História Dear Daddy's - Relationship

Os dias passavam rapidamente para Seokjin. Estava ocupado com tantas coisas que o dia passava rápido. Jeongguk quase implorava pela atenção do pai, mas compreendia, mesmo aos seus poucos anos de idade, que o pai estava esforçando-se bastante, afinal, já era mais grandinho do que da última vez.

Decidiu, então, preparar algumas coisinhas para seu pai. Estava com exatamente dez anos de idade e já entendia maioria das coisas que o cercava. Pegou um papel e encarou a folha em branco.

Com o passar dos anos, Seokjin arrumara outro emprego ao qual tinha seus lados ruins e bons. O ruim era que passava menos tempo com o filho — achava aquilo meio termo, já que não queria ficar  muito próximo de Jeongguk — e o lado bom que consistia em um ótimo salário mensal.

Junto com a mudança de emprego, veio relacionamentos que envolvera-se tragicamente. Primeiro, acabou tentando com um amigo, Jaehwan, que tinha uma queda por si, mas não conseguiu retribuir os sentimentos do mesmo e, como Seokjin odiava iludir ou enganar as pessoas, decidiu não dar continuidade com aquilo. O segundo veio com um ex-namorado e amigo seu, só que ambos não se viam a tanto tempo; Jin tentou reconciliar-se com ele, mas fora uma missão falhada que resultou em desentendimentos. O terceiro fora de uma forma um tanto peculiar.

Estava em seu novo escritório, fez um grande proveito de um cômodo vazio da casa mediana transformando-o em um escritório para seu trabalho. 

Era de noite, Seokjin estava até tarde no escritório resolvendo algumas papeladas. Jeongguk encontrava-se dormindo, deixando o Kim mais solto para resolver os problemas da empresa em que trabalhava. 

Ouviu seu estômago roncar e a vontade de comer um Kimchi veio, mas lembrou que não tinha ingrediente suficiente para fazer o prato. Suspirou pesado e olhou para o relógio, deduziu que o mercado perto de sua casa estaria aberto pelo horário,

Levantou-se da cadeira e saiu da sala. Pegou uma quantidade razoável de dinheiro e botou em sua carteira, colocando-a no bolso da calça. Foi até o quarto de Jeongguk e abriu a porta conferindo se o menor dormia. Certificou-se que ele estava em um sono profundo e fechou a porta. Seguiu para a porta principal e saiu, trancando-a, em seguida rumou em direção ao mercado.

Não demorou mais de dez minutos para ele chegar ao mercado. Foi de sessão em sessão pegando os ingredientes e algumas coisas extras como doces, biscoitos, sucos e refrigerantes, tudo para agradar seu pequeno.

Pegou mais algumas coisas para o almoço do dia seguinte e foi para o caixa. No meio do caminho, notou uma figura baixa e de cabelos negros entretido na sessão de congelados. Sorriu.

— Yoongi? — chamou, vendo o de cabelos pretos virar rapidamente na direção de sua voz. Seokjin acenou e o Min sorri quase que instantaneamente. — Olha, não vou mais considerar esses nossos encontros como coincidência.

Já fazia meses que o Kim e o Min estava encontrando-se acidentalmente.

— Jin! — exclamou aproximando-se do maior. — Realmente, estamos nos encontrando muito.

Riram pela coincidência e seguiram juntos até o caixa e passaram suas compras separadamente. Sairam do mercado e seguiram pela mesma direção, que deixava a casa de Seokjin mais próxima. Yoongi sabia que aquele caminho deixaria sua casa um pouco mais distante, mas mentiu, dizendo não faria diferença, para ficar mais um na companhia de Kim.

— Onde está Hani? — perguntou Seokjin .

— Ela está com Sohye nesse final de semana. — Yoongi deixou escapar um risada abafada, atraindo a atenção do Kim. — É engraçado como ela insiste em ficar com minha irmã, acho pela falta de uma mãe... — terminou a frase em palavras quase inaudíveis, de modo que apenas ele escutasse. Porém a audição aguçada de Seokjin fizera-o escutar, mas não comentou nada.

— Ela está com quantos anos?

— Quem? – exclamou Yoongi, atônito pelos pensamentos.

Seokjin rir pela desatenção de Yoongi e eles acabam rindo junto, a risada de Jin conseguiu ser mais engraçada do que a situação em si.

— A Hani, seu lerdo. – diz Seokjin, em tom brincalhão. 

— Ah, ela está com dez. — encarou o chão e sorriu involuntariamente. — Eles crescem tão rápido...

— Verdade. Jeongguk está com dez também. Parece que foi ontem que eu o encontrei na rua. — comentou vendo o mais novo encarar-lhe confuso.

— Ele é adotado? Vocês se parecem tanto, nunca desconfiaria. — disse Yoongi, um pouco atordoado. Demoraria um tempo para ele assimilar o garoto com dentinhos de coelho como filho adotivo e não biológico 

— Sim. — respondeu Seokjin. — Eu demorei um tempo pra conseguir a guarda pelo fato de não ter uma esposa e isso dificultou muito. – Yoongi ouvia atentamente. — Com  sorte, minha prima, Seohyun, que é advogada, me ajudou no caso.

Essa foram as últimas palavras antes de terminarem o trajeto até a casa de Seokjin. Quando pararam na frente da moradia do mais velho, iriam se despedir, mas Yoongi, no impulso, aproveitou a situação para liberar algo que a muito tempo guardava.

No mês anterior ao que estavam, Yoongi descobriu-se perdidamente apaixonado pelo Kim e, com a ajuda da sua irmã, reunia coragem para se declarar, mesmo não sabendo qual seria o dia e nem a hora exata.

E, bem, havia chegado o momento, seria ali, quase as dez da noite, na rua em frente a casa do Kim.

— Eu gosto de você. — jogou as palavras ao ao ar, fechando os olhos, quase esmagando-os. Suas mãos seguravam com força as alças das sacolas de compras.  

Seokjin sorriu. — Eu também gosto de você, Yoongi. — e acariciou de leve as madeixas do mais novo com um sorriso nos lábios.

Yoongi o encarou. Havia sido mal interpretado? Se fosse isso, não estava afim de explicar. Não saberia quando apareceria outra oportunidade como essa. 

Então, largou as bolsas no chão e aproximou-se do mais alto, ficou quase na pontas dos pés e segurou o rosto de Kim. Por impulso Seokjin iria se afastar, não estava entendendo aquela atitude do Min; quando sentiu os lábios finos de Yoongi contra os seus.

Não fincou assustado e sim surpreso pela atitude. Acabou por fechar os olhos e transformar o simples selar em um beijo calmo. Seokjin puxou a cintura do Min para juntar seus corpos e sentiu os dedos frios e  trêmulos dele sua nuca.

Trocaram carícias e mais beijos por um tempo,  como adolescentes que não conseguiam ficar longe um do outro por muito tempo.

Se afastaram com selinhos vindo da parte de Yoong, que não conseguia esconder a felicidade; seus olhos brilhavam. Mas, e se Seokjin apenas tivesse retribuído pelo calor do momento –, por um segundo passou pela cabeça de Yoongi. 

Mas  o rosto do mais velho expressa outra cosia .

Ele tinha gostado e aquilo alegrou ainda mais  yoongi. E as clichês borboletas se debatiam em seu estômago, parecendo  que a qualquer momento iriam sairiam voando pela sua boca.

— Poderia ter feito isso antes. – disse Seokjin, meio desconcertado.

— Eu estava inseguro. — Yoongi não conseguia desviar os olhos dos de Kim.

— Pelo o quê? — riu e Yoongi adorou ouvir aquela risada de novo. Adorava a risada de Seokjin. — Dorme aqui em casa, está tarde para ir pra casa. — Kim propôs.

— Minha casa é...

— Eu sei que você veio me acompanhar. Sua casa fica do outro lado do bairro. — Seokjin  interrompeu a desculpa esfarrapada de Yoongi ele sorriu sem graça. — Vamos, Hani está na casa de Sohye e Jeongguk está dormindo!

Mesmo um pouco receoso, Yoongi aceitou o convite.

 ʕ•ᴥ•ʔ

Estava terminando o desenho, não conseguia ficar muito satisfeito com o mesmo, mas continuou até que ficasse satisfeito. Sorriu ao ver como a folha com rabiscos bem feitos estava, segurou-a e pensou em leva-la para Jin que estava no escritório, mas decidiu não atrapalhar o homem mesmo não sendo horário de trabalho.

Ouviu a campainha ser tocada, deixou a folha em cima da mesa e correu para atender.

— Quem é? — perguntou em uma voz um tanto quanto fofa.

— Hm, tente adivinhar. — decidiu brincar com a criança que riu bobo ao ouvir a voz tanto conhecida.

— Começa com Y? — perguntou já sabendo a resposta, estava com um belo sorriso no rosto.

— Y de quê? Yoga? 

Revirou os olhinhos, destrancou e abriu a porta recebendo um abraço apertado e confortável.

— Tio Min! — retribui o abraço.

Yoongi iria pega-lo no colo, mas Jeongguk havia crescido muito e ganhado peso. O garoto batia quase nos ombros de Yoongi e o mesmo sentia-se quase que inferior vendo que o mais novo tinha uma altura avançada para sua idade.

Fechou a porta atrás de si e perguntou sobre Jin, recebeu uma resposta breve do mais novo.

— Ele deve estar ocupado. — falou para si mesmo. — Quer fazer alguma coisa, Jeongguk? Quem sabe, brincar?

O garoto mais novo arregalou seus olhos em um brilho intenso. Pegou na mão do Min e o puxou para a sala. Pegou uma caixinha com algum tipo de jogo e sorriu ao ver o que era.

"Pula Pirata".

Seokjin terminou de organizar as papeladas e ouviu um barulho vindo da sala. Levantou-se confuso e seguiu o barulho encontrando seu namorado e o filho adotivo brincando com um jogo. Sorriu e aproximou-se lentamente dos dois.

— O quê estão jogando? — perguntou como se não fosse óbvio.

— É o presente que a prima Jennie deu! — o mais novo dali exclamou pegando uma espadinha e escolhendo o buraco que iria colocá-la. 

Sentou ao lado de Yoongi e sorriu quando o mesmo o encarou. Voltou sua atenção para o jogo do pirata, vendo seu pequeno Jeongguk encaixar a espadinha no buraco do barril.

Foi a vez de Yoongi que pegou uma espadinha azul, iria escolher o buraco de cima, mas Jin falou que deveria escolher o de baixo, ação que causou um olhar reprovador e um bico mimado em Jeongguk, afinal, eram dois contra um. Yoongi seguiu o conselho do namorado e encaixou a espadinha no buraco de baixo. Ambos assustaram-se quando o pequeno pirata pulou.

Yoongi olhou de cara feia para Seokjin enquanto Jeongguk gargalhava. 

— Você me fez perder! Idiota! — bateu no peito do namorado que apenas inclinou-se para beijar a boca do Min.

Um selinho, dois selinhos, e o terceiro se transformou em um ósculo quase apaixonado. Jeongguk, que estava juntando as espadinhas, olhou para o casal a sua frente e sorriu de canto, sabia do relacionamento dos dois e adorava vê-los trocando selares.

Pararam o quê estavam fazendo e encararam Jeongguk que desviou o olhar rapidamente para as espadinhas.

A animação e descontração dos três estava sendo tanta que Jeongguk esqueceu do desenho que tinha feito (mas que logo mais tarde guardara em seu quarto para entregar no dia seguinte.).

— Vamos mais uma partida? — perguntou. Seokjin ajeitou-se de modo que ficasse na frente dos dois, no meio de ambos. 

— Vamos! Mas dessa vez de três!.

[...]

Certificou a terceira vez naquela noite se Jeongguk estava dormindo, apenas teve a confirmação quando o viu abraçar o coelhinho de pelúcia que ganhara de Zuny. Fechou a porta lentamente e andou em passos rápidos e silenciosos até o quarto.

— Ele dormiu? — Yoongi perguntou ajeitando-se na cama de modo confortável.

— Sim.

Jin retirou a camisa utilizava, não ligou os olhares que recebia de Yoongi e colocou a blusa pendurada em uma cadeira que tinha no quarto.

Pensava em tomar um banho, mas estava indeciso, por fim, decidiu tomar um banho — visto que Yoongi já tomara o seu.

Entrou no banheiro do quarto e terminou de tirar a roupa. Colocou-a em um cesto e entrou embaixo do bóxer, ligando na temperatura quente e tomando um bom, agradável e relaxante banho.

Saiu do banheiro com um roupão vermelho que possuía suas iniciais na parte do peitoral. Estava muito cansado para por uma roupa seca, então, como o roupão não estava muito molhado, quase seco, dormiria com ele.

— Isso é um castigo! — Yoongi exclamou arrancando a atenção de Jin para si. — Você vai dormir seminu ao meu lado e eu não poderei fazer nada! — dramatizou.

— Não exagere, eu posso ser gostoso, mas não é pra tanto. — gabou-se e deitou na cama, pegando a coberta e fazendo sinal que Yoongi deitasse consigo.

— Jin... eu não quero apenas dormir. — falou em tom sério encarando o mais velho deitado. Engatinhou pela cama até ficar de quatro em cima do Kim. — Por favor... — beijou lentamente a bochecha do outro enquanto implorava.

Nada falou, apenas deixou que Yoongi espalhasse beijos por sua mandíbula e pescoço, mas não queria fazer aquilo tendo q consciência que Jeongguk, de apenas dez anos, estava a alguns cômodos perto do seu.

Não teve muito tempo de raciocinar quando sentiu a boca macia e fina de Yoongi envolver-se em seus lábios carnudos. Retribuiu o beijo de forma árdua, gostosa e demorada. Beijavam-se de forma que o beijo demorado e calmo transformou-se em um atiçado e um pouco... erótico.

Sua línguas vez ou outra lambiam os lábios do outro acidentalmente e propositalmente. Todo aquele pensamento do mais velho de Jeongguk estar a alguns cômodos do seu havia ido embora, como se nunca existisse.

Yoongi abriu o roupão de seu amado, separou revelando todo o corpo de Seokjin, um corpo bem esculpido e digno dos deuses — como Yoongi dizia —. Deslizou as mãos pelo peitoral do mais velho, voltou a beijar o pescoço branquelo, mas agora descendo mais os beijos até chegar nos mamilos rosados do mais alto.

— Apenas com uma condição. — pronunciou fazendo o menor encarar-lhe esperando-o continuar. — Não faça muito barulho. Se amanhã Jeongguk reclamar que dormiu ouvindo barulhos estranhos, se considere morto. — sorriu de canto.

Yoongi concordou mordendo o lábio, adorava um desafio.