O que L sugeriu à sua articulada e meio-mandona esposa era que se precavissem obedecendo a ameaça da carta de não fugir da Itália, mas se mudando para o bairro nobre de Roma I, onde vivem os políticos mais
poderosos e mafiosos, consequentemente, pois na Itália desde sempre nunca houve como chegar aos mais altos escalões da política sem fazer pacto com a Máfia Italiana.
– Tuppence...agora que você já está sabendo de tudo, não adianta esconder mais nada de você.
A partir daí, L lhe explica que foi aos EUA pra aliciar um espião, e era a ele quem ele tava visitando esta semana pra organizar uma aliança com os mafiosos para "prender" Kira, mas sem se envolver pessoalmente. Ele disse a palavra "prender" pra não deixar o clima ainda mais pesado. No entanto, devido a esta mensagem de ameaça, ele resolveu ser mais radical, e se infiltrar na Máfia Italiana pra estender proteção à sua mulher e filhos.
– Jamais, Leonard! - ela não parece disposta a se habituar tão cedo a chamá-lo por seu verdadeiro nome. - Eu me separei de meu primeiro marido porque odiava aquela repugnância da vida política...e agora você me pede pra mergulhar nesse mundo sujo de novo?! E logo aqui onde se vê mais lama!? Negativo! Sempre há uma solução, e vamos resolver isso juntos, sem sujeiras...sem políticos...está bem? - diz a decidida mulher olhando fixamente nos olhos do detetive, e apoiando as mãos em seus ombros. - Por favor Leonard...faça isso por mim e pelas crianças. Faça por nosso bebê!
Eles estavam discutindo isso em pé, ora na sala, ora no corredor conforme o vai-e-vem da tensa doutora e de L.
L vê que a situação se complica e não quer nem pensar em separação, já que ele a ama demais pra pensar em perdê-la.
Ele retira um vaso improvisado de uma cadeira de madeira e senta-se à moda antiga com seus pés descalços sobre a cadeira que range um pouco com seu leve peso, e com o polegar no lábio inferior.
Com os olhos arregalando-se progressivamente, lhe ocorre um pensamento:
- Tu...- é como L costuma chamar sua queridinha - você já pensou em ter sua própria Universidade... seu próprio Centro de Pesquisas?
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