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História Dead Leaves: Fallen Wings ~ VHope - When I Died


Escrita por: hobiwalls

Notas do Autor


*NOTAS FINAIS*

Capítulo 58 - When I Died


POV Hoseok

 

Voei durante muito tempo, fugi da Coréia, sobrevoei a Ásia inteira,a Europa, a África e os mares, parando assim em San Francisco, Califórnia, Estados Unidos, América do Norte.

Chegamos na cidade durante a noite, parei no centro da mesma, procurando algum lugar onde alugasse carros, encontrei uma tal loja com o nome: “Red Cars”, fiz o que pretendia e aluguei um “Intermediate”, como eles chamavam. Enfim, agora sai para a busca de um hotel.

Taehyung dormia no banco do passageiro ao meu lado, de vez em quando eu lhe olhava só para ter a certeza de que estava respirando.

Parei em frente de um hotelzinho meia estrela, não procurava o melhor e sim o mais escondido, ele tinha uma aparência boa, possuia vários apartamentozinhos, do estilo típido da cidade.

Desci do carro e aluguei um quarto, voltei para o automóvel, abrindo a porta e pegando Tae no colo, seu sono era pesado. Abri a porta e entrei, liguei as luzes, era um lugar aconchegante, possuia uma cama de casal, uma estante com uma televisão antiga, um frigobar e uma cadeira, uma janela no fundo e ao lado dela uma porta, provavelmente era o banheiro.

Fechei a entrada e coloquei Taehyung deitado, o mesmo continuou a dormir, não deixei as luzes ligadas para não acordá-lo, porém e luz de um poste na rua, iluminava parcialmente o cômodo, então deixei apenas com o vidro fechado.

Abri a pequena geladeira e procurei algo para beber, ali dentro tinha uma lata de cerveja artesanal, peguei-a e resolvi tomar. Puxei a cadeira e coloquei perto da janela para que pudesse observar a rua.

Pretendia não dormir para cuidar de Tae. Eu fui tão descuidado da última vez, agora não poderia deixar um passo despercebido. Senti na pele a sensação de quase perdê-lo e juro, não era nada boa.

Uma chuva fina resolveu cair, molhando o vidro, pingo por pingo, isso trouxe junto um aperto no peito e todas as lembranças das coisas que eu fiz, diversas vezes pisei nas pessoas para conseguir o que eu queria, outras vezes deixei que elas passassem para depois puxá-las os pés, já fui uma pessoa horrível, talvez eu ainda fosse a pior pessoa do mundo, mas existe um momento em que você cansa de ser uma pessoa ruim, nem sempre o mal é o melhor caminho mesmo que ele seja o mais fácil. Acho que me apaixonar foi a melhor coisa que eu já fiz.

- Hobi hyung? – uma voz sonolenta tirou minha atenção da rua e trouxe para dentro do quarto novamente, um Taehyung deitado por cima de um braço dobrado enquanto o outro estava esticado por cima dos lençóis brancos. Seus olhinhos pequenos quase se fechando. – Nós estamos seguros agora?

- Sim, meu amor, nós estamos seguros agora. – realmente, não estávamos mas eu iria ajeitar tudo, para ter uma vida normal com ele.

- Significa que eu e você poderemos ficar em paz agora? – seu tom infantil predominante na fala fez com que meu coração derretesse.

- Sim – sorri.

- Então porquê você não vem deitar comigo?

- Eu só quero me certificar de que nada lhe faça mal.

- Quando você está comigo, nada me faz mal. – ele fechou os olhos e caiu no sono novamente.

Eu realmente era merecedor de seu amor? Um ser que nunca soube amar, estava aprendendo da melhor forma, mas porquê?

Quantas vezes me banhei no mar dos pecados do inferno sem me preocupar, apenas no desejo de fazer o pior que eu pudesse, o inferno é realmente cheio de boas intenções, eu fui fraco, muito fraco mas estava me tornando forte.

Comecei a relembrar do meu tempo de vida, pensando nisso percebi o quão eu e Tae somos diferentemente iguais. Ele perdeu seus pais num acidente de carro e os avós de velhice, isso aconteceu comigo quando minha versão carnal ainda vivia em Terra, foi a falta deles que me levou a um suicídio mas Kim resistiu e aprendeu a suportar, coisa que eu não quis fazer, nunca tive amigos, desde que nasci fui problemático, machucava criancinhas na pré-escola, brigava no ensino fundamental e nunca fui de ter pessoas próximas no ensino médio, meu temperamento sempre afetado, fez com que meus tios se afastassem, os únicos que se importaram mas eu os esnobei, lembro da última vez que falei com eles.

Minha tia estava doente, estava em tempo de inverno, muito chuvoso na cidade de Daegu, era tarde e ela precisava de um remédio, meu tio pediu para mim ir comprar e eu me neguei, acabara de sair de um resfriado forte e não queria pegar outro.

“Nós fazemos tudo por você mas você não faz nada por nós” – ele jogou essas palavras junto com um tapa em minha cara.

Soquei seu rosto e disse que nunca precisei deles nem de ninguém para nada.

Ele mandou que eu fosse embora se a ajuda deles não me fosse útil, eu fui, passei na farmácia e comprei diversos remédios até para doenças que eu não conhecia, mas os mais fortes eram os para depressão.

Voltei para o apartamento que antigamente era de meus pais e me matei lá, overdose. Uma nuvem negra me envolveu e ‘como’, eu ainda não sei mas ela me levou até um lugar estranho, me deixando de joelhos para um homem. “A Ira” como um criado o chamou. Ele me testou, mandou que eu beijasse seus pés e minha resposta foi: “Eu já estou ajoelhado, isso já é demais, não vou beijar seus pés, estou morto de qualquer jeito”. Ele riu e disse que eu nem havia começado a viver de verdade e que eu era corajoso, seria um bom anjo caído para levar os outros a pecar, por isso me deu “A Luxúria” como nome. A tal Ira se apresentou com Namjoon para mim, dizendo que era meu pai agora, que eu deveria lhe dar orgulho e fazer dos pecados meus melhores amigos. Obedeci ele e passamos a ser muito próximos.

E, a última coisa em minha cabeça sobre isso é que tempo depois naquele mesmo momento, ouvi uma discussão de Namjoon com outro anjo, se não me engano ele era um dos anjos da Gula.

“Você nunca foi assim” – o anjo susurrou.

“Assim como? O que você sabe sobre mim?” – a Ira perguntou em um tom bravo por não entender o que acontecia.

“Não sei mais do que deveria saber” – este anjo levantou voo, se afastando de Namjoon que ficou pensando sem entender nada.

Após isso, deixei de lado todas essas coisas e passei a brincar no parque de diversão que era o inferno.


Notas Finais


Dica 3: O bem no mal, o mal no bem, a lenda pergunta: O que significa 'significar'?


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