História Dead Leaves: Fallen Wings ~ VHope - Jealous?

A aula acabou, graças a Deus, estranho falar isso, esqueci como era chato ficar 4 horas sentado em uma cadeira ouvindo o professor falar.

Sai sem esperar que Taehyung saísse e me dirigi ao pátio, sentei-me embaixo de uma árvore e comecei a pensar no que iria fazer, isso não era típico para um anjo como eu, sempre tive tudo preparado, todavia, as coisas parecem ter mudado agora.

Alguns minutos depois, alguém se sentou ao meu lado, era Tae.

- Por quê “V”? – perguntei, ainda olhando para o céu onde o sol brilhava.

- Ah, sei lá, uma vez ganhei um concurso na escola, de canto, Suga disse que eu era vitorioso e essa palavra começa com V então, não sei porquê diabos ele começou a me chamar assim. – rimos. – Você tem um sorriso muito bonito.

Corei, isso não era típico também, eu deveria ser ousado mas não tinha vontade disso.

- Você tem olhos bonitos.

- É lente. – ele riu e eu o acompanhei, o garoto tirou as duas lentes e me olhou, assim fazendo-me ficar espantado, seus olhos, os olhos castanhos aos quais eu lembrava, porém eu não conseguia ter em mente o que acontecera, ah, que raiva.

- Continua bonito. – falei e desviei o olhar.

- Você canta?

- Acho que sim – pra falar a verdade, nunca tentei.

- Cante para mim.

A voz ecoou na minha cabeça novamente: “Pare, eu não deixarei com que você faça isso ao meu melhor amigo, como fez antes”. Era a voz do tal Yoongi. Mas, o que eu fiz antes?

O mesmo branquelo apareceu e se jogou no colo de V. Deitando entre suas pernas.

- Você é muito viado, cara. – Taehyung brincou.

- E você não é – ele se acomodou ali e me fitou com os olhos, o mais novo ficou envergonhado. – Estou com sono, sirva de travesseiro para mim.

V começou a passar a mão nos cabelos do amigo e isso me deu uma queimação por dentro, passei a me sentir desconfortável.

- Então, tenho que ir. – me levantei.

- Mas, já? – o moreno fez cara de triste.

- Sim, ainda tenho que achar meu quarto e descobrir quem é meu colega.

- Deixa que eu te ajudo.

- Não, não, pode deixar comigo. Até amanhã.

Virei-me mas ele me chamou novamente. Pediu que eu me abaixasse ao seu lado e assim fiz, ele pegou meu caderno e anotou seu número. Assenti e me retirei. O outro parecia já ter caído no sono.

Atravessei o pátio e subi as escadas até os dormitórios.

O diretor me disse que o meu quarto era o númro 432, procurei e enfim, encontrei. Bati na porta e entrei.

Um garoto loiro jogava video-game e xingava seus adversários. Quando me viu, ele se virou e veio até mim.

- Eaí cara, meu nome é Park Yan, mas pode me chamar de Yan, sou seu colega de quarto.

Sorri forçado. Esses dias serão longos.