História Death Angel - The Love

— Minho? O que foi? Você nunca liga...

— Oi Jinki, preciso da sua ajuda.

— Ajuda?

— Pode ficar com meu horário da tarde hoje?

— Aish... Ta, tudo bem, eu posso saber o porquê pelo menos?

— Preciso resolver uma coisa é talvez leve a tarde então...

— Hmmm... Okay.

— Obrigado.

Ele desligou o celular e voltou a caminhar rumo à cafeteria do dia anterior deixando um Jinki desconfiado sem nenhuma resposta exata. O mais velho desconfiou, pois Minho dos quatro, raramente fazia isso, mas não lhe havia passado pela cabeça que o outro tinha tirado aquela tarde apenas para voltar à cafeteria.

Minho tinha passado a noite pensando no por que do garoto de pele clara e de olhar intrigante ter suas memórias e dados impenetráveis, mas era como se nada desse aquilo uma resposta aceitável, era inexplicável, e com essa conclusão formada ele disse para si que iria ali mais uma única vez, para ver se havia sido apenas um pequeno problema é que agora conseguiria fazer aquilo sem problemas, mas talvez não fosse o único motivo já que particularmente as feições do jovem Lee invadiram seus pensamentos durante o sono o fazendo não parar de pensar em como o garoto é bonito.                       

Ele atravessou a porta e naquele horário a cafeteria parecia estar mais calma, mas mesmo assim não parecia estar menos movimentada, mas ele havia descoberto ontem o porquê, o café daquele lugar era realmente o melhor. Por sorte a mesma mesa que estava sentado ontem acompanhado de seus amigos, encontrava-se fazia novamente. Ele sentou-se e olhou ao redor a procura do garçom e o mesmo já caminhava até ele anotando algo no caderninho. Taemin não tinha notado que era Minho novamente, ele apenas viu que alguém tinha ocupado a mesa e foi andando até lá, somente quando foi dirigir a palavra ao cliente viu ser o mesmo cara do dia anterior, Minho. Sua mente foi rapidamente ao bilhete do dia anterior, e como dessa vez ele estava sozinho, ele concluiu por si só que Minho era o autor.

— Vejo que gostou do café. — Taemin sorriu voltando a fitar o pequeno caderno em mãos.

Minho olhou para o garoto enquanto o mesmo virava uma folha do caderno e tentou naquele segundo entrar na cabeça do garoto dizendo para si mesmo que agora tudo daria certo, mas não estava dando certo mesmo que ele continuasse insistindo. Porém fora interrompido quando Taemin voltou a fitando e seus olhares se chocaram como no dia anterior. Os olhos de Taemin eram tão lindos e intensos, Minho sentia coisas estranhas que nunca havia sentido quando ele tinha a oportunidade de olhar aquelas orbes, sentimentos novos, estranhos, mas não ruins... Infelizmente ele não podia ficar a fazer aquilo por muito tempo.

— Está tudo bem?

— Não foi só o café... — Minho disse sem nem perceber, trazendo à tona a risada do outro.

— Bom, o que vai ser hoje?

— A-ah, claro. — ele pegou o cardápio sobre a mesa e deu uma olhada por cima meio desligado ainda, ele só queria pedir qualquer coisa e fingir que não tinha passado vergonha novamente. — Eu vou querer esse daqui com...  Bom, o que me sugere?

— Hmmm, como ele é bem doce é melhor que seja algo salgado, sim? Lhe trarei algo especial.

— E se eu não gostar?

— Você vai ter que pagar mesmo assim.

— Tsc. — ambos riram.

— Pode confiar, não vai se arrepender. — eles trocaram olhares mais uma vez antes que Taemin se retirasse.

Novamente, Minho estava ali cara a cara com o garoto, mas não havia conseguido entrar em sua mente... O pior era que quanto mais o tempo passava mais ele se tornava curioso sobre Taemin, aquela forma de agir com uma gota de provocação, seu olhar tão curioso... O que diabos estava acontecendo?

Mais tarde o garoto veio servi-lo e no final Minho realmente havia adora a recomendação deliciosa. Taemin pode saber novamente o que o desconhecido por ele tinha achado da refeição através da generosa gorjeta. Ele tinha que admitir que estava curioso sobre o novo cliente.                       

Tudo poderia permanecer assim, Minho agora desistiria de insistir em invadir o garoto e sumiria antes que Taemin começasse a criar memórias com o Choi, mas por algum motivo ele voltou mais uma vez a cafeteria no dia seguinte, dessa vez ele não havia pedido para Jinki substitui-lo, ele prometeu para si mesmo que seria a última vez que iria no local, ele só precisa ver Taemin uma última vez já que o garoto tomou sua noite de sono duas noites seguidas. Porém, daquela vez não foi atendido pelo garoto, uma moça loira com uma ótima aparência veio em seu lugar muito sorridente e pelo seu perfil era muito simpática. Minho olhou para ela um tanto insatisfeito, mas fingiu simpatia, contudo não iria deixar de ver Taemin sendo que o único motivo de estar ali era para vê-lo.

—  Boa noite, já sabe o que pedir?

— Sim... Você pode chamar Taemin?

O sorriso da garota sumiu e a confusão tomou sua expressão. — Perdão?

— Taemin, ele trabalha aqui, certo?

— Sim... Mas, p-porque

— Nada em especial, não se ofenda, apenas diga para vir aqui no seu lugar hm? — ele disse um tanto rudemente e a garota ainda sem entender foi chamar Taemin que estava atendendo outra mesa.

Ela chegou ao ouvido do garoto e disse que ficaria com essa mesa e o mandou ir a outra, quando ele se virou para ver a qual mesa ela apontava, se deparou com Minho ali novamente. Ele estranhou quando a garota deixou claro que ele havia pedido exclusivamente que Taemin fosse o atender, ele não entendia o porquê, mas foi mesmo assim.

E mais um vez, e outra, e mais uma... Aquele não foi a última vez que Minho foi ao local, longe disso, ele estava indo todos os dias e sempre era Taemin a atende-lo, as vezes Minho só pedia um café, mas demorava uma hora até realmente ir embora, e quando aquilo completou uma semana Taemin já estava intrigado de mais com aquela insistência a ponto de não conseguir mais fazer as provocações contra Minho, ele queria saber o que de fato ele queria indo ao lugar e sempre mudar o café, mas nunca de garçom...                       

— Tá, vamos conversar.

Minho olhou o garoto surpreso e se manteve o encarando. — Pois não?

— Porque? Você veio todos os dias durante uma semana, no mesmo horário, pedindo um café diferente todo dia, fazendo as mesmas cantadas baratas... E nem é isso o que é de fato estranho e sim...

— Sim...?

— Porque eu? O que foi hm?

Minho não pode negar que o garoto estava no direito dele de achar aquilo estranho, afinal nem mesmo ele tinha a resposta para aquele comportamento. Bom, na verdade ele tinha uma resposta. Mesmo assim ela não justificava o porquê daquilo tudo, mas já que Taemin queria a verdade... — Eu gosto de você Taemin, você me deixa intrigado... Eu queria saber mais sobre você, mas eu não consigo desvendar o seu olhar. Então eu apenas venho todos os dias para tentar desvenda-los... Mas eu tenho falhado toda essa semana, pois eu ainda não sei absolutamente nada sobre esse olhar, nem o portador dele. — respondeu sinceramente.

Taemin se encontrava com sua melhor expressão de surpresa e ate um tanto corado, ele não tinha resposta para aquilo, não esperava que Minho fosse tão direto e ao mesmo tempo fosse tão incerto, ele dizia aquilo com palavras difíceis de interpretar e Taemin se perguntava se era mais uma cantada ou se estava sendo sério, mas pela seriedade presente no rosto bem desenhado do outro, ele concluiu que ele estava sim sendo diretamente sincero.                       

— Então... Você gosta de mim?

— Isso eu só vou poder dizer se você me deixar te conhecer melhor... Então Taemin?

— Está me chamando para sair indiretamente?

— Diretamente.

Taemin se afastou daquela aproximação, se encostando ao estofado da cadeira, cruzando os braços e abrindo um sorrisinho no canto dos lábios — ...Eu ainda não sei seu nome, mas você estranhamente sabe o meu.

— Minho, Choi Minho. — ele também não podia se identificar com seu nome real, pois mesmo com todos seus dados apagados, alguém poderia acabar se lembrando de que conheceu alguém com tal nome e lembrar-se de Minho antes de sua morte, isso nunca acontecia, mas mesmo assim, eles evitavam uma vez que isso já acabou acontecendo na Austrália. Mesmo nessas circunstancia, estava Minho ali de frente aquele garoto provocativo, desobedecendo mais uma das regras básicas por causa do Lee. — Mas só vou te contar mais sobre mim se você aceitar...

Taemin ainda ficou um tempo o encarando e pensando até que... — Meu turno já vai acabar, você pode me esperar...?

Minho abriu um sorriso no canto dos lábios igual ao garoto. — Claro.                       

Taemin se levantou a mesa e voltou a seu trabalho enquanto Minho ficou a fita-lo se distanciar. O que ele estava fazendo? Foi exatamente a primeira coisa que veio a sua mente quando Taemin se distanciou e seu diálogo se deu por concluído. Aquilo ia contra várias regras as quais ele havia comprido por toda uma vida então porque agora no seu auge, aparece Taemin tão lindamente questionável e o faz ir contra as regras que até ali ele jamais havia desrespeitado? Ele não entendia, mas a necessidade de descobrir mais sobre o garoto, de ouvi-lo, de toca-lo era muito grande para que ele entendesse, tinha algo sobre aquele olhar, sobre aquele corpo, sobre aquele garoto que o fazia pensar sobre amor e sentimentos e ele queria mais e mais desvendar e ver até onde aquilo iria.                       

Mais tarde, ele via Taemin vir até ele sem sua roupa de trabalho. O garoto vestia uma calça jeans rasgada e um moletom listrado em preto e branco meio ensacado, com uma mochila nas costas. Ele parecia estar bem mais confortável e se possível dizer, mais bonito ainda. Taemin não tinha feito propositalmente, mas só o jeito em que jogava cabelo para trás com um olhar despreocupado, parecia provocativo, era lindo e sexy e ele parecia saber é usar a seu favor.

— Vamos? — Minho ficou tão encantado a simplicidade da beleza de Taemin que não notou ele ali na sua frente.

— S-sim, sim. Vamos. — Minho até tentava manter a postura de durão, mas Taemin conseguia facilmente destruir toda sua pose com uma olhar ou sorriso.

Ele se levantou uma vez que já tinha pagado pelo café antes e apenas acompanhou Taemin para fora da cafeteria já de noite, por sorte aquele não era seu dia no rodízio, nos dias mais calmos eles revezam entre Minho e Jinki, e Jonghyun e Key, esse era um dos dias em que Key e Jonghyun estavam recolhendo almas, e era um dia calmo, então ele nem Jinki precisariam se preocupar durante aquele dia.                       

Minho permanecia calado enquanto eles se distanciavam lentamente da cafeteria, mas notou que Taemin estava seguindo caminhando, ou seja, não tinha ido de carro e sua mãe não estava na cafeteria neste dia, algo que despertou sua curiosidade então ele decidiu quebrar o silêncio.                        

— Sua mãe não veio hoje?

— Não, ela estava meio gripada então a deixei em casa descansando.

— E seu carro?

— Como sabe que tenho carro? Você anda me stalkeando?

Minho soltou uma pequena risada. — Não, eu apenas sou um ótimo observador... Mas então, porque veio sem ele?

— Quebrado, senhor observador.

— Você o levou para o conserto?

— Não... Já gastamos muito com aquele carro, eu vou tentar conserta-lo sozinho, por enquanto vou ter que caminhar.

— Entendi. Então nosso primeiro encontro vai ser durante o percurso até sua casa?

— Claro, já estou te dando essa grande oportunidade de me acompanhar, então não reclame.

— Tsc, convencido. — Taemin sorriu rapidamente provocando um igual nos lábios de Minho.                       

— Mas então, em quê você trabalha, senhor Choi?

Ele suspirou, colocou as mãos nos bolsos de sua calça. Não sabia como responder. — Bem eu... Eu ajudo a manter o equilíbrio na Terra sabe?

— Woow... Então você é ambientalista?

— Não! Eu meio que salvo vidas entende?

— Ah, então você é médico?

— Er... Tipo isso. Mas e você, na cafeteria há muito tempo?

— Bom, sim. A cafeteria é da minha mãe, trabalho ali antes mesmo de terminar o colégio.

— Pera, já terminou? Você não tem tipo, 14 anos?

— Se eu tivesse, sabia que você poderia ser preso por pedofilia?

— Yaaaa, eu não sou tão velho.

— Eu não sou tão novo, mas obrigada.

— Quanto então?

— 24.

— O que? Meu deus Taemin, como tão novo? — o moreno riu da cara confusa do platinado.

— E você, hm?

— ....26.

— Não estamos tão distantes afinal. — eles se entreolharam e sorriram um para o outro.

A conversa continuou enquanto as ruas se esvaziavam, o local escurecia, tudo conforme se distanciavam do centro, até que eles chegaram finalmente, foi um bom caminho da cafeteria até ali, Minho não se incomodava pois esse tipo de cansaço não surtia efeito nele, mas lhe doía pensar que Tae estava fazendo todo aquele percurso.

— Então é aqui?

— É sim...

— Você é corajoso, aqui é estranho e o caminho é tão longo...

— É, por isso me aproveitei da sua boa vontade.

— Aish...

— Obrigado Minho. — ele surpreendeu o outro.

— O que? Não me agradeça por isso, eu queria te conhecer e você apenas uniu o útil ao agradável.

— É verdade... Bom, você vai a cafeteria ainda?

— Claro, o café é delicioso. — Taemin fez um bico emburrado não satisfeito com a resposta, Minho tinha que admitir que achou lindo e um tanto fofo. — Mas não só pelo café... — dessa vez, Taemin teve a resposta que queria, ele riu e balançou a cabeça negativamente.

— Mas não perca seu tempo amanhã, não vou no sábado.

— Você ficará em casa?

— Sim... Porque?

— Eu poderia aparecer... Para consertar seu carro...

— Hmmm, quanto isso vai me custar?

— Você me paga depois...

Ele riu — Boa noite Minho. Espero que eu tenha agradado já que queria tanto me conhecer. — já abria a porta de sua casa quando Minho segurou sua mão e a guiou até seus lábios, ele deu um pequeno beijo suave e olhou diretamente para os olhos surpresos de Tae.

— Boa noite Taemin, te vejo amanhã. — Minho sorriu rapidamente e largou a mão do garoto já se distanciando, ainda o olhando.

— A-até amanhã. — Taemin ainda bastante surpreso, gaguejou.

Nisso, Minho devidamente "despedido", foi embora, ele espero pelo menos chegar em uma boa distância da cada de Taemin para só então se teletransportar direto para seu quarto.                       

Enquanto ia se despindo ele pensava sobre sua conversa com o mesmo, era a primeira vez que teve que conversar com alguém para descobrir mais sobre sua vida, pela primeira vez ele teve de confiar plenamente no que a pessoa dizia, pela primeira vez ele não teve de entrar na mente de alguém para descobrir seu passado, suas características, seus gostos, seus problemas. Ele teria que desvendar Taemin por conta própria e parecia tão divertido quanto ele achou, na verdade ele pensou que seria muito complicado e talvez Taemin o rejeitasse dês do começo, mas o garoto parecia querer aquilo também.

E queria, Taemin era naturalmente curioso, com Minho não era diferente, principalmente porque Minho particularmente era misterioso de mais, por algum motivo ele nunca respondia diretamente coisas sobre ele e isso fazia com que Taemin quisesse cada vez mais descobrir sobre a vida dele. Minho também, se mostrava tão interessado nele... De início Taemin achou que ficaria só nas cantadas baratas, mas parecia que Minho queria realmente conhece-lo, e ele não viu problemas naquilo, afinal não era todo dia que alguém mostrava interesse nele e sua vida, geralmente só queriam sexo, talvez Minho também mas ele gostava de acreditar que não, já que o mais alto estava se esforçando tanto... Ele esperava de verdade que Minho fosse apenas um cara legal e não uma máscara disso, mas de qualquer forma ele queria ver até onde aquilo iria, mesmo que não seja nada sério no final, Minho pelo menos era ate divertido e muito bonito, tinha que admitir.                       

~ No dia seguinte ~

— Eu não sabia se você tinha ferramentas então eu trouxe algumas minhas.

— Ah meu pai deixou algumas por aqui, mas você fez bem em trazer as suas.

— Então, esse é o carro... Bom, vamos dar uma olhada. — Minho levantou o capô e começou a dar uma olhada. — Nossa... Eu vou precisar de um tempo aqui.

— Tudo bem. — Taemin sentou num banquinho que tinha ali e ficou observando Minho tentando consertar o carro velho.

E Minho levou um bom tempo, ele não viu apenas o problema que Tae se referia, mas vários outros também, então decidiu olhar os demais. O Choi não se importava em fazer aquilo, mas tinha dois problemas: era seu dia no rodízio junto a Jinki, então ele teria que ser rápido e o dia não estava perdoando no calor, a garagem de Taemin parecia deixar tudo mais quente. Ele não tinha avisado Jinki, então de um jeito ou de outro ele teria que ir recolher as almas, e justo naquele momento faltava poucos minutos para uma morte e atrasos seriam suspeitos de mais...

— Taemin, preciso ir no banheiro.

— Pode entrar, minha mãe está dormindo, tem corredor depois da sala e no final um banheiro, você pode ir lá.

— Certo. — Minho foi onde lhe foi indicado e assim que trancou a porta, ele se teletransportou para o local, uma senhora estava sendo assaltada, porém não queria largar sua bolsa, até que o ladrão sem paciência atirou na pobre senhora, nada muito novo para Minho, no momento em o projetil entrou no corpo da senhora, Minho com sua foice em mãos, passou-a pelo corpo da senhora separando sua alma de seu corpo. — Que Deus perdoe seus pecados, senhora Kim. — ela morreu na mesma hora por conta do tiro então ele poderia ser rápido, a alma dela rapidamente evaporou e ele pode se retirar do local, enquanto pessoas corriam para socorrer a senhora.

Voltando em segundos para o banheiro da casa de Taemin, Minho olhou seu relógio e viu que tinha levado dois minutos naquilo, então ele ainda podia dizer que tinha ido apenas tirar a agua do joelho sem ter que passar vergonha. Voltando a garagem ele pensou, como aquilo seria difícil de levar, todas as vezes que teria de ver Taemin ele teria que dar desculpas para sumir e recolher as almas, mas ele preferia ignorar isso agora, que estava tão cedo...

— Voltei.

— Aigooo, você errou o caminho?

— Aish, eu nem demorei.

— Eu sei bobo, quer beber alguma coisa? Esta muito quente.

— Olha, eu não vou recusar, esta realmente quente. — ele voltou ao carro.

— Otimo, vou pegar. — Taemin se levantou e foi a cozinha, voltando rapidamente com duas garrafinhas de soju, mas aquele pequeno período foi tempo suficiente para Minho tirar a camisa. Tae já imaginava que o outro fosse forte ao ver como seus braços eram grandes e fortes, mas não imaginava que seu corpo fosse tão definido e sexy, sua pele morena, suada, era quase como tivesse sido proposital, apenas para faze-lo ficar daquela forma em que se encontrava: hipnotizado, olhando descaradamente o corpo dele, paralisado com as garrafas nas mãos.

— Você podia disfarçar. — Minho chamou a atenção dele pegando a garrafa de sua mão enquanto sorria de forma maliciosa.

— V-você por acaso perguntou se poderia tirar a roupa na minha casa?

— Você não gostou? — Minho fez um bico fingido tristeza e em resposta Taemin deu um soco em seu ombro.

— Idiota.

~ Uma semana depois ~

— Minho esse restaurante é muito caro!

— E?

— Minho!

— Qual o problema, você não disse que não tinha sido um encontro oficial?

— É, m-mas não precisava me trazer aqui.

— Você não gostou?

Taemin abriu um sorriso tímido, muito raro. — Obrigado, Sapo.

— Ótimo, não se preocupe com isso Tae, eu te chamei, eu estou pagando então apenas aproveite, hm?

— Porque não nos conhecemos antes?

— Eu me pergunto o mesmo, mas eu tenho a impressão que já te vi antes, Lee Taemin.

— Eu pensei o mesmo, quando eu era mais novo, bem mais novo, eu conheci um menino de olhos grandes e boquinha redonda, igualzinho a você... Ele e sua família tinham se mudado para casa ao lado, minha mãe rapidamente virou amiga da senhora... Eu não lembro nome dela — riu. — E eu virei amigo do filho dela, ah! pera, é senhora Choi, não que o sobrenome também seja uma coincidência. Passou muuuito tempo, eles sempre iam lá e eu e esse menino passávamos a tarde inteira brincando, mas... De repente tudo ficou extremamente estranho...

— Estranho... como?

— Um certo dia eles não vieram, minha mãe atendeu uma ligação e parecia tão chocada, assustada... Eu perguntei o que foi e ela respondeu “nada amor, é que os Choi tiveram um problema no carro e agora foram ver o medico”, ela não queria me dizer que eles tinham batido o carro sabe? Ai ela me levou no hospital junto, já que ela queria ver como eles estavam e eu queria saber como meu amiguinho estava também, mas quando chegamos lá, só a senhora Choi podia falar com a gente, o resto da família estava sendo atendida, ela tremia, chorava e parecia assustada, mas ficou feliz por ver minha mãe, elas eram bem amigas.

— E o garoto?

— É ai que ta... Eu perguntei para ela depois que ela contou como havia sido o acidente, mas ela me olhou confusa perguntando “de quem esta falando?”, e eu insistindo “o seu filho senhora, que vem com você todos os dias”, ai minha mãe me olhou e disse “amor, a senhora Choi não tem nenhum filho”.

— Como assim?

— Eu não sei, depois ela disse que deveria ser algum amigo imaginário, mas... Tudo foi tão real, eu cheguei a apensar que fosse uma brincadeira, mas ela realmente... Quando ela voltou a ir à minha casa, ela vinha sozinha, depois daquele acidente eu nunca mais vi aquele garoto... Para uma criança que não fazia muitos amigos, foi perturbador, aquele garotinho era tão importante pra mim, eu não me lembro de tudo, mas eu me lembro de como ficava animado quando o via, era como meu primeiro amor, eu achava que agora seriamos nos dois contra o mundo sabe, mas ele foi apenas algo da minha cabeça, pelo que parece.

Minho estava um tanto chocado com historia, era como se... Não, não poderia ser, poderia? Aquilo entrou na mente de Minho e tomou conta rapidamente de seus pensamentos durante o resto da noite, mesmo após mudar o assunto, mesmo que focasse nas outras conversas, ele ainda sim, se via preso àquela conversa, pelo simples fato de que e se, menos que improvavelmente, aquilo fosse uma lembrança de Taemin com ele? Mesmo que incerto, tinha uma pequena porcentagem, afinal, ele era um Choi, ele era de Seoul? E o menino parecido com ele, que Taemin jurava ser real, simplesmente “deixou de existir” depois de um acidente... Isso com certeza ficaria perturbando Minho por uns dias.

~ Um mês depois ~

— Sério, como você paga esse lugar? Você deve ganhar muito como medico. — ele riu e tomou mais um gole do soju. Eles estavam sentados sobre o tapete da sala do apartamento de Minho, encostados no sofá, tinha algumas garrafas de soju na mesinha perto deles e eles estavam bem próximos um do outro.

— Eu não sou rico ou qualquer coisa assim, apenas gosto do confortável.

— HM, sei.

— Não confia em mim? — ele apenas sorriu em resposta. — Tsc, e pensar que eu estou realmente apaixonado por você. — ele balançou a cabeça negativamente e tomou um gole de sua garrafa.

— Então você já tem uma resposta para mim?

— Pode ser que sim...

— Você já descobriu tudo o que queria sobre mim? — ele abriu um sorriso no canto dos lábios, enquanto terminava aquela garrafa.

— É, eu descobri bastante durante esse tempo, mas tem certas coisas as quais eu ainda não tive acesso. — Minho levou sua mão ao rosto de Taemin em um movimento calmo enquanto seu olhar se mantinha fixo no olhar do outro.

— Como o que? — Taemin se aproximava perigosamente, mordendo seu próprio lábio inferior chamando a atenção de Minho para seus lábios rosados.

— A macies dos seus lábios, o sabor deles, do seu corpo, a cada parte dele por baixo das suas roupas, ao som dos seus gemidos, não sei o quão amável e sujo você pode ser, o que você gosta na cama...

— Então porque não descobre agora? — Taemin disse contra seus lábios e foi a gota d’agua, era a única pergunta a qual a sanidade de Minho esperava para que pudesse ir embora de vez.

Minho então, rendeu-se aos lábios de Taemin, em nenhum momento daquele mês ele chegou a pensar o quão saboroso aqueles beijos poderiam ser, era incomparável a qualquer outro que ele já tenha provado, não dava para descrever exatamente a sensação de estase que se espalhava por seu corpo, os lábios grandes de Taemin dançavam com os seus num ritmo não muito rápido e se encaixava perfeitamente nos seus lábios, ficava cada vez mais quente, mais intenso, suculento, lhes faltava ar frequentemente, mas alguns segundos distantes para pegar fôlego já era o bastante para que voltassem ao contato.    

Era como se tivesse esperado por aquilo a vida toda. Eles mordiam e sugavam os lábios um do outro na procura de mais contato, tentando aprofundar mais aquilo. Mas só tinha um jeito de aprofundar mais aquilo, e quando o beijo parou, ambos abriram os olhos e se fitaram ofegantes, a resposta foi dada.

Em um segundo eles estavam na sala, no outro, já se encontravam no quarto. Taemin caiu na cama e Minho estava sobre ele. Eles trocavam beijos mais desesperados, enquanto as mãos de Taemin se perdiam nos fios acinzentados do outro, Choi perdia-se ao tocar o corpo de Taemin por baixo de sua roupa, e quanto mais suas mãos subiam as roupas de Tae acompanhavam, logo o beijo foi interrompido para que Minho terminasse de subir de vez a roupa de Taemin  tirando-a do garoto, sua pele clara estava agora, completamente exposta, Taemin que não era bobo e não ficaria daquela forma sozinho, puxou a camisa de Minho para cima o deixando num estado igual ao seu, e ele não se contentou em apenas olhar, ele lentamente passava seus dedos pelo abdômen definido de Minho e quando seus olhares se encontraram, o Choi não perdeu tempo e voltou a ter o corpo de Taemin para si de forma possesiva, agora aproveitando a parte descoberta para beijar, morder, marcar como queria.

Enquanto isso, Taemin estava focado apenas em tocar Minho como podia, passava as mãos pelas costas largas e descia lentamente pelos braços, cravando suas unhas curtas ali no mesmo momento em que sentiu os lábios úmidos de Minho entrarem em contato com um de seus mamilos, seu corpo se arrepiou por completo e seus dedos dos pés se contorceram, a forma como Minho fazia aquilo, a forma com que o tocava era diferente de qualquer outra, tinha vontade, desejo, mas não era voraz como uma vontade louca de saciar-se, era envolvente, como se sentisse realmente o prazer em provar cada espaço do corpo de Taemin, como amasse fazer aquilo e isso dava um novo sentido aquele contato. E Minho, continuou apenas descendo, e descendo, e descendo com seus beijos, até chegar perigosamente na barra de sua calça, onde Taemin suspirou e arqueou levemente as costas arrancando uma pequena risada de Minho.

Irritado, Taemin puxou o cabelo de Minho o obrigando a subir por seu corpo, voltando a ter seu rosto de frente ao dele. — Você está rindo de mim?

— Eu amo como seu corpo reage aos meus toques. — Minho retrucou sorrindo e Tae mordeu seu lábio inferior com força, entrando naquela brincadeira, mas tarde a mordida virou mais beijos.

Conforme eles se beijavam, a “coisa” foi esquentando, seus corpos roçavam e seus membros já acordados, já que ambos estavam extremamente excitados, se colidiam lhes arrancado suspiros. Tae decidiu que já estava na hora de ir adiante, querendo aprofundar mais aquele momento, então levou suas mãos sorrateiramente ao botão da calça de Minho, abrindo-a devagar até que o outro percebeu e o olhou com um sorriso sugestivo.

— Vamos logo Minho. — Taemin disse contra os lábios carnudos do outro e a resposta de Minho foi dada com um último beijo antes que se afastasse de Taemin. O menor levantou o rosto e observou o que ele fazia, Minho estava em pé em frente à cama retirando a calça seguida de sua cueca, Taemin apenas ficou observando com um sorriso maroto enquanto o outro tirava a roupa.

Ele analisava cuidadosamente o mais alto de fios cinzas, pele de Minho era morena por completo, seu corpo era tão bem definido, as veias ressaltadas ao longo dos seus braços era algo que Tae era apaixonado, sua coxas grosas, seu membro já completamente ereto, tão excitante... Minho era com certeza a personificação de um pecado. — Você gosta do que vê? — se ele gosta? Taemin estava amando cada parte daquilo, a sua voz grave o fazia tremer na base e a forma com que ele o olhava, como um predador, era ainda mais excitante.

Antes de voltar à cama, Minho puxou a calça junto a cueca de Taemin ambas pela a barra, sem nem mesmo perder tempo em abrir o botão, e Tae apenas deixou que ele fizesse ainda sem conseguir desgrudar os olhos dele, e agora, era Minho que tinha seus olhos no corpo de Taemin. Sua parecia ainda mais suculenta, seu corpo não era definido, mas tinha curvas incríveis as quais Minho se encontrava apaixonado. — Você gosta do que vê? — Taemin sorriu provocando um igual em Minho.

Minho voltou a cama, se encaixando entre as pernas de Taemin que automaticamente ficaram sobre suas coxas. Seu olhar mudou completamente, não tinha mais sorriso nos lábios dele e sua expressão séria era tão “fodidamente” sexy, pensou Taemin. Ele passou lentamente a glande pela entrada do menor abaixo que mais uma vez se arrepiou por completo e por impulso agarrou o lençol da cama quando Minho finalmente penetrou sua entrada, um gemido manhoso escapou da garganta de Tae então Minho esperou por alguns segundos para que continuasse, ele passou as mãos lentamente por aquelas coxas brancas e foi subindo para a cintura, subindo, escorregando pela cama e por fim se apoiando na mesma, quando viu já estava cara a cara com Taemin que já tinha sua respiração desregulada e seus corpos quase colados.

Aquilo levou o tempo necessário então quando seu olhar encontrou o de Taemin, ele apenas prosseguiu de uma vez, se encaixando de uma vez no interior quente do garoto, com um pouco de dificuldade já que o mesmo tinha ido sem qualquer adição de lubrificante. A reação de Taemin tinha sido ainda mais excitante para o mais alto, ele havia agarrado com uma força maior ainda aquele lençol, seus olhos se fecharam enquanto sua boca se manteve aberta, e suas costas se arquearam numa curva perfeita enquanto a sensação se espalhava por todo seu corpo, ele abriu os olhos lentamente e encontrou os de Minho mais perto ainda, logo depois sentiu seus lábios entrarem em contato com os dele novamente.

— Eu não vou parar mesmo que você peça. — Minho disse naquele tom grave contra os lábios de Tae.

— Não pare.  — ele sorriu e levou as mãos que antes agarravam o lençol para as mechas acinzentadas de Minho, se agarrando aos fios.

Com a permissão de Taemin, ele agora tinha dado as passagens apenas de ida para sua sanidade. Os beijos retornaram intensos e Minho começou a se mexer dentro de Taemin, no início era lento porem forte, Taemin conseguia sentir o membro de Minho pulsando dentro de si enquanto seu interior tentava expulsa-lo e ele apenas parecia conseguir ir mais fundo, e quanto mais ele estocava sua entrada, mais rápido se tornava, os beijos se tornavam impossíveis com o passar do tempo, já que Taemin não conseguia segurar os gemidos cada vez mais frequentes de acordo com a velocidade do outro.

O corpo moreno de Minho se encaixa e mexia contra o de Taemin, dançando no mesmo ritmo quanto mais o tempo passava e o contato entre eles se aprofundava. O corpo de Taemin era como o oceano e Minho tentava ir cada vez mais fundo ate que afogasse no seu corpo, não era como se fosse qualquer pessoa, era Taemin, e aquilo parecia cada vez melhor, era como se devesse estar ali ao lado de Taemin, compartilhando daqueles sentimentos há muito tempo, como se fosse prisioneiro da sua boca e hipnotizado por seu olhar. Não era só sexo, ele sabia, ele sentia, tinha um sentimento ali muito maior que simples prazer carnal e ele já desconfiava do que aquilo poderia ser e da mesma forma era para Taemin.

E cada vez mais o sentimento crescia, os movimentos se intensificavam e suas respirações dificultavam, mais eles se perdiam naquele prazer imenso. O rosto de Minho se mantinha encaixado na curvatura do pescoço de Taemin e suas mãos segurando-lhe a cintura fortemente, enquanto o mesmo descontava todas as ondas de prazer arranhando as costas alheias.

Seus corpos já se encontravam suados como se fossem derreter enquanto ferviam por dentro, não era possível se ouvir diálogos, apenas gemidos e o som do choque entre os corpos, ambos estavam próximos a seu ápice. Antes que aquele momento chegasse, Minho abandou a cintura de Taemin, apoiou-se na cama e levantou seu corpo antes largado sobre o de Tae, agora o fitando enquanto o outro fazia o mesmo, esperando o momento chegar enquanto mantinham aquele ritmo frenético, e não demoraram muito. Os gemidos de Taemin se tornavam cada vez mais altos e logo chegou ao tom do ápice do prazer. Minho também veio dentro de Taemin, mas conteve sua expressão para que pudesse observar a de Taemin, era como uma obra de arte: sua coluna se arqueando novamente, o corpo estremecendo enquanto seus jatos vinham entre seus corpos, seus olhos fechando quase que automaticamente, seus dedos quase afundando na pele alheia e logo depois perdendo a força, logo depois ele se derretendo no colchão enquanto espasmos se espalhavam por seu corpo, abrindo os olhos lentamente, tentando regular sua respiração com um sorriso nos lábios... Era lindo. Muito lindo.

— Eu te amo. — Foi à única coisa que Minho conseguiu dizer, ele não conseguiu nem mesmo pensar numa forma mais bonita de dizer aquilo, ele apenas precisava dizer, porque ali, depois de tudo, encontrando mais uma vez aquele olhar e aquele sorriso, ele não tinha mais duvidas.

Taemin, mesmo surpreso com a forma direta do outro, sorriu e levou sua mão ao rosto do Choi, observando sua respiração falha se recuperando enquanto esperava a resposta.

— Não tanto quanto eu amo você. — mais uma vez naquela noite, seus lábios se encontraram.

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— Onde esta Minho? — Kibum acabava de se juntar a Jinki e Jonghyun em um novo restaurante para que jantassem em grupo.

— Ele não vem. — Jonghyun respondeu simplista enquanto o recém chegado senta ao seu lado.

— Não? Como Choi Minho nega comida?

— Minho tem estado muito estranho ultimamente...

— Jinki... Se sabe de algo é melhor dizer. — Kibum o ameaçou.

— Eu realmente não sei o que, apenas notei. As vezes o chamava para comer algo durante um pequeno intervalo e ele não ia, dando desculpas confusas, gaguejando... Eu desconfio de algo, mas não tenho certeza.

— O que é? — Jong e Kibum perguntaram ao mesmo tempo, extremamente curiosos.

— Acho que ele ainda vai aquela cafeteria, ou pior, deve estar criando um vinculo com aquele garçom.

— Meu deus... — Kibum estava tão chocado quanto Jong.

— M-mas relacionamentos são proibidos entre ceifeiros e humanos!

— Eu sei, e Minho nunca desrespeitou nenhuma regra, é isso que me preocupa mais.

— Mas deve ter um motivo para que ele fizesse isso.

— Verdade Jonggie, o que acha Jinki? Talvez, por ele não saber nada sobre o garoto, ele tenha começado a se aproximar para descobrir mais, i-isso não é de todo mal.

— Não, sabe que não me importo, Taemin é uma ótima pessoa, mas essa é uma das regras mais graves e bem... Vocês sabem, todos nos vimos a ficha de Taemin, ele não vai durar muito tempo.