nossas roupas por cima dos trajes de banho — Falando nisso, tenho que destacar que Nathaniel agiu de um jeito estranho quando me viu pela primeira vez de bikini, mas eu sabiamente ignorei isso. Afinal, de toda forma, ele já havia entendido que seríamos só amigos. —Minha tia o havia convidado para almoçar conosco, e ele educado como era aceitou, após muita insistência da parte dela.

             Enquanto caminhávamos em direção a minha casa, por instinto encarei a casa de Dake,querendo encontra-lo na varanda. Mas não aconteceu. Rapidamente deixei a sensação de descontamento de lado.

             Minha tia preparou uma comida leve e o almoço foi regado a uma conversa  sobre diversos assuntos. Na qual ela repetiu mais vezes do que o necessário que aquele era o primeiro “amigo” que eu levava para casa. Isso mesmo! As aspas ficaram evidentes na fala dela.

                 Quando comemos a sobremesa, me levantei decidida a ajudar minha tia com a louça. Nathaniel até quis nos ajudar, mas eu neguei e o deixei na sala tentando se entender com Booh — Digamos que meu cachorro não havia ido com a cara dele. — e segui para a cozinha.

        Ficou decidido que enquanto minha tia lavava a louça, eu ficaria ao seu lado para seca-las. Estava bastante distraída com minha tarefa, e o silêncio se fazia presente, até minha tia quebra-lo.

—Ele parece ser um garoto legal...Mas é muito sério. De 10 frases dele, 9 eram sobre o que ele queria fazer no futuro. Aquele garoto é cheio de planos. —ela falou em tom baixo para que ele não escutasse e eu a encarei.

—Isso quer dizer que ele é responsável, tia. —falei querendo defende-lo.

—Ele é só um adolescente, Florence...Tinha que estar preocupado com o agora. Você mais do que ninguém, sabe o quão inconstante é a vida...Sabe que ela passa e que coisas acontecem rápido demais. Planos são ótimos, mas deixar acontecer é uma coisa que devemos fazer as vezes. —disse querendo soar super sábia.

 —Você está falando como se eu tivesse apresentado Nath como meu namorado e precisasse da sua aprovação. Ele é só meu amigo...E isso está esclarecido...E além do mais. —parei ao ver que eu diria algo do que me arrependeria depois.

—...E além do mais o cara que realmente mexe com você, já tem minha aprovação total. —adivinhou e pelo sorriso zombeteiro eu pude notar  que ela falava de Dake.

 —Supondo que você estivesse correta em sua adivinhação,que você não está,só para esclarecer...Você não deveria ser a pessoa responsável que me instrui a ficar o mais longe possível de caras como Dake? —perguntei incrédula.

—Por que eu faria isso? Por ele ir a festas? Por sair com muitas garotas? Por se divertir? Por que eu o julgaria por ser o adolescente que ele deve ser? — indagou.

—Você é...Inacreditável. — murmurei.

—Florence...Você está na melhor época da sua vida,a aproveite...Não estou dizendo que deve ter uma relação de livros românticos com o nosso vizinho. Só estou dizendo que deveria se deixar levar pela diversão que pode ter com ele. Aquele garoto que está na nossa sala, pode ser ótimo, mas ele não é o que você precisa no momento. Seu medo de viver diminuiu, mas ainda está ai, Nathaniel não é o tipo de pessoa que se arrisca, e quando você está com Dakota West você é a garota felina que eu admiro e ter um coração partido as vezes é bom, significa que você já tentou alguma coisa. — eu até tentei repetir mais uma vez que nem Nath e muito menos Dake eram partidos para ganhar meu coração, mas ela simplesmente me abandonou na cozinha e só então notei que todos os pratos estavam limpos.

                     Quando me despedi de Nathaniel na porta o abracei e agradeci pela manhã maravilhosa e enquanto o via ir embora  não resisti a vontade de olhar mais uma vez na direção da casa de Dake e mais uma vez constatar que ele não estava lá.

        Quando adentrei a sala da minha casa,catei o celular de um dos aparelhos a procura de alguma chamada ou mensagem perdida de Dake. Mas não tinha nada. O que era estranho, pois essa altura seria de costume do Dake me irritar.

           Digitei uma mensagem para ele perguntando se tudo estava bem. Mas ele não respondeu.

           [...]

    Quando a tarde chegou,depois de levar Booh para passear, escolhi um livro que estava pendente e segui rumo ao cais da praia, onde podia — depois de observar os barcos zarparem — iniciar uma boa leitura.

        Assim que cheguei no quinto capítulo do livro me surpreendi ao ver uma pessoa chegar ao cais. Peggy fotografava tudo ao seu redor com muito interesse, enquanto parecia não notar minha presença. Fechei o livro e me levantei da ponte de madeira onde estava sentada e fui até onde Peggy estava.

—Peggy...Que surpresa...O que faz aqui? — Eu sabia que ela não era muito de ir a praia.

—É fim de semana...Até os mais trabalhadores tem que descansar. — falou com seu tom desdenhoso rotineiro. Mas aquilo não me convence, por isso arqueio uma sobrancelhas e ela revira os olhos antes de ceder. — Okay !Admito que gosto de vir a praia pois sempre presencio algo interessante, que é útil para minhas matérias. —é minha vez de revirar os olhos.

—Você realmente não tem jeito. —acuso, mas ela ignora. Como sempre.

—Posso te fazer uma pergunta? —ela indaga de súbito.

—Depende está me perguntando como amiga ou como repórter? —questiono já temendo o que virá.

—Eu não sou sua amiga. —diz como se fosse obvio.

—Se for como repórter, eu não irei responder. —decreto.

—Certo,então deixarei você cair na ilusão de que sou sua amiga,e prometo não publicar no jornal o que você me dirá. —ela diz com deboche.

—O que quer saber? —pergunto ainda temerosa.

—O que  há entre você e o Dake West? Tenho informantes que já viram vocês juntos,e eu percebi uma estranha aproximação entre vocês,quando ele me pediu para que você cobrisse o jogo de basquete. —acho que arregalo os olhos pela  sua pergunta, mas logo vejo que estou exagerando, e resolvo dizer a verdade.

—...Ele está me ajudando no meu artigo para faculdade. Só isso.  — só que aquela verdade não era convincente.

—Sabe que ele não é flor que se cheire, não sabe? . — indagou e isso sim era obvio.

—Peggy,estou ciente que se eu me apaixonar por ele,estarei ferrada. —digo meio amarga.

—Que bom que sabe onde está se metendo. —ela fala voltando com o desdém. Mas ainda com um sorriso no rosto.

—Por que não mostra esse seu lado sorridente e amigável aos outros? —questionei a encarando.

—Ninguém quer ser amigo da “fofoqueira da Peggy”. — diz fingindo que não se importa com o título.

—Eu quero. Convivo com você diariamente Peggy, sei que tem muita mais coisas ai dentro, do que você se permite mostrar.  — falo sincera. Pois eu sabia que por baixo daquela casca desdenhosa havia uma pessoa boa.  

—Você é patética. — ela “elogia”.

          Ela estranhamente da-se o direito de se juntar a mim e nos sentamos na ponte e assim iniciamos uma conversa legal sobre coisas dos jornais. Quando vi que ela havia dado a deixa para eu me aproximar mais dela, questionei :

—E você e o Armim...o que há ? —pergunto esperando um surto vindo de sua parte, ela simplesmente revira os olhos.

—Ah! Já está sabendo da fofoca que inventaram sobre mim? — diz irônica.

—Quando é com os outros é "Informação válida agradável para ser compartilhada" e quando é com você é “fofoca” ? —pergunto divertida.

—Eu e o Armim,nunca daríamos certo,somos completamente diferentes.Não vou tentar algo que já está fadado a fracassar. — diz sem me olhar.

—Dizem que os diferentes se completam. —falo com um sorriso de apoio. Mesmo que ela não esteja me olhando.

—Isso é sobre mim e o Armim,ou você e o Dakota ? —ela vira o jogo.

—Sempre vai fazer isso ? Jogar o que eu digo,contra mim? —pergunto incomodada.

—Jornalistas fazem isso,devia saber. —devolve com deboche.

—Mas estamos conversando como amigas. —relembro e pela centésima vez no dia ela revira os olhos.

          Continuamos com aquela conversa estranha e nem notamos o tempo passar. Me perguntei em que momento eu havia mudado tanto assim, lá estava eu rindo e conversando com as pessoas, me aproximando de alguém improvável como a Peggy. Torci para que na manhã seguinte essa aproximação continuasse. Seria legal ser amiga dela.

              No caminho de volta para casa e sigo a tarefa do dia de encarar a casa de Dake e me arrependo lodo em seguida dessa decisão. Dake estava lá,mas não estava sozinho, ele beijava uma garota na varanda dele. Ela era uma daquelas meninas superficiais que ele gostava. Passei mais tempo do que o desejado encarando aquilo, e então o West me viu, por um momento achei que ele viria até mim, que falaria algo, mas ele simplesmente me ignorou e sorriu para a garota, antes de beija-la de novo. Ao que parecem estavam se despedindo.

         Então era por isso que ele estava sumido. Ele nem ao menos se preocupou em saber se eu havia chegado em casa ontem a noite, após ele me deixar sozinha no jogo. Engoli a seco e entrei dentro de casa.

           Quando cheguei ao meu quarto eu estranhamente quis chorar. Mas não fiz isso. Haviam anos que eu não desabava em lágrimas de verdade. Não faria isso por Dake.

[...]

         Um fenômeno estranhíssimo aconteceu no dia seguinte: Eu me atrasei. Acordei minutos depois do que o horário de costume e tive que me arrumar as pressas. Passei na lanchonete da praia e peguei um sanduíche, antes de literalmente correr em direção ao local onde meu carro estava estava estacionado. — Hoje eu não aceitaria uma carona de Dake, nem se ele me  implorasse.  E ir a pé estava fora de cogitação, por conta do meu atraso. — Entrei no carro de forma desajeitada, enquanto comia meu café da manhã improvisado e após colocar o cinto, liguei o veículo.

          O caminho até a escola pareceu mais longo por conta do meu atraso e quando eu estacionei o carro, acelerei rumo a minha primeira aula, que era de Francês. Nath fazia essa aula comigo, e me olhou preocupado quando pedi permissão ao professor para entrar. Todos estavam estranhando pois eu não era de me atrasar. E por esse esse último motivo, o professor permitiu minha entrada.

        As próximas aulas se arrastaram e eu agradeci mentalmente quando o intervalo chegou. Eu precisava me alimentar de forma correta. O assunto no refeitório era a festa de Castiel. Eu estava sabendo de tudo que aconteceu lá, somente pela presença de dois garotos do time de basquete que fofocavam enquanto eu estava na fila para pegar meu lanche.

                De repente eles tocaram no nome de Dake, e eu passei a prestar mais atenção na conversa.

—Cara, você viu que o Dake ficou com a Gisele...Aquela garota é difícil para caramba...Fiquei sabendo que eles ficaram juntos por toda festa e ainda passaram o domingo todo se curtindo. Esse moleque realmente tem a manha. —um magrelo alto falou aquilo como se fosse algo incrível. Suspirei e vi que minha vez havia chegado.

        Peguei o que queria, e com minha bandeja em mãos procurei um lugar para sentar. Passei pela mesa onde Dake estava, e rapidamente o ignorei. Logo decidi que minha melhor opção era juntar –me a Peggy que se encontrava numa mesa afastada. Ela milagrosamente havia saído da sala do jornal.

       Quando me sentei ao seu lado ela me encarou por cima de sua bandeja e em seguida seus olhos passaram para Dake.

—O que aconteceu com você e o West? —não conseguiu segurar a pergunta. E na verdade não quis.

—O previsível...Eu notei que ele é só um popular que não se encaixa na minha vida. —digo amarga,perdendo o apetite completamente.

—Você está bem com isso? —ela me surpreende com essa.

         Sei que Peggy é boa em descobrir mentiras, por isso digo a verdade.

 —Não! Eu queria estar, mas... — não consigo terminar, logo percebo que estou ofegante. Peggy me olha preocupada, sem saber o que fazer e eu me levanto aturdida.

—Eu só preciso de cinco minutos. — murmuro e largo a bandeja em cima da mesa,abandono a mesa e sigo para fora do refeitório.Ando tão rápido que esbarro em algumas pessoas no caminho,peço desculpas e em meio a esse ato, noto que Dake havia notado meu comportamento estranho.

        Corro para o corredor e quando me sinto segura o suficiente me encosto em um dos armários, tentando me acalmar. Me alivio quando noto que o corredor estar vazio e aproveito para deslizar até o chão, pela superfície metálica e ficar sentada lá.

   Por que eu estava tão incomodada com o Dake agindo como ele era de verdade? Por que eu estava incomodada com o fato dele ter me ignorado? Não era isso que eu queria?

           Após um bom ali sentada,tive um daqueles momentos clichês de filmes, onde a mocinha lembra-se de todos os momentos com mocinho. A parte errada daquilo, é que isso não é um filme,é a mais pura realidade.Eu estou mais para a vilã que se ferra sempre e o Dake estava longe de ser um mocinho. Dake até então era a cor nova que adentrava aos poucos a minha vida... Só que naquele momento eu podia notar o cinza voltando e ele estava mais escuro do que nunca.


Notas Finais




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