História Death Note - Continuação - Procurando um cantinho pra morar...

     Devido ao fato de L ter que andar escondido do próprio FBI e de todos, à excessão de Robert e Michael pra garantir absoluto sigilo de sua existência, ele não pôde contar com ajuda de ninguém para achar um lugar pra morar, seja no Vaticano, seja nas proximidades.

     Pegou um voo para Roma com a família, Tuppence, que é sua esposa, James e Nikita, seus dois enteados de 7 e 5 aninhos, respectivamente. Teve que pintar o cabelo de loiro pra minimizar as chances mesmo que remotas de ser reconhecido por alguém.

     Foi útil também por ter ficado mais parecido com as crianças desse jeito, afinal toda sua família é loira e isso acaba sendo útil pra evitar fofocas, que geram curiosidade alheia, que geram bisbilhotagens, que geram perguntas, que geram problemas.

     Não quiseram comprar nada pela internet. Alugaram um Hotel para passarem a primeira semana, e enquanto Tuppence passava o dia passeando com as crianças e fazendo compras, L procurava apartamentos de preferência em Roma, se possível, tendo em vista que dali do hotel do aeroporto Leonardo da Vinci até o Vatican City são apenas 30 minutos de carro.

     Ele teve realmente muita sorte porque a vendedora da loja de CDs era apaixonada por Elton John e L também. Os dois acabaram conversando descontraidamente sobre shows do astro e ao ser indagada, ela disse sobre o apartamento à venda da sua ex-sogra no município Roma IX, uma espécie de bairro a 20 km do centro de Roma.

     Ele visitou o lugar já de noite, quando um parente da senhoria abriu pra ele conhecer o apartamento, e testemunhou o quanto era barulhento o vai-e-vem dos carros na hora do rush. Ele filmou o apê e enviou pra ver o que Tuppence achava. A localização era maravilhisa apesar dos pesares e do preço. Fecharam o negócio na semana seguinte após pesquisarem outras opções.

          Havia muito o que organizar, tanto na casa, quanto na vida dos novos moradores. L ainda mantinha sigilo sobre sua vida de detetive. Até o momento,  mesmo para Tutu, não passava de um gênio da informática.

     Ele estava de fato preocupado com Near, já que L acabou deixando-o numa fogueira onde ele se queimara meses atrás. Mas não havia nada mais que ele pudesse fazer. Não poderia se intrometer, mas ao menos deixou a parte mais difícil da investigação já bem adiantada, e teoricamente concluída. Near era jovem, mas já era confiável e competente.

     Restava a L tentar conduzir esta investigação para um departamento muito mais ingrato e difícil do que simplesmente caçar um Kira. Era necessário saber se seria possível de alguma forma anular o poder do Death Note. Ou descobrir um meio qualquer de identificar um Kira ou um shinigami mesmo à distância.

     Ele pensou em uma infinidade de possibilidades e caminhos que essas novas linhas investigativas podem conduzir. 

     "Se eu fizer doutorado em Química e Física, poderia eu mesmo pegar um pedaço daquele caderno e estudar suas propriedades químicas e físicas. Certamente seria um grande avanço em diversas áreas de pesquisas científicas!" - pensou.

     L não ficou olhando para o céu nesses últimos meses. Ele tinha um arsenal incomparável de livros didáticos no seu velho SmartPhone e Notebook, e os devorava mais rápido que doces. Ele já possuía um conhecimento razoável do conteúdo programático.

     Haviam grandes cientistas atualmente pesquisando sobre a "Partícula de Deus", também conhecida como Bóson de Higgs no Grande Acelerador de Hádrons. Um dos cientistas que já realizaram grandes avanços nessas pesquisas hoje se encontra na Academia de Astronomia do Vaticano, e L já tem um encontro com ele na Biblioteca da Praça São Pedro, no Vaticano na segunda que vem, com quem terá aulas particulares de ambas as matérias.

     Passaram-se alguns meses, e todos foram organizando suas vidas. O apartamento era tão bem localizado que ficava há poucos quarteirões da Universidade de Medicina de Roma, onde Tuppence pretende fazer Mestrado, e da Escola das crianças. Sem falar do Aeroporto e das grandes praias.

     À bem da verdade, não existe lugar em Roma que não seja bem localizado!

     Não fosse o rombo nas bolsas de valores do Boom imobiliário onde o genial L fez fortuna durante a crise mundial, quando poucos como ele enriqueceram, ele jamais teria conseguido tanto dinheiro para comprar este apartamento.