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História Dead roses will never hurt you - Sujo


Escrita por: lislix

Notas do Autor


OI POVO LINDO DO MEU CORE, ADIVINHA QUEM TÁ DE VOLTA? NÃO ME MATEM PELA DEMORA!
Eu sei que eu falei e tinha a intenção de postar bem antes disso gente, mas me deu um puta bloqueio e blá blá blá, aí rolou umas tretas e eu tive muita coisa na escola também, mas como ninguém se interessa vamos pular pro capítulo.
Amo vcs <3
Boa leitura

Capítulo 4 - Sujo


Nico ouvia atentamente a história de Percy absorvendo cada palavra que saía pelos lábios do outro.

-Era mês passado, estávamos nas provas finais e Luke como sempre estava se dando muito mal nos exames – Começou.

-E você? – Perguntou Nico, com sua timidez usual.

- Não estava muito melhor, mas o suficiente para passar – respondeu dando um meio sorriso – Enfim, ele estava com sérios problemas e se não passasse nas provas estaria de castigo pelo resto do ano. Luke e seu pai tem uma relação complicada, e Hermes tem estado muito preocupado com sua situação desde que descobriu que havia drogas escondidas em seu quarto – Percy continuava a história em um tom meio triste.

O garoto pálido ouvia as palavras saírem da boca do outro, sem interromper ou questioná-lo.

-Ele precisava passar, e sabia que não conseguiria por si próprio, então entrou em contato com dois garotos do colégio que falsificam notas sem deixar suspeitas e negociou que eles lhe forjassem todo um boletim novo. Como ele estaria encrencado se fosse visto me mandou buscar as coisas e entregar o dinheiro aos garotos. Quando eu estava pegando o boletim de Luke fomos vistos por um professor que abriu a porta e nos pegou. Como eu já tinha ficha devido a outros incidentes envolvendo Luke na escola, não pensaram duas vezes em me mandar para algum tipo de punição, e então cá estou, fazendo aulas extras como pagamento por “ desrespeitar as normas da escola” – Percy fez aspas no ar enquanto imitava a voz da diretora, o que fez Nico rir um pouco.

Nico se sentiu mal pelo outro garoto. Era claro que Luke mantinha a relação deles só para usá-lo, mas ele não tinha certeza se Perseu percebia aquilo, já que sempre fazia o que ele mandava, quase que como uma marionete. Antes que pudesse fazer algum comentário a professora abriu a porta com uma faceta mal-humorada e uma pilha de papéis nas mãos.

- Olá, sou a professora de arte e agradeço muito se calarem suas bocas – Disse de forma rápida e grosseira, dando a entender que não estava em um bom dia.

Depois de uma devida apresentação de todos os alunos, a professora, que descobriram chamar-se Rachel, disse que naquele primeiro bimestre trabalhariam artes cênicas, e assim sendo apresentariam uma peça de teatro, a qual ela não revelou o nome alegando querer deixar suspense. A aula passou-se mais rápido do que Nico havia imaginado, e com isso o sinal que indicava o fim do período soou e todos os estudantes foram dispensados. Não viu Percy na saída da escola, mas concluiu que este estivesse com Luke em algum lugar.

Caminhava em passos vagarosos e despreocupados quando seu celular tocou no bolso da calça, surpreendendo-o, e o garoto pegou o aparelho e atendeu a ligação.

- Alô...? – Disse incerto.

- Oi amor, aqui é o Will – respondeu o loiro com a voz animada, que fez Nico estremecer – O que acha de vir para casa hoje? Estou sentindo falta de brincar contigo – Procedeu eu tom manhoso, e ao mesmo tempo autoritário, mostrando que não era necessariamente um pedido.

- Não vai dar hoje Will eu... tenho lição de casa, tipo, um monte de lição – Tentou enrolar o garoto do outro lado da linha, pois não tinha a mínima vontade de ir vê-lo.

- Venha – disse o outro.

- Eu e-estou indo.

Droga! Duas vezes droga! Nico queria apenas chegar em casa, tomar um banho e emergir em seus pensamentos, a última coisa de que precisava era Will intimando-o a comparecer em sua presença. O medo percorreu seu corpo ao imaginar o que o loiro queria com ele desta vez. Com certeza não seria algo bom.

O menino pálido voltou a andar em modo automático, suas pernas se mexendo contra sua vontade, e se dirigiu ao ônibus inerte em medo. Sentia que as lágrimas não demorariam a vir, mas não queria chorar por alguém tão sujo quanto aquele ser que um dia amara. Entrou no veículo e esperou com tristeza que o ponto em que desceria chegasse. Arrastou os pés para fora e fez o caminho conhecido até a casa de Will, embora sua mente lhe dissesse que aquilo não era uma boa ideia e seu corpo o qual não parava de tremer dissesse ainda menos. Parou em frente à simples moradia branca, sutilmente escondida entre as mansões espalhafatosas que rodeavam o bairro nobre. O garoto foi atendido por um garoto loiro de idade parecida com a sua, que sorria para Nico com o olhar envolto em malícia que indicava que ele já havia planejado o que fariam naquela tarde.

- Olá querido – Cumprimentou o Solace.

- O-o-oi Will – respondeu entre gaguejos – O que você queria mesmo? Foi tudo tão repentino – Tentou desconversar.

Will aumentou seu sorriso e puxou o frágil namorado pelo braço, o levando apressadamente pela extensão da casa até que chegassem em seu quarto e lá o deixou em sua cama, ficando em pé à sua frente.

- Sabe, eu tenho andando meio carente – ele fez um biquinho com os lábios – E eu pensei se você não gostaria de me ajudar a suprir, toda essa solidão dentro de mim.

Ele sabia onde ele queria chegar, e estava a tanto tempo lutando para fugir daquilo que agora o desespero o assolava.

- Não, desculpe, mas eu não quero e – Calou-se, pois, quando percebeu Will estava em cima de seu corpo segurando seus pulsos de um modo em que, nem se usasse toda a força que tinha, ele poderia sair de lá.

Estava cada vez mais desesperado e sentia a tristeza e desolamento tomando conta de si. Não conseguia acreditar que estava aquilo realmente estava acontecendo. Ele estava sendo violado, seu corpo estava sujo e marcado por alguém que ele enojava tanto quanto enojava a ele próprio no momento. Sentia a dor e ardência do ato, e chorava como se isso fosse aliviar a angustia que sentia. Tentou sair, tentou impedi-lo, gritou para que parasse, mas Will não o ouvia, ou fingia que não ouvia porque na verdade ele não se importava.

Naquela noite Nico voltou para casa tarde, cerca de meia-noite, esperando que Hades estivesse dormindo e subiu as escadas com dificuldade, se deixando cair chão e lamentando por ser um verme tão desprezível e sem utilidade, e então com suas forças restantes derramou mais algumas lágrimas antes de apagar, deixando de sentir o chão frio que gelava seu corpo, o qual lhe trazia seu único conforto.

Ela quer ir para casa, mas não há ninguém em casa

É aí que ela se encontra, destroçada por dentro

Sem ter para onde ir, sem ter onde ir

Para secar suas lágrimas, destroçada por dentro

~ Nobody’s home, Avril Lavigne


Notas Finais


Eu particularmente demorei pra escrever o capítulo e não acho que tenha ficado como eu esperava, mas me satisfez o suficiente pra postar, principalmente porque eu não queria demorar muito mais e deixar vocês na mão.
Espero que tenham gostado, comentem o que acharam, se foi uma bosta, se gostaram, se tem raiva do Will, se gostam de paçoca, qualquer coisa já me deixa feliz.
Vou deixar o link da música aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=NGFSNE18Ywc

Até mais :3


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