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História Deadly Desire - Tirar proveito da situação


Escrita por: LovatooN

Notas do Autor


Vocês pensaram mesmo que eu tinha desistido né? Confesso que fiquei meio desmotivada sim, mas isso não me impede de parar de escrever.
Bem, vou explicar vocês porque esse capítulo está um pouco maior do que o normal, na verdade não seria ele hoje e sim um outro que já estava escrito a um tempão, porém o outro sumiu misteriosamente, juro que não faço ideia do que aconteceu, se apaguei sem querer para a lixeira ele não foi, mas como não havia nada de extremamente importante, até por que nem me lembro mais, eu acrescentei nesse e está mais ou menos, mas valeu.
Então, desculpem a demora e boa leitura mozões :*

Capítulo 10 - Tirar proveito da situação


Chegamos em Washington na sexta-feira da semana seguinte, os encontros só aconteceriam a partir de sábado, porém, eu e Wilmer precisávamos estar lá para checar câmeras e dispositivos de segurança, conhecer cada um dos visitantes e até funcionários, graças a internet e documentos do governo, o que ocupou todo nosso dia. Estávamos tão centrados que mal conversamos um com o outro, somente o necessário. Antes de ir dormir revisei a história de nossos personagens, Carla Rodrigués e Enrique Rodrigués, ambos latinos, donos de uma empresa de grande porte na América do Sul, que claro, era fictícia, fiquei chocada ao acompanhar a criação dela por um adolescente que conseguiu criar absolutamente tudo, desde o designe do prédio que não exista a colocar datas antigas para mostrar o desempenho da empresa com o decorrer dos anos.

Quando resolvi ir dormir, percebi que Wilmer também faria o mesmo, mas no sofá, balancei a cabeça e me sentei na cama.

_Wilmer._ o chamei, ele respondeu em um tom sonoro sem me olhar._ Você pode se deitar aqui.

Ele me olhou surpreso com o cenho franzido.

_Tem certeza?_ indagou._ Pensei que não fosse querer.

Dei de ombros.

_Desde que você se comporte._ apontei com o queixo para o lado vazio da cama._ Ande logo antes que eu mude de ideia._ ele segurou um sorrisinho e caminhou se deitando ao meu lado, coloquei um travesseiro entre nós, evitando que eu mesma me traísse durante a noite procurando calor humano, como fazia com Dallas, apaguei o abajur ao meu lado e me deitei._ Sem gracinhas Valderrama, se eu achar que está se aproveitando te denuncio por abuso.

O rapaz apenas soltou uma risada, sem questionar. Sentindo o perfume dele tão de perto me fez arrepender da decisão, mas fiquei quieta e foquei em tentar dormir.

 

 Nunca entendi porque pessoas com rios de dinheiro adoram deixar isso bem claro por onde passam, e agora estando no meio deles eu entendia menos ainda. Tudo é movido a ego, as pessoas tem cheiro de falsidade, todas as joias caras e gritantes juntas aos vestidos longos, de estilistas que nem eles mesmos podem pronunciar, são formas de esconder a vida deprimente, aparentemente perfeita. Não que eu fosse alguém totalmente distante daquilo, nunca tive problemas com dinheiro, meus pais eram muito bem sucedidos e deixaram quase tudo para eu e Dallas, Eddie e Denise também viviam do bom e do melhor, no entanto, talvez por serem do interior, jamais perderam sua humildade, o dinheiro não nos fazia diferente de ninguém, sempre estudei em colégios públicos, e sou grata a todos eles por isso.

Na manha seguinte a sala de reuniões de uma empresa afiliada estava cheia de empresários famosos e importantes. O anfitrião Mike Malarkey, um homem de 37 anos, bem novo para tanto sucesso, possuía um porte físico saudável, de estatura mediana, nos recebeu gentilmente, nos sentamos ao redor da grande mesa de vidro escuro, o prédio onde havia três paredes de vidro nos dava uma boa vista do décimo quinto andar da cidade de Washington, para onde diversas vezes eu me distraia daquele assunto maçante sobre ampliar negócios, o bem que traria para todos, o contrato de uma possível filiação não era para todos, estavam ali praticamente para uma disputa o que rendia diversos puxa-sacos rodeando Mike. Vez ou outra eu participava do assunto vendendo nossa “empresa”, mas era Wilmer quem se empenhava mais nas discussões, enquanto eu observava cada pessoa do ambiente. Não era uma tarefa fácil, enquanto eles conversavam eu digitava no tablet sobre cada um, todos com históricos impecáveis, ficha limpa, exceto um Craig Parker, um homem alto que aparentemente parecia desinteressado, em um momento nossos olhares se encontraram, ele abriu um sorriso sedutor e acenou discretamente, fiz o mesmo abrindo um pequeno sorriso, desviei o olhara para a tela do aparelho em minhas mãos, o homem de 45 tinha uma longa lista de ex-mulheres e fichado uma vez por dirigir em alta velocidade e causar uma briga de bar, o cara era uma bomba relógio ambulante, mas nada que o indicasse como um possível assassino. Continuei analisando todos excelentes trabalhadores.

_E então?_ Wilmer perguntou em um tom baixo enquanto guardávamos nossas coisas com o fim da reunião.

Balancei a cabeça em sinal negativo.

_Nada que chame a atenção._ suspirei, saímos da sala e entramos no elevador lotado, no estacionamento voltamos ao assunto._ Todos parecem livres de qualquer suspeita, suas vidas foram voltadas a ex-mulheres e muita dedicação ao trabalho.

_Vi que você chamou a atenção de Craig._ ele comentou enquanto entrávamos no carro, estava sério, ainda concentrado.

_Ele foi o único fora dos padrões._ dei de ombros._ Quero dizer, possui ficha por dirigir bêbado e causar briga, só isso, pelo visto não o impediu de continuar subindo. Torrence Coombs não fora um bom aluno, Megan Follows é uma experiente mulher, viúva e sem filhos, Keltz é jovem e já é um grande desenvolvedor, Skarten exala poder, seu eu fosse uma adolescente morreria de medo dela no colegial, Ben e Charlie formam uma dupla dinâmica e bem resolvida, Matthew continuou sendo um bom cavaleiro, totalmente empenhado em conseguir o contrato. Essas pessoas... elas não parecem nem perto de suspeitas.

_É ai que mora o perigo._ Wilmer disse com os olhos na avenida.

_Eu sei, já prendi pessoas que eram aparentemente o tipo ideal de pessoa, bons com a família, com os amigos, no trabalho._ gesticulei com as mãos._ A verdade é que todos os que estão ali querem mais poder, mais dinheiro, mais fama. São do tipo que fazem qualquer coisa por isso.

_Ou seja, ainda estamos na estaca zero.

Assenti desanimada.

_Não entendo como podemos proteger Mike, se já vamos embora.

_Faz parte do disfarce não ficar perto dele o tempo todo._ argumentou._ Além disso só vamos almoçar, depois você irá para um chá com as outras mulheres e eu fumar um charuto.

Bufei me afundando no banco do passageiro.

_Não tenho paciência para isso._ revirei os olhos._ Não gosto dessas frescuras.

Ele riu nasalado negando com a cabeça.

_Eu sei._ deu de ombros._ O jeito que você fica no meio daquelas mulheres.

O olhei com uma sobrancelha erguida, curiosa.

_Como?_ resolvi perguntar.

_Uma completa estranha fora do ninho._ ele riu._ Não sei se elas percebem seus sorrisos debochados e entediados, ou o jeito que você bate o dedo indicador rapidamente, incomodada._ fez o gesto no volante, o olhei surpresa, ele me olhou rapidamente e continuou sorrindo._ Não que eu fique te observando, longe de mim.

Apenas deixei uma risada baixinha escapar, ele me olhou rapidamente, naquele momento eu gostaria de saber o que ele pensava.

Passamos à tarde em nossas “tarefas”, eu já estava farta de tudo aquilo, ninguém parecia ameaçador, o que fazia sentido, afinal um assassino não quer parecer um assassino, não neste caso. Todos são gananciosos, mas isso não os torna criminosos.

_Está pronta?_ Wilmer perguntou saindo do banheiro enquanto ajeitava seu terno, que aliás, lhe caia muito bem, como no tribunal, os cabelos alinhados para trás a barba fala, sim ele estava lindo. Quando seus olhos bateram em mim ele deixou escapar um murmúrio que não entendi, acompanhado de um suspiro. _Você está linda detetive.

Sorri com a forma em que ele disse isso, não querendo me gabar, porém eu realmente estava, o vestido longo de fundo preto e estampa dourada com uma abertura lateral direita e com um decote longo nas costas, me agradou bastante, meus cabelos estavam soltos e ondulados, somente duas mechas laterais se prendiam atrás da cabeça, a fenda era do tamanho suficiente para que o coldre preso em minha coxa não aparecesse, a maquiagem um pouco mais pesada sem ser chamativa me davam um ar de ser mais velha do que minha idade.

_Obrigada delegado._ aproximei-me para arrumar a gola de seu paletó ligeiramente fora do lugar._ Posso dizer o mesmo de você.

Nós nos arrumávamos para uma festa de gala, também parte toda a negociação, Mike queria agradar seus convidados e possíveis sócios de qualquer forma, como se precisasse de muito. Ele pareceu satisfeito com o comentário, antes que pudesse responder nossos celulares apitaram, já sabíamos que era Élder nos mandando novas informações sobre nosso disfarce e sobre o que viria em frente, em troca nós lhe dávamos informações sobre o caso que até agora eram zero. Logo após isso descemos a festa seria no salão do próprio hotel onde vários convidados já esperavam, a música clássica não me surpreendeu depois de um dia inteiro com essas pessoas, perguntei-me se algum dia eles já se divertiram de verdade. De cara fomos recebidos pelos já conhecidos, o que me surpreendeu foi Craig que se aproximou de mim e Wilmer, lançou o mesmo sorriso de cedo para mim, um sorriso predador.

_Devo dizer que está deslumbrante._ disse voltado para mim, Se virou para Wilmer ao meu lado. _Com todo respeito senhor Rodrigués.

Wilmer sorriu com gentileza.

_Sem problemas._ ergueu as mãos. _Minha mulher merece todos os elogios existentes._ Brincou nos fazendo rir. _ Meu amor, vou ver o senhor Mike e já volto._ ele disse e me deu um beijo rápido._ Com licença senhor Parker.

Observei ele sair, imaginando com que finalidade ele havia me deixado sozinha com Craig Parker.

_Eu poderia lhe oferecer uma bebida?_ o homem a minha frente indagou, seus olhos eram intensos, me perguntei o que ele pensava daquilo.

_Claro que sim senhor Parker._ sorri.

_Ah, por favor, apenas Craig para você._ ele disse dando o braço para que eu o pegasse. 

_Ótimo._ respondi o acompanhando até a mesa de bebidas._ Então por favor me chame de Carla apenas.

_É um lindo nome._ elogiou._ Para uma linda mulher como você.

Sorri do elogio, o homem era realmente galanteador, sua abordagem me incomodou um pouco, mesmo sabendo que, supostamente sou casada com Enrique Rodriguéz, automaticamente aquilo se tornou suspeito para mim, no entanto resolvi não imaginar hipóteses, apenas deixei que ele dissesse o que gostaria naquela noite.

_Você é muito gentil Craig._ devolvi o elogio, paramos em frente a mesa de bebidas, reparei que ele ia pegar dois taças que já estavam ali com o que parecia ser Whisky, antes que ele os pegasse estendi o braço e peguei uma taça com vinho de um garçom que passou por ali._ Obrigada.

Ele assentiu e pegou um dos copos, a outra mão foi posta em seu bolso da frente de sua calça social.

_Não ouvi falar muito da empresa de vocês na Europa._ ele disse com o cenho franzido, um curioso em ação.

Comprimi os lábios fazendo uma revisão rápida em minha mente das milhares de páginas sobre aquele assunto.

_Nós tínhamos um foco maior para a América Latina, agora é que estamos a expandindo, em pouco tempo teremos uma afiliada em Londres._ bebi um pouco do líquido em minha taça e continuei._ Esse seria o momento perfeito para divulgá-la e ampliar nosso negócio, porém pelo que posso ver, somos muito pequenos aqui.

_Depois do discurso de hoje, acredito que você tem chances._ ele deu de ombros olhando para os lados.

Percebi que em momento algum ele citou Wilmer –Enrique no caso-, terminei de beber o vinho e coloquei a taça vazia sobre a mesa.

_Eu e meu marido formamos uma boa dupla._ por mais que aquela história fosse estranha para mim.

O homem não pareceu incomodado, apenas deu um último gole em sua bebida e me ofereceu uma mão.

_Posso lhe tirar para dançar?_ assenti levemente e ergui minha mão, nós fomos para o centro do lugar onde outras pessoas também dançavam, perguntei-me se nós realmente havíamos mudado de século e conclui mais uma vez que aquele ambiente não é para mim.

Vi Wilmer conversando com alguns homens, entre eles Mike, Ben, Charlie e Matthew.

Posicionamos-nos e Craig colocou um braço por volta da minha cintura, nos aproximando, a mão livre tomou a minha, apoiei-me em seu ombro e nós acompanhamos o ritmo lento de uma música sem letra, apenas melodia. Desta vez vi que Wilmer tinha a atenção em nós, as sobrancelhas erguidas.

_Você não tem muito sotaque, como seu marido._ desviei o olhar para o rapaz com quem dançava.

_Mudei para os Estados Unidos muito cedo._ inicie mais uma parte da minha história._ Quando decidi que carreira seguir fiquei mais um tempo por aqui até voltar para minha cidade natal.

_México?

Neguei com a cabeça.

_Colômbia._ a facilidade com que eu respondia, não só a ele como as outras pessoas também, me deixou orgulhosa de mim mesma por memorizar tão bem, não fazia isso desde a faculdade.

De repente o som estridente de um grito de uma mulher e pratos quebrando em seguida nos assustou automaticamente todos pararam de se movimentar, afastei-me de Craig, procurei Wilmer com os olhos e assim que o vi ele trocou o mesmo olhar comigo, fiz menção de sair, mas o inglês segurou meu braço, o olhei por alguns instantes e puxei o braço, assim como algumas pessoas eu segui de onde o som veio, da cozinha, como uma mera curiosa. Seguranças impediam a passagem das visitas, o suficiente para esconder o corpo pálido e ensanguentado de uma das funcionárias, outra chorava inconsolável no chão ao lado da companheira de trabalho, senti quando Wilmer colocou uma mão nas minhas costas, me puxando para um lado menos tumultuado, com “não é nada de mais”, “está tudo bem”, “por favor, voltem para o salão”, os seguranças afastavam os curiosos, quando já estavam bem longe pudemos aproximar das duas mulheres, me abaixei ao lado da que chorava, afaguei suas costas com delicadeza, ela segurou minha mão quase sem perceber, vi quando ele checou os batimentos da mulher no chão e negou com a cabeça, indicando que ela estava sem vida. Suspirei.

_Escute._ disse para a mulher ao meu lado._ Sei que é difícil, mas preciso que se acalme. O que houve aqui?

Ela fungou e tentou respirar algumas vezes com calma, mas não obteve sucesso.

_Eu não sei, quando cheguei, ela já estava assim._ respondeu com dificuldade.

_Então foi você que gritou?_ perguntei.

Ela apenas assentiu freneticamente.

_Viu alguém entrar ou sair minutos atrás?_ foi a vez de Wilmer.

_Não senhor._ aquilo era uma tortura para ela, um dos garçons apareceu com um copo de água que ela pegou com a mão trêmula, tive de por a minha por cima da dela para que não entornasse._ Todos estavam no salão, nós não precisamos passar aqui, eu apenas vim para pegar mais pratos, mas ela não deveria estar aqui.

_Então ela foi atraída. _pensei alto._ Temos que tirar Mike daqui agora.

_Peçam para pegarem o carro, agora._ um dos seguranças dali gritou para os demais.

_Não, no carro dele não, pode ser perigoso._ afirmei.

_Tem razão._ Wilmer assentiu._ usem o nosso carro, e o escoltem, a polícia já está lá fora. Precisamos retirar todos do salão, de volta para os quartos, ninguém sai ou entra nesse hotel.

_Nada disso._Ouvimos a voz de Elder surgir. Nós o olhamos surpresos, nenhum de nós dois sabia que o homem estaria no local._ Não podemos deixar que os visitantes se apavorem ou pensem que estamos acusando alguém de algo. A investigação será feita, mas de forma discreta.

_Temos uma vítima que provavelmente é uma da pessoa que procuramos._ argumentei._ Não podemos nos dar ao luxo de deixar que ele escape.

_Detetive, a investigação será feita._ respondeu com uma paciência forçada._ Preciso que voltem para lá e deem continuidade a festa, Mike será retirado em segurança, o restante fica.

Levantei-me e fiz o mesmo com a mulher que ainda chorava, ela estava sem forças. Perguntei seu nome que com muita dificuldade foi respondido, Joane, ela preferiu ir para casa e providenciei que fizessem isso. Eu estava absurdamente frustrada de ser colocada de lado daquela maneira e olhando para o latino ao meu lado soube que sentia o mesmo. Sai a passos largos até o corredor que dava até o salão, Wilmer veio logo atrás, acalmando a si mesmo.

_E agora?_ perguntei a Wilmer quando ficamos sozinhos.

_Agora nós voltamos para lá e acalmamos os convidados, a filha de Mike ficou para dar continuidade na festa._ ele segurou em minha cintura nos guiando até o salão.

_Vamos fingir que nada aconteceu quando tem uma mulher morta bem ali._ reclamei._ Mas como ela é só uma empregada, ninguém se importa. Isso é ridículo.

_Eu sei, também odeio essas pessoas._ comentou me fazendo rir de lado._ Acredite, estou ficando de saco cheio, não sei se estamos protegendo as pessoas certas.

_Mike, me pareceu bem humilde._ dei de ombros._ Assim como a família dele.

_E são._ afirmou._ O problema são esses parasitas, que ficam rodeando e fingindo serem pessoas maravilhosas.

_Ainda não entendo a atitude de Elder._ Comentei vendo o salão repleto, as pessoas conversavam entre si sem parecerem preocupadas nem nada do tipo.

Ele não teve tempo de responder, Beatrice a filha de Mike nos abordou, ela tentava manter a calma a todo custo, suas mãos tremiam e um sorriso trêmulo brindava seus lábios.

_Preciso que me ajudem, sei que são, não sei como lidar com isso._ a olhei surpresa, como e por qual razão ela sabia sobre nós e sobre a vítima.

Ela nos explicou que deveria fazer um discurso de abertura pelo pai, a ajudamos no máximo que pudemos e ela obteve um bom resultado, não quis nos dizer porque ela sabia de nós, preferi não pressionar, saberia depois. As horas pareceram voar depois daquilo, me perguntei se eles nunca se cansavam daquilo, daquela música ou da falsidade, embora alguns sim, já se retiravam.  

Surpreendi-me quando Wilmer me puxou pela mão.

_Não faremos isto._ neguei quando vi que ele me puxava para pista de dança.

Sendo totalmente ignorada ele segurou uma de minhas mãos e minha cintura, a música dessa vez não era instrumental e sim um pop atual, porém, ainda lento. Começamos a nos movimentar, ele me guiando com leveza.

_Temos de tirar algum proveito disso._ ele disse olhando em meus olhos._ E dançar com você como se fosse minha única preocupação da noite, me parece ótimo.

Mordi o lábio inferior.

_Você é muito galanteador Valderrama._ cochichei a última palavra._ Mas não acredito que...

Fiquei impossibilitada de continuar minha fala, Wilmer aproximou seu rosto selando nossos lábios, por mais que uma parte minha quisesse negá-lo, o afastar de qualquer maneira, nossos personagens nos impediam e confesso que minha própria vontade também, então cedi passagem e ele a aproveitou, o beijo começou a intensificar, não sabia se era a bebida ou o quão  perigoso aquilo poderia se tornar, mas meu corpo esquentou, fiquei agitada e uma vontade súbita de querer mais. Dançamos um pouco mais, não sei quanto, mas o salão aos poucos se tornou vazio, trocamos mais beijos que cada vez mais ficavam ardentes.

_Acho que deveríamos aproveitar um pouco mais então._ sugeri o puxando para mais um beijo, ele apertou minha cintura entendendo aquela sugestão ao pé da letra.


Notas Finais


Por favor não deixem de comentar o que estão achando, quando acharem alguém suspeito comenta ai, suas teorias e tudo mais são muuito bem vindas e dá um up para a autora ver que vocês estão entrando na história.
Muito obrigada por acompanhar, favoritar e comentar, se você não faz isso, obrigada mesmo assim por estar aqui.
Por hora é isso, prometo tentar não demorar, até a próxima.
Beijoo


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