Se eu iria me culpar para o resto da vida pelo que eu tive de fazer? Sim, eu iria, remoer isso em meu peito até o fim da eternidade, mas quando ela acabaria? Todavia, se não fosse assim, tudo acabaria piorando. Agora, a alma dele estaria liberta, pelo menos.
Dizem que quem faz o nosso caminho é Deus mas anjos como eu podem mudar a caminhada de qualquer um, pois, os seres lá de cima nunca planejam o mal e eu sou o mal em pessoa.
Ontem eu estava na cama com o garoto mais lindo que já vi, hoje estou com seu sangue nas mãos e seu corpo morto em meus braços, tudo por causa de um desejo sujo meu, porém, eu não entendia, fui doutrinado para não ter sentimentos até esse tal Taehyung aparecer e no momento estou me culpando por matar alguém que eu gostava.
Deixei que lágrimas escorressem dos meus olhos e em seguida, Yoongi aparece na pont da escada do porão. Quando vê o corpo do amigo em meu colo, ele se joga de joelhos no chão, com a boca semi-aberta, expressão espantada e pensamentos confusos, aos quais ele gritava para mim em sua mente.
- É tudo culpa sua. – ele começou a soluçar, seus olhos amarelaram e me fez voar contra a árvore mais próxima.
Minhas costas doeram com o impacto e cai sentado. Ele andou até mim e estralou os dedos fazendo meu corpo ser arrastado e bater na parede de concreto ao lado.
Apenas deixei que ele fizesse isso comigo, eu até entendia, eu até achei que merecia.
Levantando a mão, o garoto fez-me voar e bater com as costas na grade do portão, mordi o lábio sem querer e o fiz sangrar.
- Você! Ah, eu tenho tanto nojo de você, se acha o melhor só porque é o preferidinho do pai, vá se ferrar, você essa magia suja que usa! Eu quero te matar e vou fazer isso! Aqui mesmo!
O branquelo fechou o punho e o metal atrás de mim se enrolou em meu pescoço, quase que me enforcando.
“Se resolva com o maioral depois mas continue, vá em frente! Eu não quero mais estar aqui!” – pensei e ele ouviu, riu e disse:
- Sua morte será lenta e dolorosa! Eu prometo.
Após esta última palavra, palmas foram ouvidas.
- Muito bom! Muito bom! – era a voz de Jimin – Pena que você não irá machucar o meu amigo.
Suga congelou onde e como estava. Com sua visão ainda concentrada em mim, até que, sua respiração diminuiu e ele levantou o pescoço tentando puxar um pouco de ar, sufocando, mais do que eu.
- ¹Restitui autem non dereliqui. – o ruivo recitou.
Os olhos de Min viraram chamas e ele também. Em questão de segundos, o que sobrou dele foram apenas cinzas no chão e algumas penas negras voando até se misturarem com o carvão do chão.
Jungkook correu até mim e derreteu o ferro que envolvia meu pescoço. Consegui voltar a respirar normalmente.
- Hey, amigão! – o moreno falou sorrindo mas permaneci sério, me levantei e fui à procura do corpo de Tae que estava do outro lado do pátio, antes, mas agora, havia sumido.
- Não, não pode ser! – segurei firme meus cabelos e chorei novamente – Por favor! Me deixe acordar! Não quero mais viver isso! – implorei como se tudo fosse um sonho mas infelizmente, não era.
- Isso é real, Jung Hoseok, menos você! Você não é mais quem era! - o ruivo se aproximou de mim e segurou meu queixo – O que aquele brinquedinho fez com você? Volte a ser um de nós!
- Eu… eu só quero voltar para casa. – falei chorando mais ainda.
- Bom, você sabe como ir. Boa sorte! - ele disse em um tom de decepcionado comigo como se eu tivesse feito algo muito ruim.
Bati meu pé no chão e ele quebrou, fazendo assim um precipício se abrir, onde me joguei.
A cada centímetro que eu me aproximava, sentia o calor aumentar e permanecia de olhos fechados.
Meu corpo bateu contra o chão de predegulhos e sangue, o cheiro de enxofre já entupia meu nariz, suspirei, lar doce lar.
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