Iára
A caminho do chalé, Percy e eu ouvimos um grande barulho vindo de perto do pinheiro que tem na entrada do acampamento. Eu ia até lá se Percy não tivesse me segurado e me levado direto ao chalé.
- Você não pode ir lá Iára. Não sabemos o que é mas temos que ficar aqui no chalé- Percy falou como se aquele barulho todo não fosse nada.
- Percy! Aquele barulho todo pode ser algum monstro ou sei lá o quê!! Se você não me deixa sair, ao menos vá ver o que está acontecendo!- falei gritando e com raiva. Fazia anos que alguém não me tratava assim, como uma criança.
-Tá! Eu vou. Mas você fica aqui com o Tyson. - Assim que falou isso ele saiu do chalé e me deixou ali com o tal do Tyson.
Quando olho para trás levo um susto! O cara chamado Tyson só tem um olho! Fico assustada e colada na porta enquanto ele tenta me acalmar e me dizer que ele não vai me fazer nenhum mal. Já vi várias histórias de ciclopes e em nenhuma delas eles eram bonzinhos. Abri a porta e saí correndo pelo acampamento.
Passei pelo refeitório em que tínhamos comido e vi ao longe uma parede de escalada. Ótimo! Eu adorava escalar quando era pequena. Corri em direção a ela e subi nela o mais rápido que pude. Do alto da parede dava para ver a fronteira mágica e os semideuses atacando umas mulheres. Quer dizer, aquilo não eram mulheres. Eram cobras verdes com mãos e caras de mulheres. De repente me recordo da aula de história de minha antiga escola em Los Angeles. Nós havíamos estudado sobre Dracaenaes. Mulheres-dragão com caudas ao invés de pernas. Elas rastejam e adoram comer humanos. EU pensava que só existiam na mitologia e não na vida real. Assim como também pensava que deuses gregos não existiam. Parece que estava enganada, não?
Ouço passos vindo em minha direção e vejo Percy e Tyson logo abaixo de mim.
- Desça Iára! Tyson não faz nem mal a uma mosca! Ele é um ótimo irmão!!
- EU já li histórias de ciclopes e nenhum deles eram do bem.
- Iára!!! Confie em mim...- Percy pediu, me fazendo descer aquela parede.
- Por que estamos sendo atacados por Dracaenaes?- pergunto assim que desço.
Percy não me respondeu. Ficou calado assim como Tyson. Acho que eles estão me escondendo alguma coisa. Por isso perguntei de novo. E assim como a primeira vez, eles não me responderam. Fiquei com raiva e corri para a fronteira, porém, quando cheguei elas tinham sido mortas e todos os semideuses estavam voltando aos seus chalés. Segui eles e fui tentar dormir, mas a dúvida não deixava...
(...)
Acordo um pouco sonolenta. Percy estava a minha espera para me mostrar o acampamento e me levar ao refeitório para tomarmos café da manhã. Depois que tomamos café, fomos aos estábulos e depois à arena para praticarmos esgrima. Era uma quarta-feira e Percy tinha pulado sua aula de Grego Antigo para me mostrar o acampamento. Parecia uma ótima manhã, porém nossa manhã foi destruída graças ao Oráculo.
Estávamos eu, Percy e Ashley treinando esgrima quando uma garota ruiva de olhos verdes apareceu e começou a falar coisas muito estranhas. Segundo Percy, aquela era Rachel, uma garota escolhida pelo deus Apolo para ser o novo Oráculo. Mas ela não nos tava dando uma profecia e sim uma resposta para minhas perguntas.
(...)
Após ter ouvido tudo em uma lingua estranha eu fiquei boiando. Percy traduziu tudo: "Iára Aquaryus, muitos monstros estão vindo te procurar e não vão parar de atacar aqueles que se importam com você até que você se junte a eles. Você é a chave para a ressureição de um antigo Titã denominado Tifão. Os monstros clamam por seu pai e não vão desistir até que tenham este em suas mãos".
Quando Rachel falou tudo isso, desmaiou. Um campista que estava por perto correu até ela e a socorreu. Rachel tinha atraído a atenção de todos no acampamento, inclusive do Sr. D (Diretor do acampamento que era um deus chamado Dionísio) que passava ali por perto.
(...)
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