História Dead Roses - Party with Dead Roses

— Aceito a gentileza! — respondeu o fotógrafo.

Em seguida, Yuuri e Viktor saíram do banheiro, caminharam até a porta dos fundos, onde localizava-se a saída de emergência dali, abriram-na e saíram.

Lá fora, encontraram o carro de Yurio estacionado em uma posição estratégica. Entraram no veículo e o colega de Katsuki ficou impressionado pelo renomado fotógrafo de moda estar com ele, pois há muito tempo o cantor trabalhou com Nikiforov (para uma capa de álbum), mas ficou muito feliz pela surpresa. Viktor também ficou muito feliz com o reencontro, cumprimentou Yurio e partiram. — com Yuuri e Victor nos bancos de trás, pois o cantor percebeu imediatamente o clima de flerte implícito entre os dois.

Yurio ligou o player de música interligado ao celular e começou a tocar Divine Hammer, da banda indie norte-americana dos anos 90 The Breeders, banda que os três adoravam. Passaram o caminho inteiro entre animadas conversas e cantando músicas das bandas que gostavam com toda as forças, mas antes de irem para a festa, de fato, eles passaram na residência de cada um para tomarem um banho rápido e trocarem de roupa, pois era obrigatório ir, pelo menos, com uma fantasia.

Primeiro, passaram no apartamento de Viktor para o fotógrafo pegar a fantasia mais fácil dele achar ali. Depois, passaram na mansão de Katsuki para tomarem banho e se arrumarem para a festa. O primeiro foi Yuri e enquanto o cantor tomava seu banho, o ator avisou algo muito importante para o fotógrafo:

— Não se espante com a aparência do Yurio depois que ele sair do banho e, por favor, não revele isto para ninguém, pois isso pode destruir a carreira dele. Vou entrar no banheiro para falar com ele, beleza?!

— Como diz aquele ditado: o que acontece na casa de Libra, fica na casa de Libra. — após a resposta, o fotógrafo deu uma piscadela de olho para o ator, que retribuiu com um carinho na bochecha do outro e foi até onde o cantor estava.

Tudo explicado para o cantor, que inclusive cheirou quatro carreiras de cocaína antes, Yurio finalmente saiu do banheiro.

Realmente, Nikiforov ficou, de início, espantado com a aparência de Yurio, mas ele teve que admitir que o verdadeiro eu do cantor era muito mais bonito do que seu “eu público”. Na verdade, Nikiforov já conhecia a verdadeira aparência de Yurio, entretanto como o cantor usava seu nome verdadeiro, o espanto era mais por saber que o camarada de rolê e conversas Yuri Plisetsky e Yurio eram a mesma pessoa.

Depois foi a vez de Viktor tomar banho e por último Yuuri, que cheirou duas carreiras antes de terminar o banho.

Todos de banho tomado, perfumados e vestidos com suas respectivas fantasias, Yuuri partiu para a parte final de maquiar os presentes. Primeiro maquiou Viktor, depois Yurio, por último a si próprio e ambos ficaram maravilhados por Katsuki não ter perdido sua habilidade para maquiagem de terror, já que o ator nunca escondeu seu passado como youtuber e niconiconer de tutoriais para este tipo específico de maquiagem. Finalmente prontos, o trio saiu da mansão de Yuuri, entraram novamente no carro e partiram para a festa.

Viktor somente conseguia prestar atenção no quanto o cosplay zumbi de Desejo, personagem da série de HQs Sandman, de Katsuki era bem trabalhado: compensar a simplicidade da fantasia com a maquiagem impactante, fora a bota vermelha de salto agulha finíssima que dava todo o charme para o visual. Era de uma beleza única. Katsuki também não conseguia tirar os olhos de Nikiforov: estava muito bonito como vampiro, fantasia e maquiagem simples, porém mais do que suficiente para realçar a sensualidade e charme do fotógrafo.

Já Yurio estava fantasiado de esqueleto, mas com a cabeça no estágio final de putrefação, antes de tudo virar ossos. Impactante em todos os sentidos.

Após um tempo dirigindo, eles chegaram no local da festa. Tocaram a campainha do casarão, cujo portão foi aberto automaticamente. Entraram no local, estacionaram o carro na garagem, saíram do carro. Veículo fechado, andaram até a porta do casarão, abriram-na e:

“Cabeça de banana, você é a menina dos meus olhos

Fique comigo esta noite

Porque eu estou tendo o melhor momento da minha vida

Mostre-me! (…)”

Tocava Banana Brain, último sucesso da banda sul-africana de eletrônica Die Antwoord. Yurio deu um grito de felicidade, puxou Yuuri para sala, que fazia as vezes de pista de dança, lotada de gente e começaram a dançar ali mesmo. Viktor não teve outra opção além de acompanhá-los:

— Finalmente música! — gritou Yuuri, enquanto dançava.

Viktor comentou:

— Dessa nova leva eletrônica, Die Antwoord é uma das poucas bandas que eu gosto! Nem dá para comparar aquela chatice que estávamos até agora pouco.

— Isso é que festa de verdade! — falou alto Yurio.

O fotógrafo gostou ainda mais da festa, pois conforme foi explorando outros ambientes do local, junto com Katsuki e Plisetsky, teve a grata surpresa de descobrir que certos colegas e amigos dele eram amigos em comum com Yuuri ou com Yurio, ou até mesmo com os dois. Portanto, poderia finalmente ser ele mesmo.

Do lado de fora do casarão, exatamente no jardim japonês, Viktor perguntou para um dos amigos onde guardaram o “chocolate” dele, pois separou-se de Yuuri e Yurio, que preferiram continuar na “sala-pista” dançando, mas, na verdade, eles foram pegar cocaína em um quarto de hóspedes no andar de cima, o chamado “quarto do esquema livre”. Imediatamente uma mulher deu um cigarro de maconha aceso para Viktor, que tragou, depois soltou a fumaça, alternando com o bebericar de uma lata de cerveja. Como sentia falta de sentir a cabeça girando e aquele relaxamento único no qual somente a maconha combinada com álcool poderiam oferecer! Entretanto, após um tempo, começou a sentir falta de Yuuri, queria aproveitar aquela oportunidade única de terminar o que começou com o ator. Despediu-se dos amigos, avisando que ia procurar Katsuki. Depois de um tempo, Nikiforov encontrou Yuuri na “sala-pista” de dança. Encostou em uma parede e aproveitou a ocasião para admirar Yuuri Katsuki dançando. Não tirava os olhos do ator, pois era lindo observar aquela pessoa mexer os seus quadris, junto ao restante do seu corpo, de maneira bem libidinosa.

Yuuri, naquele momento, finalmente sentia-se livre para dançar como gostava, curtir mais um trabalho bem-sucedido como queria e estar com quem realmente queria, principalmente Viktor. Quando percebeu que o fotógrafo estava ali, observando-o e que ele gostava muito do que via, Yuuri andou até ficar bem próximo de Viktor e começou a dançar na frente dele, caprichando na expressão facial de sedução. Depois disso, chamou-o com um levantar de cabeça sutil mais um sorriso galante. Impossível resistir.

O fotógrafo deu um sorriso malicioso, puxou levemente o ator para si pela cintura e perguntou, cochichando no ouvido dele:

— Vamos continuar de onde a gente parou?

Yuuri fez algo que nunca faria sóbrio. Não cheirou nove carreiras de cocaína só para não sentir fome na presença de Viktor na festa anterior; na mente de Katsuki, a cocaína foi para não deixar em nenhum momento seu “eu tímido” dominá-lo. Respondeu:

— Sim, mas na minha cama. Vamos?

Viktor exclamou:

— Uau, direto ao ponto você, hein?! Mas e o Yurio?

— Encontrou o Minami. — respondeu o ator.

— Não precisa dizer mais nada. Mas… antes de continuarmos de onde paramos, que tal você me conceder a última dança, Yuuri?

— Com o maior prazer.

Logo após a resposta insinuante do ator, Viktor pediu para o outro virar de costas para si, começar a dançar sensualmente e assim, criar um delicioso roçar entre suas partes íntimas com os quadris de Yuuri, com direito a soltar um pequeno gemido. Em seguida, o fotógrafo começou a dar provocativos beijos e chupadas na orelha direita do ator, descendo pela nuca, subindo de volta, com direito a repetir o ato com sopradas, fazendo-o gemer bem e cochichou novamente no ouvido dele:

— Isso, continue… — Yuuri movia seus quadris bem rente a excitação de Viktor, enquanto o russo continuava a beijar algumas de suas zonas erógenas mais sensíveis. Depois, pediu para o fotógrafo virá-lo de frente para poder retribuir os carinhos feitos por ele. Continuou com os beijos, chupadas e até provocantes mordidas espalhados pelos lóbulos e nuca do fotógrafo.

O clima entre Viktor e Yuuri estava cada vez mais quente, os corpos cada vez mais necessitados em excitar um ao outro e chegaram a conclusão de que se não saíssem dali agora, iriam fazer na frente de todo mundo mesmo. Mandaram uma mensagem para Yurio avisando a situação, outra para Minami agradecendo o convite e avisando-o que estavam de saíds, despediram-se dos amigos e colegas, pegaram um táxi com destino à mansão de Yuuri e deram adeus para as lembranças maravilhosas do casarão ao som de Fok Julle Naaiers, da Die Antwoord, como se ela fosse o grito velado deles próprios, de Yurio e de todos os presentes naquela festa para a sociedade:

“(...) Que meus inimigos vivam muito para verem meu progresso

Colocando o pedal no metal e estou queimando meu pneu

Dedos do meio para cima e foda-se vocês todos

Foda-se vocês todos, foda-se vocês todos (…)”