História Death Note - Continuação - Death Note Hackeado

     Ao chegar à garagem, Light vê preso ao seu limpador de pára-brisa um pequeno pedaço de papel bem fino...
     Cauteloso, olhando ao redor e espreitando por baixo dos automóveis, já com a arma em punho, ele se abaixa pra.ver se havia alguém escondido embaixo de algum dos poucos veículos da garagem.
     Mais seguro de si, ele retira por fim o papel, e lê uma curta mensagem:
     "Por favor, adquira um celular cryptografado, e vá imediatamente à exposição de tecnologia no shopping Yamana."
     "Incomum", pensou Light. " Quem poderia ser?"
     E Light continuou refletindo:
     "Hoje é o segundo dia da sindicância interna, e se eu faltar, não será uma boa demonstração de inocência, mas..."
     "...isso não sôa como nenhuma armadilha...na pior das hipóteses seria uma chantagem, e não pode ser pior do que um dia sufocante de sindicância."
     Ainda eram 6hs da manhã, e o shopping ainda estava fechado, mas ele conseguiria entrar sem dificuldade com sua "carteirada".
     Na opinião de Light Yagami o homem deve sempre estar aberto às oportunidades, e como diz a própria filosofia budista, que é reinante na cultura de todo japonês, " todo caos é perigo e oportunidade", e é assim que o jovem detetive se dispõe a agir.
     "São 20 minutos de carro se eu não pegar engarrafamento, e nesse caso, é melhor ir agora."
     Desconfiado de alguém poder ter entrado ou mexido em seu carro durante a noite, pensando coisas como: "quem sabe uma bomba no carro?", Light nem abre seu carro, devido à típica paranóia de todo shinigami ou meio-shinigami, achando que sempre tem alguém pronto a lhe matar, ele sai à pé e pega um táxi na avenida principal.
     — Pra onde vamos, senhor?
     — Primeiramente quero que me leve ao 5o distrito policial, mas peço que me aguarde, que preciso que me leve ao shopping depois disso.
     — O taxímetro vai correr, chefe...
     — É a lei, não é? - comentou Light, sorrindo, respondido por uma gargalhada do taxista, que entendeu a referência à um filme.
     É no 5o distrito que fica o paiol com armas e celulares apreendidos, e de onde policiais corruptos muitas vezes conseguem roubar ou pagar por armas e outros pertences abandonados.
     Naquele horário, era o único lugar onde Light conseguiria um celular criptografado usado, coisa que seria perfeita pra ele.
     Amigo de todo mundo como Light é, perdeu só 20 minutos de seu tempo para conseguir o aparelho ideal. Testou o celular ligando prum telefone público próximo, e se deu por satisfeito.
     O curioso taxista só observava o jovem detetive, abrindo-lhe a porta pra ele entrar.
     — Correu muito?
     — O taxímetro? Nãooo...ainda está frio...a essa hora ele vai devagar(o que era uma grande mentira).
     — Light sorriu quase balançando a cabeça ao reconhecer as velhas malandragens dos taxistas de Tóquio, que é claro,...são anjinhos se comparados aos chineses.
     Chegando ao shopping, se depara com diversos funcionários que pareceram ter madrugado despachando vários equipamentos para a montagem das barraquinhas da exposição.
     Foi fácil demais entrar sem nem precisar se identificar.
     Depois de passar por alguns seguranças e funcionários curiosos, Light chega à praça de eventos, repleta de pôsteres e cartazes com dizeres relacionados à feira de tecnologia que começaria naquele dia, com fotos de várias pessoas famosas do mundo dos games e das grandes corporações de informática, inclusive de celebridades como Bill Gates, Jullian Assange e Edward Snowden, que era aquele com mais cartazes.
     Logo abaixo do palanque, duas jovens técnicas estavam retirando o que parecia ser um robô de dentro de uma caixa azul.
     Light estava tão encantado de ver tantos equipamentos legais com tantas máquinas de primeira geração, que se sentia como criança, hipnotizado com tudo aquilo, em especial pelo pequeno robô sem braços.
     As técnicas ligam o robô com os cabos de alimentação pra recarregar...depois desligam os cabos, e reiniciam o robô, e Light fica apreciando tudo de perto, como se fosse um garoto.
     — É engenheiro, moço? - pergunta uma das moças loiras com crachá australiano para o detetive.
     Light mentiu, apresentando-se como um executivo gestor de negócios.
     — Ah, então vai participar da palestra...
     — É! É a parte chata do negócio, mas faz parte. - arriscou Light sem nem saber se sua resposta furada colaria.
     — Vamos ligar de novo pra testar a bateria? - perguntou a outro técnica.
     Elas então ligam o robô...
     E o que aparece é apenas uma parede sendo filmada do outro lado da câmera...depois ouvem-se dois "bips", e o rosto de um homem surge na tela do robô: Edward Snowden! 
     As moças dão um grito de surpresa e alegria, enquanto que ao mesmo tempo o celular criptografado de Light toca bem alto e vibrando.

    Light reconhece imediatamente o rosto de Snowden, que o encara por um momento e pega um celular, falando com Light. Light atende e ouve a voz de Snowden em inglês e confirma falando com ele, olhando pra tela. Depois a tela se apaga, e as meninas ficam ocupadas resolvendo o provlema da tela.apagada, sem nem perceberem que os dois estavam se comunicando.
     Super surpreso e desconcertado com tamanha eficiência tecnológica, Light respondia às questões de Snowden meio gaguejando, e meio que sem acreditar em como diabos alguém poderia ter descoberto o número de um celular criptografado só de olhar pela tela e assim à distância!
     Têm-se assim, um novo diálogo...