História Dead Leaves: Fallen Wings ~ VHope - Drawing My Dreams

POV Hoseok

O dia passou tão rápido quanto uma brisa fria mas graças a qualquer coisa, a noite chegou logo.

Jin saiu para iniciar sua “missão” e eu resolvi pôr meu plano em prática.

Olhando pela janela vi que o meu vizinho havia deixado a  luz do quarto ligada então isso era um sinal que ele estava em casa.

Eram mais ou menos umas 20:00 da noite quando toquei a campanhia da gigante e rústica casa, sem demora, o garoto atendeu.

- Oi, eu sou seu novo vizinho. – falei – Me chamo Hoseok, Jung Hoseok.

- Ah, Oi. – ele disse seco – Eu sou Taehyung, Kim Taehyung. É um prazer. – apertamos as mãos.

- Meu irmão saiu e fiquei sozinho então resolvi conhecer a vizinhança. – eu disse, ele levantou a sombancelha e riu. – Porque está me olhando como se soubesse o que eu estou pensando? – perguntei com um sorriso meio aberto, pois era exatamente esse olhar que ele me jogava, estranhei.

Taehyung continuou me encarando por um tempo até que resolveu falar algo.

- Você está com tédio e resolveu vir aqui ver se temos algo empolgante para fazer. – ele pegou no meu punho e me puxou para dentro do local. – Vem, vamos fazer algo.

O garoto parecia ser bem legal, simpático, bonito e seu corpo  foi uma bela visão ao subirmos a escada.

Entramos em seu quarto, a luz na escrivaninha iluminava bem o cômodo. Parecia que em minutos nos tornamos melhores amigos.

Comecei a mexer em suas coisas, haviam desenhos feitos a mão e muitas outras coisas.

- Você que desenhou? – perguntei, os desenhos mostravam dois garotos tendo relações e nos cantos das folhas haviam frases escritas. – O que significa? – continuei a observar.

- Sim, eu que desenhei. Mas não sei, sinceramente, eu tenho sonhos e os desenho, mas não consigo entender, são sempre com o mesmo garoto, não consigo ver rostos mas vejo atos.

- Ah… - disse e ele veio até onde eu estava, se encostou na mesma mesa onde eu olhava.

- Porque se mudou para cá?

- Ãh… meus pais… expulsaram eu e meu irmão de casa. – falei a primeira coisa que veio na minha cabeça.

- Por…?

- Por sermos bissexuais, odeio gente assim.

- Hum… - ele falou, desinteressado, pelo que parecia.

- E seus pais? – questionei, o que depois vi que foi um erro.

- Morreram.

- Oh… Me desculpe – levantei a mão como se fosse encostar nele e ele segurou-a. Esse toque me fez ver uma imagem, como um flashback, duas mãos se entrelaçando, dois garotos sentados em uma toalha de piquenique, um deles com um moletom estilo abelha, sentia mesma sensação em vida que senti nessa lembrança. Era momentos dele? Ou… meus?

Foi então que corei e desvirei o olhar, então, me deparei com algo que me supreendeu, havia um colar em uma caixinha no canto da mesa, era a parte que completava o meu.

Peguei ele e observei-o, era exatamente, milimetricamente igual ao meu.

- É seu? – perguntei e olhei para ele.

- É, eu já vi que você tem um igual. Onde conseguiu?

Nesse momento foi um pequeno choque de realidade, onde eu consegui? Tentei lembrar, pensei em todos os momentos que vivi mas nada, nenhum deles mostrava algo sobre isso.

- Não me lembro. – falei passando os dedos no colar do meu pescoço. – E você?

- Minha vó dizia que minha mãe me deu quando eu era pequeno. Ela dizia que ele era único. – seus olhos me fuzilaram e um arrepio percorreu minha espinha.

- Então, é melhor eu ir. – falei e já me retirei, o garoto não pensou em nada e nem disse nada, só me deixou sair.

Voltei para minha casa e me deitei na cama, o que estava acontecendo?