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História Dear Lover || B.P & H.S (CANCELADA) - Insolense


Escrita por: HelloIsZerrie

Notas do Autor


boa leitura <3

Capítulo 6 - Insolense


Fanfic / Fanfiction Dear Lover || B.P & H.S (CANCELADA) - Insolense

21:35 P.M

            Terminei de cozinhar o espaguete para o jantar, limpei minhas mãos no guardanapo de pano e o pendurei no gancho da parede. Liam ainda não havia chegado, e eu estava começando a me preocupar. Reviro os olhos ao pensar na hipótese de ele estar enfiado naquela desgraça de bar, enchendo a cara até perder os sentidos. Maddie estava na sala desenhando nos sulfites sobre a mesa central, assistindo seus desenhos preferidos que passava em um determinado canal, já que tínhamos TV por assinatura. Suspiro olhando para o celular sobre o balcão, logo o peguei para tentar ligar para ele pela vigésima vez. Ele sabe como eu odeio que não atendam o celular, embora as pessoas também se irritarem de as vezes eu não atender o celular. Procurei seu número nos registros de ligações já feitas e liguei novamente.
            - Alô? – Ele atendeu.
            - Liam, onde está? Você ficou fora de casa o dia inteiro – Arregalei os olhos – Que barulho é esse?
            - E você se importa aonde eu estou? – Respondeu ele sendo grosso comigo mais uma vez.
            - Claro que me importo, Liam – Respirei fundo de olhos fechados – Por que acha que eu estou ligando pra você?
            - Pode até se importar, mas para a sua informação, não me interessa dizer aonde estou – Respondeu com o tom de voz cada vez mais alto por causa do barulho alto no fundo.
            - Não acredito que você está nesse bar de novo – Exclamei – Pelo amor de Deus, já conversamos sobre isso.
            - Dane-se, eu quero me divertir, ok? – Disse ele rindo com um tom de deboche – Tchau.
            - Liam? Liam! Alô? – Olhei para a tela do celular e apertei o punho – Mas que droga.
            Passei as mãos em meus cabelos, eu não sabia mais o que fazer. Não posso segura-lo como se fosse uma criança, mas também não posso deixa-lo que me trate assim como se eu fosse uma qualquer. Somos casados a muito tempo, e ele sabe que não admito que me trate assim. Cocei meus olhos tentando não chorar mais uma vez e respirei fundo pegando um prato raso colocando um pouco de espaguete para Maddie. Despejei um pouco de suco no copo e fui indo até a sala. Como sempre sentada no chão, desenhando suas flores e as colorindo com glitter rosa.
            - Hora de comer, querida – Murmuro me sentando sofá, ela logo se sentou ao meu lado sem tirar os olhos da TV – Deve estar com fome.
            - E o papai? – Ela me olhou enquanto abria a boca para comer.
            - Na fábrica – Sorrio fraco e me sentindo culpada por estar mentindo mais uma vez.
            - Ele não vai vir comer com a gente? – Ela fez bico.
            - Não, meu anjo – Suspiro – Ele vai chegar um pouco tarde hoje.
            - Mas é sábado, mamãe – Questionou ela.
            - Maddie, por favor – A olhei desanimada – Come.
            E assim que eu falei isso, ela se calou um pouco pensativa. Com aquele silêncio dominando aquele ambiente, eu apenas consegui pensar na intenção que Harry teve em se aproximar de mim daquele jeito, em um parque infestado de crianças. Ele é bem mais jovem do que eu pensei, antes de ele chegar aqui em casa para jantar com Liam. Ele foi um completo atrevido, foi totalmente indiscreto comigo e ainda teve a ousadia de me perguntar se eu amo Liam, como se eu fosse louca de me casar com alguém, sem amor. Suspiro revirando os olhos, nego com a cabeça para tirar a imagem de Harry Styles me olhando atentamente com aqueles olhos esverdeados. Que fique bem claro, eu não sou uma obra de arte, como ele disse. Afinal, achei aquela cantada muito podre, nem uma adolescente de quinze anos cairia nessa. Tá, não foi tão ruim assim, mas eu sou uma mulher casada e com a minha filha por perto, o mínimo que ele podia fazer é ter respeito comigo e com o Liam, que além de amigos, irão trabalhar juntos. Depois de alguns minutos dando comida para Maddie, ela finalmente havia acabado então a ajudei escovar os dentes. A levei para cama contando uma história para poder dormir, e rapidinho ela caiu no sono. Dei um delicado beijo em sua testa e apaguei a luz do abajur, fechando a porta do quarto devagar. Fui até a cozinha lavar a pouca louça que havia na pia, até ouvir a fechadura da porta. Ouvi o suspiro pesado de Liam e o barulho das chaves, ao coloca-las encima da mesa. Larguei os pratos e saí da cozinha indo até ele, que estava estranho, meio zonzo mas continuava em pé.
            - Pelo jeito, se divertiu o suficiente – Cruzei os braços seriamente, ele se virou para mim estando sério também.
            - Não me enche, Barbara – Disse ele roucamente – Estou com muita dor de cabeça.
            - E eu sei muito bem por que a sua cabeça dói, e dessa vez você não vai ter a ousadia de mentir, dizendo que estava na fábrica – Cerrei os olhos – Estava bebendo de novo.
            - É, eu estava – Disse ele caindo sentado sobre o sofá – O que foi? Algum problema?
            - Você ainda pergunta? – Franzi as sobrancelhas ficando de frente para ele – Que tipo de exemplo quer dar a nossa filha, chegando em casa nesse estado horrível? Graças a Deus ela estar dormindo agora e se poupar de te ver assim, bêbado.
            Liam levantou a cabeça franzindo as sobrancelhas, ele fez uma expressão confusa como se não soubesse do que eu estava falando.
            - Eu tenho uma filha?
            Senti meu coração ficar pequeno naquele momento, vi seu sorriso falso em seu rosto e perceber que ele estava brincando com a minha cara. Meus olhos marejaram naquele momento, eu apenas balancei a cabeça negativamente e colocando a mão sobre a testa.
            - Você é inacreditável – Falei com a voz embargada – Como pode brincar com uma coisa dessas?
            - Me desculpe – Riu ele.
            - Chega, Liam – Exclamei derramando lágrimas – Eu estou cansada dessa situação, cansada de ver você assim.
            - Eu bebo se eu quiser, você não tem que opinar em nada – Exclamou ele tentando se levantar.
            - Não me refiro só a vergonha de ver você chegar em casa totalmente bêbado – Falei chorando – Mas pelo fato de você me faltar com carinho, com amor, com respeito a sua filha que ainda é uma criança. Você não pensa em nós duas, você não se importa comigo e muito menos com a Maddie.
            - Cala sua boca – Gritou ele chegando perto de mim, que por um minuto achei que ele fosse capaz de me bater.
            - O que deu em você? – Continuava chorando – Você não me ama mais.
            Ele revirou os olhos e foi indo até a cozinha se apoiando na parede. Passei as mãos em meus cabelos e fechei meus olhos deixando as lágrimas caírem, molhando meu rosto. Me sentei no sofá tampando meu rosto, eu não aguentava mais aquilo, era demais para mim. Em meios de brigas, discussões, lágrimas, a minha Maddie está no meio de tudo isso, e eu não quero que ela cresça traumatizada com cenas de briga em sua cabeça, causada por mim e pelo Liam. Suspiro me levantando no sofá e indo até o quarto, pego um toalha e caminho até o banheiro me trancando, e ligando o chuveiro. Tirei minhas roupas e deixei que a água molhasse todo o meu corpo, eu precisava dormir e esquecer que isso aconteceu. Depois de uns minutos, saí do banheiro e vesti meu pijama com detalhes de renda branca. Fiz um coque frouxo em meu cabelo e me deitei na cama me cobrindo para tentar dormir, o que eu mais queria era dormir e esquecer de tudo.

            O domingo foi estranho, Liam e eu não trocamos nenhuma palavra por um dia inteiro. Às vezes, eu prefiro ficar assim do que estar discutindo e brigando o tempo todo. E a segunda-feira cada um foi para o seu canto, eu tinha coisa pendentes para resolver no trabalho e levar Maddie para o colégio que ficava algumas quadras longe de casa. Estacionei o carro com segurança e peguei Maddie no colo, logo em seguida a colocando no chão. Me abaixei para ficarmos da mesma altura, ajeitei seus cabelos para que ficassem atrás de suas costas.
            - Está tudo bem, mamãe? – Perguntou Maddie olhando para mim, como sempre, tão curiosa.
            - Sim – Sorri para ela beijando sua bochecha – Por que está perguntando isso?
            - Você e o papai não se falaram mais – Disse ela com a voz cala e doce de sempre. Suspiro pensando na briga sábado a noite, ontem evitamos um ao outro dizendo apenas o necessário. Apenas a olhei e sorri sem mostrar os dentes, acariciei seu rosto.
            - Não quer saber o que fiz para o seu lanche? – Mudei de assunto totalmente.
            - Quero – Ela logo se animou.
            - Mamãe fez o sanduíche que você adora, suco de uva e uma maça – Ri o mais fofa possível – Mas eu quero que coma tudo, ok? Principalmente a maçã.
            - Sim, mamãe – Riu ela.
            - Ótimo – Beijei sua cabeça – Boa aula, querida. Eu volto para te buscar, ok?
            Ela apenas assentiu e acenou começando a correr para junto de seus outros amiguinhos de sala. Suspirei pensativa e voltei para o carro, colocando o cinto e voltando a dirigir, indo em direção a empresa. E assim que cheguei ao prédio, coloquei meus óculos de grau e fui direto para a minha sala. Alessa me viu e logo arregalou os olhos surpresa, começando a me seguir até a minha sala.
            - Senhorita, bom dia – Disse ela alegre – Como vai?
            - Estou bem – Suspiro colocando minha bolsa sobre a mesa.
            - Quer que eu lhe traga o seu chá? Posso também trazer alguns biscoitinhos – Disse ela de uma forma engraçada, mas pela a minha cara, dá para ver que eu não queria rir hoje.
            - Não, Alessa – Falei desanimada – Obrigada, mas não.
            - Está tudo bem mesmo? – Ela se sentou em minha frente, logo suspirou – É o seu marido de novo, não é?
            - Alessa, por favor, não se meta aonde não foi chamada  – A olhei totalmente séria – A sua função aqui é trabalhar e não ficar tagarelando.
            Naquele momento os olhos castanhos de Alessa logo murcharam de tristeza, ela apenas suspirou se levantando da cadeira de cabeça baixa olhando para suas unhas. Devo me corrigir, eu não devia ter tratado ela assim, afinal, ela não tem culpa dos meus problemas pessoais.
            - Me desculpe, por favor – Suspiro colocando a mão na testa – Eu não devia chegar aqui, descontando tudo em você. Perdoe-me.
            - Tudo bem senhorita – Ela logo sorriu – Mas me conta, o meu conselho deu certo?
            - Não – Neguei me sentando na cadeira – Liam e eu estamos ainda mais distantes.
            - Tentou seduzi-lo? Essa tática funciona – Ela disse se sentando novamente.
            - A questão não é sedução, mas sim, a falta dos carinhos dele – Suspiro tirando meus óculos – Sinto que ele não me ama mais, está cada dia mais distante de mim.
            - Entendo como se sente – Sorriu de lado.
            - Preciso de alguém que se importe comigo, alguém que se sinta satisfeito comigo – Passei as mãos em meus cabelos.
            - Está pensando em se separar dele? – Ela arregalou os olhos.
            - Se as coisas piorarem entre nós...
            Alguém bateu na porta, e rapidamente olhamos para ver quem era. Logo me levantei ao ver Joanne, a minha segunda secretária. Ela se encarregava em receber pessoas e conforta-las, caso eu estiver ausente.
            - Sra. Palvin – Disse ela que logo olhou para Alessa – Estou incomodando?
            - Não, o que foi Joanne? – Coloquei meus óculos novamente.
            - Tem um homem aqui fora, diz que a conhece e que precisa falar com a senhorita urgentemente – Disse ela.
            - Um homem? – Franzi as sobrancelhas – Qual é o nome dele?
            - Não se identificou, senhorita – Negou ela.
            Hesitei.
            - Tudo bem, mande-o entrar – Ergui meus óculos.
            - Sim, senhorita.
            Joanne deu espaço para o tal homem entrar, e meu coração palitou naquele momento ao ver Harry passar por aquela porta e entrar na minha sala. Assim que me viu, logo sorriu surpreso e como eu não uso óculos quando estou em casa, ele com certeza deve ter estranhado. Alessa olhou para trás e logo se levantou da cadeira ao ver o tal homem. Ela me olhou.
            - Conhece esse senhor? – Joanne disse antes de sair.
            - Conheço sim – Falo seca – Obrigada Joanne.
            - Eu vou ter que sair? – Alessa pareceu meio chateada.
            - Por favor – Assenti a olhando.
            - Com licença – Ela me olhou andando até a porta – Com licença, senhor – Ela sorriu toda desengonçada quando passou pelo Harry.
            - Toda – Sorriu ele e assim que a porta se fechou, ele olhou para mim com as mãos no bolso. Suspiro ajeitando meus óculos e me sento em minha cadeira.
            - Em que posso ajudá-lo?
            - Não me trate como se eu fosse um cliente ou algo do tipo – Deu um riso – Eu vim aqui ver você e conhecer a sua empresa.
            - Bem, eu posso mandar uma das minhas secretárias te guiarem pela empresa te mostrando tudo – Suspiro seriamente revisando alguns papéis e depois me levantando para guarda-los dentro do arquivo de aço.
            - Eu gostaria que você me guiasse.
            Sua voz era rouca, rouca e excitante, admito. Cada vez que ele começa a falar, até sinto um pequeno arrepio.
            - Estou ocupada, tenho muitas coisas para resolver.
            Harry anda me olhava, estalou os dedos e foi indo até mim, tirando os papéis de minhas mãos e me fazendo olhar para ele. Seu sorriso era lindo, e quando sorria olhando para meus olhos e meus lábios, era mais lindo ainda.
            - Nunca vi você de óculos – Disse ele – Você fica diferente.
            Por que minhas mãos estão suando? E por que esse calor inoportuno resolveu surgir lá da Nárnia para se impregnar em mim? Engoli o seco abaixando um pouco a cabeça, eu fiquei totalmente tímida perto dele o que fez ele se divertir mais ainda com a situação. Já deu para entender que ele não veio simplesmente conhecer a empresa que eu administro.
            - Diferente como?
            Por que eu estou começando a ficar ofegante? Jesus Cristo, o que está acontecendo comigo?
            - Fica ainda mais sexy – Sussurrou ele dando uma leve mordida nos lábios.
            - Qual o seu problema? Me respeite, por favor – Me afastei.
            - Não, eu não tenho problema nenhum – Sorriu – Mas, estou prestes a causar um problema, nesse exato momento.
            Por mais que eu tentasse manter distância, ele chegava ainda mais perto como se nossos corpos fossem ímãs.
            - Eu exijo que me respeite – Falei seriamente olhando em meus olhos – Eu sou uma mulher casada, você é sócio do me marido, então por favor, retire-se ou eu chamo os seguranças.
            Ele riu jogando a cabeça para trás e logo voltou a me olhar.
            - Tão difícil – Mordeu os lábios me agarrando, fazendo eu arregalar os olhos – Agora me diz. Seu marido que tanto diz te amar, te faz se sentir assim?
            - Me solta – Exclamei assustada com sua atitude tão atrevida.
            - Shh – Ele olhou em meus olhos e colou nossos lábios. Tentei evita-lo, tentei sair dali, tentei de tudo, mas a minha vontade de ceder era mais forte que eu, então apenas fechei meus olhos e deixei acontecer. 


Notas Finais


eu sei, ta tudo acontecendo rápido, eu espero que estejam gostando <3 COMENTEM ;3


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