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História Death Hotel - Thirty days


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Ok, tive um surto de inspiração e acabei escrevendo mais esse capítulo enorme. HDUSHSDUA Desculpem-me. ;;
Bem, provavelmente terão erros, mas é porque não estou tendo tempo de revisar, pois são muitas fanfics para tentar atualizar e o computador não é meu, então... espero que entendem e que relevem. HSDUHDSUHAU

Boa leitura. <3

Capítulo 4 - Thirty days


Fanfic / Fanfiction Death Hotel - Thirty days

Minseok

 

As fotografias estavam espalhadas pela mesa espaçosa da cafeteria, a única que eu encontrei próxima ao hotel, e assim como o restante dos estabelecimentos e ruas, ela também estava com uma amedrontadora decoração de dia das bruxas. Yixing digitava algo em seu notebook enquanto fazia um barulho de satisfação a cada mordida que dava em suas batatas, tão irritante que eu não conseguia me concentrar naquela mancha que havia em minhas fotos.

- Lay, você realmente precisa fazer todo esse barulho a cada vez que come uma batata?

- Mas estão deliciosas! Colocar batatas no cardápio foi a melhor coisa que os donos daqui fizeram.

Balancei a cabeça negativamente ao ouvir o comentário alheio e terminei meu café, alinhando as fotografias na ordem original pouco antes de eu ver Lay rir em minha frente.

- Você não está trabalhando, não é?

- Claro que estou!

Ele alterou a voz, mas mesmo com sua insistência em dizer que estava resolvendo assuntos de trabalho, não acreditei. Eu segurei a tela de seu notebook e o virei de frente para mim, e como eu havia pensado, Lay não estava trabalhando, estava conversando. Eu suspirei pesadamente e fechei o notebook, obrigando-o a guarda-lo novamente.

- Eu não posso ter um minuto de descanso?

- Deixe seus assuntos para depois, agora olhe essas fotos.

Ele relutou por alguns instantes, mas ao ver a minha seriedade, concordou. Lay analisou calmamente cada uma das fotografias, e graças ao seu silêncio percebi que ele estranhou tanto quanto eu.

- O que achou?

- Achei que estão ótimas, mas ainda precisam de edição.

- Lay! – Falei ao respirar fundo e guardar todas as fotos. – Esqueça as fotos, continue o que fazia antes.

- Como preferir.

Coloquei a mochila em minhas costas e saí da cafeteria. Como ele conseguiu não ver aquela mancha mesmo que eu tenha apontado para ela?

As ruas estavam silenciosas e nenhuma pessoa passava por ali, provavelmente estavam em suas casas descansando ou em algum evento ali perto, mas para o meu azar todos os outros já estavam cobrindo os eventos listados em meu celular, então eu só tinha duas opções: ficar com o Lay e tentar explicar o que há nas fotografias, ou escutar o Baekhyun reclamar de todo o trabalho que tem e, sinceramente, eu não quero nem um, nem outro. Foi então que lembrei de que o local onde fomos anteriormente estava fechado esta noite, e nada daria mais resultado para uma pesquisa do que voltar ao local onde as perguntas surgiram.

Eu caminhei apressado pela calçada em sentido oposto do hotel, e para a minha sorte não demorei tanto quanto antes para chegar ao local: um belo e não muito grande teatro, mas fechado esta noite. Eu peguei novamente a câmera e a liguei, direcionando-a para o mesmo local onde Baekhyun estava naquela noite, e percebi que não havia como aquela sombra ser causada por algo, pois a área era completamente limpa de árvores, fios de energia ou qualquer coisa que atrapalhasse as fotos, mas ao fundo, distante daquele teatro, existia um lugar com algumas casas, e apenas consegui vê-las por conta do zoom da câmera e de uma claridade, semelhante a fogo. A câmera continuava gravando conforme eu caminhava até aquele local, cada vez mais perto e o caminho cada vez mais escuro, mas a cada passo que eu dava conseguia escutar vozes e ver algumas sombras e silhuetas passando de um lado para o outro, como se um grupo de mulheres estivesse cantando ou dançando algo, mas em um idioma totalmente desconhecido para mim, e antes que eu pudesse chegar ainda mais perto dali, alguém segurou meu braço e me obrigou a olhar para trás. O meu coração bateu forte e a falta de ar surgiu, mas aquilo durou poucos segundos até eu conseguir ver que se tratava de uma garota.

Os pequenos olhos arregalados e a pele pálida me dava certo medo, pois se destacavam naquela escuridão, e quando ela pareceu se acalmar, soltou o meu braço.

- Não vá até lá.

- Por quê?

- Não há nada para vocês aqui, saiam!

- Do que está falando? Quem é você?

- Apenas vá antes que se arrependa.

- Eu estou tentando trabalhar, então, por favor, com licença.

Tentei me afastar dela e continuar o caminho, mas as mãos frias agarraram novamente o meu braço e aquele contato pareceu queimar a minha pele, e então os olhos dela encontraram-se com os meus, e através deles pude ver as imagens de um terrível incêndio, pessoas gritando e até mesmo algumas mortes, mas não consegui ver o rosto de nenhum deles, e quando ela me soltou, dei um passo para trás.

- Não entre aqui, não é propriedade de Park Jimin.

- Quem é você? O que está acontecendo?

Ela ficou em silêncio, apenas ajeitou os longos e claros fios de cabelo para trás, e assim que ela abriu seus lábios para poder dizer algo, ouvi Sehun me chamar, desviando dos galhos das árvores que entravam em frente ao seu rosto.

- O que faz aqui? Procurei-o por todos os lugares!

- Eu estava conversando com essa... – Iniciei ao apontar para frente, mas ela não estava mais lá. – Ela sumiu!

- Ela quem?

- A mulher com quem eu estava conversando, ela sumiu.

- Todos vocês estão loucos?

- Como assim?

- Yixing disse que ouviu o barulho de móveis arrastando no quarto vazio ao lado, Suho disse que passou a manhã inteira conversando com duas crianças que estão hospedadas em seu andar, mas não há ninguém além dele e de um bando de adolescentes naquele andar, Kyungsoo disse que alguém o chama a cada hora, mas quando se levanta para ver, não tem ninguém, e agora você diz que estava conversando com uma mulher, mas não tem ninguém! Vocês estão se drogando?

- Eu tenho certeza de que conversei com alguém.

- Você precisa parar de tomar café e dormir mais, pois está tendo alucinações. – Sehun respirou fundo e olhou para a câmara. – Se realmente há uma mulher, veremos na gravação, agora vamos jantar, os outros já esperam por nós.

 

Paris, França.

 

Taehyung

 

Sophie estava deitada ao meu lado, em completo silêncio, após mais uma de suas crises. Desde que chegamos à França, Sophie está sofrendo com alguns distúrbios, sempre vê coisas onde não há, tem pesadelos terríveis envolvendo Jimin e Hoseok, entra em pânico a cada vez que vê ao noticiário e as mortes ocorridas ao redor do mundo, e mesmo mudando os calmantes a cada mês, nada resolve. Estávamos preocupados com ela, mas ela insiste em dizer que aquilo tem algum sentido, mesmo que desde aquele dia não tenhamos recebido nenhuma notícia ruim.

- Anna está nos esperando, não descerá?

- Eu preciso ir trabalhar, vá você.

- Como preferir.

Concordei pouco antes de me levantar e descer até a sala de estar, onde Anna estava. Eu a cumprimentei e sentei-me em sua frente.

- E o Jin?

- Taehyung, precisamos conversar.

- Aconteceu algo com o meu irmão?

- Ele está bem.

- Então?

- Eu acho que a Sophie precisa de outro tipo de ajuda. Uma ajuda espiritual.

Assim que ela terminou sua frase, cerrei os punhos e forcei um riso, indignado pelo que acabara de ouvir. Eu soquei os braços da poltrona onde estava e voltei a olhar para ela, que me observava com a mesma calma de antes.

- Prometemos nunca mais cogitar a possibilidade de usar magia, Anna.

 - Eu sei, mas a magia não existe apenas para o mal. A magia é boa, as pessoas que são más.

- A Sophie está traumatizada, não há nada relacionado à espiritualidade nisto.

- Mesmo após tudo o que vivemos você acha que está ligado ao neurológico dela? Taehyung, não me faça rir! Lidamos com demônios, possessões, mortes e até mesmo com mentes psicopatas, e mesmo assim você acredita que tudo isso é fruto da imaginação dela?

- Sim.

- Você é um covarde, Kim Taehyung.

- Covarde? – Gargalhei, levantando-me. – O que me torna um covarde?

- Você sabe que existe algo de estranho, mas o seu medo de voltar para o passado é tão grande que prefere sacrificar a paz da sua noiva para não atormentar a sua própria mente.

- Você não sabe o que diz.

- Você não é mais o Taehyung que eu conheci.

- As pessoas mudam, Anna.

- Eu a ajudarei, você querendo ou não.

- A Sophie está sob a minha responsabilidade, e eu não permito que use desses métodos antiquados para ajuda-la.

- Métodos antiquados? – Anna abafou o riso com sua destra, olhando-me diretamente nos olhos por alguns instantes. – O que está acontecendo com você, Taehyung?

- Saia daqui.

- Não antes de terminar o assunto.

- Já está terminado.

- Eu não vim tratar apenas disto, vim aqui porque Jin me mandou.

- Diga-me e vá de uma vez.

Anna apontou para a poltrona e eu voltei a sentar-me, cruzei os braços e respirei fundo na tentativa de me acalmar, e quando consegui, ela iniciou:

- O Jin pretende terminar a faculdade de medicina, já que faltam apenas mais dois semestres.

- Ótimo, fico feliz por ele, medicina sempre foi a paixão da vida dele. Continue.

- Hoje ele foi até o banco para pegar a quantia necessária para a matrícula e para os materiais, mas não conseguiu. – Anna pausou brevemente sua explicação para tomar ar, então prosseguiu: - quando ele foi conversar com o banqueiro, este disse que não havia dinheiro algum na conta da família.

- Como isso é possível? SooYoung tinha dinheiro o suficiente para todos nós. Era dinheiro sujo, mas era o suficiente.

- Exatamente. Dividimos o dinheiro entre todos os filhos e para o JungKook também, mas mesmo assim sobrou uma quantia absurda no banco.

- Será que o JungKook não movimentou esse dinheiro?

- Apenas membros da família podem sacar dinheiro.

- Ainda há o NamJoon e o Yoongi.

- Acha que ainda estão em Seul?

- Provavelmente, por quê?

- A única informação que temos é de que o restante do dinheiro foi retirado de lá.

- Ótimo! Está explicado. – Sorri, levantando-me junto a ela. – Agora pode ir.

- Que grosseria é essa com a Anna, Taehyung?

Sophie perguntou conforme descia a escada, cruzando seus braços logo após abraçar a amiga. Sophie ergueu a sobrancelha e encarou-me.

- A Anna já estava de saída.

- O que deu em você? – Perguntou Sophie, incrédula. – Conversamos quando eu chegar, agora preciso ir.

Sophie acariciou os braços da amiga e virou-se de costas para nós, rodando a maçaneta da porta para poder sair, mas antes que pudesse, a chamei.

- Sophie!

- Sim?

- Eu te amo, vá com cuidado.

Ela não respondeu, apenas sorriu e desviou seu olhar, trancando a porta após sair. Anna estava em minha frente, com sua expressão séria e seus braços cruzados na altura do peito enquanto batia um dos pés lentamente contra o chão.

- Tenha paciência, ela vai retribuir.

- Saia daqui, Anna.

- Eu estou tentando te reconfortar!

- Você já disse muitas bobagens por hoje.

- É por isso que ela preferiu o NamJoon. Você é um idiota.

Anna cuspiu as palavras para cima de mim recolheu sua bolsa do sofá, direcionando-se para a porta de entrada, e antes de sair, olhou-me por cima dos ombros.

- O Jin voltará para Seul esta noite, quando sair do trabalho passe em casa para se despedir e torça para não ser a última vez que o verá.

Ela finalmente saiu e eu senti vontade de gritar e colocar toda a raiva, medo e preocupação que eu estava sentindo para fora, mas precisava ser forte, precisava aguentar por mais tempo e proteger a minha família, mesmo que para isso eu precisasse sacrificar a mim mesmo.

 

Seul.

 

Jimin

 

A raiva estava me consumindo a cada segundo que se passava, meus braços pareciam querer explodir e eu já não tinha unhas para roer. Hoseok não apareceu durante o dia inteiro e Hye Sun ainda não estava em minha sala, e para piorar, tinha o corpo de um homem nas instalações!

Hye Sun abriu a porta devagar e repousou a vela acesa no móvel ao lado da porta pouco antes de vir até mim.

- Sim, senhor Park?

Ao ouvir a tranquila e doce voz dela, o ódio me preencheu ainda mais, então agarrei seus braços e a ergui até atingir a minha altura, e assim que ela notou a escuridão em meu olhar, seu pequeno corpo estremeceu em minhas mãos. Tão excitante. Mas eu preciso me controlar.

- Você é burra, Hye Sun?!

- O que eu fiz de errado, senhor?

- Eu mandei você se livrar do corpo daquele homem e você o joga dentro da caixa de energia? Você tem o que na cabeça? Merda?

- Desculpe-me, senhor, foi o único lugar que encontrei... aqueles rapazes estavam se aproximando e eu senti medo.

- Se tivesse feito direito não teria problemas.

Ela abaixou a cabeça e pediu desculpa em um sussurro, então a soltei no chão e respirei fundo para me acalmar, forçando um gentil sorriso em seguida.

- Aquele homem mexeu com você, não é?

- Sim.

- Aquele homem tentou te agarrar, não é?

- Sim.

- Você pediu para eu dar uma lição nele, não é?

- Sim.

- E eu dei, estou errado?

- Não, senhor.

- Então você não pode, ao menos uma vez, fazer a coisa certa?

Ela concordou em silêncio e permaneceu sentada no chão, olhando para baixo e apertando as próprias mãos, e logo ouvi seu choro incontrolável, percebendo que ela se ajoelhava aos poucos em frente aos meus pés, curvando seu corpo o suficiente até encostar a testa em cima das mãos.

- Jimin... eu não quero mais fazer mal às pessoas, eu quero ir embora daqui. Eu prometo não contar nada, apenas deixe-me ir.

Vê-la daquele jeito me enfureceu ainda mais, então eu apenas agarrei seu cabelo e a obriguei a ficar de pé, mas mesmo com o modo agressivo como a tratei, sorri ao olhar em seus olhos, amaciando o tom de minha voz.

- Pode ir, querida.

- Mesmo? – Ela sorriu, mostrando um inútil contentamento.

- Claro! Se você quer sair por aí, ser perseguida pelo mesmo  homem, passar tudo novamente e correr o risco de morrer, tudo bem, pode ir. – Ela se calou, então sorri. – Não quer isso, ou quer?

- Não, senhor.

- Então cale a merda da boca e vá fazer o seu trabalho.

Ela assentiu e eu a soltei, gargalhando quando vi seu desastrado corpo correr para fora da sala e fechar a porta. Eu suspirei brevemente e puxei a cadeira para me sentar, mas antes que pudesse, todas as chamas das velas apagaram e um frio percorreu meu corpo. Eu não sentia mais as minhas pernas e por isso caí no chão, tendo o corpo completamente tomado pelo medo e desespero, e quando finalmente voltei a sentir minhas pernas, era como se algo as esmagassem. Exatamente como naquele dia.

- Estou contando os dias, Park Jimin.

Aquela horrível voz ecoou pela sala, atormentando-me outra vez. A dor em minhas pernas era insuportável, mas eu evitava gritar para não chamar atenção dos hospedes, e quando eu cheguei ao ápice de minha dor, as velas voltaram a acender e a porta se abriu, revelando o rosto preocupado de Hoseok.

- Jimin, o que está fazendo aí? – Perguntou conforme tentava me levantar, mas a dor ainda era insuportável. – Jimin, suas pernas estão quentes!

Eu estava incapacitado de responder ao meu irmão e implorar por sua ajuda, pois a dor era tão imensa que eu já estava perdendo os sentidos, mesmo lutando contra o sono imenso que a dor causou em mim. Aos poucos a dor foi passando e o cansaço me preenchendo, mas antes que eu me rendesse por completo àquela sensação, eu a vi e meu corpo pareceu queimar por dentro.

E lá estava ela, sorridente ao lado da porta, sempre tão bela e provocante, com seus longos e lisos fios de cabelo repousados sobre seus ombros, com a pele pálida e seus maravilhosos olhos verdes. Tão atraente que nem ao menos parecia um demônio.

- Trinta dias, Park Jimin.

Ela sussurrou para mim antes de desaparecer completamente de meu campo de visão, e assim, após o meu corpo inteiro se livrar daquela dor, adormeci. 


Notas Finais


E por hoje é só isso, meus amores!
Espero que tenham gostado e digam o que acharam, uh?
Obrigada pelo apoio e até o próximo.
Beijinhos. <3


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