História Dead Leaves: Fallen Wings ~ VHope - Hobi, Save Me

POV Taehyung

Eu corri, rondei a praça inteira, caminhei por lugares onde pensei que Hoseok poderia estar mas nada. Nada.

Passei o dia em função disso e fui parar apenas quando a noite caiu.

Depois do que passamos, ele simplesmente some, evapora, vai embora, de novo, pareci sentir algo conhecido, acho que agora eu entendo o que senti quando fui deixado nas outras vezes, fui tolo, acreditar em um anjo da luxúria? Sabia que na primeira chance ele iria embora. Sempre foi assim com todos a minha volta, não existem motivos para ser diferente agora.

“Te vejo errando e isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa sangrar”. Era isso que eu pensava, quantas vezes engoli os erros dos outros que me machucaram? Bom, posso fazer uma lista, quando meu pai batia me minha mãe, quando me zoavam por nada, simplesmente nada, eu era apenas um garotinho que gostava de estudar! Que mal tem isso? Nunca afetei ninguém por isso. Continuando, engoli a seco quando tentei entrar no time de basquete mas graças a um popularzinho medíucre, fui derrubado de propósito. Quando a minha avó morreu, ela morreu de infarto, eu não estava aqui, foi tudo culpa minha, quem sabe se eu estivesse ao lado dela poderia ter cuidado e evitado tal acontecimento, mas não, dessa vez quem errou e se afetou fui eu, porquê prefiri ficar sozinho do que ficar ao lado de alguém que precisou de mim, a única pessoa que se preocupou comigo.

Tudo bem, no momento estou fazendo isso, descontando toda a dor no meu psicológico pois sei que aliviará minha raiva e decepção.

Angustiado, resolvi beber, “Claro Taehyung, ótima idéia, bebida irá ajudar muito”, eu sei que não vai, mas insisto em fazer mesmo assim, cansei de tudo mesmo, cansei de ter que matar e ser matado sem ter que morrer.

Entrei em um bar, bem conhecido na cidade, bebi um copo de cachaça, dois, três, chorei, bebi um pouco de lágrimas também mas principalmente, bebi de Hoseok, tudo o que mais me mantia sóbrio, acabou comigo.

Lembro de sair cambaleando do local à procura de minha casa mas estava tudo escuro, não consegui nem se quer pensar direito pois o alcóol já dominava minhas veias.

Entrei em uma ruazinha escura, iluminada apenas por um poste meia boca, quebrado.

Encostei-me na parede suja do local e como não havia ninguém, me pus a chorar, meu avô sempre me ensinou que chorar não adiantaria nada, mas minha mãe dizia que alivia a alma, mas que alma?

Em meio de soluços e desejos pedindo para meu Hope voltar, senti uma pancada na cabeça, cai no chão e recebi um forte chute na barriga, vomitei um pouco de sangue e de bebida. Comecei a ser espancado, via algumas sombras em minha volta mas não consegui identificar quantas, minhas costas, braços, pernas, eram atingidas bruscamente.

Entre toda a dor e só consegui pensar “Hobi, me salve”.