História Death Note - Continuação - Meu nome é Yagami. Light Yagami!

     — E então, Light? Esse suspense já está me matando, fala logo! - diz Misa-Misa, fazendo cócegas em Light no sofá após o almoço.

     — Você sabe que não podemos conversar sobre essas coisas fora do nosso apartamento, Misa...porque só aqui é seguro conversar sobre isso, já que aqui eu instalei  detectores de grampos e de câmeras. Tá bem...vou te explicar.

     "Eu acho que não seria justo pra alguém inocente como a Misa saber como é terrível o mundo dos shinigamis, e a própria Morte me proibiu de falar dessas coisas com seres vivos, então vou ter que contar outra versão pra ela."

     Kira decidiu contar pra Misa uma versão dizendo que seu X-Kira(Teru Mikami) foi quem matou Near e os outros policiais. Mas Misa não sabe quem é o X-Kira, pois apesar de ter sido ela mesma quem enviara o Death Note de Rem pro Mikami, ela não ficou sabendo do nome, já que ela apenas enviou pro endereço sem saber o nome do destinatário, e ela não tem como lembrar do endereço, pois já faz muito tempo.

     Sua preocupação era apenas se o X-Kira era uma mulher ou homem, e essa ideia a deixava cheia de ciúmes.

     — Quem é essa "Mão do Kira" que você tanto fala, Light? Não é uma garota, é?! - essa expressão "mão do kira" é a usada por Light nessa conversa com a Misa, enquanto que Near gostava de usar a expressão "X-Kira".

     — Haha...não, Misa, não se preocupe. "A mão do Kira" é um cara escolhido à dedo por mim, dentre a multidão de meus seguidores. Você sabe que eu jamais a trairia.

     É terrível pra Misa se sentir traída daquele jeito...humilhante. Saber que a ex-namorada da faculdade de Light se tornou a porta-voz de Kira pela emisora de TV tornava óbvio que havia uma relação entre os dois, e aquela conversa despudorada da Kiyomi Takada com ela tinha deixado a Misa furiosa e se sentindo ultrajada.

     Misa não queria ter um atestado de burra, sendo enganada daquele jeito, já que na época, Light jurava de pés juntos que não havia nada entre eles, e que o único amor da vida dele era Misa.

     — Eu não sei não, Light...já me basta aquela idiota metida da Kiyomi Takada com aquele sorrisinho besta dando uma de celebridade...ainda bem que morreu, aquela perdedora. Mas eu não quero ver você usando uma mulher pra ser sua porta-voz, viu?

     — Calma, querida...no momento certo você vai conhecê-lo pra tirar suas dúvidas, mas por enquanto seria mais seguro você saber o mínimo possível, até que a sindicância interna da polícia termine.

     Mas essa conversa com Misa trouxe à Kira uma conveniente ideia acompanhada de um sórdido sorriso:

     — Pensando bem, Misa...agora me lembrei que tinha esquecido de visitar um colega ferido que está no hospital...preciso saber como ele está. Pode vir comigo? Só vou corrigir algumas coisas no relatório e logo agente sai.

     Light terminou de preparar então o relatório semanal pra enviar pro diretor(o chefe da polícia). Nele dizia que ambas as equipes se reuniram no galpão secretamente pra trocar informações sigilosas com o intuito de descobrir quem é o Kira, e que a equipe japonesa colaborava espontaneamente com a SPK, mas que em troca recebia quase nenhuma colaboração da parte deles, e que duvidava de suas prevenções em ajudar.

     E absurdamente, Near o estava acusando de ligação com os assassinatos totalmente sem provas, e usando um fantoche pra acusá-lo. Esse "fantoche" se chamava Teru Mikami, e que a SPK, que era subsidiada secretamente pelo governo americano, mesmo ilegalmente e sem aprovação do Congresso, ao invés de se empenhar em desvendar o caso Kira, estava é querendo um bode expiatório pra esconder a sujeira americana.

     Continuava dizendo no relatório que suspeitava que os americanos queriam desmoralisar a polícia japonesa, conspirando pra destituir o incoveniente líder das investigações(ele mesmo, Light) por este estar chegando perto demais de desvendar toda a verdade, e isso incomodava os estadunidenses.

     A ideia que Light teve naquele momento foi de pedir pra Mikami dizer que recebeu instruções do FBI para ir ao galpão escrever aqueles nomes no caderno e chamar o Light de Deus, pra poder acusá-lo.

     Como Near tagarelou demais, dizendo que Gevanni alterou o caderno, Light teve então a ideia de ir até a academia onde Teru Mikami malhava pra recolher as filmagens de dentro do vestiário masculino pra flagrar o Gevanni abrindo seu armario colocando instruções no caderno. E ele fez o mesmo no banco com as câmeras de filmagens flagrando Gevanni no local.

     Light não perdeu tempo. Em apenas uma tarde, conseguiu reunir as duas filmagens que queria. Misa estava ao seu lado. Agora, pra terminar, só faltava ir ao hospital fazer uma visitinha pro seu fiel seguidor...