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História Deadly Desire - Você não irá se quebrar


Escrita por: LovatooN

Notas do Autor


Hoola carinhas
Alguns recadinhos aqui hoje
1º Eu quero saber de coração se vocês estão gostando, de verdade, sei que tem pessoas acompanhado e muito obrigada, pelos coments também ou por simplesmente lerem.
2º Esse cap envolve toda a coisa de tribunal e tudo mais, eu pesquisei bastante (mas somente o do Brasil), mesmo assim algo foge, não me aprofundei taaanto, então se tiver alguém que entenda melhor, que encontre um erro, peço que me perdoem e que me ajudem a melhor, beleza? beleza.
Talvez vocês odeiem o final, mas muita calma nessa hora, as coisas estão entrando em um caminho interesante.
Boa Leitura :*

Capítulo 8 - Você não irá se quebrar


 _Espero não estar atrasada._ disse passando a mão pela minha saia justa.

_Demi você chegou meia hora mais cedo._ Marissa disse vindo meu encontro._ Está linda a propósito, o juiz terá problemas em se concentrar.

 Revirei os olhos, mas acabei soltando uma gargalhada. Duas semanas após a prisão de Anne e Robert, as coisas agiram rapidamente, principalmente por pressão do povo, eu já estava ali para o meu primeiro julgamento em Los Angeles e merecia estar apresentável com uma roupa social, um blazer azul marinho, uma saia até os joelhos da mesma cor, uma blusa branca por baixo e um salto alto, além de um coque perfeitamente alinhado em meus cabelos e uma maquiagem bem leve.

_É errado eu estar nervosa?_ perguntei enquanto caminhávamos para a sala de julgamento.

Marissa negou com a cabeça e riu, ela estava com roupas informais, já que, estava de folga naquele dia.

_É engraçado a detetive Demetria Devonne estar nervosa com uma coisa que ela já fez outras vezes._ ela disse dando ênfase em meu nome e profissão.

_É diferente._ dei de ombros.

_Não, não é._ ela disse._ Eu assisti algumas das suas audições que tem na internet e você tem o dom de convencer qualquer um, eu teria medo de ficar no lugar do réu._ acabamos rindo daquilo._ É sério, você se sairá muito bem, ainda temos Lauren que é a melhor advogada que conheço e Wilmer, que... bom, é o Wilmer. Que, aliás, também já assistiu suas audições.

Franzi o cenho.

_Por quê?

Ela deu de ombros.

_Faz parte do seu critério, conhecer quem ele coloca aqui dentro._ respondeu com certeza._ E ele me parece gostar do que você faz.

Seu tom malicioso me fez revirar os olhos, eu e Wilmer Valderrama não aconteceríamos.

_Você é tão maliciosa Calahan.

Ela riu. Entramos na sala e antes de entrar na fileira do banco para se sentar ela me segurou.

_Apenas observadora só isso._ segurou o riso._ Boa sorte, eu estarei bem aqui lhe dando força.

Sorri em agradecimento, lembrei-me de Paul que sempre fazia questão de ir a todas as minhas audições, sendo em horário de trabalho ou não, ele sempre dava um jeito. Sentei-me entre Wilmer e Lauren, ao nosso lado, em uma cadeira mais elevada o lugar onde o juiz se sentaria, do outro lado o escrevente, a nossa esquerda encostados a parede, avia duas cabines onde os réus Anne e Robert estavam ambos escoltados por policiais, ao seu lado mesas onde o advogado de defesa estava, na frente deles do outro lado da sala, os 15 jurados, a minha frente estava a plateia, não estava cheio, mas havia um grupo considerável de pessoas, atrás de nós duas portas dispostas uma em cada lado da parede que davam as testemunhas de defesa e acusação, em salas separadas para evitar qualquer comunicação.

_Você não parece nervosa._ Lauren observou baixinho._ É uma das poucas.

_Não tenho porque estar nervosa._ dei de ombros._ Com as provas que temos é impossível que eles saiam dessa e confio em você.

_Obrigada._ ela exibiu um sorriso discreto, diferente dos sorrisos que ela dava no Casey’s, agora ela é uma mulher tão confiante e determinada, o que faz jus ao seu ofício, ela é capaz de fazer qualquer um daquela sala temer só com seu olhar._ Mas eu conheço Wilmer e agora conhecendo você, eles realmente não tem chance.

Sorri para ela da mesma forma. Minutos depois o juiz entrou dando início a sessão. Primeiro as testemunhas de acusação e logo depois as de defesa que se sentaram em uma cadeira de frente ao juiz. Quando Claire apareceu ela me procurou com o olhar, acenei com a cabeça para ela, sem sorrir ou dizer nada, a menina estava assustada, porém não demonstrava, me peguei imaginando o que seria de sua vida dali para frente, orfanato até completar 18 anos e depois com sorte conseguiria um emprego público, no entanto eu não poderia me lamentar, era a vida dela, como de outras tantas que passaram por mim, e elas iam, com o tempo não pareciam ter feito parte da minha. Ela contou exatamente como contou para mim no dia que a encontramos. E então foi minha vez. Fiz o juramento e dada a palavra comecei a acusação.

_Nós confiscamos o aparelho celular da senhora Anne e nele encontramos conversas entre ela e o filho, nas quais fica claro a culpa pelo crime de John Kast e Carlos Runes, como consta no relatório. Desde o inicio da investigação Anne Leniro se mostrou indiferente ao assassinato de alguém que até então tinha um relacionamento com ela. As razões do planejamento do assassinato se baseiam no interesse pessoal de ambos os réus, já que a vítima mantinha no subsolo de seu comércio um estoque cheio de armas e drogas, todos sem autorização, portanto ilegais, o lucro vindo desse trabalho extra era alto, ele tinha sócios de grande porte no mercado, não somente em Los Angeles, o tráfico se estendeu a diversos estados do país e até mesmo um país vizinho, porém tal lucro não chegava a réu que viu o assassinato como a melhor forma de ficar com o dinheiro e fugir com o filho do país. _as palavras saiam de minha boca com uma facilidade impressionante, falar em público jamais fora um problema e ficar frente a frente de um juiz carrancudo também fazia parte do oficio há muito tempo. Continuei o discurso de acusação sem ser interrompida, até Anne se pronunciar com a voz elevada e trêmula.

_Eu o amava._ foi o que ela disse, a olhei com um olhar incrédulo e pensei “que linda demonstração”.

_Silêncio!_ O juiz disse em alto e bom som, sua voz grossa até de mais invadiu um ambiente._ Doutor acalme sua cliente.

Houve perguntas do promotor, da defesa e dos jurados. Respondi a todas sem hesitar, satisfeitos, fui mandada de volta a meu lugar. A seção se seguiu normalmente, o juiz chamou os réus e lhes explicou seu direito constitucional de ficarem em silêncio. Mais perguntas. Foi a vez de Lauren e o advogado de defesa terem voz, ambos tiveram duas horas e meia para colocar os fatos, eles não precisaram se sentar de frente ao juiz, apenas ficar de pé. A morena foi impecável, tudo nela emanava confiança e certeza, não estavam errados com os tantos elogios que ouvi, ela usou todo o tempo disponível, preenchendo cada segundo com fatos concretos. O advogado de defesa não usou mais do que a metade do tempo, também carregava confiança, porém, ali estava complicado defender os acusados, mas ele o fazia, como se tudo o que estivesse falando fosse verídico, chegou até dizer que estávamos incriminando injustamente Anne, muito talentoso.

Um tempo depois de entrarem para a sala secreta onde votaram, o juiz retornou com os jurados e a decisão. Pela primeira vez, me vi ansiosa pelo fim de cada caso. Justiça é o que eu coloco acima de qualquer coisa, não importa como as coisas aconteceram, eu intercedo pela justiça, não acho possível determinar pessoas boas ou ruins, pois para mim não há alguém que seja um ou outro somente, você pode não ter matado, cometido um estupro ou um roubo, isso não te torna uma pessoa boa, assim como ir a Igreja todos os domingos não te torna santo, ainda mais se no final você encontra aquela vizinha e fofocam sobre a vida do casal do outro lado da rua, onde ambos cometeram traição. Não se pode ser tudo ou nada e sim um meio termo. John fora um traficante cretino, o que não me deixa acreditar que ele tem sido um pai ou marido ruim, era sem dúvidas adorado pela vizinhança.

Carl, o juiz, declarou as palavras padrão antes do veredito, levantou o martelo e:

_Declaro a ré Anne Leniro culpada pelo planejamento e cúmplice do assassinato de John Cast. _Olhei para a mulher que começou a chorar discretamente e baixou a cabeça._ Declaro o réu Robert Leniro culpado, pelo assassinado de John Cast e Carlos Runes, pelo sequestro de Claire Volvier. Ambos com a pena de 50 anos de cadeia, em regime fechado._E bateu o martelo._ Cessão encerrada.

 Lauren abriu um sorriso discreto, ela não estava feliz por prender alguém e sim por conseguir ganhar o caso, por fazer seu trabalho com êxito. Olhei para Wilmer na plateia, ele tinha uma expressão de satisfeito, quando me viu acenou com a cabeça com um de seus sorrisos discretos.

_Certo agora você não tem mais desculpas para não sair essa noite._ Marissa disse enquanto caminhávamos para fora do tribunal, perto dos carros.

_Isso mesmo, sem desculpas hoje._ Lauren também comentou se aproximando, ela parecia mais animada, o perfil amedrontador de Jauregui sumira rapidamente._ Vamos antes que apareça outro caso, nesse ramo as coisas correm rápido.

_Não vai doer._ Marissa brincou._ E você ainda precisa aprender a jogar, vamos nos socializar Demetria, é sexta-feira.

Revirei os olhos, era o que ela sempre dizia na faculdade.

_Tudo bem, tudo bem._ levantei as mãos em rendição._ Mas vamos no Casey’s? Não é melhor um lugar mais agitado?

As duas se entreolharam e sorriram como se fossem cúmplices de algum crime.

_Você realmente precisa conhecer mais esse lugar._ Lauren disse sorrindo.

_Pode explicar a novata como funciona o Casey’s chefe?_ Marissa questionou olhando por cima dos meus ombros, não precisei olhar para saber de quem se tratava.

Wilmer parou ao meu lado.

_É claro._ respondeu com uma educação admirável._ Durante a semana, como você pôde perceber, lá as coisas são mais tranquilas, no entanto, nos finais de semana tudo fica um pouco mais... digamos agitadas.

_Não se torna uma balada de rock, certo?_ resolvi brincar, o que causou alguns risos.

_Não, nada disso._ ele negou fazendo um gesto com as mãos._ Se vocês forem, eu topo.

_Ok, só preciso trocar de roupa, ainda é cedo._ cedi.

_Se importa de pegar um táxi agora Demi?_ Marissa perguntou enquanto olhava o celular._ Urgência em casa.

_É algo sério?_ questionei preocupada.

Ela negou com a cabeça.

_Pelo que parece é um vazamento de água._ Deu de ombros._ Passo lá para te pegar.

_Você não precisa ter esse trabalho comigo._repeti o gesto dela.

_Só pagando caronas da faculdade._ ela disse já entrando no carro._ Até mais pessoal.

Deu partida no carro.

_Posso te levar._ Wilmer disse desligando o alarme de seu carro.

_Não precisa. Posso pegar um táxi.

_É no caminho do meu apartamento.

_Nesse caso, já vou indo._ Lauren se despediu._ Vejo vocês mais tarde.

Acabei aceitando a carona de Wilmer, não faria mal algum. Meu apartamento ficava a umas seis quadras de onde estávamos, o trânsito estava ótimo o que facilitou. O silêncio dentro do automóvel estava agradável, de forma que nenhum dos dois tentou quebrá-lo. Assim que parou em frente ao prédio, ele me olhou.

_Eu disse que faríamos um bom trabalho._ sobre o caso. Assenti lembrando-me de suas palavras há algumas semanas atrás._ Ainda temos o risco de você desistir essa noite?

Neguei com a cabeça e soltei uma risada nasalada.

_É uma promessa._ coloquei uma mão sobre meu busto._ Até logo chefe.

 

 A música me envolvia como costumava há anos atrás nas festas de faculdade que, até hoje Eddie e Denise não devem saber da minha presença. Assim como quando canto, a música parece invadir meu corpo e sou capaz de esquecer-me de onde venho, para o que venho. Depois de algumas bebidas as coisas se tornam ainda mais simples. Como dito mais cedo, o local já não parecia o mesmo, estava mai cheio, a música mais alta com uma batida mais rápida, ou talvez fosse somente o efeito do álcool, não tinha show ao vivo e sim um DJ sobre outro palco de frente a uma pista de dança, um pouco afastada das mesas. Ao meu redor várias pessoas também dançavam, algumas me olhavam, talvez por ser nova ali. Quando a música foi trocada, resolvi voltar para a mesa onde os outros estavam, no percurso, vi Marissa aos beijos com um cara, no bar Dinah conversava animadamente com Normani, a morena essa noite não trabalha, mesmo assim escolhe esse mesmo local para se divertir. Na mesa de sinuca Paul e Michael jogavam com alguns desconhecidos para mim, na mesa Lauren e Camila mantinham uma conversa descontraída, Wilmer as acompanhava juntamente de seu amigo Ashton. Aproximei-me e peguei a garrafa de cerveja bebendo diretamente dela.

_Uou, alguém parece ter se animado aqui._ Camila gritou, por conta do som, ela também já havia bebido.

Dei de ombros com um sorriso.

_Estou me esforçando._ lhe lancei uma piscadela._ Mas estou me sentindo um pouco solitária lá. Alguém se habilita?

Ashton negou com as mãos.

_Acabei de voltar.

_Eu e Camila estávamos pensando em ir, mas ela ainda precisa beber um pouco mais._ Lauren disse apontando para a garota, que em dias comuns ficaria ruborizada.

Olhei para Wilmer com uma sobrancelha arqueada.

_Ah não._ ele balançou a cabeça._ Não sei dançar.

_Não minta para a garota Eduardo._ Ashton advertiu dando um gole em sua bebida.

_Você não irá se quebrar._ cruzei os braços.

Ele me encarou, seu ego não o deixaria ser desafiado. Terminou o líquido em seu copo e se levantou, fiz o mesmo com a garrafa e a coloquei sobre a mesa, saí na frente a passos calmos de volta a pista. Quando entramos no meio da multidão, começamos a dançar, Wilmer não me pareceu tão ruim, ele estava familiarizado com tudo aquilo, a música animada estava prestes a estourar nossos tímpanos, porém sequer nos importávamos, ninguém naquela pista. As pessoas pareceram se multiplicar o que fez ficar mais apertado, de forma que eu e meu companheiro ficamos próximos de mais, nossos corpos acabaram se encostando várias vezes, a canção foi trocada por uma mais sensual, que lembrava batidas latinas misturadas com americana, quando dei por mim, Wilmer tinha as mãos na minha cintura, passando-as pelo meu corpo, aquilo me causou certo arrepio, as minhas estavam em seu pescoço, ele se soltava facilmente, como se aquilo fosse sua especialidade, nossos corpos estavam cada vez mais colados e então as coisas aconteceram rapidamente. Nossos lábios se encontraram com tamanha facilidade, e com esta mesma, encontram um ritmo. Senti as mãos do rapaz me puxarem para mais perto, como igualmente as minhas agiram em sua nuca, o beijo se tornou intenso, senti um calor subir em meu corpo, ele já estava lá devido as horas naquela pista, mas naquele momento pareceu muito mais quente, o sabor alcoólico parecia tornar as coisas ainda mais interessantes. Porém de súbito minha consciência retornou, assim como a falta de ar que nos interrompeu. Minhas mãos desceram para seu peitoral, empurrando-o.

_Não podemos._ balbuciei e rapidamente me retirei dali, deixando o homem para trás, sem entender muita coisa.

Dirigi-me a mesa de sinuca, procurando os rapazes, peguei o copo da mão de Michael e o virei sentindo o líquido queimar em minha garganta.

_Hey, vá devagar novata._ Ele disse passando a mão em minha cintura, hesitei inicialmente, no entanto coloquei meus braços em seus ombros.

_Não fui quem ficou de ressaca da última vez. _ sorri, minha voz estava começando a ficar carregada.

Ele sorriu sem se importar com o comentário e se curvou para selar nossos lábios, o segundo da noite em menos de dois minutos, você já foi melhor que isso Demetria, no entanto preferi ignorar tal pensamento, o que acontecera antes não poderia se repetir. Michael me prensou contra a mesa, aprofundando o beijo. A bebida já estava alta de mais para que eu pensasse em qualquer outra coisa.

 

 

 


Notas Finais


Continuem acompanhando e tudo mais. Dilmer teve um interaçãozinha ai, vai melhorar? Vai melhorar e logo, mais pra frente essa atitude da Demi será diferente.
Como foi dita na própria sinopse não confie em NINGUÉM, ninguém mesmo isso vale para todos os personagens.
Recados dados
Até a próxima :*


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