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História Death Hotel - Back to pain


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Oi, amores! Consegui atualizar antes do anoitecer, eba! HSAUHDSU
Não tenho muito o que dizer, então somente desejo a vocês uma boa leitura!
Até as notas finais. <3

Capítulo 11 - Back to pain


Fanfic / Fanfiction Death Hotel - Back to pain

Kris

 

A chuva aumentava a cada minuto que se passava, e os trovões eram tão altos que as vidraças tremiam após a claridade dos relâmpagos iluminar ainda mais o ambiente. Era estranho começar a chover tão de repente, já que durante a tarde inteira não houve indício algum de chuva e até o começo da noite o céu ainda estava estrelado e livre de nuvens.

Eu havia acabado de enviar as últimas fotos e informações de Sophie ao Jimin quando ouvi batidas na porta, e as batidas eram tão insistentes e desesperadas que me assustei ao ouvi-las, mas logo levantei e fui à porta, abrindo-a imediatamente.

- Tao, aconteceu... Sophie?

De imediato pensei que fosse Tao voltando para casa por algum motivo, mas quando vi Sophie ao lado de sua amiga, preocupei-me ainda mais do que a princípio. Rapidamente dei passagem a elas e tranquei a porta, segurando o rosto de Sophie com ambas as mãos, percebendo que em meio às gotas de água haviam algumas lágrimas.

- O que aconteceu com vocês? Estão encharcadas!

- Desculpe-me, não sabia mais para onde ir. – Disse ela em meio aos soluços.

- Por favor, sentem-se! Eu trarei algumas toalhas e roupas secas para vocês.

Ambas concordaram e sentaram-se no sofá onde eu estava anteriormente, então corri a um dos quartos e peguei toalhas secas, camisas longas e duas bermudas, voltando à sala em poucos instantes. Entreguei a elas as roupas secas e as direcionei ao banheiro, e em menos de cinco minutos elas voltaram à sala, agora um pouco mais calmas.

- Estão com fome? – Elas negaram. – Aceitam café?

- Por favor.

Apontei para a cozinha, guiando-as até o cômodo, e após acender a luz ofereci os lugares para sentarem. Sem pressa servi o café já pronto em três canecas e levei até a mesa, entregando uma para cada, ficando com a terceira para mim.

- Podem me contar o que aconteceu?

- Primeiramente, essa é a Anna, minha melhor amiga. – Sophie apontou para a ruiva e eu sorri para ela. – E esse é o Kris, Anna.

- Por favor, digam-me! Vocês estão me deixando preocupado.

- Lembra-se que eu lhe contei sobre o meu noivo?

- O tal Taehyung?

- Sim, ele mesmo. – Sophie forçou um sorriso e deu o primeiro gole em seu café. – Hoje, quando chegamos à minha casa, estava tudo revirado, haviam vidros, vasos, móveis quebrados... ele estava descontrolado.

- Ele machucou vocês?

- Não, por pouco não nos machucou... senão pela Anna, eu estaria morta agora.

- E qual o motivo da raiva dele?

Sophie encarou a amiga por alguns instantes e abaixou a cabeça, mostrando-me que não poderia falar mais do que aquilo e eu decidi respeitar, mas obviamente aproveitei o momento para tentar cumprir com a minha parte no trato, então me aproximei um pouco mais dela e segurei uma de suas mãos, tomando a liberdade de entrelaçar meus dedos aos dela.

- Sophie, já é a terceira vez que você me diz como o seu noivo é agressivo e eu estou ficando preocupado com você, precisamos fazer algo a respeito.

- Eu não quero apresentar uma denúncia, Kris.

- Então faça algo melhor.

- O que propõe?

- Fique aqui comigo, ou... volte à Seul.

- Eu não quero voltar para lá, Kris.

- O que aconteceu lá de tão ruim, Sophie? Lá é a sua casa, o seu país, não aqui.

- Eu sofri muito por lá, principalmente pela minha descendência, aqui é o meu lugar.

- E prefere correr risco de vida a voltar para casa? Sophie, todos nós somos vítimas de preconceito em outros países, mas precisamos aceitar certas coisas para vivermos tranquilamente.

- Ele tem razão, Sophie. – Disse Anna, tocando o ombro da amiga. – O Jin está lá, o JungKook também e talvez até o Yoongi, seria melhor se ficássemos todos juntos.

- Eu não prometo nada, mas vou pensar sobre. – Sophie sorriu, puxando nós dois para um leve abraço. – Eu não sei o que seria de mim sem vocês! Obrigada.

Ah, Sophie, se soubesse o que lhe espera.

 

Verona, Itália.

 

NamJoon

 

Yoongi estava terminando de arrumar nossas malas quando cheguei em casa, e seu olhar rapidamente foi direcionado a mim e aos papéis em minhas mãos.

- Então, como foi?

- Pedi demissão.

- Mas você não iria pedir transferência?

- Yoongi, a agência de tradução para a qual eu trabalho não tem uma filial na Coreia. – Falei ao suspirar, sentando-me na ponta da cama. – Eles disseram que perderam o melhor tradutor deles. – Acabei rindo, olhando o envelope em minhas mãos.

- Olha, quando tudo isso passar voltaremos para cá e você pode tentar outra vez...

- Não será tão fácil conseguir um emprego desses outra vez, Yoongi.

- Você é inteligente e possui uma facilidade imensa com idiomas, conseguirá se reestabelecer.

Abaixei a cabeça e não respondi à afirmação do meu irmão, apenas me mantive em silêncio e pensando sobre a loucura que estávamos prestes a cometer, mas ele sempre foi sábio e sempre fez a coisa certa, então preferi não ir contra seus planos.

Yoongi fechou a última mala e agachou em minha frente, erguendo meu rosto com ambas as mãos.

- No que está pensando?

- Se o seu Guardião voltou, não acha que os outros também não voltaram?

- Talvez, por quê?

- E se você acabar entrando em guerra com o Guardião do JungKook?

- Você estará lá para impedir, eu confio em você.

- Estou com medo, Yoongi.

- Irmão, não se preocupe... eu protegerei você.

Yoongi havia se tornado o meu melhor amigo em pouco tempo, sempre cuidando de mim, se preocupando e me ajudando a tomar alguma decisão. Em todos os momentos que precisei ele estava lá, até mesmo enquanto eu sofria com os pesadelos constantes, mesmo que ele soubesse o perigo que corria ficando ao meu lado durante tantas madrugadas. Yoongi, definitivamente, é o melhor irmão que eu poderia desejar, mas mesmo com suas palavras de conforto e com sua promessa em me proteger, algo ainda me preocupava.

- Yoongi... e se a Sophie estiver lá?

- Ela está na França, irmão!

- Mas e se ela também sofrer com o mesmo que nós? E se o Taehyung também sofrer possessões?

- Se isso acontecer, tenho certeza de que a Anna não a deixaria sozinha e a levaria para longe. Não se preocupe, está tudo bem. – Yoongi sorriu e olhou para o relógio, levantando-se. – Vamos, nosso voo sai em duas horas.

Em algumas horas estaríamos de volta ao nosso país de origem, de volta ao passado sombrio que tanto nos atormenta, de volta ao inferno, ao caos e à dor. Em algumas horas poderíamos estar assinando a nossa sentença de morte.

 

Seul.

 

JungKook

 

- Bom dia, Jin! – Falei sorridente assim que entrei na cozinha.

- Parece que o humor de alguém está melhorando. – Jin também sorriu. – Dormiu bem?

- Muito bem! – Disse ao sentar-me ao lado dele, puxando seu copo de suco. – A sua visita me fez bem e suas palavras abriram os meus olhos, obrigado.

- Não agradeça, é isso que os amigos fazem.

- Injusto! – Yang Mi exclamou, cruzando os braços com irritação. – Passei meses tentando te reanimar e você apenas me manda ir à merda.

- Yang Mi, está sendo chata logo cedo?

- Estou dizendo a verdade. Você não me agradeceu nem uma vez por tudo que fiz por você.

- Quem escolheu ficar aqui foi você, não te obriguei a nada.

- Certamente, JungKook. – Ela sorriu, apoiando as mãos na mesa. – Em breve não precisará mais se preocupar comigo, porque sairei do seu caminho.

Yang Mi retirou o avental e o jogou em cima de mim, batendo os pés conforme saía da cozinha, deixando-me a sós com o Jin que estava sério, ao contrário de mim, que ria com a situação.

- JungKook, por que a trata assim?

- Porque é a maneira que ela me tratava quando éramos mais jovens.

- Mas agora vocês cresceram e ela está se esforçando para cuidar de você. – Jin respirou fundo e terminou de comer, segurando uma de minhas mãos. – JungKook, essa menina cresceu convivendo com o abandono dos pais, com o abandono da irmã, a única família que resta a ela é você, ela se preocupa com você e está nítido que gosta de você mais do que como um amigo.

- Eu sei, hyung, mas eu não posso gostar dela desta forma.

- Você pode, mas não quer. Olha, se você não quer ela como mulher, ao menos a tenha como amiga.

- Acha mesmo?

- Ela é uma boa menina, e preciso admitir: ela tem um coração puro, ao contrário da EunJi.

Jin tinha razão em dizer tudo aquilo, e por mais que eu odiasse admitir, Yang Mi tem sido uma ótima amiga e uma pessoa muito melhor que a EunJi foi um dia, mas por que ainda é tão difícil deixa-la ir?

O meu rosto estava quente e meus olhos ardiam pelas lágrimas que eu segurava, evitando que novamente eu entrasse naquele profundo abismo que era estar apaixonado por uma pessoa que não existia mais. Jin abraçou-me com força e acariciou minhas costas, fazendo-me não resistir e deixar que todas as lágrimas escapassem de meus olhos.

- O que eu faço para essa dor me deixar, Jin?

- Vá se despedir da sua amada, Jung. – Jin suspirou e olhou-me em seguida, secando minhas lágrimas. – Diga adeus a ela e recomece a sua vida.

Perdoe-me, EunJi, mas eu quebrarei a promessa e a deixarei ir.


Notas Finais


E é isso, espero que tenham gostado e não esqueçam de dizer o que acharam, é importante para mim!
Obrigada a quem leu e até o próximo que trarei em algumas horas!
Beijinhos. <3


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