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História Dear Jesus, I'm gay. - Talvez eu goste de cachorros.


Escrita por: jaebunie

Notas do Autor


GENTE EU VOLTEI! Não de vez, mas voltei pelo menos hoje pra atualizar a fanfic. Quero que saibam que não, eu não abandonei a fanfic, e nem pretendo fazer isso, mas minha vida esta realmente corrida, e eu estou realmente sem tempo pra ficar escrevendo/revisando, espero que entendam isso.
Obrigada por todos comentários, e favoritos, espero que vocês não tenha desistido da fanfic.
PS: ESSE CAPITULO É NARRADO PELO BAEKHYUN!!!!1
PS2: espero que me perdoem pelo capitulo meio boring, mas o humor pertence ao Chanyeol, queria fazer a personalidade do Baekhyun diferente da dele.
PS3: revisei rapidinho, desculpa pelos erros.

Capítulo 8 - Talvez eu goste de cachorros.


Não estava nos eu planos ir em uma festa, beber, se pegar com um cara do banheiro, e muito menos quebrar o braço, esse último, com certeza, não estava na minha lista. Na verdade, nada do que estava acontecendo na minha vida nos últimos meses estava nos meus planos de “como levar uma vida de boa sem Park Chanyeol nela” e eu te juro, eu realmente tinha planos para minha vida, apesar de não parecer. Minha vida sempre foi bem resumida em ser chato e afastar pessoas chatas, e Chanyeol sempre esteve no topo da lista de pessoas chatas que eu queria bem longe de mim, o que não estava de fato acontecendo.

Não é como se eu odiasse o Chanyeol, eu apenas não gostava muito dele. Talvez fosse a sua mania irritante de estar sempre de bom humor, de ser amado e adorado por todos, e nunca se deixar abalar por nada. Ou talvez fosse por ele gostar tanto de mim. Eu sei que deve parecer estranho alguém não gostar de outra pessoa porque essa pessoa gosta de você, mas sempre que Chanyeol tentava se aproximar de alguma maneira – e foram várias maneiras -, eu me sentia impotente demais perto dele, e isso me deixava irritado.

Talvez tenha sido esse um dos motivos de eu repudiar tanto os seus atos. Talvez eu não fosse tão homofóbico quanto pensava que era. Talvez eu não achasse o Chanyeol tão chato assim. Era só eu e minha insegurança contra toda magnitude e autoconfiança de Chanyeol. Eu me sentia menor do que eu já era perto dele.

Era simplesmente frustrante vê-lo com todas aquelas pessoas o bajulando, sem se importarem se ele beijava homens ou mulheres, enquanto eu, um cara perfeitamente normal, me limitava a apenas um amigo, Luhan.

Luhan era outra peça chave na minha vida. Como eu disse, eu me limitava em ser chato e afastar pessoas chatas, mas Luhan não era uma dessas pessoas. Ele havia ficado do meu lado por um bom tempo, mesmo quando eu insistia em grosserias e respostas mal educadas com ele. Eu era um babaca, e talvez eu ainda seja.

Mas diferente de mim, Luhan nunca foi babaca. Eu o afastava de mim a cada dia, pra mim Luhan era igual a Chanyeol, era bom demais, certo demais, amado demais, simpático demais, e toda vez que eu ficava perto dele, eu me sentia de menos. Egoísta, não?

E mesmo que nossa amizade tenha se esvaído aos poucos, ele nunca sairá de fato do meu lado. Eu sabia de cada coisinha que ele fazia por mim, e de quantas vezes ele brigara com outras pessoas para me defender, e eu apreciava isso, apesar de não merecer.

Foi então que eu decidi que Luhan tinha que sair de vez da minha vida, porque ele não merecia ter um amigo tão babaca quanto eu. Era idiota demais dizer que eu sentia pena de mim mesmo por agir assim?

E depois veio Chanyeol, ou melhor, sempre teve o Chanyeol. Eu não me lembrava quando exatamente ele começará com a história de gostar de mim, mas me lembro que ele fazia questão de expor isso para Deus e o mundo. E como eu odiava isso. Odiava todos os olhares que eu recebia por não corresponder o querido Park Chanyeol.

Mas com o tempo, eu havia acostumado tanto com a presença do Chanyeol na minha vida, que era estranho não tê-lo nela. Chanyeol era como Luhan, por mais que eu me esforçasse para afastá-lo, ele nunca saia, e de repende, eu me vi tão preso na vida dele que já não sabia como era me afastar.

E eu não minto quando digo que eu tentei tirar Chanyeol da minha vida, porque cara, eu tentei. Mas ao mesmo tempo que eu me sentia sufocado com todo seu jeito atrapalhado e eufórico demais, era divertido e acolhedor.

E foi assim que eu cheguei no dia de hoje, frustrado, meio bêbado, e com um braço quebrado. Era tudo o que a bagunça que Chanyeol fazia na minha vida. E quando nos beijamos pela primeira vez na sua sala de estar foi como se eu já desistisse de tentar arrumar tudo aquilo.

Não que eu estivesse apaixonado por ele, porque não, eu não estava. Mas era estranho, diferente, inevitável. Chanyeol me fazia pensar em coisas que nunca pensei, falar coisas que nunca falei, e fazer coisas que nunca fiz, e de certo modo, era bom me sentir livre. E naquela festa, quando tomei a iniciativa ara beijar Chanyeol, foi como se eu assinasse meu atestado de loucura de vez, porque tudo no Chanyeol fazia uma parte de mim surtar.

E agora, além de uma dor de cabeça do caralho, eu estava com um braço quebrado e um Chanyeol completamente insuportável do meu lado. De fato Chanyeol nunca sairia do topo da minha lista de pessoas chatas. E junto dele, estava minha mãe que me olhava feio.

— Ja disse pra você calar a boca. — resmunguei pela quinta vez.

— Mas Baekhyun, foi minha culpa, e eu me sinto muito culpado, olha seu braço. — ele choramingou.

Eu estava prestes a pegar uma agulha e enfiar na cara dele.

— Tem razão, foi sua culpa, mas em vez de ficar choramingando me paga uma indenização, idiota.

— Eu faço qualquer coisa.

— Então se mata Chanyeol. — revirei os olhos.

— Baekhyun! — minha mãe me repreendeu. — Se continuar falando assim com ele eu faço questão de quebrar seu outro braço moleque.

Me arrependi dois segundos depois do tom de voz que eu havia usado, pois Chanyeol se encolheu em um cantinho e ficou encarando os pés como um filhote mal tratado. Me arrependi também porque minha mãe me olhava com uma cara de “vou arrebentar sua fuça garoto.”

Não que ela realmente fosse arrebentar minha fuça, mas minha mãe era louca, vai saber se ela estava falando sério ou não. Sem contar que em dois segundos do lado do Chanyeol, minha mãe criou uma adoração pelo garoto educado e prestativo que Chanyeol era, ou seja, Baekhyun era o chato da historia.

Maldito Chanyeol e todo seu efeito sobre mim. E sobre minha mãe.

— Tente não fazer esforço com esse braço, a fratura não foi seria, mas você precisa tomar cuidado para uma recuperação eficaz. — a enfermeira diz.

— Uma pena, tinha baixado vários pornôs par ver esse final de semana. — zombo. — Esse meu braço me seria bem util. — a vejo corar.

— Baekhyun! — minha mãe me reprende de novo. — Não se preocupe, ele só esta brincando, a única coisa que ele fez de final de semana é reclamar da vida e do quanto ele é sozinho e carente. Sem contar que chora vendo Naruto.

— Mãe! — é a minha vez de repreendê-la.

Sinto meu rosto queimar de vergonha.

— O que? É a verdade. — ela balança os ombros. — Lembra aquela vez que você e o Chanyeol deram o primeiro beijinho e você ficou a noite toda falando que…

Me levanto na maca tão rapido que por pouco não quebro a penar, a coluna, e principalmente a cara.

— Não falo do Chanyeol, — digo bravo — muito menos choro vendo Naruto.

Minha mãe apenas ri e bagunça meus cabelos.

Dessa vez eu que me encolho em um canto e fico encarando o chão ate irmos embora do hospital. Minha mãe ainda fica um tempo parada conversando toda simpática com Chanyeol, dizendo o quanto ele é adorável e educado e eu reviro os olhos a cada dois segundos querendo engessar meus ouvidos para não ouvir toda aquela encheção de linguiça.

Não me despeço de Chanyeol, e nem ele de mim, só um aceno leve de cabeça estranho que nem sei se foi uma despedida discreta ou um movimento meio sem querer dele.

Entro no carro calado, saio calado, e subo pro meu quarto calado.

— Um real por um pensamento seu. — minha mãe aparece no batente da porta do meu quarto.

— Vai morrer pobre então. — respondo com a cabeça encostada desajeitada no travesseiro.

— Credo Baekhyun, como um garoto gentil como o Chanyeol pode gostar de alguém grosso como você. — ela diz se aproximando da cama.

— Quem é Chanyeol? — pergunto irônico.

— Um garoto que você gosta. — ela se senta na cama e coloco minha cabeça sobre seu colo.

— Não gosto nem do meu gato direito, você acha que eu vou gostar do acéfalo?

Minha mãe ri baixinho e começa afagar meus cabelos ate que eu feche os olhos, mesmo que sem sono eu bocejo.

— Nos não temos gato Baekhyun. — ela fala.

— Mesmo que se tivéssemos, eu não ia gostar dele.

— Gatos são chatos e ariscos que nem você.

— Cachorros são chatos também. — falo.

— Filhotes são adoráveis. Mas de todos os filhotes, o mais adorável é você. — ela aperta meu nariz e eu abro os olhos surpreso.

— Mãe, não começa a me tratar como um bebê de novo. — reviro os olhos.

— Certo, então você, como um menino crescido, dorme sozinho e sem cafuné hoje. — ela se levanta e me deixa deitado na cama.

Fico revirando nela por vários minutos, sem sono algum, tentando tirar a ideia maluca que está na minha cabeça.

Eu nunca la fui muito de agir por impulso, eu sempre tive muito tempo de sobra pra pensar nas coisas antes de fazer, e nunca fazer por pensar demais, mas mesmo estando a exatos vinte minutos me negando a discar o número daquela pessoa, eu o faço. Me assusto quando a pessoa atende na segunda chamada.

— Baekhyun? — ouço uma voz sonolenta do outro lado da linha.

— Ta acordado? — pergunto a coisa mais ridícula que se pode perguntar há alguém em plena três da manhã.

— To, estava sem sono acabei ficando vendo série ate agora. — sei que ele está mentindo, é nítida sua voz de sono.

— Ainda vê Prision Braek? — pergunto.

— Não, — ele ri. — você disse que me mataria se eu visse o final sem você.

— Isso foi a muito tempo. — digo baixinho.

— Eu ainda acreditava que você ia aparecer aqui em casa querendo ver o final da série.

Eu me sinto culpado. Por tudo que já fiz por ele, não só pelo fim da série que nunca vimos. Fico um tempo calado, ate o silêncio se tornar incomodo.

— Então, por que me ligou? — a voz do outro lado da linha pergunta.

— Na verdade eu não sei, — resmungo. — foi a única pessoa que eu pensei em ligar.

— Como se outra pessoa fosse te atender em plena três horas da manhã. — ele ri e eu o acompanho.

O silêncio se faz presente mais uma vez, mas dessa vez me sinto confortável com ele. A respiração baixa e animada do outro lado da linha me faz lembrar os velhos tempos, e eu sentia falta disso.

— Acho que vou adotar um cachorro. — falo do nada.

— Você não gosta de cachorros Baekhyun. — a pessoa diz.

— É, tem muita coisa que eu costumava não gostar também…

— Tipo do Chanyeol? — ele pergunta.

Eu congelo com a pergunta. Uma parte de mim sabe que já é idiotice dizer que eu queria Chanyeol longe. Talvez eu nem gostasse dele, sabe, daquele jeito, mas talvez ele me fizesse tão bem que era fora de cogitação negar que eu o procurava em todos os cantos onde quer que eu fosse. Era confuso demais pra mim pensar em gostar de Chanyeol, do mesmo jeito que era confuso demais pra mim pensar em gostar de cachorros.

Cachorros eram barulhentos, agitados e carentes, assim como Chanyeol. Mas eu queria um, assim como queria Chanyeol.

— É, tipo o Chanyeol. — falo hesitante.

— Você quer falar sobre isso? — ele pergunta.

— Sobre adotar cachorros? — pergunto inocente, mesmo sabendo do que ele estava falando.

— Não idiota, — ouço sua risada infantil. — sobre Chanyeol.

— Cachorros, Chanyeol, é tudo a mesma coisa. — resmungo. — Com tanta coisa importante pra falar no mundo, você acha mesmo que eu perderia meu tempo com isso?

— Tipo o que?

— Sei la, tipo que eu quebrei o braço e você não ainda não perguntou ainda se eu estou bem.

— Você está bem?

— Não! Eu quebrei o meu braço, não vou poder fazer mais nada por causa desse maldito braço, tem noção do quanto isso é horrível?

— Não seja tão dramático Baekhyun, — ele ri — você já não fazia nada mesmo.

— Blasfêmia. — acuso rindo.

Por um tempo a única coisa que ouvimos é o som da nossa risada baixa. Pode parecer idiota, mas eu queria chorar.

— Baek? — ele me chama.

— Hm?

— Por que me ligou? — pergunta.

— Porque você é meu amigo. — digo baixo. Soa quase como uma pergunta.

— Você sabe que sim. — ele fala, e eu tenho certeza que está sorrindo.

— Você vai fazer alguma coisa amanha?

— Depende do que você tem para me oferecer.

— E quem disse que eu ia oferecer algo? — falo sarcástico.

— Não seja chato.

— Posso ir na sua casa? — pergunto hesitante. — Temos uma seria pra terminar.

A linha fica muda por uns segundos, e eu começo a imaginar que ele desligou na minha cara.

— Três horas, sem falta. Trás algo pra comer. — ele fala animado.

— Demoro! — respondo no mesmo tom.

— Baekhyun, agora eu preciso realmente dormir. — ele fala sonolento.

— Que péssimo amigo é você que não me da atenção em plena três horas da manhã? — brinco.

— Boa noite Baek. — ele ignora meu drama.

— Boa noite, Luhan.

Desligo o telefone e me deito na cama mais aliviado. Não por inteiro, já que minha cama parecia estranha demais pra mim. Pego meu cobertor e meu travesseiro e vou para o quarto mais conhecido por mim.

Tentei ao máximo me esgueirar sobre a cama sem fazer barulho mas foi impossível.

— Achei que você não fosse mais um bebê. — minha mãe diz de olhos fechados assim que me deito ao seu lado, procurando sua mão para afagar meus cabelos.

— Não enche. — digo emburrado mas já sonolento demais para negar o abraço apertado que ela me dá.

Talvez eu pudesse gostar de ser tratado como um bebê, talvez eu pudesse gostar da ideia de voltar minha amizade com o Luhan, talvez eu pudesse gostar de cachorros. Talvez eu pudesse gostar do Chanyeol.

 


Notas Finais


Eu tinha que fazer esse capitulo da Baekhyun sem quase nada do Chanyeol, pq eu realmente queria mostrar que Baekhyun é só uma criança carente que ainda dorme abraçado com a mãe jsiakkk, e a parte do Luhan, não podia faltar.
Bom, posso dizer que o Baekhyun chato nunca vai morrer, mas quem sabe, de agora em diante ele seja um pouquinho mais...
ENFIM! Obrigado por quem esta lendo, e não desistiu da fanfic.
Mais uma vez, desculpem-me pelo capitulo meia boca.


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