História Dear CEO - Chapter Ten

Naquele momento eu me encontrava totalmente incapaz de responde-lo, na verdade, eu mal conseguia olha-lo já que aquelas palavras me atingiram com tanto impacto, permaneci então calada e encarando minhas mãos sobre meu colo. 

     -ME RESPONDA! – Elevou seu tom batendo sua mão contra a mesa fazendo com que eu me assustasse 

     -Eu não acho que seja hora ou lugar apropriado para esse tipo de conversa – Tentei ao máximo conter minha voz tremula – as pessoas podem ouvir e tirar conclusões errôneas. 

     -Tudo bem, não seja por isso

     Ele se levantou colocando então seu paletó e caminhou em direção da porta destrancando a mesma. 

 -Vamos – indicou para que eu o seguisse – terminaremos essa conversa na minha casa. 

  Rapidamente peguei minha bolsa de cima da mesa e sequei algumas das lagrimas que haviam sobrado em meu resto enquanto o seguia em direção ao elevador, no fundo, eu sabia que não queria ir até sua casa, eu não queria ter essa conversa pois por mais que eu planejasse talvez esconder algum sentimento ou dar um fim nisso de uma vez eu também sabia que acabaria falhando nisso e me deixaria levar novamente por Jong Suk. Mas, mais cedo ou mais tarde eu teria que o enfrenta-lo e por que essa hora não poderia ser agora então? 

  Em silêncio, nós seguimos até seu carro e então rapidamente ele se colocou a dirigir. 

  (...)

  E lá estava eu, sentado naquele enorme e branco sofá esperando que Jong Suk descesse novamente, ele decidira que antes de terminamos – começarmos- essa conversa ele precisava tomar um banho para que talvez sua cabeça pudesse voltar ao lugar. Enquanto o esperava eu permaneci tensa por todos aqueles segundos, ouvi meu celular começar a tocar dentro da minha bolsa e logo o peguei achando que fosse minha mãe, mas como um truque do destino era Kim Woo bin quem estava me ligando, analisei se era certo o atende-lo naquele momento.

  -Não vai atender? – Me assustei ao ver Jong Suk parado na ponta da escada, usando apenas uma calça moletom e com seus cabelos semi molhados 

  -Não, é alguém que pode esperar – recusei a ligação, desligando meu celular logo em seguida 

  -Hm – ele pareceu me analisar por um momento - não devia desligar o seu celular, seus pais podem te ligar

  -Meu pai saberá que estou com você, muitos nos viram sair juntos hoje, não se preocupe.

  Ele se sentou em uma poltrona quase de frente para mim e permaneceu quieto enquanto apenas me olhava, eu odiava quando ele agia dessa forma me deixando ainda mais tensa, eu queria apenas explodir declarando tudo o que sentia. 

  -Vamos acabar logo com isso – falei por impulso – eu não aguento mais

  -Eu estou esperando você me responder, você sente ou não algo por mim? 

  -Sinceramente? 

  -Sinceramente. – Assentiu 

  -Não há como saber, há? Quero dizer, as coisas não aconteceram do modo que você queria, muito menos do modo como eu queria então não há como saber se o que sinto é frustação, paixão, amor ou apenas excitação.

  -Pare de enrolar – se reencostou na poltrona – todo ser humano sabe o que sente, mesmo que bem no fundo, sempre sabe.

  Eu não o respondi e isso pareceu o incomodar.

  -Você quer saber o que eu sinto, por exemplo? – Começou – eu sinto que mesmo sendo dessa maneira desde que sai da casa dos meus pais, quando se trata de você tudo muda, eu me sinto mais como um ser humano e menos como uma figura pública, eu sinto meu peito queimar toda vez que te vejo entrando por aquela maldita porta todo dia de manhã, eu me sinto um idiota por ter começado tudo isso da maneira errada pois eu sei que você merece muito mais você merece alguém bem melhor do que eu, mas eu não me sinto preparado para deixa-la ir,  eu sinto que agora eu sou alguém que não consegue mais viver ser ouvir o seu “Bom dia sr.Lee” todas manhãs – ele imitou o meu tom de voz me fazendo rir – eu sinto que eu gosto/amo/ estou apaixonado por você, tudo isso ao mesmo tempo. Viu como é possível saber o que sente? 

   - E como você espera que eu responda algo a altura disso? Tudo do que eu disser agora vai se tornar totalmente banal se comparado com as suas palavras.

  -Só me diga se eu não estou preso em um amor unilateral – a essa altura ele já estava sentado ao meu lado no sofá – que você sente no mínimo 40% disso por mim.

  -Eu não sinto 40% disso Jong Suk – sua expressão mudou por um momento – eu sinto 99% disso, é incrível o modo como eu me apaixonei por você tão rapidamente e vai se ferrar por todas as noites que eu passei apreensiva pensando que estava caindo em um poço de decepção novamente. 

  -Qual o problema desse 1%? 

  -Às vezes eu quero sinceramente mata-lo, por isso ele existe. 

  Ele apenas sorriu e me beijou, calmamente, como nunca havia feito antes, ao se afastar eu senti como se a coisas fossem começar a se ajeitar pouco a pouco, apesar de ainda ter vários problemas espalhados ao nosso redor. 

-Receio que você não vai poder dormir aqui hoje - falou 

-E você está certo, por mais que eu queira, isso não será possível 

-Eu te levo então - se levantou indo em direção a escada - vamos parar e comer algo no meio do caminho 

Apenas assenti enquanto ele subia em direção ao seu quarto, decidi então ligar meu celular para checar caso houvesse alguma chamada perdida dos meus pais, mas ao contrário disso havia apenas ligações de Kim Woo Bin e por fim uma mensagem de texto: "Está tudo bem? Me ligue assim que possível, quero conversar com você." 

Apenas ignorei e voltei a guardar o aparelho, logo Jong Suk desceu novamente agora usando uma blusa de manga comprida e uma calça de jeans claro. 

(...)

-Nos vemos amanhã então? - disse antes que eu descesse do carro

-Como sempre - sorri 

Mais uma vez ele selou nossos lábios de forma doce, me despedi dele mais de uma vez antes de finalmente descer do carro e vê-lo sumir no fim da minha rua, me virei indo em direção a porta de casa e ao abrir a mesma me assustei ao ver Matthew e sua mãe sentados na mesa de jantar com os meus pais, minha mesa de jantar, meus pais. 

-Você chegou, está com fome? - meu pai disse, seus olhos eram de quem pedia socorro 

-Não obrigado, Jong Suk parou no caminho para que pudéssemos comer alguma coisa - respondi indo em direção a escada - vou tomar um banho, estou exausta.

-Ahhh, ele é um chefe muito bom, sempre se preocupa conosco mesmo que sejamos apenas seus empregados - meu pai realmente gostava dele como chefe, imagina só como genro 

Ri com meu pensamento e continuei meu caminho até meu quarto, tomei um banho pudendo sentir finalmente os músculos do meu corpo relaxarem pouco a pouco, desliguei a água me enrolando em uma toalha logo em seguida, escovei meus dentes e prendi meu cabelo antes de ir para meu quarto colocar meu moletom de pijama, pouco depois de me jogar na cama ouvi algumas batidas em minha porta e então levantei para abrir. 

-Minha mãe mandou eu vir me despedir e agradecer por ter convencido seu chefe a me dar uma chance - Matthew disse

-Beleza. - fiz menção de fechar a porta mas sua mão impediu que eu a fizesse

-Como você consegue que ele faça todas essas coisas pra você,hum? Como você pode ao menos ter um cargo tão grande dentro daquele lugar sendo que eu sei bem o quão inútil você é...a não ser na cama, na cama você é ótima.

-Já acabou? - arqueei uma sobrancelha - ou ainda precisa dizer mais algumas ofensas só pra inflar ainda mais seu ego? É agora que eu começo a fingir que estou machucada com o que você disse? 

-É óbvio que você esta dando pra ele, como uma boa vagabunda. 

-Uau, como você descobriu? Vagabunda é meu nome do meio - forcei um tom de surpresa - Vê se cresce garoto, e se você não fosse burro como uma porta saberia que como "ele faz tudo o que eu quero" você devia saber que consigo te tirar dali com a mesma facilidade que coloquei. Agora vá embora, já esta na hora da mamãe lhe colocar na cama, bebezão. 

Fechei a porta antes de ouvir mais uma de suas incríveis e bem elaboradas respostas, deitei em minha cama orgulhosa de não ter me sentido nem um pouco ofendida por suas palavras, já que tecnicamente eu estava mesmo dormindo com meu chefe. Senti meu celular vibrar em algum lugar embaixo de meu edredom, era uma mensagem de Jong Suk: "Amanhã nosso expediente vai ser até as 16h30, depois disso eu a levarei para assistir um filme, que tal?" "Feito. Até amanhã xx" Ajustei meu despertador e assim fui dormir. 

Acordei com aquele toquinho incômodo, mas por alguma razão eu não me senti amargurada ao escuta-lo, saltei da cama indo direto para um banho bem quentinho fazendo minha higiene matinal, hoje optei até por fazer uma maquiagem leve mas que contava com um delineador bem marcado, coloquei minha saia social de sempre e uma camisa branca, peguei minha bolsa e logo desci sabendo que meu pai já estava me esperando para que pudéssemos ir trabalhar. Como sempre, fui até a cafeteria buscar o café da manhã de Jong Suk, decidi pedir um capuccino para mim dessa vez. 

-A senhorita está bonita hoje, mais do que o normal - o atendente disso enquanto me entregava o pedido - ocasião especial?

-Pode se dizer que sim - lhe respondi sorridente - tenho um bom dia. 

-Igualmente. 

Sai do elevador cantarolando "XOXO" do Exo e fui em direção à sala de Jong Suk, entrei sem bater como sempre. 

-Bom dia sr. Lee - falei recebendo um enorme sorriso em minha direção - trouxe seu café da manhã.

-Bom dia srta. King, sente-se e coma comigo. 

Me sentei na cadeira que tinha de frente a sua mesa e tomei eu cappuccino enquanto repassava a ele suas tarefas do dia, incluindo o fechamento de alguns contratos dessa vez com algumas empresas internacionais. 

-Será que vamos precisar da sua tradutora de novo? - o provoquei 

-Agora eu entendo por que aquele 1% existe. - bufou em sua cadeira- A propósito, você não se esqueceu que vamos sair hoje não é? 

-Em partes pode se dizer que sim, eu ia trazer uma troca de roupas para não precisar passar em casa, mas acabei esquecendo. 

-Tudo bem, eu te levo até sua casa antes de irmos. 

-Ok. 

E então seguimos mais um dia de trabalho, hoje em particular as coisas estavam agitadas pois eu quase não havia ficado apenas em minha mesa acredito até ter feito uma visita em todos os setores da empresa inclusive o setor daquele embuste, mas ele não estava no trabalho então tratei logo de averiguar. 

-Com licença, Sr.Kwon - chamei o chefe do setor - Por que o funcionário novo não estava trabalhando hoje? 

-Ele ligou mais cedo dizendo que não poderia comparecer pois estava se sentindo muito doente hoje

-A doença dele é falta de vergonha na cara -resmunguei comigo mesma

-Como? 

-Nada, obrigado. O senhor tem trabalhado duro, continue assim, até mais. 

Voltei à minha sala e me soltei em minha cadeira pois estava cansada de andar com esse salto de um lado para o outro, olhei no relógio finalmente era 16h25 e agora só restavam 5 minutos para o fim do expediente, então comecei a ajeitar minhas coisas devagar e pude ver que Jong Suk também ja fazia o mesmo. 

-Psiu - ouvi ele me chamar - tranca a porta rapidinho

-O que você ta aprontando agora? 

-Eu gosto de te beijar no escritório, é excitante.

Tranquei a porta como ele havia pedido e fui em direção, o mesmo me fez sentar em seu colo e logo levou sua mão até minha nuca iniciando um beijo que poderia desmontar qualquer pessoa Jong Suk era realmente bom no que fazia, em todos os aspectos, nos separamos pela falta de ar e ao abrir os olhos pude ver que ele sorria.

-Vamos? 

-Sim senhor.

(...)

Estacionou seu carro em frente a minha casa e eu disse que ele poderia entrar enquanto eu me trocava, como o esperado não havia ninguém em casa. Jong Suk me seguiu até meu quarto e se sentou na cama enquanto eu revirava meu guarda roupas. 

-Eu nunca imaginei que seu quarto seria rosa, aquele poster do Exo eu já imaginei com certeza - riu apontando para uma das paredes

-Para de ser tonto, você é muito descrente do meu apego por Exo, eles são demais ta? 

-Você já foi em algum show? -Perguntou apoiando suas mãos em meu colchão 

-Se você está tentando me magoar, pode parar por ai - falei enquanto tirava minha blusa - não, nunca fui

-Não quero te magoar, só queria saber - ele pareceu pensativo por um momento - quando é seu aniversário? 

-Daqui um mês - agora eu já estava colocando uma calça jeans - você está me assustando com essa perguntas, eu hein, vamos eu tô pronta

-Pegue uma troca de roupa, essa noite você vai dormir comigo na minha casa e eu não aceito não como resposta por que isso é uma ordem - falou tudo de uma vez 

-Jong Suk, respira ta bom? Eu vou pegar.

Saímos de minha casa com ele carregando minha mochila até seu carro, e ainda antes de irmos ao cinema passamos em sua casa também para que ele colocasse uma roupa confortável. Depois disso fomos então ao cinema, na bilheteria tivemos dificuldades para escolher um filme já que Jong Suk queria um filme de terror e eu queria uma animação ou algum de ação.

-Oppa, por favor, terror não 

-Você está me chantageando me chamando de oppa? Que golpe baixo - me olhou contendo o riso- tudo bem, então vamos assistir a esse de animação. 

-Você é o melhor! - apertei seu braço 

-Ele é mesmo não é? - dei um pulo ao ouvir a voz de Kim Woo Bin atrás de nós - Lee Jong Suk, o melhor.