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Durante seu coma, Lauren tinha vários pesadelos e sonhos. Histórias de como seria sua vida sem sua babygirl. Que com toda a certeza, não seria nada.
Até por que, o que seria de Lauren sem sua baby? Como seria sua vida sem ter sua baby para pertuba-la, sorrir como ninguém, ter o abraço que ninguém dá, sem sua safadeza, e seus gemidos...Não que seja o principal, pois o amor que Lauren sente por sua baby vai além disso. Mas, como seria viver sem fode-la?
Não seria a mesma coisa. Camila havia se tornado o ar de Lauren, e o medo de perdê-la era sem igual.
Lauren tinha planos com a menor, ainda tinha muitas coisas para realizarem juntas, tantos passeios, presentes, mimos, sorrisos, tudo que deixava Lauren e Camila tão bem.
A maior obviamente entraria em depressão... mais uma vez. Longa história, perder alguém importante e ficar bem não era o seu forte, tantas pessoas importantes já se foram, pessoas que Lauren amava tanto, ou mais do que a si mesma.
Mas, Camila poderia não saber ou não imaginar tal sentimento tão forte, mas era isso que sua mommy sentia, algo inexplicável.
Cuidar de Camila passou a ser nada mais, nada menos do que rotina. As ligações e cobranças, ordens e tudo mais, Lauren sempre fez isso para o bem de sua baby.
O engraçado é que, tudo aconteceu tão rápido. Apenas em 2 meses, Lauren e Camila se conheceram, se apaixonaram, viajaram, se amaram, e hoje estão aqui. Na cama de um CTI lutando para se manterem vivas, para que nenhuma delas sofram.
Já haviam se passado 24 horas. Camila não dera um sinal de que vá acordar, a não ser se remexer tanto naquela cama incomodada com algo. Claro que todos estavam com duvidas do que poderia estar acontecendo com a mais nova. Mas todos sabiam que poderiam ser pesadelos.
***
Depois de quase 2 dias em coma, a babygirl finalmente acordou. E a força do amor foi maior, e com um sorriso fraco e calmo Lauren acordou. Logo procurou por sua baby, mas não pode vê-la, mas sabia que algo estava errado com a pequena.
Camila olhou ao redor tentando reconhecer o local que estava, sua cabeça doía tanto, fechou os olhos com força e se sentou na cama. Ela se esforçava para lembrar de algo, mas não conseguia.
Ela sequer..lembrava seu próprio nome. Quem era ela? Onde estava? Por que estava ali? O que aconteceu?
Os médicos sorriram ao ver a menina sentada, olhando ao redor, parecia estar melhor, mas só parecia.
- Camila? Olá, eu sou a doutora Lovato. Lembra de algo que aconteceu? - a menor a olhou tentando reconhecer aquele rosto tão estranho pra ela, realmente nunca havia a visto, e isso se tornava mais estranho - Camila? Oi? Se sente bem? - perguntou ao perceber que a menor a olhava diferente. -
A doutora pegou uma pequena lanterna e botou em seus olhos, os examinando, abriu sua boca também vendo se algo estava diferente. Mas estava tudo normal.
- Sabe seu nome? De onde veio? Seus pais? - a menor apenas negou, e foi ali que a doutora percebeu que Camila havia sofrido uma perda de memória. -
***
Era difícil saber como Camila poderia ter perdido a memória, algo de errado havia acontecido, até porque Camila bateu a parte da frente de sua cabeça, ou a pancada teria sido tão forte assim?
E voltamos a todos aqueles exames, agora Camila iria fazer uma tomografia computadorizada para confirmar novamente se havia causado alguma lesão em seu cérebro ou algo do tipo.
Tudo estava normal, examinaram novamente as pupilas de Camila analisando se estavam do mesmo tamanho. E então depois de horas de novos exames, a menor foi diagnosticada com concussão, um traumatismo causado por uma pancada na cabeça.
Milhares de perguntas foram feitas para a menor, ela não lembrava de absolutamente nada. E seus pais, bom, haviam sim ligado para eles, a mais de 24 horas, mas nada de aparecerem, o que salvava era Lauren, a menina que sofreu o acidente com ela.
***
E assim os médicos foram até Lauren, a menina estava acordada, parecia estar bem, pois Lauren sabia que sua babygirl já estava acordada.
- Srta. Jauregui? - a doutora a chamou entrando na sala com uma prancheta presa em seus braços. -
Lauren a olhou e imediatamente sorriu fraco, se sentou na cama de um jeito desajeitado e respirou fundo.
- Sim? - ela respondeu vendo a mulher de cabelos longos e castanhos se aproximar.
- Lauren, eu sou a drº Lovato, muito prazer. Você está melhor? Como se sente? - falou enquanto observava seus batimentos, quantidade de soro, pegou sua lanterna, examinou seus olhos e logo a olhou botando as mãos nos bolsos do jaleco, deixando a prancheta presa debaixo de seu braço
- Estou sim, obrigada. - a morena respondeu com um sorriso fraco
- Sem dores? Nada mesmo? - olhou os olhos dela, mas ela apenas negou com a cabeça. - Ok então. - continuou a olhá-la - Lauren, eu estou aqui para falar de Camila, lembra-se dela?
- Sim - rapidamente a morena sorriu largo olhando a mulher ao seu lado - Como ela está? Quero ê-la.
- Está bem, mas aconteceu uma coisa.. e eu preciso que me ajude.
- Claro.. mas posso vê-la primeiro? - a morena insistiu, a doutora apenas assentiu, talvez vê-la faria Camila se lembrar de algo.
Lovato pediu para que alguns enfermeiros ajudasse Lauren a ir até lá, então a botaram em uma cadeira de rodas - já que a mesma não podia fazer muito esforço ainda - e a levaram até o quarto onde Camila estava.
Assim que Lauren viu Camila, sorriu largo e pode sentir seu coração errar as batidas ao vê-la sua babygirl, bem, viva na verdade. Levaram Lauren mais para perto e as deixaram a sós.
Lauren ainda sorrindo pegou na mão da menor e acariciou, Camila permaneceu em silêncio, mas tirou sua mão.
- Ah babygirl, eu estou tão feliz que esteja bem. - sorriu pegando novamente na mão da menor.
- Quem é você? - Camila respondeu, e Lauren a olhou nos olhos, sentindo o mundo parar ao seu redor.
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