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História Dear Rabbit - Um descuido


Escrita por: Helewidis_Loren

Notas do Autor


Oi amores! olha eu aqui de novo! faz tempo hein?!

Capítulo 2 - Um descuido


Fanfic / Fanfiction Dear Rabbit - Um descuido

Dear Rabbit – chap 02

Eren andava de um lado para o outro nos corredores da escola, ele simplesmente odiava o fato de não ser um Lucano, e a forma como os outros o olhavam, como se ele fosse um alienígena. Os demais alunos sempre o trataram como uma aberração, não que ele já não estivesse acostumado, mas ser tratado como lixo por quem se ama, é mais doloroso que um corte físico. Eren sempre se manteve forte aos maus tratos que recebia do homem amado. Sim, homem. No novo mundo não há o problema de homens se amarem, o cheiro era quem definia seu parceiro(a).

Lucanos puros só podem amar uma pessoa para toda a vida... diferente dos humanos, que podem amar inúmeras pessoas ao mesmo tempo. Um lucano dará a vida por você, se você for o seu parceiro, principalmente se for sua fêmea. Os tipos de lucanos propiciaram o termino da homofobia, já que agora, homens podem ter filhos e fêmeas podem fecundar machos. O que causou, num primeiro momento, pânico nos afetados. Eram maridos engravidando de suas esposas; mulheres sem poder ter filhos... um total caos.

Eren fora fruto de uma união não predestinada, seu pai se casou com sua mãe por interesse da família, com o tempo eles passaram a se gostar, mas sua natureza lucana impossibilitou que o amor surgisse completamente, apenas um grande afeto, como o que se tem por irmãos.

 Sua mãe fecundou seu pai, um alfa fértil, algo muito raro entre Lucanos. Carla Jaeger, sua “mãe”, é uma ômega dominante, o que ajudou a surgir uma tolerância entre o casal. Por ser ômega, Carla já era propensa a amar seus filhotes incondicionalmente, o que auxiliou Grisha na gestação, principalmente por ele não querer aceitar aquela situação. Alfas odeiam ficar grávidos, isso os deixa “fracos”, vulneráveis.

-Se não é o humano da classe. – A voz grossa, levemente entediada, chamou a atenção do rapaz de olhos incrivelmente verdes. -Não sei porque deixam um ser inferior assim se quer ter educação. Acho uma total falta de respeito conosco, seres superiores.

Eren não respondeu nada, ele sabia que não adiantaria, no máximo ele levaria uma advertência por ser insubordinado e desrespeitoso com um puro. Se ele tivesse mais uma advertência, sofreria castigo físico. E ele não cometeria o risco de apanhar de novo, ainda mais daqueles seres demoníacos, com uma enorme força. A experiência que teve foi o suficiente para não querer responder aos insultos, ainda mais por ser mais “frágil” que os outros, o que o rendeu um braço quebrado e costelas trincadas, fora as marcas que duraram semanas no seu corpo.

O menino se dirigiu ao seu lugar, antes de sentar, checando se não tinham colocado nenhuma tachinha no acento ou passado cola no mesmo. Quando viu que era seguro, o menino se sentou. Achou estranho que ninguém tivesse preparado uma maldade para si.

 Por ser humano suas emoções eram facilmente lidas pelos demais... os lucanos aprendiam desde pequenos a controlarem seus hormônios, e não deixarem transparecer seus sentimentos pelo cheiro, algo quase impossível para um humano. O que obrigou Eren e criar uma “barreira”, envolta de seus sentimentos. Caso contrário, ele seria ainda mais judiado pelos demais.

Mesmo tentando se manter uma rocha, extremamente frio e distante. Era impossível não reagir ao ver o homem que se ama beijando quase obscenamente outra pessoa. Levi Ackerman, seu amado e seu carcereiro. Um belíssimo anão de 1,60, dono de incríveis olhos azuis e um terrível temperamento. Estava aos beijos com Mikasa Ackerman, sua prima, em nada parecida consigo; uma menina da minha estatura, 1,70, olhos negros como a noite mais escura e amendoados como os antigos "japoneses", a menina chamava atenção por onde passava, pela fisionomia diferenciada e a falta de expressão. 

Quando crianças, o menino de olhos verdes era amigo dos outros dois, mas de um momento para outro, eles pararam de se falar. Levi começou a caçoar de si; Mikasa a maltratá-lo.

Eren tinha apenas outros dois amigos no colégio, Jean Kirstein, um Beta alto de olhos castanhos, que adorava tocar em si, e Armin Arllet, um Ômega que mais parecia com uma menina, e que era tido como um ídolo na escola, mas que os outros achavam que era “bonzinho demais”. Os únicos que não maltratavam o moreno, mesmo dizendo algumas coisas que o machucavam involuntariamente. Mas isso era culpa do mundo, não deles.

A sala ria e fazia barulhos, aprovando o momento íntimo do casal que se beijava afoitamente, sem o menor pudor. Eren simplesmente abriu um livro qualquer, enquanto colocava os fones de ouvido e tentava ao máximo manter os pensamentos longe de sua mente, evitando que a magoa fedesse por toda a sala, denunciando assim, que ele amava um dos Alfas que se beijavam.

A aula passou incrivelmente rápido, ainda mais com Eren prestando o triplo de atenção. O que desagradou imensamente Levi, que queria deixar o moreno irritado com as provocações que lançava a si, as quais não tinham efeito algum, pois o de olhos verdes estava mais entretido com a professora, Petra Raal, se mantendo alheio ao resto do mundo.

Ao sinal do intervalo, Eren se pôs para fora da sala como se fosse um rojão, tentando fugir de Levi e sua turma. O que era, de certa forma, idiotice, pois Levi o acharia facilmente pelo cheiro. Aquele dia tinha sido exaustivo emocionalmente, o que só deixava o moreno mais apreensivo. Ele queria chegar logo em casa, poder se desestressar e quem sabe, tomar mais um de seus remédios. Ele sentia como se o mesmo não estivesse fazendo efeito como devia...

Seu corpo estava mais quente do que o normal, mas nada que ele não estivesse acostumado. Desde de pequeno, o menino têm constantes doenças, sendo a mais comum febre. O que o fez erroneamente ignorar o sintoma. Eren se viu, procurando com os olhos seus amigos. Normalmente Levi não vinha provoca-lo quando ele estava ao lado de Armin, que também era um Puro, já que isso seria motivo para uma disputa, e disputas entre famílias puras, era praticamente proibido.

O campus da escola era bem grande, tendo em média umas duas mil pessoas estudando em cada período. Eren não precisava olhar para trás para saber que Levi não estava longe, por alguma razão, o menino sempre soube onde e como o outro estava. Quando crianças, o de olhos verdes era aquele que mais sabia “ler” o moreno, o único que entendia suas emoções. Mesmo que o de olhos azuis as suprimisse. Apressando o passo, o moreno mandou uma mensagem à Armin, querendo achar desesperadamente o menino loiro.

 A cada novo esforço que Eren fazia, seu corpo doía mais, como se ele tivesse sido atropelado por um caminhão. Seu estômago deu uma pontada, que foi forte o bastante para que seu rosto se contorcesse em dor, e ele parece de andar.

Levi e sua turma rapidamente alcançaram o moreno de olhos verdes.

- O que foi Jaeger? Com dor de barriga? – Sasha perguntou rindo, deixando um pouco de comida voar da boca. – Será que está com caganeira? – A risada tomou conta do grupo em instantes. Novamente, o moreno não respondeu. Se pôs a andar, tentando sair das “garras” de seus colegas de sala.

O braço de Eren foi firmemente segurando pela mão de Mikasa, que não o deixaria ir com tanta facilidade. A menina sabia que algo não estava certo, e usaria isso contra o moreno. – O que foi Eren? Está magoado que ninguém te quer? – Embora a menina tenha dito ninguém, Eren sabia que ela se referia a Levi.

-Eu não sou lucano, não tenho a necessidade de ter um alfa me dominando, para poder me sentir amado! – Mesmo seu cérebro o dizendo para não responder, o de olhos verdes acabou o fazendo, por puro reflexo. O moreno aproveitou o momento de estupefação da morena, e puxou seu braço da mão da mesma, já se dirigindo ao outro lado, tentando sair de perto deles.

Antes que pudesse fazer o que queria, Eren sentiu a bochecha arder. Levi o tinha acertado um tapa. – Com quem acha que está falando? Hein, seu merdinha? Um humano qualquer como você não tem o direito de falar assim com uma Pura! -Levi parecia realmente irritado aquela manhã. O tapa desferido pelo menor, já dava sinais de que ficaria roxo, tal fora a força usada. Eren não sabia como não tinha quebrado a mandíbula.

Ao contrário do esperado, Eren riu. Gargalhou, fazendo o grupinho olhar entre si, como quem pergunta se ele enlouqueceu. – O que queria Levi? Que eu me subjugasse a vocês, Ó grandes Alfas? Pensei que fosse mais inteligente. Talvez tenha vindo sem inteligência, igual a falta de altura. – Eren sabia que falar da altura do menor era pedir para morrer, o que deixou ainda mais chocados os amigos de Levi, que tinha uma veia quase estourando na testa. Mesmo que Eren apanhasse, se ele se machucasse Carla o faria ficar em casa até que estivesse completamente curado, sempre fora assim. A escola não se queixava, pois, o menino poderia morrer caso ignorasse um ferimento, já que não se curava como os outros...

O soco que foi desferido por Levi, só não acertou o estomago de Eren, pois foi segurando por Jean. Que parecia muito enfurecido. – O que pensam que estão fazendo? – Armin perguntou, realmente bravo. – Como podem machucar o Eren? Ele é humano! Não tem força para se defender. Seus covardes! – E aí estava algo que irritava Eren, ele podia sim se defender e esquivar dos golpes que levava de Levi, mas não valia a pena. Depois ele sofreria mais, pelo acumulo de raiva do outro.

-Vamos, Levi. Não vale a pena discutir com esses aí. Eles não entendem a lei do mais forte. – Mikasa foi puxando o menino mais baixo que parecia querer lançar faísca dos olhos e matar o louro.

-Vadia!  - Jean deixou escapar o xingamento, atraindo a atenção de Mikasa, que por um segundo pareceu magoada. Mas logo olhou furiosa para o outro.

- O que disse, beta insignificante? – Os olhos da morena estavam estreitos, em desafio.

-Eu disse VA.…- Eren puxou o rosto de Jean o hipnotizando com o olhar. Eren sabia que se O amigo chamasse a outra de vadia, a coisa só pioraria, e seria ele quem iria apanhar novamente.

Seu corpo já tinha marcas o suficiente.

-Ele disse “vamos”. – Armin completou, entendendo a ação do de olhos verdes. Mas diferente deste, ele reparou na reação de um certo baixinho, que pareceu ficar ainda mais irritado. Como se ver Eren tocando outro fosse motivo suficiente para uma guerra mundial. O que despertou a curiosidade no menino louro.

Armin andava completamente calado, diferente do usual, chamando a atenção de Eren. -No que está pensando Armin?

-Em nada em particular... achei estranho a reação de Levi e Mikasa. A cada novo dia eles parecem ainda mais agressivos, como se quisessem marcar território, mas não soubessem como fazer e por isso, acabam sendo ignorantes e perdendo a oportunidade. – Armin falava como se conversasse consigo mesmo, quase ignorando a existência dos amigos. -Não consigo entendê-los.

-Marcando território? – Jean estava enfurecido. – como eles poderiam estar marcando território? A menos que o território deles seja... – o tom de Jean foi se tornando cada vez mais irritadiço conforme ele entendia o que o loirinho queria dizer. -O Eren...

Quase como em um estalo o menino de olhos verdes se dobrou ao meio, sentindo uma forte contração na boca do estomago. O fazendo soltar um urro de dor. -Eren!? – Jean se ajoelhou ao lado do amigo, para poder ver seu rosto. -O que foi?

-L-Liga pro.… huurg... – a respiração do menino parecia ficar cada vez mais difícil. - pro.… meu... pai! – O menino de olhos verdes não demorou a perder a consciência. Armin entrou em desespero, atraindo a atenção de certo grupo para si. Fazendo-os virem os confrontar novamente, achando que estava tendo uma briga no grupo do loirinho.

-Não foi você mesmo que disse pra não bater no humano? – A voz de Levi saiu irônica.

-Cale a boca seu nanico! Não ta vendo que o Eren não ta bem? – Jean nem se quer pensava no que falava. Armin tremia e tentava falar com o pai de Eren, que não atendia o telefone.

Levi quase jogou Jean pra longe, mas parou ao olhar o menino desmaiado no chão, mesmo inconsciente seu corpo tinha leves espasmos de dor. Levi nunca tinha visto Eren daquela forma antes, isso o deixou horrorizado. Um humano não deveria ter aquele tipo de reação, a menos que fosse algo muito grave. Sem pensar duas vezes o moreno de olhos azuis puxou um celular do bolso, e fez uma ligação. – Carla? - Sua voz demonstrava urgência.

Armin paralisou ao ouvir Levi chamando o nome da mãe de Eren, com tanta intimidade. -É o Eren... ele desmaiou... – era possível ouvir os gritos de Carla do outro lado da linha telefônica, mas não dava para entender. -Quer que eu faça o que? -O nanico parecia surpreso. – Mas ele está desmaiado! Tem certeza? Ele está se contorcendo no chão Carla! Isso não pode ser coisa boa! Ok, ok! Até! – Assim que o moreno desligou o telefone ele se dirigiu ao corpo do outro, mas sendo impedido por Jean.

- O que pensa que vai fazer? – Jean rosnava, claramente protegendo o menino inconsciente. O que fez Mikasa rosnar para si, querendo o dominar. O fazendo recuar levemente.

-Deixe-o Mikasa, só quer proteger o pirralho! - Levi sabia que mesmo que mandasse na prima, ela faria o que bem entendesse com aquele beta insubordinado. -Se não quer que seu amigo morra, é melhor me deixar tira-lo daqui!

As palavras de Levi foram como um soco em Jean, que sem pensar duas vezes, deu passagem para que o outro levasse Eren.

-Armin, quando o pessoal mandado pela minha família chegar, os mande direto para a diretoria. Não deixe mais ninguém chegar perto de lá, entendeu? – Armin ficou atônito, a ficha começou a cair quando um aroma doce chegou ao seu nariz, o inebriando. – Merda, já começou!

-Isso...- Armin queria questionar o mais baixo, mas este já estava com o amigo nos braços, correndo em direção a sala da diretora, deixando para traz feromônios encobrindo o aroma de Eren.

Levi corria o mais rápido possível tentando chegar a sala de Pixis. O cheiro de Eren estava o fazendo quase esquecer o porquê de estar correndo, só o fazia querer se unir ao menino que estava em seus braços o mais rápido possível. O esforço de anos estava quase sendo desperdiçado, por causa de um descuido do pirralho.

Pixis se assustou ao ver o herdeiro dos Ackerman entrar na sua sala correndo, ainda mais com Eren Jaeger em seus braços, desacordado. -Levi, o que? – O cheiro de Eren explicou a situação. Assim que o sentiu, o velho se colocou quase correndo para fora da sala, dando início ao protocolo “Yeager”.

 


Notas Finais


GENTE!
me digam o que vocês acham que vai acontecer 0-0
hoje andei caçando pokémon o dia todo :3
e isso me deu varias ideia do que por na fic, o que é meio nada haver, mas....


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