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História Death Angel - The beginning


Escrita por: LeeNya

Notas do Autor


OLÁ HONEY <333
Olha a Bee Queen Lee Nya aqui de novo ~sambinha~
Vocês tão bem? olha que dia lindo para começar a postar mais uma fic kkkkkk
Eu espero que vocês gostem, eu particularmente gosto mais da ideia proposta em DA que TNS (que é um tanto clichê?) então espero que vocês deem bastante amor para ela <3
Aproveitem o cap e leiam as notas subordinadas <3

Capítulo 1 - The beginning


Você nem mesmo pôde lutar por sua vida, mas você pode lutar por seu amor. Você não se conhece, mas quer conhece-lo.

 

O mundo é cheio de problemas, poluição, violência, fome, pobreza, desigualdade entre vários outros. Tem pessoas que influenciam esses problemas e outras que procuram maneiras e soluciona-los, mas nunca conseguem fazer isso de uma maneira grandiosa de forma que acabe com esses problemas a nível global. O fato é que os seres humanos acabam provocando seus próprios desastres, nunca foi o objetivo de eles serem violentos, preconceituosos, invejosos, egoístas, gananciosos... O Superior criou cada um deles com todo cuidado para que fossem sua imagem e semelhança, mas ele não se responsabilizaria por seus atos, cabe ao humano seguir ou não o caminho do Superior, infelizmente nenhum deles consegue, por mais que alguns achem que são puros, todos tem algum defeito a qual fica despercebido pelo próprio humano e raramente haviam pessoas que eram “puras”.

Não satisfeitos em carregar seus problemas sozinhos, eles jogam toda a responsabilidade para o Impronunciável, que na verdade não perdia seu tempo influenciando os humanos, ele apenas criava o que os influencia, o que eles desejavam, ele apenas colocava o brinquedo na caixa, é uma escolha do humano ir ou não ao brinquedo, que na verdade era o que sempre acabava acontecendo e por isso existia o pecado, por isso os humanos nunca se tornavam perfeitos o suficiente, a única diferença era que uns pecavam mais que os outros, uns viam e se arrependiam enquanto outros ignoram e continuam suas vidas levando aquela pedra que se tornava cada vez mais pesada.

Sendo assim, quem determinava qual seu destino após a morte era o próprio humano, ele quem escolhe durante sua vida se ele terá que viver seu inferno diariamente ou seu paraíso diariamente, pena que eles nunca pensam assim, jamais passou pela cabeça deles que suas escolhas podem resultar em lugares completamente diferentes após a morte, se soubessem provavelmente se alienariam para serem perfeitos em busca de viver seu paraíso, coisa que não deixava de ser ruim, pois ser você mesmo e fazer suas escolhas independente de terceiros, é um dos quesitos que o Supremo mais admirava, e no final, se soubessem de seus destinos e se alienassem, eles iriam acabar em seu próprio o inferno, que era a pior decisão a se tomar, ter que acordar em um lugar onde seu inferno acontecia e aquilo se repetir diversas vezes infinitamente e você saber que tudo esta se repetindo, seu corpo te guiar para aquilo sem te dar opções? Só de pensar parece assustador.

Então só restavam aos humanos serem bons em seus próprios quesitos, serem eles mesmo, no tanto que fossem bons, parece complicado e é realmente, mas no final, muitos mesmo que fossem influenciados por armadilhas do Impronunciável, acabavam se arrependendo no final, ou seus desejos eram irrelevantes aponto de serem perdoados no final, entre outros argumentos, as pessoas acabavam indo mais ao paraíso. Não era o caso dos últimos anos, onde o mundo se encontrava em um caos gigantesco, e os destinados ao inferno estavam cada vez mais frequentes. As pessoas haviam “enlouquecido”, os tópicos ocorrentes tornavam as pessoas ainda mais individualistas, sendo as pessoas certas em menores quantidades, coisa que havia se tornado assustadora.

Com o caos recorrente, a “limpeza” se tornava mais frequente, numa tentativa falha de concertar algumas coisas, pessoas, tópicos e quem era responsável pela “limpeza” era a Morte. Em sua maioria, sempre na verdade, os humanos tem seus diários de vida individuais e que vinham com tópicos importantes de sua vida já “programados” como seu nascimento, parceiro, casamento, família e morte, apenas cabe ao humano escrever da sua forma cada pagina com cada dia vivido ate que chegue na data desses tópicos, então eles tomavam suas decisões porem haviam coisas que iriam acontecer de um jeito ou de outro. Porem, tinha casos raros de mudança na programação no diário, que na maioria das vezes era ligado a morte dele, sendo ela adiada ou antecipada, sido acontecia em momentos como esse de caos na casa comum dos humanos, após uma reunião entre Superior e Impronunciável, sendo a escolha repassada a Morte.

A Morte, tinha uma grande lista em mãos que tinha o nome de cada pessoa e para onde ela iria a seguir. A grande fila a frente de seu balcão em uma enorme sala branca era as almas das pessoas que entravam ali em estado vegetativo e apenas acordavam ou no paraíso ou inferno pessoal. Ela conhecia cada ser humano e sua historia de vida, como se conseguisse assistir bilhões de novelas ao mesmo tempo e saber que se ocorre qual foi à data, hora e motivo dos ocorridos incluindo a morte daquele humano, e sua lista servia como uma chamada que nunca tinha fim onde ela apenas confirmava e destinava a alma. Sendo assim, quando ocorria casos de adiantamento na morte de alguém a alma da pessoa apenas furava a fila instantaneamente, sendo sua alma destinada mais rapidamente,

Como a Morte vivia naquela sala branca, sem outra opção, ela tinha seus ceifeiros que eram escolhidos a dedo para que eles se encarregassem de recolher e enviar a alma no momento exato programado da terra para a sala branca. Eles (os ceifeiros) eram ordenados a ficar na terra e encaminhar as almas, obviamente eles não poderiam ser poucos, tendo em vezes mais de dois ceifeiros por cidade no mundo dependendo da população da cidade. O processo de seleção era simples e direto, a morte checava a “ficha técnica” do humano mais classificado, sendo ele responsável, forte, ágil, corajoso entre outros quesitos, e logo em seguida o escolhia para seguir a fusão, claro, ele primeiramente teria que morrer e só então vir a se tornar um ceifeiro. Todo novato morria e tinha suas memorias apagadas como sua existência também era apagada tendo nenhum registro ou memoria na terra, era como se nunca tivessem nascido. Isso era contado a eles, tudo era explicado minunciosamente detalhe por detalhe, e mesmo que não quisessem aquilo, eles não tinham outra escolha. A morte não gostava de ter que fazer isso, então ela sempre pegava pessoas que provavelmente sofreriam muito com futuros acontecimentos para fosse uma forma de alivia-los antes disso, e também, dava a eles, permissão, decisão de viver na terra como se fossem humanos, sendo eles, imortais em segredo. Então os ceifeiros não precisavam ser invisíveis, eles poderiam viver na terra, ter sentimentos, e provar das coisas humanas sem problemas, contanto que não deixassem seu trabalho de lado, já que cada morte tinha ate o segundo programado.

Cada ceifeiro tinha consigo sua foice mais a mesma era invisível aos humanos, cada um tinha sua própria lista, sendo as mortes divididas entre eles, podiam se teletransportar para o lugar onde esta prestes a acontecer à morte para ser pontual, podiam ver nos humanos alguns detalhes como seus nomes, idade, doenças, data da morte, entre outros detalhes simples e eles decidiam quem podia ou não guardar memorias dele, sendo que na maioria dos casos não perdiam seu tempo se apagando das memorias alheias, eles simplesmente evitavam fazer amizades, relacionamentos, ou visitar lugares com uma frequência muito grande, assim ou humanos não conseguiam gravar-lhes na memoria. Fora essas especialidades entregues a eles haviam regras que os mesmo deveriam seguir, afinal as coisas não podiam ser tão simples, sendo algumas de regras: Ser pontual no recolhimento; Não interromper, intrometer, enfrentar ou ate se comunicar com qualquer Anjo ou Demônio independente de qual seja a missão dele na terra; Não chamar atenção, ou torna-se popular entre humanos; Mandar relatórios a Morte mensalmente; Não ter relacionamentos, sentimentos fortes ou se apaixonar por um humano; Não tomar decisões criticas sozinho, tendo sempre que ter aprovação da Morte; Nunca, jamais, em hipótese alguma matar alguém que não esteja na lista ou não matar alguém que não esteja na lista.

Caso uma das regras mais rígidas fosse descumprida o ceifeiro era mandado diretamente para seu inferno que no geral para todos era ver a si mesmo no momento da morte, por algum motivo era um medo comum entre eles, mas caso não fosse uma regra tão preocupante eles apenas levavam alguns sermões da Morte ou ate ficavam em “estado vegetativo” que os deixavam completamente em modo fantasma, sendo assim, eles não tinham como ou porque viver entre os humanos naquele período de tempo determinado pela Morte, ficando literalmente em estado vegetativo por não ter nada o que ocupar seu tempo tendo como única opção fazer companhia a Morte em sua extensa sala branca.

No geral, com o passar dos anos as regras não são tão descumpridas entre os ceifeiros, eles acabam por se acostumar com seu estilo de vida sem precisar descumprir nenhuma das regras impostas, contudo havia apenas uma que nenhum deles engolia direito: “Nunca procure seu passado”. Essa regra dizia apenas isso, então era algo literal e direto, eles não deveriam procurar seu passado, mas esse era o problema maior entre os ceifeiros, eles sempre quiseram saber quem são seus pais, onde viviam, como morreram... Mas nada disso era repassado para eles, a Morte nunca se deu o trabalho de dar uma única dica, ate mesmo para seus queridinhos do oriente, ela nunca revelou nada de seus passados, nem mesmo para o primeiro e mais respeitado ceifeiro. Alguns apenas aceitavam isso conforme o tempo e maturidade adquirida, porem sempre tinha um que não conseguia segurar sua curiosidade e instintos, um que aquele jeito de vida mesmo que aceitável não era o bastante, alguém que sempre quis saber sobre sua vida passada e o porquê de estar ali, mas nunca teve uma resposta da única pessoa que tinha a resposta.

Uma dessas pessoas era Minho.

Choi Minho era um dos ceifeiros jovem da Coreia do Sul, um dos responsáveis por Seoul e sim bastante curioso, que almejava descobrir sobre sua vida antes de tudo isso, saber muito mais que apenas a data de sua morte. Minho era um dos preferidos da morte apesar disso, pois ele nunca demonstrou esse desejo de querer descobrir-se ou descumpriu alguma regra em toda sua “vida”. Sua vivencia na terra era bastante normal, ele ate parecia um jovem humano normal na maior parte do seu dia, as coisas só mudavam quando lhe era dito estar próximo a hora d falecimento de um da sua lista, nisso ele precisava rapidamente se teletransporta —não na frente dos humanos, pois também era proibido de acordo com uma regra— para o local e recolher a alma. Sua pele era morena e seu cabelo era completamente inverso, em tons acinzentados, grandes olhos e lábios um tanto carnudos e arredondados, tinha um físico incrível o que se tornou consequência de seu bom desempenho com esportes e atividades físicas. Com seu perfil Minho era considerado um dos ceifeiros mais bonitos da região, mesmo ele nunca ter ligado para isso de fato. Fora seus bons aspectos físicos, Minho era em sua maioria, sério, era de longe o que fazia as piadinhas e brincadeiras na sua roda de amigos, um tanto calmo, mas também podia perder facilmente a paciência, nem sempre distribuindo sorrisos, mas não os segurava quando saiam naturalmente, bastante carismático e educado, contudo não era muito falante.

Apesar de nunca se apegar as pessoas como lhe era ordenado, ele tinha sua rodinha de amigos que se limitava a três pessoas que na verdade só tinham se tornado amigos, pois eram necessários os quatro na região por se tratar da capital movimentada e perigosa, onde a maioria de acidentes e homicídios aconteciam. O mais velho entre os quatro era Lee Jinki que era o mais calmo também, era o típico cara mais velho que tomava café lendo um livro num dia chuvoso, sempre com um grande sorriso nos lábios acompanhado de um eye smile por trás de seus óculos redondo era a personificação de fofura, mas ele também conseguia ser sério quando necessário e quando ele tinha que tomar tal postura era assustador, Minho era o único que ate então nunca havia levado uma bronca do garoto mas ele também não dava motivos para o mesmo.

Em seguida tinha os Kim, Jonghyun e Kibum que particularmente tinham a personalidade muito oposta, mas muito parecida em vários aspectos. Jonghyun era o baixinho, loiro e chorão do grupo, sempre muito emotivo e deixava seus sentimentos falarem mais alto, sendo assim ele dificilmente conseguiria mentir ou ser falso, pois sempre deixa seus sentimentos transparecerem, ele não era calmo como Jinki, mas era algo próximo. Já Kibum, fisicamente não tinha nada a ver com Jong, mais claro, olhos de felino contrários aos olhos grande do outro, mais alto e era qualquer coisa menos calmo, sua personalidade era marcada por ser explosivo, ele ficava estressado facilmente e muito pelo contrario, em vez de ficar em casa numa noite de sábado, ele provavelmente estaria numa festa bebendo, mas tinha algo nele muito próximo a Jonghyun, ele mesmo tentando passar uma imagem de forte, superior, alguém inatingível, ele era na verdade muito transparente, quando algo o magoava ele dizia que estava bem, mas era muito nítido quando não estava, quando esta feliz ele tenta se controlar, mas da para notar a diferença no seu sorriso. Por esse motivo, as brigas entre os Kim era constante, eles discordavam em muitas coisas e quando concordavam algum dava o braço a torcer discordando só para provocar o outro e era tão claro que eles se gostavam quanto que se odiavam.

Em um dia desses que eles incrivelmente estariam livres por algumas horas, eles decidiram sair juntos para conversar e testar mais um lugar como sempre faziam quando saiam todos juntos, parecia que testar restaurantes, lanchonetes, cafeterias, era a especialidade do grupo, pois era o que faziam quando saiam para comer, nunca iam ao mesmo lugar. O local da vez era uma cafeteria a qual eles sempre ouviam muito dos outros ter os melhores cafés, mas por algum motivo nunca tinham ido lá, ate aquele dia.

Jonghyun na verdade foi o maior responsável pela visita, pois ele como um grande viciado em café, queria muito ir ao lugar e para não ter que ouvir mais os pedidos do baixinho os outros se renderam e concordaram. Ao entrar eles logo notaram que os boatos eram reais, pois a quantidade de pessoas ali era realmente impressionante, mais impressionante que aquilo apenas a mesa que por um milagre estava disponível, como se esperasse o quarteto. Eles se apressaram e tomaram a mesa para si, sentaram e já foram conversando sobre o local.

Minho como de costume se desligou da conversa dos amigos e viajou olhando todas aquelas pessoas ali, ele de certa forma havia se acostumado a fitar as pessoas aleatoriamente e fazer a analise de suas características e um pouco de suas vidas, os humanos eram sempre diferentes tanto fisicamente quanto em suas formas de levar a vida, mas no final eles sempre tinham os mesmos problemas e parecia que competiam para saber qual estava mais “ferrado”, era tudo tão patético as vezes, os objetivos dos humanos eram sempre tão fúteis que o passatempo ate se tornava monótono, mas uma vez ou outra ele ate encontrava historias no mínimo interessantes. De inicio “ver” a vida dos outros o incomodava, mas agora já era comum para ele e os demais, afinal Minho morreu e virou ceifeiro aos 16 e agora tinha 25, ele já estava bem acostumado, já tinha visto de tudo e feito de tudo, coisas como ver o cotidiano das pessoas não era nada comparado às formas que ele via as pessoas morrerem todos os dias.

Jinki levantou seu braço e assobiou para chamar o garçom e aquela atitude fez com que o foco de Minho fosse para o garçom que viria atende-los por pura curiosidade. Então foi que seus olhos o encontraram... Ele gritou “SÓ UM MINUTO” com um sorriso e voltou a anotar apressadamente aquele pedido que já estava anotando antes. Assim que acabou, garoto passou a folha de seu caderninho e em passos largos ele chegou à mesa dividida entre Minho e seus amigos.

— Boa tarde. O que vocês vão pedir? — Ele perguntou de um jeito simpático enquanto sorria, sua voz era única, diferente de qualquer outra que Minho já tivesse ouvido antes, era algo entre o agudo e o grave que despertava a curiosidade de Minho. Suas mechas extremamente negras balançavam quando ele mexia a cabeça “confirmando” enquanto anotava os pedidos, detalhe que se destacava entre todas suas características, pois seu cabelo preto contrastava com sua pele que era branca como leite, e parecia ser tão macia... Minho queria toca-lo. Quando o garoto ainda de nome desconhecido virou seu olhar para o Choi seus olhares se chocaram e ele pode ver melhor o rosto do outro, a forma como o desenho de seu rosto o fazia parecer tão delicado... E seus olhos... Ele não conseguia descrever, eles faziam um arco perfeito e o brilho ficava tão destacado nas orbes negras, eram tão profundos e intrigantes, fazia a mente dele trabalhar na procura de desvendar aquele olhar direto, os olhos do garoto haviam o prendido completamente, era como se os conhecesse a tanto tempo...

— Minho? — Jinki o cutucou com o ombro para chamar a sua atenção já que ele tinha ficado tão focado na beleza do garçom desconhecido que tinha se esquecido completamente do pedido.

— H-hmmm? O que? — ele olhou para Jinki e depois para os outros dois segurando a risada e concluiu que sim, ele realmente tinha ficado encarando Taemin durante todo aquele tempo que analisava os detalhes físicos do garoto. — Ah eu... Eu vou querer um Mocha...

— Só isso mesmo? — Minho ouviu a voz do garoto novamente e voltou a fita-lo, seus olhos bobearam e foram aos lábios grandes e rosados do garçom, tão chamativos naquele rosto angelical que não teve como olhar, mas ele se forçou para olha-lo nos olhos diretamente.

— Sim.

— Okay, aguardem um pouco, já voltou com o pedido de vocês. — ele deu um ultimo sorriso e antes de se retirar olhou para Minho mais uma vez. Seus olhares se chocaram por uma ultima vez e Minho concluiu que literalmente já tinha visto aqueles olhos em outro lugar, mas parecia tão distante...

— Okay?.... Alguém pode me explicar o que aconteceu aqui? — Kibum alfinetou.

— O que? — Minho questionou seco como se não soubesse do que o garoto felino se referia.

— Ah para né Minho, você ainda esta com a baba escorrendo. — Esse era o único momento em que Jonghyun concordava e se juntava a Kibum, para mexer com Minho.

— Não sei do que estão falando. — ele abriu o cardápio despreocupado e fingiu ler os anunciados.

— Eles estão falando sobre você ter ficado encarando o garoto que nos atendeu. — Jinki disse sorrindo sem de fato ter entendido a brincadeira, achando que Minho literalmente não havia entendido.

— Obrigado Jinki. — suspirou desistente. — Olha eu apenas... Não sei o que deu em mim okay, ele me chamou a atenção.

— É, deu pra notar.

— Ta Kibum, já perdeu a graça.

— Não entenda Kibum mal, Minho. É que nos nunca vimos você olhar alguém dessa forma tão intrigante...

— Ele realmente me chamou a atenção Jinki, não espero que nenhum de vocês entenda, mas foi como olhar alguém que eu conheço a muito tempo...

Os outros três se entreolharam.

— Muito tempo... quanto? — Jinki parecia preocupado.

— Eu não faço a menor ideia, porque?

— Ah. — ele riu sem jeito. — Nada. — disfarçou.

Seus pedidos chegaram rapidamente, infelizmente, como o garçom anterior estava ocupado naquele momento, uma moça veio deixar os pedidos, coisa que deixou Minho desapontado? Talvez. Eles já tinham entrado em outro assunto e eles tomavam suas bebidas e comiam tranquilamente... Mas Minho não conseguia desviar o foco de seus pensamentos naquele momento. Ele olhava ao redor só para que seu olhar propositalmente encontrasse o garoto e sempre que o mesmo parecia ir retribuir o olhar, ele rapidamente desviava. Era tão obvio, mesmo os outros deixando o assunto de lado, Minho não estava colaborando nem um pouco deixando aquilo tão visível.

— Bom, porque você não pede o numero dele? Ah, espera, você já tem.

— Kibum, me deixa em paz.

— Desculpa ai, mas é que já estou ficando incomodado, quando você quer comer alguém você simplesmente analisa a pessoa e vai pro ataque, e agora temos que aguentar essa versão cu doce? Me poupe, se poupe, nos poupe.

— Eu não quero “comer” ele.

— Uhum, sei.

O moreno de fios platinados tinha que admitir que Kibum estava meio certo, aquele comportamento era esperado de qualquer um ali menos Minho, não era daquele jeito que as coisas funcionavam com Minho, quando ele queria alguém, ele usava os próprios dons a seu favor para conquistar fosse uma mulher ou homem. Só que dessa vez não era tão simples como “preciso me aliviar um pouco”, era algo diferente, não era como se ele quisesse provar do garoto, ele queria conhece-lo toca-lo também, mas não da mesma forma, não era como se quisesse descarta-lo como fazia/era obrigado a fazer.

Então, estupidamente seguindo o que Kibum tinha falado anteriormente, ele caçou o jovem garçom novamente com os olhos ate encontra-lo entregando um pedido a uma mesa distante. Ele não tinha muito tempo então botou em pratica seu dom... Sem resposta. O poder de Minho simplesmente tinha falhado? Ele achou difícil então tentou novamente, e novamente, e mais uma vez, só mais uma, uma ultima... Nada. Ele não conseguia entrar na mente do garoto e ver nem mesmo seu nome ou tipo sanguíneo que era o básico do básico, e aquilo não acontecia há... Nunca havia acontecido. Após muitas tentativas Taemin já se deslocava para a cozinha novamente, sumindo da vista de Minho.

— Não consegui.

— Que?

— Eu não... não consegui, não consegui entrar na mente dele, nem pegar nenhuma informação, nada.

— Como assim? — Jong questionou.

— Ah, Sapo. Para de brincar vai. Todos nos vimos quando ele chegou na mesa. — Kibum cruzou os braços e riu ironicamente.

— Mas eu não. — Minho rebateu sério, ele não mantinha muito a paciência quando duvidavam dele sendo que ele sempre era o mais sério, e o único que não fazia esse gênero de brincadeira cansativa. Jinki sabia bem disso.

— Calma Minho. Você tem certeza que estava concentrado certo?

— Jinki. Era apenas uma analise, se teletransportar é mais difícil e doloroso e eu faço numa boa há anos. — houve um silencio após a resposta, silencio esse quebrado apenas pelo suspiro alto do próprio Minho. — Qual o nome dele?

— Lee Taemin. — Jonghyun respondeu primeiro.

— Pera, você realemtne não conseguiu ver nada, isso?

— Quantas vezes eu vou repetir, Jinki? O que foi, tem algo errado?

Ele olhou para os outros com o olhar um tanto triste, já que eles todos tinham visto as informações do garoto agora de nome revelado e sabiam coisas que Minho não tinha ideia. — Não, nada... — ele fingiu o sorriso novamente e Minho ignorou aquilo.

— Taemin... Ele se interessou? — os outros riram e Minho não pode evitar a própria risada.

— Ele esta olhando você agora mesmo. — Key abriu um pequeno sorriso enquanto levava o copo de café aos labios.

Minho não conseguiu segurar o sorriso e só para conferir ele olhou para trás sem virar o corpo totalmente e seu olhar bateu diretamente com o olhar curioso de Taemin. Todas as vezes que seus olhares se encontravam era da mesma forma, ambos sentiam coisas estranhas e Minho tinha em si aquela sensação de ter visto Taemin algum momento da sua vida antes de tudo, da sua morte... O que seria extremamente estranho e absurdo, pois ninguém lembrava de nada de sua vida passada, mas era exatamente a sensação que passava. Ele se atreveu a jogar seu charme contra o garoto atrevido que não desviou o olhar após o encontro, ele piscou com um dos olhos enquanto ainda estava sério e abriu um sorrisinho no final, voltando a sua posição anterior, segurando para não rir do que tinha acabado de fazer tão idiota.

— O que você fez? Aish o garoto corou.

— Apenas sorri para ele.

— Yaaa, utilizar seus charmes é golpe baixo Minho! — eles riram.

— Cala a boca.

Eles tomaram seus cafés e deixaram o dinheiro em cima da mesa, com uma gorjeta bem generosa, como sempre faziam e saíram dali mais rápido que entraram. Taemin nem mesmo percebeu quando saíram e quando chegou a mesa já fazia, encontrou apenas o dinheiro, ate mais do que realmente era e a gorjeta para o mesmo com um guardanapo dobrado e rabiscado que dizia: Eu te vejo amanhã, Taemin? E o mesmo riu quando terminou de ler.

— Como ele descobriu meu nome?...

— TAEMIN.

— ESTOU INDO. — ele olhou novamente o bilhete e sorriu, guardou no bolso junto a sua gorjeta e levou o dinheiro da conta para registradora.

Taemin na verdade tinha achado estranho e ate engraçado a forma que Minho te olhava e sua cantada barata, ele apenas tinha ficado esperando para saber o que ele faria e ele quase riu alto com aquele sorrisinho, não que ele não tivesse gostado, Minho era muito bonito, e seu sorriso era realmente poderoso, ele sentiu que poderia suspirar ao vê-lo. Mas no final das contas ele ainda nem sabia seu nome, e o bilhete apenas o dizia que provavelmente o desconhecido de cabelo cinza estaria ali amanhã novamente. Não iria mentir que queria vê-lo também, mesmo um completo estranho, ele pelo menos era bonitinho, e tinha algo nos olhos de Minho que despertava a curiosidade de Taemin, não, ele tinha certeza já te visto aqueles olhos quando mais novo, apenas precisava se lembrar mais, talvez se soubesse seu nome...

De qualquer forma, agora ele precisava voltar ao trabalho. Taemin trabalhava na cafeteria a anos, afinal, a mesma tinha sido fundada por seu falecido pai junto a sua mãe que agora ficava na cozinha fazendo o que sempre amou. Depois da morte de seu pai as coisas ficaram realmente difíceis, mas após uma reforma no local, as coisas melhoraram bastante, a cafeteria agora era uma das mais visitas diariamente no centro de Seoul, onde a concorrência era bem alta. Graças à cafeteria Taemin estava conseguindo pagar a faculdade que estava prestes a terminar e sua mãe não conseguiu se livrar de todos os problemas financeiros deixados por seu pai, agora eles podiam dizer que estava tudo bem estabilizado, por enquanto.

Mais um dia se ia... Os dias de Taemin eram bem repetitivos, ele ia para a faculdade pela manhã e de tarde ia para cafeteria e ficava lá até às 18h, depois disso alguém assumia seu lugar e ele ia com a mãe para casa no carro barato que tinham há um tempo. Às vezes ele saía com os amigos da faculdade de noite pra sair da própria mesmice, mas isso não ocorria com frequência, ele também não tinha relacionado serio com alguém há um tempo então... Sua vida não era tão movimentada ou interessante, mas de alguma forma o garoto não se deprimia facilmente, no passado havia passado por muitos problemas, problemas esses que ele achou que jamais teriam soluções e agora ele estava se vendo livre de todos eles então não importava como estava agora, ele estava muito bem comparado a seu passado.

No final do dia ele se encontrava exausto e agora finalmente ele estava deitado em sua cama, pronto para deixar para trás mais um dia, a não ser por um pequeno detalhe... Aquela cantada, que por algum motivo não saia de sua cabeça nem de seu sorriso bobo. Era tão idiota, ele não se sentia assim já algum tempo, ele já tinha recebi todo tipo de cantada na cafeteria, mas aquela piscadela, o que tinha de diferente afinal? Ele não tinha ideia, contudo seu sorriso não enganava ninguém que aquilo tinha sido diferente...

Enquanto os humanos dormiam, os ceifeiros entravam em ação no seu trabalho secreto.


Notas Finais


Eaen? gostaru? Pra quem chegou de paraquedas, essa não é minha primeira fic, a terminei agora The New School então se vc num leu da uma passadinha lá okay <3

INFORMAÇÕES: Eu não pretendo escreve muito aqui, inicialmente era pra ser uma OS, mas eu decidi dividir para facilitar minha vida, então provavelmente vai ter uns três caps contando com esse. Mesmo assim eu espero que vocês acompanhem, que gostem e que continuem me apoiando <3

Era só isso mesmo, Vocês são incriveis honey <3 ~chuuuuuu


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