História Death Note - Continuação - Linguagem subliminar

Ryuk leva o satisfeito Sidoh de volta ao mundo dos shinigamis sem falar pra ele sobre o fato dele ter achado o L vivo. Ryuk dava risadas ocasionais e espontâneas divertindo-se e muito por ser o unico a saber desse segredo... é o tipo de coisa que o distrai: ser o unico a saber de tudo e não revelar nada, só pela graça de ver as pessoas perdidas quebrando a cara.

De longe, lá do mundo dos shinigamis, ele passava a olhar ocasional e discretamente pra saber o que L anda fazendo, e quando os outros shinigamis perguntavam o que ele estava olhando, ele dizia que não era nada...que estava distraído.

Já no mundo dos humanos, mais precisamente na varanda de Josh Andrews em Detroit estavam os dois detetives se entreolhando e jogando conversa fora enquanto os homens da CIA ouviam a todo o diálogo remotamente na casa à frente, onde tem uma velhinha que passa o dia inteiro cuidando do jardim e dos bichinhos.

— Querem um  cafezinho? — pergunta a empregada de origem nitidamente mexicana, falando em espanhol.

— Obrigado...com bastante açúcar, por favor.

— Eu quero amargo. — disse o velho — A propósito, DaVinci...desculpa...ainda não me a ostumei com esse seu nome.

— Não se preocupe... essa reação é normal em todo mundo... todos riem mesmo até se acostumarem.

     — Você com essa sua compulsão por açúcar me lembrou daquele episódio de Satar Trek daquela criatura que comia sal.

— Ah! Eu lembro. "Se ele quiser me passar alguma mensagem subliminar, realmente não há tema melhor do que Star Trek, usando pormenores dos capítulos pra mandar recados subliminares. Ainda bem que lembro de todos os detalhes desse episódio em que eles foram num planeta que foi contaminado por um cometa, que estava voltando pra constelação de origem."

Conversa vai, e conversa vem só sobre esse episodio, e de repente Josh muda pra outro episodio chamado 'O lamento de Adonis', onde um deus grego se cansa dos prazeres e das desventuras carnais na Terra, e pede aos ancestrais pra retornar pro Olimpo.

"Por que ele está insistindo tanto em.conversar sobre esses dois episodios em especial?" , pensava L. 

"Será que ele não percebe que os homens da CIA também sabem.desses códigose podem nos surpreender? O que será que tem nesses códigos que os homens da CIA não podem decodificar, mas eu sim? Esses dois episódios não têm nenhum ponto em comum, exceto o fato de o cometa estar voltando pra sua constelaçao de origem, e Adonis também estar voltando pro seu lugar de origem. É isso! Josh está me dizendo que quer voltar pra sua terra natal! Mas ele é norte-americano, que eu saiba. Entendi! Como eu sou ignorante às vezes... Adonis não é um deus grego... ele é um semi-deus, e sua terra natal não é o Olimpo, e sim  a Terra, mas seus pais são do Olimpo, e ele quer ir pra terra de seus pais! Os pais de Josh são italianos. Só pode ser isso! Ele está me dizendo que quer que eu o ajude a fugir do país e em troca vai me ajudar?"

L conseguia raciocinar numa velocidade incrível profundamente enquanto conversava com as pessoas, sem dar na telha que ele está matutando mil cpisas com o pensamento muito além dali do lugar onde ele está... é o famoso tipo de gente que. vive no mundo da lua, mas.no. caso de L, este disfarça muito bem...tão bem quanto seu rival japonês.

Os dois detetives trocam varios outros códigos subliminares de confirmação, e se despedem. L volta sozinho para um hotel meia boca de frente à barulhenta praça dos motoqueiros.

"Parece que vamos ter um festivel aqui amanhã. Será que vai ter muita gente?"

L de repente tem uma ideia, e com um brilho nos olhos pega de volta o panfleto sobre o festival que ele havia jogado na lixeira:

"Concurso Anual de Fast-Food. Traga sua família. Teremos desfile de modelos, shows e corrida de motoqueiros."

"Isso é perfeito! É uma ótima oportunidade, se tiver muita gente, é claro. Tenho que planejar isso cuidadosamente."