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História Death Note - Continuação - Pensamentos mortais


Escrita por: LegendaPirata

Notas do Autor


O nome do capitulo parece nome d filme :)

Capítulo 72 - Pensamentos mortais


Fanfic / Fanfiction Death Note - Continuação - Pensamentos mortais

Antes de desligar, Snowden pede pra Light destruir o telefone criptografado, sem necessidade, mas só por precaução. Light decorou o número desse novo amigo dele pra não correr risco de anotar e alguém descobrir.
Mas eles combinaram de não se falarem nunca mais por telefone enquanto não se encontrarem pessoalmente pra combinarem a missão em Londres.

Os dois policiais no balcão do departamento de polícia já podiam avistar Light Yagami vindo da calçada e entrando no prédio. Eles se cumprimentam, mas resolvem não fazer nenhuma piada em relação ao primeiro atraso da vida dele, até porque Yagami estava sério nessa manhã. Ele passa a digital no sensor pra marcar o ponto, e logo vai em direção ao elevador com mil coisas passando por sua cabeça:

"Se a Interpol estiver com esses vídeos nesse momento, estou acabado. Estranho ninguém ter ligado pra mim até agora. Deviam estar preocupados, e deviam ter feito umas quinhentas ligações perguntando se está tudo bem. Isso não é normal".

O elevador ia conduzindo o jovem shinigami até o seu andar, enquanto ele logo conclui o óbvio enquanto sai do elevasor e segue pelos corredores fingindo calma:

"É lógico! Se o diretor nem ninguém me ligou, é porque sabiam o tempo todo onde eu estava, até porque fui no quinto batalhão pegar o celular. Se eles sabiam que eu estava vindo, é porque já tinha alguém me seguindo esse tempo todo. Os dois taxistas? Ah! As malditas câmeras da cidade, óbvio! Droga! Isso é péssimo. À menos que... é claro! Kenji é da SAI e sabia que Snowden me contataria. Portanto com ele não preciso me preocupar, e nem com meu chefe, que é um infiltrado da SAI, lógico!"

— Ótima dedução, Yagami! - diz uma conhecida voz sorridente à sua frente.

"Como assim, 'ótima dedução'?! Esse cara lê pensamentos?! Como ele fala isso no exato momento em que eu concluí meu raciocínio?!", pensou Light essas coisas instantaneamente, antes do relance de seu olhar, que sem ele perceber se voltara do chão pro seu interlocutor.

— Bom dia, senhor senador Li. - responde Yagami ao bebedor ambulante de whisky matinal.

— Bom dia! Do jeito que você tava caminhando tão pensativo, parecia ter acabado de adivinhar os números da loteria. - responde o senador apertando-lhe a mão e dirigindo um estranho olhar tão malicioso e confiante como o de quem acaba de saber de alguma grande fofoca.

— Haha, quem dera. Estou é preocupado. Jamais me atrasei na vida.

— Não se preocupe. O diretor também está atrasado.

"Droga!", pensou ele.

— Que coincidência estranha. Onde ele está agora? - diz o desesperado detetive, tentando fingir descontração com um sorriso falso e nervoso, tão nervoso que esse detalhe não escapou do olhar arisco do político que caminhava agora ao seu lado, indo em direção à sala de reuniões, onde chegam rapidamente.

— Ah! Finalmente ele chegou. - diz o vice-diretor, Yukio Tsuda, na cadeira principal da enorme mesa, enquanto ajeitava os óculos, afoito pra começar a reunião da sindicância interna que avalia a culpabilidade ou não de Light Yagami e a possível cumplicidade de Teru Mikami no assassinato das duas equipes.

Sentados à mesa, cada um com um notebook e uma pilha de pastas com documentos à frente de si estavam a dupla de agentes Cho Saito e Chieko Takahashi, além de dois homens da CIA, que representam o FBI, um agente alemão da Interpol, um escrivão, o oficial promotor, o oficial juíz do caso, dois assistentes do senador Li, pertencentes à comissão de investigação do Senado, e agora Light acompanhado do próprio político.

— Desculpe pela demora, cavalheiros.

— Que isso não se repita, Yagami! — disse o vice-diretor, que sempre odiou o jovem detetive — Seu pai em 30 anos de serviço nunca faltou e jamais chegou atrasado ao trabalho. E em meu primeiro dia como seu supervisor, já vejo o mau exemplo que você está dando para os jovens. Voce tem sorte de o seu pai não estar aqui para ver esta cena vergonhosa!

"Que vontade de... matar esse idiota!", pensava o rapaz, indignado por dentro, mas simulando consentimento e obediência tipicamente japonesas, com a cabeça abaixada, conforme os costumes disciplinares locais, que são muito rígidos. O Japão é um dos países campeões de suicídio no mundo todo, exatamente por causa do stress provocado por essa cultura rígida e severa... muitas vezez brutal.

— Isso não se repetirá, senhor. - responde ele, tendo que aturar a nova situação calado, segundo as normas militares.

"Ele é muito calmo!", pensava o agente alemão da Interpol, que entende japonês, ao ver a reação praticamente indiferente àqueles insultos do vice-diretor. - "Um japonês comum ficaria nervoso e humilhado, mas este rapaz é muito frio. Isso se encaixa perfeitamente com um perfil de um psicopata, e pela ficha dele na Interpol, agora vejo que esse rapaz é perigoso demais...imagino se for verdade o que o relatório diz dele. Se for verdade, estamos diante da própria Morte. Tenho que esperar o intervalo do cofeebreak pra negociar com este rapaz, mas tenho que ser cuidadoso.", pensava o único homem loiro da sala ao olhar pro jovem detetive de cabelos lisos. Ora olhava pra ele... ora pra ficha que a Interpol fez dele, e isso deixava o agente alemão tão tenso, que até Light já estava começando a perceber algo estranho nele.

Yagami também tava se sentindo incomodado com o olhar fixo do senador pra ele, como quem lhe estivesse a ler os pensamentos com um estranho ar como de onisciência nos olhos. Todos ali naquela sala incomodavam o shinigami, menos talvez o concentrado escrivão e os dois assistentes do senador, que estavam ali indiferentes, só pra fins burocráticos.

O casal de agentes Cho Saito e Chieko já olhavam pra ele como quem olha para um animal sob a mira de um fuzil, prestes a ser abatido. Nesses três dias eles têm estado mergulhados na perícia, em relatórios e testemunhos sobre seu caso, e pra piorar, desde que começou a sindicância interna sobre o ocorrido, Light foi afastado da função de líder da Força-Tarefa, e seu experiente ex-mentor Chieko Takahashi foi quem assumiu seu lugar de investigador do Caso Kira.

Pra Light isso é ainda mais problemático porque Chieko teve acesso à seus relatórios e descobriu que Light só fazia relatórios redundantes e seus métodos de investigação pra descobrir quem é Kira demonstraram ser intencionte falhos e improdutivos. Tudo isso foi demonstrado aos poucos nos tres primeiros dias da sindicância interna, e cada vez que Chieko abria a boca pra relatar suas conclusões, Kira sentia cada palavra dele como se fosse uma pá de terra jogada do alto por alguém sobre ele, como se Light estivesse sendo enterrado dentro de um caixão.

"Estão todos conspirando contra mim. Ah, Misa! Se eu tivesse contado tudo pra você... se eu tivesse te dado umas páginas do caderno e os nomes de todos aqui, bastaria eu dar um clique no meu celular, e você mataria todos por mim. Eu poderia usar essa página no meu bolso, mas se eles sabem das filmagens, então vão desconfiar se eu tirar essa folha do meu bolso e começar a escrever os nomes deles. E ainda tem essas câmeras filmando até mesmo o banheiro. Se essa gente tiver que morrer, eu teria que programar a morte pra daqui alguns dias. Droga! Mas não dá tempo...eu acho que de hoje eu não passo. Eu jamais devia ter vindo aqui hoje... isso foi burrice! Mas como eu poderia imaginar que o diretor se ausentaria logo hoje? Não foi culpa minha.", pensava Light Yagami suando frio toda vez que os presentes se revezavam à falar e apontar indícios e mais indícios contra ele.

Por sorte, o próprio pessoal da SAI tirou as duas balas que erraram o alvo e cápsulas de Matsuda e trocou por exemplares idênticos à balas de festim, prevenindo-se caso as filmagens fossem descobertas. Isso confundiu muito Chieko, que ficou perdido nesse ponto, pois a acusação se baseava no fato de Kira ter poderes sobrenaturais, segundo os apontamentos de L, mas se as balas de Matsuda fossem mesmo de festim como o agente Kenji da SAI providenciou, essa acusação contra Light ficava um pouco menos sólida. Mas mesmo assim, os indícios e as filmagens com a confissão já seriam suficientes pra decretarem a prisão e a pena de morte contra Kira.

Light olhava para seu notebook e de vez em quando pra impressora, sempre que esta era acionada pelo escrivão e pelos assistentes e outros presentes. E sempre que alguém abria a boca pra falar, ele instintivamente olhava pra impressora e depois pro seu notebook, e sua mao direita se dirigia discretamente ao bolso de trás onde está sua página de Death Note... e seu pensamento voava entre o notebook... a impressora... e a página que de vez em quando e discretamente ele acariciava com o dedo...

Notas Finais


Nao sei o q dizer agora, entao digo depois ;)


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