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História Dead Leaves - Alone


Escrita por: Sra_Suga

Notas do Autor


Gente, me perdoem. Eu sei que sumi, e tem explicação: estou sem internet. Minha vida tá super corrida, nem sei como estou aqui hoje kekekekke e vocês, como estão? Espero que bem.
Espero que gostem meus bolinhos!

Capítulo 6 - Alone


Fanfic / Fanfiction Dead Leaves - Alone

O avião acabava de decolar. YoonGi ouviu quando as turbinas ativaram, e se sentiu irremediavelmente só.

Seu amor acabava de partir.

Amaldiçoava-se dia e noite por não ter feito nada: a situação poderia ser outra. Ágata podia até mesmo ainda ter o pequeno Hans — nome que ele havia escolhido para a criança não nascida —, e quem sabe, eles seriam uma família feliz: mesmo que ainda houvesse Hoseok para “atrapalhar”. Se tivesse feito algo…

Mas quando quase sentiu a Fialho sobrevoando, passando por cima dele e indo para casa, ele percebeu que não havia volta.

Sentiu vontade de chorar — ainda mais, já que se despediram com beijos, promessas e lágrimas —, e quando se deu conta da real situação, a vontade passou para realidade.

Wings Tour.

Wings Tour sem Ágata.

Wings Tour com Agust D à solta, sem Ágata para controlá-lo.

Sabia que ela voltaria, mas quando? Em um ano? Dois?

Era tempo demais.

Deus, porque? Porque tudo aquilo acontecia com sua Ágata? Nunca fizera mal à uma mosca sequer.

Ele concertou a máscara, tampando mais de seu rosto com ela, em seguida o boné. Pôs as mãos nos bolsos e saiu do aeroporto, despedaçado.

Não mais do que Ágata estava, dentro do avião.

 

[...]

 

— Ágata? — chamou Hoseok, o primeiro a entrar. Eram 18h15min, e o apartamento se encontrava silencioso. — YoonGi? — chamou o Min, sentindo uma pontada no peito: não sabia se de ciúmes, medo… provavelmente os dois.

— Chibi? — chamou JiMin, entrando também. Logo os seis do BangTan estavam em casa, e Hoseok começou a andar pelo apartamento, procurando-a: primeiro no quarto em que dormia, que se encontrava perfeitamente arrumado (típico dela), depois no próprio, que agora ele aprendia a chamar de “meu”, na cozinha, banheiro, sala, área de serviço… nada.

— Ela não está em lugar nenhum. — voltara a sala, com a agonia crescente no peito. Uma dor aguda era cada vez mais forte, aquilo era medo. De repente, a última discussão saltou-lhe aos olhos, em lembranças horripilantes, horrorosas. — Avisou a alguém que ia sair?

— Não. — NamJoon falou, com expressão preocupada.

— Você procurou direito? — questionou SeokJin, e TaeHyung reforçou, dizendo que ela devia estar na cozinha.

— Procurei a casa toda. — respondeu, e houve alguns segundos de silêncio, difíceis. Ninguém queria, mas todos ali presentes seguiram a mesma linha de raciocínio. O coração de Hoseok bateu acelerado, o pavor lhe subia em ondas, golpeando-o na barriga.

JungKook tentou falar, mas o terror do pensamento fê-lo obrigar-se a se acalmar: para isso, teve de permanecer em silêncio.

— Pessoal… — Hoseok começou, com medo de falar. — Vocês não acham que ela… que ela… — não conseguiu terminar, culpado demais para isso.

— Não. — interveio logo o Jeon, negando veemente. Sua voz era forte e rouca. — Ela prometeu. E aliás, parecia muito melhor esses dias… até sorriu uma vez.

Torciam para que ele tivesse razão, mas duvidavam que tivesse. Então, o silêncio reinou outra vez.

— Vamos falar com o manager, gente. — SeokJin foi o primeiro a falar. — E YoonGi voltou antes, deve estar com ela. Ele não deixaria nada de grave acontecer.

A ideia não agradava muito Hoseok, não mesmo.

— Será que passou mal de novo e Suga levou pro hospital, como da outra vez? — a voz de JiMin estava estridente, eles se entreolharam.

— Não sei, mas vamos descobrir. — o Jung disse, e instantes depois, três celulares tinham chamadas incessantes.

O de Ágata, YoonGi e Kai, o manager.

Kai foi o primeiro, e o único a dar notícias. Não parecia alarmado com a desaparição da Fialho, mas sim do rapper. Mas, depois de explicada e detalhada a situação para ele, deu um suspiro de compreensão, e falou que estava a caminho.

Passados minutos de ligações e mensagens na caixa postal, SeokJin — fora de vista até o momento —, volta, o rosto sem cor. Tinha uma expressão de quem ia chorar.

— Gente… as roupas da Ágata não estão mais no guarda-roupas.

— E do YoonGi? — perguntou NamJoon. Não era possível que tinham fugido…

— Nem reparei. — foi sincero, e sentou-se no sofá, derrotado. — Vim direto pra cá quando notei as delas, nem terminei de olhar nada.

Eles tinham entendido, ao menos em parte. Só não queriam aceitar.

 

[...]

 

O tecido claro da cortina foi posto para o lado, e Ágata pôde vislumbrar um pedaço do céu que começava a escurecer, tornando-se um breu. A imagem desconfortou-a, e ela fechou novamente a cortina, olhando para a tela a sua frente, que passava um filme qualquer. As mãos pousaram na barriga, vazia.

Muito mais do que fome, o vazio que a abatia era de pura dor. Sentia-se tão sozinha e solitária, sua única vontade era se encolher como uma bola e viver assim para sempre. Lágrimas caíam, incessantes. Os soluços já haviam parado — graças a Deus a empresa tinha pegado um lugar na janela para ela —, mas não os grossos filetes d’água.

Seu filho, seu precioso filho. Hans, como YoonGi escolhera. Achou tão lindo da parte dele, tão tocante: parecia até sentir sua própria dor. Como se ele fosse o pai da criança. Chorou feito um menino nas duas noites em que dormiram na mesma cama — um tempo tão curto, dias, alguns dos piores, mas os quais se sentiu o mais segura possível —, deixando-lhe pingar as lágrimas no cabelo, pensando que ela dormia. Pegou-se desejando que YoonGi fosse o pai da criança. Tudo seria tão diferente… eles estariam em festa, ela seria a mulher mais feliz do mundo… se YoonGi fosse seu namorado, e não Hoseok, ela não teria a obsessão pela maldita coreografia, e não teria que carregar a culpa pelo resto da vida.

Estava surpresa com o desejo, mas não se arrependia de tê-lo, nem mudara de ideia.

Chorou, chorou livremente. Chorou por YoonGi, por ela, e principalmente, por Hans.

E sabia que ficaria ainda pior quando encontrasse a mãe.

Não conseguira contar tudo para Tatiana, apenas chorou muito ao telefone.

Naquele avião, sentiu-se pequena, muito mais do que quando chegou à Coreia.

Ela sentiu que era uma menininha — mas sem a alegria, a pureza das crianças. Apenas pequenina, sentindo a dor, a devastação que se encontrava. Sentia o ventre oco, ela toda oca, dando a falta do pequenino que era dela.

Pediu a Deus forças para pelo menos aguentar… pelo menos, manter as aparências para a família e tudo o mais.

Mas o que ela mais queria, era juntar-se a Hans, ter o filho nos braços uma vez.

Não fosse o que YoonGi a mostrara… o que a fizera prometer…

 

[...]

 

O apartamento do BangTan era puro silêncio.

Cada um estava em um canto, preocupado — com exceção do manager, que estava a par de tudo, e disse que assim que YoonGi voltasse, teriam uma reunião. Não passou despercebido para eles que o homem dissera apenas YoonGi, mas ninguém perguntou nada.

JiMin e NamJoon estavam cada um em seu quarto, deitados e sem um pingo de sono. TaeHyung fingia ver animes, tentando ignorar o mal estar e a sensação ruim. JungKook estava no banheiro, sentado no chão e encostado à porta fechada, pensando. SeokJin fazia a janta sem ânimo nenhum — o que era raro, visto que cozinhar era um de seus maiores prazeres. Mas hoje, tinha motivos. E Hoseok se encontrava no chão da sala, recostado no sofá enquanto encarava a porta.

Sua consciência não estava sendo amigável. Os pensamentos oscilavam de seu comportamento horrível no último ano, em Ágata, em tudo o que passaram juntos, na perda recente, na tentativa de suicídio… em YoonGi, mais especificamente, com quem estava. Se estava com ela. O que estavam fazendo.

Mas, se ele gostava mesmo da Fialho, se era traíra a esse ponto, Hoseok não entregaria a namorada assim, de bandeja para ele.

Ia lutar. Ágata ainda o amava, apesar dos pesares, sabia disso. Ele a reconsquistaria.

Pelo menos, pensava que faria isso, antes de ouvir a porta ser aberta, e por ela passar um YoonGi cabisbaixo.

— Onde ela está? — levantou-se de imediato, tão rápido que sentiu-se leve. O tom de voz era autoritário e defensivo. O Min apenas olhou para ele com desprezo, e uma tristeza enorme estampada no rosto. Hoseok pensou o pior. — O que aconteceu? Você não deixou ela se matar, deixou, seu filho da puta?!

— Não sou você, Hoseok. — as palavras baixas atingiram-no como uma punhalada, e um dejá vú passou-lhe na mente: a ex-namorada dissera aquela mesma frase, dias antes. — Ela foi embora.

O que?! — a garganta secou de repente, o coração falhou uma batida. Ele não podia acreditar. Não podia.

— Ágata foi embora. — YoonGi falou outra vez, alto para quem quisesse ouvir. O manager, que sentado no sofá, observava a tudo. Não se surpreendeu.

— Você sabia, não sabia? — Hoseok virou-se para ele, furioso. — Porque não disse nada?

— Exigências da srta Fialho.

 


Notas Finais


BEIJOOOOOOOOOOOOS SEUS LINDOS!
Obrigada por não desistirem de mim kekekek
não se esqueça do coment u.u


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