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História Death Hotel - Interview


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, meus amores! Espero que vocês estejam bem!
Trouxe mais um capítulo a vocês, desculpem-me pelos erros e até o próximo que trarei em breve!
Beijinhos e até mais. <3

Capítulo 7 - Interview


Fanfic / Fanfiction Death Hotel - Interview

Seul.

 

KyungSoo

 

Faz exatamente uma semana desde que chegamos ao hotel, e durante a maior parte desta semana, Baekhyun não saiu do quarto, não entregou seus textos e não comeu ou bebeu algo, ele apenas permanecia trancado em seu quarto, com as luzes apagadas e cortinas fechadas, e o medo sempre estampado em seu rosto. Lembro-me exatamente de sua feição quando o vi noite anterior, ele mostrava uma terrível perturbação mental, suas unhas estavam gastas e a tinta da parede atrás dele ausente, e por mais que eu insistisse em perguntar o que acontecia, ele não respondia nada, o que era estranho, já que Baekhyun ama falar e reclamar de seu trabalho, mas nem isso ele tem feito. Além dele, JongIn também se comporta de maneira misteriosa, sempre em silêncio, afastando-se de nós e saindo durante as madrugadas sem nem ao menos dizer para onde vai, além do fato de que não deixa ninguém entrar em seu quarto.

Agora já é noite, passam das dez e cada um está em seu devido quarto, provavelmente trabalhando, e como eu sou apenas o assistente do JongIn, não preciso passar horas na frente de um computador ou atrás de uma câmera, então posso apenas dormir tranquilamente, e é exatamente isso que farei.

Deitei-me na cama e apaguei o abajur ao lado da mesma, cobrindo-me com o confortável edredom, mas ao fechar os olhos ouvi batidas na porta, tão altas que cheguei a me assustar, mas desta vez não irei ver, apenas continuarei deitado, pois ouvir batidas já virou rotina, porém nunca há ninguém ao lado de fora. Ignorei os murros na porta e voltei a fechar os olhos, mas a pessoa do outro lado continuou insistindo mesmo com a minha demora, até que a pessoa decidiu me chamar, e reconhecendo a voz dele, levantei-me da cama e segui à porta, abrindo-a às pressas após acender as luzes.

- Baekhyun, o que você... Baekhyun?

Ele estava com a cabeça baixa e o rosto manchado com sangue assim como suas mãos e roupas, dei um passo para trás e ele entrou no quarto, batendo a porta ao entrar; meu coração disparou quando a aproximação entre nós aumentou e seu braço ergueu-se, apontando uma faca para mim. Tentei gritar, mas minha voz não saiu e meu corpo não se moveu, como se algo me segurasse no mesmo local. Baekhyun sorriu, mostrando seus dentes ensanguentados e vestígios de carne entre os mesmos; os olhos dele perderam a cor e tornaram-se brancos, mas aquela claridade se assemelhava com o breu, afundando-me em um poço de desespero e angústia. A faca afiada não demorou a perfurar lentamente meu abdômen, e em seguida a lâmina cortou a pele de meus braços, e aquela sensação que me segurava apenas ajudou na dor, pois meus braços foram esmagados por aquele par de mãos que eu não conseguia enxergar. Os cortes percorriam todo o meu corpo, fazendo com que meu sangue tingisse o chão e os móveis de um vermelho intenso, tão belo e chamativo que despertou a cede de Baekhyun, o qual não demorou a levar seus lábios de encontro ao mais profundo corte de meu corpo, causado por ele mesmo, e sugar o sangue amargo como se fosse o mais caro e antigo vinho. O prazer que ele sentia com o sabor de meu sangue e logo com o de minha carne era invejável, de longe era a melhor sensação que ele havia sentido em sua vida, o melhor sabor, a maior vontade e a melhor satisfação. Aos poucos minha visão foi se apagando, a força de meu corpo se esvaindo e o ar falhando, e antes que tudo se apagasse por completo pude ver algo atrás de Baekhyun, não possuía rosto ou corpo, era como um enorme borrão negro e a única coisa que se destacava naquele “corpo” eram os pontos vermelhos.

- Um: apague as luzes.

Baekhyun iniciou, cantarolando lentamente enquanto fincava a ponta da faca em meu pescoço, devagar, então as luzes apagaram-se.

- Dois: feche os olhos.

E então meus olhos fecharam-se.

- Três: deixe a morte entrar.

 

Chanyeol

 

Sehun, Junmyeon e Jongdae estavam na sala principal do hotel, preparando o cenário para a entrevista com Jimin e Hoseok, enquanto eu, Minseok e Yixing preparávamos as câmeras, microfones e perguntas que faríamos aos entrevistados. Baekhyun se recusou a sair do quarto e a situação dele já me preocupava muito, pois nem sequer comer ele comia. Kyungsoo provavelmente ainda estava dormindo, então JongIn precisou chama-lo em seu quarto, mas a julgar pela demora, algo deveria ter acontecido.

- Não acha que estão demorando? – Minseok perguntou, aproximando-se de mim.

- Deveríamos ver o que aconteceu?

- Fique aqui, eu já terminei, então irei sozinho.

- Obrigado.

Minseok assentiu e deixou a câmera sob os cuidados de Yixing, mas antes que ele se afastasse percebi a faxineira de antes descer as escadas com seu carrinho de limpeza, quando deixou que o carrinho caísse e espalhasse todos os produtos e roupas sujas pelo chão. Outra vez a cor vermelha nas roupas de cama.

- Hye Sun! – Park Jimin gritou ao levantar-se da poltrona, com uma fúria enorme em seu olhar.

- Droga.

Hye Sun imediatamente se agachou para recolher, primeiramente, as roupas sujas que por conta dos produtos de limpeza soltaram a cor vermelha, manchando boa parte do chão; Jimin cerrou os punhos, mas antes que se aproximasse da empregada, Hoseok o segurou.

- Não se exalte, Jimin! Foi um acidente.

- Ele tem razão, Jimin. – Falei, agachando-me para ajudar Hye Sun.

- Tome mais cuidado da próxima vez, a tintura desses tecidos pode manchar.

Hoseok ergueu uma das sobrancelhas e sorriu para a jovem ao meu lado que apenas concordou com suas palavras. Em alguns minutos já havíamos limpado tudo, mas mesmo com minha ajuda, Hye Sun não agradeceu, apenas saiu correndo com seu carrinho para os fundos do hotel.

- Vocês viram o Kyungsoo? – JongIn gritou do topo da escada.

- Achamos que ele estava com você. – Junmyeon o respondeu.

- Fui ao quarto dele, ao quarto do Baekhyun e andei por todos os andares e nada!

- Desculpe-me, senhores. – Hoseok sorriu, cruzando seus braços. – O amigo de vocês deixou nosso hotel nesta manhã.

- O que? Por quê? – Sehun também se aproximou, erguendo uma das sobrancelhas.

- Ele não deu muitas explicações, apenas pagou pelos dias que esteve aqui e saiu. Ah, também pediu perdão por isso.

- O que vou fazer sem o meu assistente? Droga!

- Kyungsoo nunca teve muito trabalho a fazer, acho que você conseguirá realizar o trabalho sozinho.

Tentei conforta-lo, mas a irritação no olhar dele era evidente, o que causou um clima estranho no local. Kyungsoo com certeza perderia seu emprego quando voltássemos.

Em pouco tempo tudo já estava em seu devido lugar: Minseok, Junmyeon e Jongdae estavam posicionados atrás de suas câmeras, enquanto Sehun e Yixing estavam à frente de seus computadores, apenas esperando pelo início da entrevista para que fizessem suas traduções.

JongIn estava sentado na poltrona ao lado de Hoseok, enquanto eu, ao lado de Jimin, com os papéis em mãos. Jongdae ergueu uma de suas mãos, mostrando cinco de seus dedos, abaixando um por um em uma contagem, e quando ele fez sinal para que começássemos, JongIn iniciou a tediosa apresentação com um sorriso no rosto, revelando os nomes dos homens ao nosso lado.

- Jung Hoseok, poderia nos dizer qual o diferencial da sua empresa de turismo?

- Somos competentes e muito detalhistas quanto às diferentes histórias e culturas com as quais lidamos diariamente. – Hoseok iniciou em um tom calmo e fluente, sorrindo após cada palavra dita. – Procuramos sempre trazer a satisfação aos nossos clientes, deixando que eles mesmos digam por nós qual é o nosso diferencial.

- Então acredita que vocês conseguem cumprir facilmente as exigências do público?

- Sim, eu acredito. Afinal, nunca recebemos reclamações.

JongIn sorriu, mostrando sua constante alegria em realizar seu trabalho, enquanto sinalizava discretamente para que eu pudesse prosseguir com a entrevista, agora fazendo perguntas ao Jimin. Ao todo foram trinta perguntas sobre o hotel e as atrações turísticas que eles oferecem aos clientes, então decidimos fazer uma pausa, quando Jimin me puxou para um dos cantos da sala, distante dos outros.

- Deseja algo, senhor?

- Eu gostaria de mandar uma mensagem no final da entrevista, se for possível. Pagarei o quanto quiserem.

- Talvez seja difícil, porque temos um horário limite estipulado pela agência.

-  Por favor, é algo de grande importância para mim.

- Tudo bem, diminuirei as perguntas.

- Obrigado, Chanyeol.

Jimin agradeceu e foi para longe de mim, puxando o irmão para conversar em outro lugar, provavelmente para dizer sobre o que falávamos. JongIn terminou sua água e veio até mim, respirando fundo.

- Ainda bem que estamos terminando.

- Vamos precisar diminuir as perguntas.

- Por quê?

- Porque prometi ao Jimin que o deixaria passar uma mensagem através de nós.

- Chanyeol, não podemos fazer isso!

- JongIn, eu sou o chefe da equipe.

- Mas temos um superior que pode muito bem acabar com o seu cargo de chefe.

- Nós somos os representantes deste país e ele jamais pensaria em nos afetar.

- Se ele decidir que precisa retirar o cargo de alguém, que esse alguém seja você!

- Por que tem tanto medo do Luhan? Somos amigos e estudamos juntos, ele jamais faria nada contra nós.

- Que seja! Vamos retirar que parte da entrevista?

- As perguntas sobre o passado deste lugar. – Falei ao encarar os papéis em minhas mãos, pensativo. – Mesmo que eu estivesse curioso sobre o que eles pensam deste assunto... acho que acabaria afastando os turistas daqui e atrapalhando o negócio deles.

- Mas o ponto mais interessante da entrevista é justamente o incêndio que matou aquela família!

- Acho que não devemos arruinar o sucesso de outras pessoas para termos o nosso.

- Bem, você que sabe. – Jongin revirou os olhos e separou os papéis, voltando ao seu devido lugar.

- Certo, vamos retomar!

Falei alto o suficiente para que todos pudessem me escutar e voltar às suas posições, e assim que retomamos a entrevista, iniciei as perguntas, percebendo que JongIn tinha razão do que dizia: o incêndio era o ponto mais interessante. Mas que diferença faria se os irmãos não faziam parte daquela família?

Quando as perguntas finalmente terminaram, Jimin encarou-me com um sorriso e eu suspirei, olhando para o rosto frustrado de JongIn. Olhei diretamente para o ponto de luz na câmera de Jongdae e continuei:

- Agora, para finalizar, temos uma mensagem de Park Jimin.

Sorri de maneira animada ao olhar para o rosto alegre de Jimin ao ouvir-me anuncia-lo, então as câmeras focaram nele e em seu irmão, e após poucos instantes a voz doce e calma de Jimin iniciou o discurso:

- Há algum tempo prometemos aos nossos pais que levantaríamos o negócio da família, que seguiríamos com o legado e planos deles até o último dia de nossas vidas, e o último desejo deles foi que juntássemos nossa família outra vez. – Jimin suspirou, mostrando a dor em suas palavras, então prosseguiu: - Então, após as vidas de nossos pais serem brutalmente tiradas, estamos aqui, apelando para que a nossa família volte e possamos viver da maneira que estava destinada, para cumprirmos com nossas promessas aos meus pais. Espero que quando esta mensagem chegar até vocês, cada um fique ciente de que os encontraremos em breve. – O sorriso de Jimin voltou ao seu rosto, mas de forma tão obscura que meu corpo arrepiou-se, então ele finalizou: - Até logo.

- Esperamos que consigam reencontrar seus familiares. – JongIn sorriu, direcionando o olhar para a câmera. – Eu sou Kim Jongin.

- E eu sou Park Chanyeol, diretamente de Seul para o The New York Times. Bom dia.

Junmyeon contou silenciosamente até três e as câmeras foram desligadas ao mesmo tempo em que a movimentação de cada um de nós começou. Jongin e eu agradecemos aos irmãos e eles a nós, mas mesmo com os elogios e bajulações, minha atenção foi roubada por Hye Sun, escondida em uma das partes do hotel, olhando para nós com seu rosto vermelho, assustado e repleto de lágrimas, e quando percebeu meu olhar sobre ela, seus lábios entreabriram como se dissesse algo para mim, mas apenas entendi o que era após a terceira tentativa.

- Vá embora daqui! 


Notas Finais


E foi isso.
Não esqueçam de dizer o que acharam, uh?
Beijinhos e até o próximo. <3


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