História De Volta ao Início - Um médico gato!.... Me passa seu numero?

Pov Lua
   
    Acordei 3:30 da manhã, com um barulho muito estranho no primeiro andar da minha casa. Levantei um pouco atorduada e com a visão embaçada por causa do escuro, fui até a porta abrindo com cuidado. Ao pôr a cabeça para fora, escuto outro barulho dessa vez parecia de vidro sendo quebrado. Saí dali e fui ao quarto dos meus pais abri a porta e eles estavam dormindo, devem estar cansados por causa do trabalho. Fechei a porta sem fazer barulho e desci as escadas...
    Cheguei na sala de estar e não tinha nada, fui andando até a sala de jogos e nada também, continuei procurando e parei na cozinha, percebi que foi dali que os barulhos vieram pois o vidro da janela estava quebrado e os estilhaços caidos no chão, tinha sangue no piso e uma papel perto da bancada agachei e peguei o papel. Desdobrei, estava escrito um endereço e uma frase:
- Rua São João da Barra, todo começo tem um fim?
"O que?" pensei, "Concerteza é uma enigma".
    Olhei novamente pro chão e vi a mancha vermelha, me desesperei na hora ao passar pela minha cabeça... "De quem é esse sangue", não tinha nada além de vidro espalhados pelo chão e o sangue. Se meus pais souberem que isso está acontecendo de novo nós vamos nos mudar...
    Senti alguma coisa vibrar no bolso do meu pijama botei a mão dentro e tirei de lá meu Iphone 6 plus, tinha uma mensagem. Desbloquiei o celular pra ver e estava como número desconhecido, abri e li... Reli só pra ter certeza que era verdade.
"Está vendo esse sangue no chão?...Você não sabe de quem é, mas já pensou se for de um dos seu queridos amigos ou melhor quando for o dos seus pais?... Mas não se preucupe não é deles. Vá até este endereço com seus amigos, se não... Todos vocês vão morrer.
                Ass.Sr P
    Aquilo foi o estopim pra mim, entrei em pânico e comecei a ver tudo preto e branco. Senti o chão girar embaixo dos meus pés e apaguei.
   Acordei um pouco tonta e vendo tudo branco, estaca nuna cama super desconfortável "Não parece a minha a minha cama" pensei, é apertada tinha uma mesinha do lafo direito da cama e no lado esquerdo tinha... "Calma, pera aí... Porque que tem aparelho de hospital aqui?" pensei. Aí eu consegui descobrir onde eu estava, quando eu fui tentar levantar a porta se abriu.
- Que bom que a senhorita acordou, está tudo bem? -Um homem muito lindo disse-
- Sim -eu disse sorrindo- doutor? 
- Há sim, sou o Dr. Martins -ele disse sorrindo também- Herick Martins... E a senhorita é Lua, certo?
- Sim, desculpa perguntar mas você tem quantos anos? -Eu tinha que perguntar aquilo-
- Tudo bem -ele sorriu de novo- 25 anos... Agora vamos fazer uns exames pra ver se está tudo bem. Bom devo lhe informar que seus paia estão preocupados
- Estão? -"Claro que estão, onde eu estava com a cabeça ao perguntar isso" pensei-
- Sim, você está sentindo alguma dor ou tontura? -Ele perguntou olhando pra minha ficha-
- Sim -falei e ele fez uma cara super fofa de preocupação-
- Onde? -Ele perguntou se aproximando da cama onde eu estava-
- Estou com dor de cabeça -eu disse-
- Então pegue esse remédio -ele me deu um comprimido e um copo de água-
- Obrigada -disse pegando o remédio e o copo de água-
- Tudo indica que você caiu e bateu a cabeça -ele me analisava-
- Eu não... -Imagens da madrugada vieram na minha mente, a mensagem tudo... Não consegui me segurar e comecei a chorar-
- Hei, o que aconteceu? -Ele chegou mais perto de mim-
- Nada... Desculpa -enxuguei meus olhos e tentei me recompor-
- Posso chamar seus pais? -Ele perguntou preocupado-
- Sim, mas antes posso te perguntar duas coisas? -falei com malícia-
- Já perguntou uma, só lhe resta uma pergunta a fazer -ele riu-
- Engraçadinho -fiz uma careta-
- Ok -ele riu de mim- pode falar
- Primeiro: me dá seu número? -Ele riu com a pergunta-
- Talvez... Ok te darei meu número -ele disse sorrindo- mas e a segunda pergunta?
- Me beija? -Levantei meu corpo e fiquei sentada na maca de frente pra ele-
- Ok a senhorita está confusa -ele concluiu se afastando- precisa descansar mais... Vou chamar seus pais pra falarem com você e depois você descansará
- Brincadeira -eu disse rindo só pra aliviar-
- Mesmo assim -ele continuou- vou chama-los e depois você vai durmir
- Me obrigue -eu disse brincando e cruzando os braços- 
- Ah é -ele disse entrando na brincadeira-
    Herick me pegou no colo e me fez deitar na maca, nós dois rimos... Meu rosto estava perto do dele, a minha boca... Poucos centímetros de sua boca
"Toc toc"
    Alguém bateu na porta e Herick se afastou.
- Pode entrar -Herick foi em direção a porta e a abriu- oi... Eu já estava a chama-los, entrem 
  Herick convidou meus pais pra entrarem.
- Bom então é isso -ele disse- vou deixa-los a sós
- E depois você vai voltar né? -Eu perguntei rindo-
- Sim -ele riu- você precisa terminar os exames 
    Herick piscou um olho pra mim e então fechou a porta.
- Filha você está bem? -Minha mãe veio direito me abraçar- ficamos muito preocupados com você
- Sua mãe tem razão -meu pai disse - quando te vimos na cozinha ligamos imediatamente para uma ambulância
- Mas eu estou bem agora -eu disse-
- Charlie ligou pra você filha -meu pai não gostava da ideia de nós dois estarmos separado, mas se ele soubesse o que Charlie fez não agiria assim-
- O que quê tem? -respodi seca-
- Filha não fale assim, ele se preocupa com você -minha mãe falou-
- Que seja, vocês vão trabalhar ainda?
- Eu não mas seu pai vai resolver algumas coisas depois vai voltar
- Ok -falei simples-
- Já vou indo então -meu pai se aproximou e beijou meu rosto- tchau filha... Tchau querida -deu um beijo em minha mãe e saiu-
- Filha o que está acontecendo?-perguntou preocupado sentando na cadeira ao lado da maca-
- Eu hein mãe porque aconteceria alguma coisa -me fiz de desentendida-
- Eu te conheço você nasceu da minha barriga, tem alguma coisa e você não quer me falar.. E eu sei que é com esse menino o Charlie. O que ele fez? Ele parece ser um bom rapaz
- Ele não fez nada mãe nós só terminamos -tava começando a querer chorar-
- Ok não vou insistir muito mas sou sua mãe e sempre vou estar aqui pra você querida, agora eu vou chamar o médico para te examinar -falou e saiu-
   "Nossa se minha mãe descobrisse o que Charlie fez provavelmente o castraria e o mandaria para cadeia por tentativa de estupro..."
Toc toc toc
- Entra 
- Olha se não é minha paciente mais bonita -o doutor falou sorrindo-
- Concerteza você diz isso para todas -devolvo o sorriso-
- Só quando é verdade -ele piscou pra mim-
- Ok
- Vamos aos seus exames?
- Claro
- Qual seu nome todo? -Ele olhou na ficha e me perguntou-
- Lua Santos de Oliveira Brandão -respondi-
- Quantos anos você tem? -Ele olheu novamente a ficha-
- 18 anos
- Tem namorado?
- Não.. Heii essa pergunta não está no questionário? -Falei sorrindo- 
- Não só queria saber se quer jantar comigo amanhã -ele falou meio...corado?-
- Claro, adoraria jantar com você 
-Te pego às 20h, me passa seu endereço?
- Ok -ele me entregou um papel e uma caneta e eu escrevi- Aqui
- Obrigado, você já esta liberada só vou dar os papeis pra sua mãe assinar
- Ué e os exames? -Perguntei desconfiada-
- Foi só pretexto -ele sorriu e eu sorri junto-
                                        ...
   Cheguei em casa e fui direto para meu quarto me jogando na cama, quando meu celular começou a tocar 
- Alô
- Estrelinha sou eu Noah
- Oi Noah tudo bom?
- Tudo sim, mas e você? Soube o que aconteceu, estou preocupado e o pessoal também, principalmente o Charlie, ele está arrasado.
- Eu sei mas não estamos mais juntos, você sabe o que aconteceu e eu não quero voltar a este assunto agora.
- Eu sei estrelinha, mas ele tá mal só queria que você soubesse
- Ok então.. -Falei e depois lembrei- Noah você não vai acreditar
- Em que?
- Eu vou sair com um cara... AHHHH
- Droga Lua, meu ouvido para de gritar
- Ok parei -falei rindo da cara dele-
- Mas quem é esse cara eu conheço?.. Não posso deixar você fazer isso, se sabe que é como uma irmã pra mim
- Eu sei mas não vai acontecer nada eu prometo
- Tudo bem, eu confio em você
- Noah eu preciso falar com vocês uma coisa séria 
- Meu Deus sobre o que?.. Você tá bem?
- É sobre o que aconteceu para mim ir parar em um hospital -falei-
- Ok, vamos marcar?
- Pode ser hoje mais tarde lá na praça do lado do colegio? 
- Pode vou falar com o pessoal
- Preciso desligar, tchau mano
- Ok bom encontro pra você irmanzinha, tchau"
    Deliguei, olhei pro relógio e marcava 14h dava tempo, então resolvi dormir.
...
    Estava observando as árvores balançando devido ao vento, vi algumas crianças brincando com seus pais e amigos, isso me fez lembrar da minha infância. 
- Lua? 
     Me virei para ver quem me chamava, era Charlie.
- Charlie -disse com um suspiro-
- Qual é o motivo do encontro? -Ele perguntou-
- É melhor esperar todos chegarem sabe, para eu não ficar repetindo -repondi com um sorriso pequeno pequeno no roato. Ficar sozinha com Charlie me deixava desconfortável-
-Você está bem? -Ele me perguntou  preocupado-
- Sim, foi só um susto -falei- 
- Fiquei preocupado com você sabia? -Charlie disse se aproximando-
     Ele fez a típica cara de preocupação que eu achava a mais fofa, mas não eu não podia achar fofo, não depois do que ele fez comigo. Eu mantinha contato com Charlie só por causa dos meus amigos, ainda penso em dar a ele uma segunda chance mas só de pensar naquela noite eu desisto.
     Eu não sabia o que dizer quanto ao que ele falou.
- Bom, eu estou bem mas vamos esquecer isso certo? -Falei e ele concordou- 
- Claro, tem alguma novidade? -Charlie perguntou puxando uma pequena folha de uma moita que estávamos perto-
    Não contive minha animação com meu encontro e acabei contando.
- Tenho um encontro amanhã -Ele parou de repente de mexer nas folhas e olhou para mim, seu olhar de tristeza o entregava-
     Olhei para Charlie e meu sorriso se desfez, porque eu contei pra ele afinal?
- Gente -Noah nos chamou quebrando o momento desconfortável. Ele estava de mãos dadas com Katy e logo atrás vinham Stay, Buck e Kim-
- Lua você está bem? -Stay veio em minha direção falando rapidamente- o que aconteceu? Porque você desmaiou?... Escuta aqui garota, nunca mais nos assuste assim.
- Calma menina, eu tô bem -respondi- mas preciso dizer algo mais importante...
    Tirei o papel do bolso e mostrei para eles, Buck o pegou e leu em voz alta. 
- Você desmaiou por causa de uma rua? -ele levantou as sobrancelhas confuso-
- Não, foi por isso também -peguei meu celular e mostrei para eles- encontrei na cozinha do lado de manchas de sangue 
- O que devemos fazer? -Jason perguntou-
- O que a gente está esperando? -Noah perguntou surpreso- vamos lá
    Ele se preparou para ir mas Katy o segurou pelo braço. 
- Você acabou de levar um tiro, quer levar outro? -Katy disse preocupada- temos que analisar a situação gente, para não ser uma armadilha igual da última vez
- Katy tem razão -Stay sugeriu- mas e se for algo importante?... Acho que devemos ir
- Só temos o nome de uma rua -Charlie disse-
- Eu acho que devemos ir -Cruzei meus braços, já estava escurecendo-
      Todos olharam para mim. 
- É uma rua, provavelmente movimentada então não tem problema -falei- 
- Vamos tomar cuidado -Noah tomou a frente e nos levou em direção ao carro dele, fomos em carros diferentes eu, Noah, Buck, Stay, e no outro foram Jason, Kim, Katy e Charlie
...
     Seguimos o gps e chegamos lá rapidamente, ao sairmos do carro observamos o local que estava totalmente deserto só tinha a iluminação das lâmpadas da rua. Era uma rua com casas antigas, algumas estavam abandonadas.
- Retiro o que disse sobre a rua ser movimentada -falei fechando a porta do carro-
- Ok, o que viemos fazer aqui? -perguntou Charlie impaciente-
- Observar o local -falei não sabendo o motivo da impaciência dele-
- E e o que mais? -Ele perguntou-
- Eu não sei -falei- vamos olhar
     Charlie bufou.
- Porque você está tão nervoso? -Perguntei-
- Nada -ele respondeu-
    O toque do meu celular indicando uma mensagem me deu um susto,  peguei.
- Casa 653, segundo andar, segunda porta -falei em voz alta-
- Parece que temos um endereço -Disse Kim-
    Seguimos a rua, eu estava preocupada, o que essa pessoa tá tramando?
- 630, 640, 653... Aqui -falei parando em frente a casa-
     Era uma abandonada, as janelas estavam quebradas e a porta parecia velha.
- Vamos entrar ai? -Kim perguntou com a voz vacilante-
- Eu não vou nem que me paguem -Stay falou com medo-
- Que bom que não sou a única com medo aqui -Katy disse se segurando em Noah com uma mochila nas costas-
- Porque você não deixou essa mochila no carro Katy -Noah perguntou-
- Uma pessoa segura é uma pessoa precavida -ela respondeu mostrando a mochila-
     Subi as escadas da varanda que tinham antes da porta, tive que forçar um pouco para entrar. A porta rangeu como se estivesse reclamando que estavam abrindo a casa que estava totalmente vazia, tinha teias de aranha em todo lugar e a luz da rua era a única iluminação da casa. Havia uma escada que levava para o segundo andar que estava coberto pela escuridão. 
    Acendi a lanterna do meu celular para ver melhor. 
- A mensagem dizia segundo andar -falei segura- vamos gente
- Lua espera -Buck me parou- talvez  seja realmente perigoso
- Já estamos aqui não vamos desistir agora né? -disse Katy com uma lanterna nas mãos passando por mim, aliás ela foi a única que trouxe uma lanterna- vamos
- Pra alguém que a poucos minutos atrás estava tremendo de medo -falei na ironia brincando- até que está bastante corajosa 
- Uma hora eu preciso parar e tomar coragem não é mesmo? -Katy disse sorrindo e andando na frente- aliás eu fui a única que trouxe a lanterna
- Olha ela -Stay brincou- a precavida
    Todos nós rimos e logo subimos. Quando chegamos no segundo andar a escada dava visão para três portas uma ao lado da outra. "Segunda porta", lembrei da mensagem e abri, novamente a porta rangeu.
    Dessa vez o quarto tinha mobília, somente uma cama de casal e uma cômoda de três gavetas grandes, havia um quadro de fotos. Nos aproximamos, eram fotos de um grupo de pessoas e um anúncio de jornal, pareciam amigos e as fotos antigas, na verdade se pareciam com a gente. 
- Nossa viemos aqui para vermos fotos de pessoas estranhas -Disse Charlie arrogantemente-
- Se você não quer estar aqui pode ir embora Charlie -falei. Já não aguentando o mau humor repentino dele- apesar do escuro, acredito que saiba onde é a saída
- Espera -começou Kim- não são estranhos, são nossos pais mais novos mas são eles
- Verdade, olha a semelhança -Stay encostou na foto do grupo de amigos em frente a um grande prédio que tinha o letreiro de uma empresa que se parecia com ela-
- Nossos pais tinham uma empresa juntos? -Noah perguntou-
- Isso é estranho, porque não nos contaram? -Disse Stay-
- Quem é esse? -Buck apontou para um cara que não conhecíamos-
- Não sei, outro amigo talvez? -Noah avisou-
- Gente olha, o anúncio do jornal fala sobre a empresa, houve uma explosão -disse Katy-
- Diz o motivo? -Noah perguntou-
- Vazamento de gás -ela respondeu-
    Nossos celulares apitaram juntoa. Olhei a mensagem. 
"Nem tudo o que o jornal diz é verdade... Todo começo tem um fim. Sr.P."