História Dead Leaves: Fallen Wings ~ VHope - The Devil's Castle

POV Jungkook

Abri  porta e sai mas o idiota do Hoseok já havia fugido com aquele menininho, dois tolos, eles quem perderam agora, quando o mestre descobrir a punição será maior ainda.

Dei a volta pela casa e passei pela porta da frente, encontrando Jimin inconsciente enquanto Jin se dirigia para a cozinha à minha procura. Peguei Park nos braços, ele estava com a cabeça sangrando. Ouvi uma pergunta na minha cabeça: “Te mato agora ou depois?”, a Gula me encarava. Bati o pé no chão e um buraco se abriu, me joguei nele e outro pensamento veio: “Você não está livre de mim”.

Caímos em frente ao senhor da Ira, ele nos encarou e perguntou:

- Que merda está acontecendo aqui, Avareza?

- Por favor, senhor, cuide de Jimin. – implorei quase chorando. Aproximei-me e ele pôs a mão na cabeça do ruivo, curando-o assim.

- Ele precisa descansar agora. Escravo! – ele gritou e um garoto apareceu – Leve a Vaidade para seu quarto.

O castelo do mestre era gigante, possuia milhares de quartos imensos e portas para coisas horríveis e inimagináveis. O castelo do Diabo. Esse era o inferno. Quando você morre, o primeiro lugar que você entra é o hall de entrada onde possui o trono dele, você deve se reverenciar ou você vai para o calabouço. O que é o calabouço? O pesadelo dos demônios, a escuridão do mundo, é onde você não vê nada, apenas escuta e escuta coisas que destroem qualquer um.

Em seguida possuem os andares, o primeiro é do primeiro pecado: A Gula, onde ficam todos aqueles que possuem o seu desejo insaciável por algo, não, não consideramos “Gula” apenas por comida mas sim por qualquer coisa que você queira e sempre queira mais mesmo não precisando, a gula é você comer, comer, comer, comer e comer do melhor sem agradecer e sempre exigir mais. O demônio gosta de seus filhos gordos.

O segundo andar fica o segundo pecado: a Avareza, aquele apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, morrer e matar por um pedaço de papel, este é o meu andar, papai adora quando eu trago sangue em minhas mãos junto de uma carteira cheinha.

O terceiro andar se localiza o terceiro pecado: A Luxúria, o desejo incontrolável de todo o prazer sexual, sinceramente, é o lugar onde mais se escuta gemidos nesse plano astral inteiro, cada um com o seu quarto e cinco vadias para cada pênis. Lúcifer prefere quando as orgias são feitas, ele sempre é convidado.

O quarto andar é onde fica o quarto do maioral e o pecadores da Ira, todos que possuem o intenso sentimento de raiva, ódio ou rancor, podendo gerar a vingança ou qualquer coisa que viole as leis de Deus, lá tudo parece calmo mas quando se adentra qualquer um dos quartos, o pensamentos loucos de querer matar são perturbadores.

O quinto andar é dos invejosos, priorizar o que os outros tem e não o que você tem, eles fazem de tudo para roubar o tudo de todos. Namjoon gosta de rir das fofocas feitas por eles.

O sexto é onde fica os pecadores de sexto grau: A preguiça, todos os preguiçosos que não levantam a bunda para nada. A única prioridade deles é se encostar nos humanos fracos, compartilhando os momentos deles e trazendo cansaço para o seres carnais, deixando-os sedentários e assim morrendo por alguma doença terminal. Um pecado um tanto quanto desnecessário para mim mas o chefe diz que se não fossem estes, não teríamos metade do inferno.

E o sétimo e último andar, é dos pecadores de: Vaidade. Os orgulhosos, arrogantes e aqueles que só pensam em si mesmos, como eu fui me apaixonar por um vaidoso? Não me pergunte, a maioria deles me irrita, se acham melhores e superiores até mais que o próprio diabo, porém, Jimin sempre foi diferente. O propósito que leva o maioral a ainda deixá-los ali é o quanto de gente humana e estúpida que tem essa mesma personalidade, é uma das maiores fatias do bolo infernal.

Bom, após Jimin ser levado até o seu dormitório, o qual eu sinceramente só ia obrigado, eu fiquei em frente a Namjoon.

- Pare de chorar, avarento, se recomponha. – mandou e eu fiz.

- Desculpe-me, senhor.

- Você tem amado demais aquele garoto e eu não permito amor no inferno, faça um favor a si mesmo e diminuia todo esse sentimento. – ele fez uma cara de nojo e virou o rosto, tapando a boca com a mão que estava escorada na lateral do trono.

“Quando era você e aquele anjo tolo, ninguém reclamou” – pensei comigo.

- O que você disse, seu inútil? – perguntou com raiva se levantando.

- Nada, senhor, desculpe-me, só preciso lhe avisar que a Luxúria fugiu junto do outro.  – reverenciei.

- Saia daqui antes que eu te mande para o calabouço por não saber fazer nada direito. – começou a balançar a perna para se acalmar.

- Sim, senhor, como o senhor desejar. – reverenciei novamente e subi as gigantes escadas até o meu andar de origem.