História Dead Leaves: Fallen Wings ~ VHope - Madness

POV Taehyung

  Acordei na manhã seguinte sentindo uma leve dor no pescoço. A luz do sol invadia meu quarto iluminando-o. Fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, desci para fazer meu café. Descendo as escadas, entrava-se direto na cozinha onde tinha a pia e em sua frente uma grande janela que dava para a rua da frente da casa.
  Haviam muitas janelas na minha casa, isso trazia a sensação de que tudo era mais pacífico do que realmente era.
  Liguei a torneira e coloquei água na chaleira para pôr esquentar. Enquanto fazia este ato, vi Hoseok passar pela minha frente e percebi marcas estranhas no seu maxilar, me assustei e sai correndo, abri a porta e parei em sua frente.
  - Ei, ei, ei, parado aí. – ele se assustou mas depois sorriu de canto.
  - Bom dia para você também, Taehyung.
  - Onde você vai?
  - Porque quer saber? – mudou o sorriso para um malicioso.
  - Ãh… - fiquei sem jeito, merda - Preciso falar com você.
  - Bom, fale – ele cruzou os braços, esse garoto transmitia um ar de convencido, aish.
  - Não aqui na rua, vem – puxei seu braço e o arrastei até minha casa. Entrando, fechei a porta. – Que marcas são essas no seu pescoço? – levantei a cabeça do mesmo com a mão e ele bateu na minha.
  - N-Não é do seu interesse – desviou o olhar.
  - Eu ouvi você gritar ontem durante a noite.
  O garoto corou de uma maneira adorável.
  - Pare de me cuidar, sei me virar sozinho. – ele empurrou meu ombro e tentou sair.
  - Não, volte aqui – segurei seus braços e coloquei-o contra a parede – Diga-me, por favor. Eu preciso saber. Algo te visitou ontem a noite?
  - O que eu vou ganhar em troca? – seu sorriso malicioso voltou ao rosto e suas mãos pararam em minha cintura, fazendo meus pelos arrepiarem.
  - Podemos conversar sobre, depois – falei em seu ouvido.
  Ele levantou meu corpo e enrolei as pernas em seu tronco, em questão mínima de tempo sua boca selava meu pescoço e eu apertava seus ombros.
  Deitei para trás e separei nossos corpos.
  - Eu disse: depois – falei e vi seus olhos revirarem.
  Esse menino era insistente, pôs as mãos em minha bunda e puxou contra ele, chocando nossos membros, juntou nossas bocas em um beijo e isso me fez ver algo, cenas cortadas de nós dois em lugares diferentes, fazendo esta mesma ação.
  Nos separei e me afastei.
  - Eu vou repetir… - antes que eu terminasse ele me interrompeu.
  - “Eu disse: depois” – fez voz fina me imitando e fez caretas, isso me fez rir. – Tudo bem, eu tive um sonho, estranho, só isso. Onde alguém dizia que seria “minha salvação” e eu matei alguém neste mesmo sonho, me assustei e acordei gritando, isso acontece.
  - “Salvação” – cochichei, tentando lembrar onde eu tinha ouvido falar disso, até que – Ah! – puxei seu punho e puxei-o escada acima. Chegando no meu quarto, entramos e baguncei os meus desenhos encontrando um deles onde havia escrito: “Eu serei sua salvação” em um canto. – Eu sonhei com isso também, mas quem dizia isso era eu, só que eu não sabia para quem, ontem à noite sonhei que alguém me dava um tiro, cai no colo dessa pessoa, sabia que ela fazia aquilo por um motivo o suficiente para tal ato.
  - Não cara – ele riu – Isso é loucura.
  - Não, no meu mundo não é.
  - Há! Para, você é um “menininho tão bonzinho”.
  - Pessoas boas fazem coisas ruins.