1. Spirit Fanfics >
  2. Death Hotel >
  3. Innocents

História Death Hotel - Innocents


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olha só quem decidiu reaparecer. KPDOSAKDPASKO
Eu demorei, eu sei... mas o importante é que voltei, não é? <3
Bem, espero que gostem do capítulo, amores!
Boa leitura. <3

Capítulo 17 - Innocents


Fanfic / Fanfiction Death Hotel - Innocents

Paris, França.

 

Anna

 

A escuridão que prevalecia no quarto impedia-me de saber se era dia, ou noite, assim como a situação me impedia de saber há quantos dias estava trancada, pois mesmo que fossem poucos, parecia uma eternidade. As minhas roupas estavam imundas, eu não bebia ou comia direito, nem conseguia ter direito a um banho. O pano que servia de mordaça deixava a minha boca ainda mais seca que o normal, enquanto as correntes que me prendiam machucavam meus pulsos e tornozelos, mas nada disso se comparava ao pior: Tao.

Ele era frio, não esboçava emoção alguma em seu rosto, tratava-me como um lixo e nem sequer olhava em meus olhos com frequência, mas algo nele não aparentava ser tão ruim quanto eu achava, porque mesmo com seu jeito frio, sua companhia nada agradável e sua grosseria, ele sempre ia checar como eu estava e até mesmo me ofereceu um cobertor. Todos nós temos um ponto fraco e eu precisaria descobrir o dele para sair dali.

Tao entrou no quarto com um copo em mãos, afastando meus pensamentos imediatamente, então sentou-se na cadeira em minha frente e retirou o pano de minha boca.

- Beba, é uma vitamina. – Disse ele, virando cuidadosamente o copo em minha boca, mas retirou ao ver a minha careta.

- Está ruim!

- Não reclame e beba de uma vez!

Tao agarrou o meu queixo com sua canhota e ergueu minha cabeça, fazendo meus lábios abrirem um pouco mais, então assim despejou a vitamina em minha boca até o copo esvaziar, então sorriu e colocou o copo de lado. Nossos olhares se cruzaram e eu pude perceber certo receio em sua expressão, como se ele quisesse perguntar algo a mim, mas eu sabia que ele não perguntaria, então decidi falar em seu lugar:

- Por que me prendeu aqui? O que eu fiz a você? E quanto a Sophie?

- Eu não devo responder às suas perguntas.

- Por favor, Tao... até agora eu sei apenas o seu nome! Eu estou preocupada com a minha amiga, ela desapareceu! Por favor, entenda!

Tao recuou por um momento, pensativo, mas então suspirou e balançou sua cabeça, passando os dedos entre os fios de cabelo.

- Acho que não tenho nada a perder, já que você está sob os meus cuidados. Anna, a Sophie e o Kris voltaram à Seul, para assim encontrarem o Jimin.

- O que? – Ri. – Ele está morto!

- Olhe, eu não sei o que está acontecendo, mas esse homem está vivo e querendo vingança! Eu não sei o que vocês fizeram a ele, não sei o que ele pretende fazer com vocês, mas eu sei que ele sequestrou a mãe do meu melhor amigo e ameaçou a matar se o Kris não levasse a Sophie até ele.

- Vocês são loucos? Entregaram uma inocente nas mãos de um louco! Aquele homem é um assassino, um psicopata, um estuprador! Vocês só podem estar ficando loucos! Eu preciso ajuda-la, Tao!

- Eu não posso fazer nada a respeito, Anna. Se o Jimin quiser matar a sua amiga, não tenho o que fazer.

- Você só pode estar brincando! Tao, ela é inocente, não fez nada a ele! Por que estão fazendo isso sem conhecer ele?

- Porque também mataram a minha mãe, Anna! – Ele gritou, cerrando os punhos. – Quando eu era criança assassinaram a minha mãe em um assalto, então eu sei o desespero e a dor que o meu amigo está sentindo e, obviamente, se eu estivesse no lugar dele, faria o mesmo.

- Eu não tenho família, Tao. – Forcei um sorriso a ele, abaixando a cabeça logo após. – A mãe do Jimin matou a minha família, desde então os meus amigos se tornaram ela! Sophie é como uma irmã para mim, o Jin e o restante dos meninos são tudo o que eu tenho, deram-me o carinho que eu não pude ter! Você cresceu sem o amor da sua mãe, Tao... vai deixar que outra pessoa viva o mesmo que você?

- As situações são diferentes, Anna...

- O Jimin é um mentiroso! E se ele não estiver com a mãe do Kris? E se ele já tiver matado a mãe dele? Vocês estão entregando a cabeça de várias pessoas àquele imbecil.

- Não adianta, Anna, precisará de muito mais para me convencer.

Tao sorriu e levantou-se, assim ajeitando o pano outra vez, mas antes que ele pudesse me calar outra vez, lembrei-me de uma conversa que eu tive com o Kris sobre ele, a qual me fez descobrir sobre as suas crenças, então eu disse algo que o fez parar imediatamente, abaixando o pano quando olhou em meus olhos:

- Você acredita em magia negra e sacrifícios de almas?

- O que você quer dizer com isso?

- Acredita?

- Sim.

- Então acreditará no que contarei a você, Tao.

Ele pensou por alguns instantes, mas sentou-se quando a curiosidade o atingiu. O pano foi deixado de lado e Tao estava quieto em minha frente, esperando para que eu começasse a contar toda a história para ele. Eu precisava convencê-lo, precisava o fazer acreditar! Afinal, era a minha última e única chance.

Por favor, acredite em mim.

 

 

Taehyung

 

Para a minha sorte o trânsito estava calmo, não haviam muitos carros àquela hora da madrugada, então pude chegar facilmente ao aeroporto, sem atraso algum, assim fiz tudo sem pressa e tentando manter a calma, pois se eu perdesse a cabeça, poderia fazer algo de errado.

A confortável poltrona do avião fazia o meu sono se aproximar a cada minuto que se passava após decolarmos, mas a aeromoça conseguia me acordar vez ou outra com sua voz nos alto-falantes ou quando outras vinham a mim oferecer alguma comida ou bebida. Mesmo com toda a mordomia, voar ainda não era comigo, mas conforme o tempo passou e o tédio me dominou, decidi deixar o meu leve medo de avião de lado e tentar dormir, porém, quando fechei os olhos, um toque gélido e extremamente pesado repousou sobre minhas mãos, mas algo me impedia de abrir os olhos, então a voz conhecida soou ao meu lado:

- Se voltar agora, será mais fácil os matar.

- Eu não deixarei que ele consiga o que quer.

- Colocará a vida da sua família em risco se voltar, Taehyung.

- Eu os salvarei, EunJi.

Aos poucos, aquele peso saiu de cima de mim e a presença dela se esvaiu. EunJi aparecia para mim com frequência desde que fugimos de Seul e, graças a ela, descobri sobre o Jimin e o Hoseok poucos dias depois, assim como descobri que meu Guardião ainda estava comigo. Ela me fez prometer-lhe que não deixaria que a minha família se aproximasse do Jimin novamente e, em troca, ela não apareceria para nenhum deles além de mim, para não perturba-los, mas o Jimin conseguiu fazer com que todos descobrissem sobre ele, e agora estavam todos lá, prestes a serem mortos. E eu irei salva-los, nem que para isso precise morrer.

 

Seul.

 

Sophie

 

A manhã estava agradável e fria, mesmo que ainda pudéssemos ver alguns raios de sol surgirem detrás das nuvens escuras. Kris caminhava em silêncio ao meu lado em direção ao centro da cidade, a “cidade turística” que o Jimin havia erguido. O olhar do rapaz ao meu lado indicava que algo estava errado, talvez o preocupando, mas mesmo com todas as vezes que perguntei o que acontecia, ele simplesmente sorria e fingia estar bem, então decidi desistir de ajuda-lo.

Quando eu, finalmente, vi o orfanato, parei de andar e apontei para o mesmo, respirando fundo em seguida.

- Então, ficarei aqui.

- Eu venho busca-la mais tarde?

- Sim, por favor! Antes do anoitecer, de preferência.

Kris sorriu ao concordar comigo e se distanciou, não demorando a sumir de minha vista em meio às árvores; continuei em direção ao enorme portão de ferro do orfanato, dando a sorte de encontrar com Yang Mi, a qual o abriu rapidamente para mim.

- Sophie! Sophie! – Disse ela com agitação, puxando-me para dentro. – Você não sabe o que aconteceu ontem à noite!

- O que aconteceu? Estão todos bem?

- É melhor que os meninos expliquem melhor.

Yang Mi nada disse, apenas puxou-me para dentro do orfanato, sem nem ao menos perguntar nada. Quando entramos, estavam todos sentados na sala principal, exceto o NamJoon.

JungKook respirou fundo e se aproximou, segurando-me pelo pulso, assim guiando-me até o sofá. Ainda sem entender, olhei atentamente para a expressão de cada um deles, até que Jin finalmente quebrou o silêncio.

- Sophie, ontem o NamJoon sofreu uma possessão.

- Isso não me surpreende, porque sei que quando estamos perto isso pode acontecer.

- Se sabia, não poderia ter aguentado um pouco a vontade de deitar com ele? – Yoongi forçou um riso, balançando a cabeça.

- O que? – Acabei rindo, levantando-me em seguida. -Mas eu não deitei com ele! Nós nem ao menos saímos de perto de vocês.

- Ela tem razão, Yoongi! – Jin respirou fundo e me fez sentar novamente. – Eles não precisam ter esse tipo de contato para despertar o demônio, basta estarem no mesmo lugar.

- Então isso significa que novamente somos dos demônios?

- Isso sempre fomos, talvez sempre seremos. – Jin acabou rindo, abaixando a cabeça logo em seguida. – Mas havia algo de estranho no Alcander noite passada... não parecia ele.

- Por que diz isso, irmão?

- Yoongi, eu passei a minha vida inteira estudando ele, presenciando as possessões do NamJoon e até mesmo vendo-o, acha que eu não o reconheceria?

- Mas, quem seria? Não tem como não ser ele! A Sophie está aqui, ela despertou o demônio dele, é a regra, não? – Perguntou JungKook.

- Eu não tenho uma explicação, eu apenas senti que não era ele.

- E você tem razão, Jin.

NamJoon desceu a escada enquanto dizia, chamando-nos a atenção; ele jogou um papel na mesa de centro, apontando com a caneta em suas mãos logo em seguida. NamJoon havia desenhado uma criatura esquisita, com aparência feia e amedrontadora, possuía pelos por todo o corpo, um enorme par de chifres, olhos enormes e presas afiadas, assim como suas enormes unhas, asas enormes e escuras saíam das costas dele e a expressão sorridente e maldosa fazia-me lembrar do Jimin, sempre com um sorriso daquele em seu rosto.

- Era isso que estava dentro de mim, foi isso que eu vi antes e depois de ser possuído. – NamJoon deixou a raiva sair através de seu tom, cerrando os punhos. – Eu não sei o que é, não sei o que quer, mas sei que foi a pior e mais suja experiência que tive até hoje.

A surpresa no olhar do Jin entregava a gravidade da situação, assim como também entregava a sua confusão quanto ao que ocorria e, assim como eu, ele não conseguia tirar o olhar daquele desenho. Jin respirou fundo e apontou para a folha, rangendo os dentes.

- Isso foi um aviso.

- Como assim? – Perguntei, finalmente desviando o olhar.

- NamJoon, o demônio foi tirado de você, mas no lugar veio esse... eu não sei se estou certo, precisarei pensar e estudar um pouco, fazer algumas breves pesquisas para comprovar o que estou suspeitando... mas tenho medo do que eu descobrir.

- O que acha que pode significar, irmão?

- Tenho duas opções: o Jimin mandou esse demônio para avisar que está seguindo nossos passos, ou...

- Ou? – Perguntei, segurando uma de suas mãos.

- Ou o Jimin conseguiu tomar o seu demônio para ele.

- Então você acha que isso que me possuiu é um...

- Eu não acho. – Jin ergueu a cabeça, encarando o irmão com seriedade. – Eu tenho certeza de que isso é um Íncubo. 


Notas Finais


Por enquanto é só isso, amores!
Quero agradecer pelos comentários maravilhosos e pelos favoritos! Vocês são incríveis! <3
Até logo e beijinhos. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...