Caminhando pelo corredor, procurei o número do quarto de Tae e até que encontrei. Bati na porta e em seguida ele abriu.
- Nossa, você demorou, ein! – passou a mão e mexeu no meu cabelo – E ta com fios levantados. – rimos.
Adentrei seu quarto e ele se sentou em uma poltrona fofa e gigante. Me aproximei dele e ele me puxou, cai sentado ao seu lado e rimos, novamente, pareci ficar bobo perto dele, até eu percebi uma coisa dessas, porém ignorei.
- Ei, eu ainda não te ouvi cantar. – ele falou.
- Quero ouvir você primeiro.
- Vamos no jokenpô.
E assim fizemos, jogamos e na primeira eu ganhei com pedra e ele com tesoura, na segunda vez ele ganhou com papel e eu pedra e na terceira eu ganhei com tesoura e ele pedra.
- Há! Eu ganhei. – esse gesto foi bem infantil.
- Tudo bem, tudo bem, eu canto.
Ele se preparou, respirou e começou.
¹ “Eu tenho escondido isso, vou te contar uma coisa
Apenas para deixar enterrado
Agora eu não posso mais suportar isso
Por que eu não podia dizer, então?
Tenho estado ferido, de qualquer maneira
Realmente, eu não posso suportar isso
Agora chore, é só que eu realmente lamento muito por você
Mais uma vez, chore, porque eu não consegui protegê-la
Mais profunda, mais profunda, a ferida só fica mais profunda
Como pedaços de um vidro quebrado que eu não posso reverter
Mais profundo, é apenas o coração que se machuca todos os dias
Você, que foi punida em meu lugar”
Fiquei realmente espantado, a voz dele, era algo sem explicação, um anjo caído, pecador da luxúria como eu, não poderia se apaixonar mas qualquer pecado era cobrido por aquele garoto, suas feições serenas enquanto alcançava cada nota perfeitamente, sua mania de mexer nos dedos suavemente a cada palavra dita, era o poço do perdão, fazer alguém cair de amores por ele não era difícil, nem mesmo para mim, alguém que nunca falara sobre alguém dessa maneira.
Fiquei o admirando, como uma obra prima feita por um perfeccionista. Depois de uns minutos, voltei á mim e abri a boca, demonstrando o quão impressionado eu estava.
- Ok, eu fico envergonhado. – ele colocou as mãos no rosto.
- Envergonhado? Mas porquê? – coloquei minhas mãos em cima das suas e descobri sua face. – Sua voz é linda!
Nossos olhos se encontraram e se observaram durante alguns minutos, perdi minha concentração em tudo, percebi nossos rostos se aproximarem calmamente.
Acalmamos a respiração, estávamos prestes a conhecer os lábios um do outro. Nossas mãos ainda se tocando.
- V! – a porta foi aberta e esse grito foi ouvido, fazendo com que nos assustássemos e nos separássemos.
Era Suga, eu me distraí e perdi a conexão com meus poderes, assim deixando o filho da mãe se soltar.
- Acho que eu já vou indo. – falei e dei um beijo no rosto de Tae. – Boa noite, até amanhã.
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