História Death Note - Continuação - Manobras

     Misa desce do táxi com duas sacolas de compras numa mão e falando ao celular com a outra:

     — Então tá tudo indo tão bem assim com o advogado gatão, Lara? - pergunta Misa pra sua velha amiga de infância, que é especialista em ocultismo e seitas pagãs.

     — Ele não vive mais sem mim, Misa...olha aqui a mensagem dele!

     E as duas continuaram fofocando até a Misa entrar e tomar um banho. Lara não chegou a ser presa, nem mesmo interrogada, porque tinha excelentes advogados de seus pais ricos, e L havia cometido uma irregularidade judicial na prisão.

     Ela fez um acordo na Justiça e apenas deu depoimentos e respondeu em liberdade. Mas depois se enrolou em outro problema e agora está respondendo a outro processo...novamente em liberdade.

     Misa sai do banho e liga a tv assistindo ao noticiário do novo jornalista sensacionalista que vive falando que Jesus está vindo e vai começar o arrebatamento pra deixar somente os pecadores pra sofrerem nas mãos do anjo da morte, chamado Kira. Este é um meio que esse jornalista encontrou pra não apoiar Kira, mas também pra não bater de frente com ele, já que todos os que o desafiaram estão hoje sepultados.

     — Ah! Achei mais um oportunista na TV! Esse não escapa! Haha! Light não sabe que eu tenho este caderno secreto escondido dentro desse livro falso.

     Misa pega um livro todo preto com um número 666 de cor vermelho-fogo na capa, iniciando o nome do título, que é: "666 maneiras de fazer seu príncipe se apaixonar por você". Foi Lara quem deu esse livro pra Misa. E desde que Misa começou a ler esse livro há dois dias atrás, Light começou a mudar em relação a ela, o que tá fazendo com que ela esteja levando a leitura a sério, pois tá dando resultados, com o pedido de noivado e a melhora na relação.

     Misa pega o livro, uma caneta, e senta em frente à TV, e com seus olhos de shinigami consegue ver o nome do jornalista oportunista. Ela escreve seu nome completo e espera, dizendo:

     — Adeus, oportunista! Morra em rede nacional! - ela olha pro relógio de pulso, e já se passaram 37 segundos, 38, 39...40!

     41, 42, 43 e nada:

     —Ai, droga. Pensamento positivo não adianta...eu preciso é de um Death Note de verdade...

     Light Yagami segue dirigindo muito acima da velocidade máxima permitida, mas ele não se importa com as multas...a situação é grave.

     Enfim, ele estaciona no Hospital Naval, mas só pode chegar ao verdadeiro quarto de Mikami sob escolta de dois marinheiros. Depois de ser identificado e reconhecido pelos sargentos da polícia que estavam do lado de fora do corredor, os marinheiros se retiram, e deixam o lugar.

     — Sargento Yoshi, porque não atendeu o celular?

     — Eu não podia, Tenente Yagami, fui proibido de me comunicar com o senhor.

     — Foram seus colegas da AISP(Agência de Inteligência e Segurança Pública... o serviço secreto pro qual Light trabalha) que deram a ordem de transferir o prisioneiro, Light. - diz o sub-oficial de 55 anos, Takara Nakajima, com sua barriga que chama a atenção de qualquer um...ele é um velho colega de seu pai.

     Takara tava trazendo dois copinhos de café, vindo da porta de trás enquanto falava:

     — Eles me enviaram esse ofício dando essa ordem de transferência. -  disse Nakajima, entregando uma cópia pra Light.

     O documento tinha a assinatura do vice-diretor da AISP. Foi dele que partiu a ordem, sem o conhecimento do diretor, que está de folga nesse dia.

     — Hum...entendo. Mas Teru Mikami não é prisioneiro...ele é um colaborador da polícia.

     Light entra no quarto, fecha a porta atrás de si, e dá de cara com dois experientes espiões de sua agência, que estavam interrogando Teru Mikami, após terem voltado de missão no exterior.

     "Droga...eles tão de volta..." - lamenta Light discretamente ao ver a dupla que se coloca em seu caminho...

     Do lado de fora, no corredor, fazendo cara de quem ta vendo problema e saboreando o cafezinho, Nakajima comenta pros dois ssargentos:

     — Eles que são brancos que se entendam!