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História Dead Leaves: Fallen Wings ~ VHope - Friends, regardless (Part 2)


Escrita por: hobiwalls

Capítulo 63 - Friends, regardless (Part 2)


POV Taehyung

 

“Quem são esses meninos?” – perguntei, reconhecia os nomes mas não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

“SeokJin, sou eu, Namjoon é o pai de Hoseok”

“Vocês eram amigos?” – fiquei mais confuso do que já estava.

“Sim” – Jin demonstrou olhos tristes, como se chorasse por dentro todas as vezes que lembrava disso.

“Mas, Jin, você é um anjo caído e Namjoon o demônio, o que aconteceu? O que vocês fizeram? Você parecia tão meigo”

“Você verá, Tae, e saberá a verdade.”

A história continuou, em segundos foram resumidos 14 anos de guerra, foi algo que me deixou tão triste, as pessoas matavam as outras sem motivo aparente, apenas uma discórdia.

Qual foi essa? O lado norte queria separar-se e o lado sul queria que continuassem um país unidos. Dois homens ricos foram declarados reis e foram os comandantes dessa destruição toda. O rei norte-coreano era completamente frio, tanto com seu filho quanto com as pessoas, dizia que teria que criar um homem que pudesse mandar e desmandar no seu país. Já o homem sul-coreano era tão humilde quanto seus camponeses, era amável e gentil, seu sorriso simpático que o filho herdara, este homem só sabia ser firme quando precisava ser, ou para ensinar algo ou para cobrar algo. Fora isso, passava a maior parte do tempo tentando cuidar e proteger os outros.

O filho do rei do norte era melhor amigo do filho do rei do sul, desde sempre, aliás, houve uma época em que seus pais também eram amigos mas tudo mudou quando o povo os elegeu para serem inimigos, separando assim, a amizade de seus filhos.

Anos depois, a guerra ainda continuava. Jin já um homem e Namjoon também, nunca mais se encontraram mas nenhum dos dois apagou as lembranças da antiga amizade. Seokjin era um garoto amado por todos, venerado por ser um exemplo de menino, estudava, tinha boas notas, era amável e humilde porém, Namjoon se tornou frio, como o pai ensinara, era o orgulho do pai e o ódio do povo, era rude e parecia não ter um pingo de amor no coração, era capaz de fincar uma faca no peito de quem o desrespeitasse, sem piedade alguma. Um ótimo guerreiro mas incomparavelmente convencido.

Jin era a calmaria em pessoa, o chuvisco de verão, não gostava daquela guerra e rezava para que ela acabasse logo mas sabia que quando isso terminasse, ele reinaria e o garoto não queria ter tanta responsibilidade nos ombros, todavia, entendia o fato do cansaço de seu pai, por isso aceitara a coroação pós-guerra.

Nam era o furacão surgindo em plena primavera, assistia as mortes como seu filme favorito e sentia sede de sangue. Queria que aquilo continuasse e só acabasse quando não existisse mais exército, queria pôr ordem em todos os que fossem contra a sua palavra porém o pai era tão repugnante quanto o filho e tinha esse mesmo desejo, de forma superior.

“Jin, estou ficando triste, você pode ir para a parte que interessa? Toda essa maldade, ela me incomoda.” – pedi.

“Você é tão parecido comigo, Taehyung!” – o hyung sorriu e passou as cenas, até uma parte onde viamos o príncipe sul-coreano fugindo pelos fundos do castelo e adentrando a mata, ele seguiu um caminho até chegar em um rio, exatamente onde as Coréias se dividiam, em plena altura do paralelo 38. O garoto se sentou na margem do leito do rio, dobrando suas pernas e as abraçando a cada barulho de tiro ouvido atrás de si. Brincava com a água e seus dedos tortos, parecia acalmá-lo  sentir aquele toque frio passando por sua mão.

Novamente aconteceu a mudança de cena e viamos, agora, Namjoon, discutindo com sua irmã, a menina era doce e mais velha, ela havia mantido todo o amor no peito, diferente do seu irmão que demonstrava ter queimado qualquer vestígio de carinho ou afeto. Os dois brigavam, não por brinquedos como antigamente mas sim por ela querer se apaixonar e o seu irmão ser ciumento e protetor demais.

- Namjoon! Eu sou um mulher! Eu posso como devo casar em algum momento! Tu deves também! Terás de ter uma rainha ao seu lado! Quando irás começar a procurar?

- Posso viver sozinho sem ninguém mantendo-me preso, assim como você também não precisas de ninguém.

- Queime no inferno! – a garota socou a mesa do jantar e recebeu  um tapa no rosto, dado por seu irmão que saiu porta a fora, seguindo pela saída dos fundos do castelo, passando pelo campo de treino e adentrando a floresta até chegar no rio o qual ele costumava chorar quando precisava desabafar mas não havia ninguém que lhe apoiasse, parecia que todas aquelas lágrimas eram o que mantiam o rio em movimento, em alguns momentos ele pedia pela companhia do seu amigo mas não sabia como contatá-lo. Os jornais apenas diziam as grandezas que ele fazia às pessoas. Namjoon, muitas vezes, queria ser como seu amigo de infância, queria ser bom, amado, mas por não conseguir isso, deixava a ira falar mais alto.

Pareceu para ele que suas preces foram ouvidas, ao chegar na beirada do rio, encontrou alguém sentado e logo, sem dúvida alguma, reconheceu o garoto, era Jin! Chamou pelo seu nome e  fez o menino se assustar mas logo abrir um grande sorriso. O norte-coreano correu e em um pulo, ultrapassou o pequeno percurso do rio, se jogando nos braços do amigo, os dois rolaram pelo chão e riram como riam quando eram crianças, um riso verdadeiro e feliz. Pela primeira vez, Namjoon se sentiu bem de verdade com a companhia de alguém.

“Eu entendo como você se sentia, eu sinto o mesmo  desde que conheci Hobi, é esse sentimento que eu tenho todas as vezes que acordo ao seu lado.” – falei para Jin que riu.

“Eu fui escolhido e agora era minha hora de escolher, exatamente por isso que eu te escolhi. Sabia que se escolhesse alguém com contos de vida paralelos aos meus, seria a pessoa certa para fazê-lo renascer.”


Notas Finais


Como assim, Jin? Fazer quem/o que renascer?


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