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História (De)Feito Para Amar - Entre dragões e emos, um tchau.


Escrita por: Caroul

Notas do Autor


OOOOOOI, EAI MOÇA QUE COMENTOU HOJE SOBRE PARECER MESES QUE EU NÃO POSTO QUANDO NA VERDADE SÃO 4 DIAS!!
SUAS LOCA VAI OUVIR O NOVO ALBUM DO NCT!!!!
Gente eu digitei a parte toda da festa escutando a múscia do novo album do NCT, Baby Don't Like It. Se você não escutarem essa música enquanto estiverem lendo eu vou ficar very muito decepcionada!!
Olha...hoje tem bomba!!!!

Capítulo 8 - Entre dragões e emos, um tchau.


— Eu só quero voltar pro meu apartamento... – Kun resmungou, enquanto observava seus amigos e várias outras pessoas dançarem ao redor si. Ele estava apenas sentado num banquinho, o qual seus pés não alcançavam o chão, com as pernas separadas balançando lentamente e uma das mãos entre as pernas, apoiada no banco.

— Ah hyung, até que é divertido aqui. Aquele apartamento é que é sem-graça. – WinWin disse ao seu lado. Este, também sentado num banquinho que não o deixava alcançar o chão. Não que ele fizesse questão de alcançar o mesmo, já que estava sentando em posição de índio no banco. Observava o casalzinho JaeYong – como Yuta havia os apelidado – dançando juntos ao som de alguma música do Red Velvet e rindo.

Bom, algumas fantasias estavam separadas em pares e combinações certas quando chegaram ao depósito. Havia um par com uma fantasia de príncipe e uma de princesa, mas Jaehyun resolveu poupar Taeyong do mico e pegou a fantasia de príncipe e uma outra fantasia de príncipe que não tinha par. Bom, a princesa teria que arranjar outro par, quem sabe um sapo. Mas o príncipe seria de Jaehyun. Resumindo, havia dois príncipes se divertindo na pista.

Já as fantasias de WinWin e Kun eram um tanto...cômicas. Ambos estavam vestidos de dragão, exato, um casal de dragõezinhos. A única diferença nas fantasias era o lacinho amarelo no topo do capuz – que simulava uma parte da cabeça do dragão – de WinWin. Ao contrário do que Kun achou, ele não se importou nem um pouco e muito menos reclamou de ficar com a fantasia do lacinho, ele alegou que era até fofo. As fantasias tinham até asinhas.

Yuta estava – da forma mais clichê possível. – vestido de panda. Mas por mais que você procurasse por perto de Yuta, não achava outro panda. Yuta era um pandinha solitário. Ao menos era o que seus amigos achavam.

Doyoung estava vestido de fada, sim de fada. Com direito a asinhas com glitter e uma varinha com uma estrelinha – também gliterizada – na ponta, que piscava colorida ao ter um botão pressionado. Sua fantasia era inteiramente branca. Taeil fazia par com Doyoung, vestido também de fada, porém com a cor oposta de Dongyoung, isso mesmo, preto.

Ten? Bom, Ten...

Você poderia até pensar: “Ah, Ten e Johnny são outro casalzinho 20 que vão combinar fantasias bonitinhas”. Olha, na verdade...não era a coisa mais bonitinha que alguém já vira na vida, mas ao menos faziam par, não é? Qual é, o que vale é a intenção, né?

Ten o Ketchup e Johnny a Mostarda, simples.

— Eles são tão bonitinhos juntos, né hyung? – Apontou para os dois príncipes.

— É, eles são... – Sorriu. Ver seu amigo feliz era, de certa forma, satisfatório.

— Você acha que eles vão namorar? – Perguntou o loirinho, parecia feliz da vida balançando os pés no ar, ato de fazia a calda de dragão da fantasia se balançar junto, tornando aquele todo uma cena extremamente fofa.

— Não sei, acho que Jaehyun nem se importou se Taeyong mora longe ou não, antes de se dar por vencido e jogar tudo pro alto e praticamente berrar que estava apaixonado pelo Taeyong. – Suspirou, esperava que aquele relacionamento desse mesmo certo, e torcia para que Taeyong não morasse longe.

— Verdade...

Kun virou o rosto para encarar SiCheng, mas acabou apenas por encarar o perfil do outro, já que, este ainda observava JaeYong na pista. Observava as luzes coloridas piscarem naquele escuro, que por mais que seja confuso, era iluminado por essas luzes rotatórias e chamativas. A música já havia mudado pra alguma outra que Kun não prestou atenção, estava ocupado demais encarando o perfil do outro. Em algum momento SiCheng também virou o rosto, ciente de que o Qian lhe encarava a um bom tempo, não que se importasse é claro, nem um pouco. Kun involuntariamente sorriu quando finalmente se encararam olhos nos olhos, fazendo o robozinho sorrir junto.

Kun viu algo piscar claro e rápido em seu rosto, do lado em que estava a pista pra ser específico. Claro, claro demais pra ser apenas um das luzinhas rotatória coloridas. Era branco. Como um...flash. Virou o rosto em direção ao dito cujo.

— Aí galera! Consegui a primeira fotinha WinKun da festa! – Observou Yuta falar alto, enquanto apontava pro próprio celular. Era como se ele tivesse brotado do chão feito uma planta. Na cabeça de Kun, brotado do inferno feito um demônio para atrapalhar aquele momento.

Jaehyun e Taeyong riram enquanto gritavam algo como “uhu!”. Taeil e Doyoung ao longe, sorriam e balançavam suas varinhas de condão piscantes.

Quer dizer, não que Yuta tenha resistido a tirar umas fotinhas de WinWin e Kun naquelas roupas, mas eram fotos individuais, umas do Qian e outras do Dong. Obviamente, sem eles perceberem. Mas naquele ambiente escuro fora obrigado a usar o flash, infelizmente os tirando daquela vibe de casalzinho feliz.

— Desculpe por tirar você da vibezinha envolvente de casal, mas eu precisava registrar o momento. Tchauzinho! – Se afastou sorridente.

— Misericórdia... – Soltou Kun ao ver o japonês se afastar.

WinWin riu e, por fim, se levantou silenciosamente, Kun estranhou o ato. Uma música suave com “batidas mudas” começou a tocar. SiCheng se virou lentamente para Kun e o encarou por bons segundos. Kun o encarava de volta, com a boca levemente aberta. SiCheng começou a – também lentamente – andar de costas, olhando – inexpressivo – diretamente nos olhos do chinês. SiCheng ia sumindo lentamente no escuro, no ritmo da música, sem nunca desviar o olhar de Kun. Este, mesmo que involuntariamente, se levantou lentamente e, em passos lentos, começou a caminhar em direção ao loiro. O Qian parecia estar hipnotizado, não piscava e nem sabia se ainda respirava. Apenas seguia lentamente atrás do outro, vendo luzes distintas e coloridas passarem por ele rapidamente, podendo ver a face do mesmo, mesmo que pela metade e por poucos milésimos, o capuz emitia uma sombra na metade de seu rosto. SiCheng parecia tão bonito, caminhando lentamente daquele jeito, com luzes passeando por seu rosto, também bonito mesmo inexpressível.

Havia pessoas falando ao seu redor, mas tudo que ele ouvia era a música.

Suave.

Kun ao menos percebeu que já estavam em algum canto escuro daquele salão. Apenas seguia o outro sem nem questionar ou se questionar por que. Viu SiCheng encostar em uma parede não visível naquele momento por causa da escuridão. Kun não parou até estar frente a frente. A expressão séria de SiCheng era de tirar o fôlego, mesmo que não enxergasse muito bem por causa da iluminação.

Estavam parados, um na frente do outro, olho no olho, cara a cara. Observou os braços de SiCheng se levantarem lentamente, pousando delicadamente em cima de seus ombros e, por fim, se fechando em sua nuca. O loiro aproximou lentamente seu rosto, encostando sua testa na do Qian. Kun lhe olhava fixamente nos olhos, ciente de que SiCheng estava...perto, perto, perto demais. Ele gostava. Fechou os olhos assim que sentiu seus lábios se roçarem, SiCheng sorriu pequeno, muito pequeno, antes de imitar o gesto e se aproximar ainda mais. Não havia como se aproximar mais, já não havia uma distância que pudesse ser quebrada ali.

Um tocar de lábios.

Macios, assim eram os lábios de SiCheng, o mesmo para Kun. Kun levou suas mãos, um para cada lado da cintura de SiCheng, apenas as repousando ali. Kun estranhou quando o que parecia ser fogos começaram a “explodir” em sua cabeça, não no sentido literário, já que, não faziam barulho algum. Era apenas tudo preto e vários pontinhos coloridos “explodindo” e passeando por ali, parecendo um pisca-pisca de natal ou algo assim. Seu estômago embrulhou e ele se sentiu em algum brinquedo do parque de diversões, que quando ia muito rápido não conseguia conter um grito com aquele enorme frio na barriga. Suas mãos tremeram e começaram a suar, sua respiração falhou de repente e seu coração começou a bater deveras rápido, como uma taquicardia. Estaria ele tendo um ataque cardíaco naquele momento?

Tudo aquilo se passava com Kun, estava tudo ficando tão quente, aquela fantasia parecia lhe sufocar, ele parecia estar entrando em desespero. Mas por que estava gostando tanto de se desesperar daquele jeito? Não soube porque, mas apenas agarrou o corpo de SiCheng mais forte e apertado, puxando mais contra si e empurrando ainda mais sua boca na semelhante do outro a sua frente. Mesmo surpreso, SiCheng não negou nem um pouco que gostou daquilo.

Ao se separarem, Kun fez questão de sugar o lábio inferior do loiro, causando um estalo baixo. Ficaram um bom tempo em silêncio, se encarando enquanto o Qian retomava sua respiração. No caso, retomava a respiração, enxugava as mãos suadas e tentava acalmar o coração pra não ter um infarto do miocárdio ali mesmo e morrer.

...

Em um súbito de consciência, SiCheng praticamente pulou em cima do Qian e o abraçou forte.

— Me desculpa, hyung! Não fica bravo comigo, por favor! – Ele parecia estar prestes a chorar.

Kun o abraçou de volta, surpreso com o ato e com as palavras.

— Não se preocupe, não chore e não se desculpe. Não estou bravo com você...

Houve mais um momento de silêncio, SiCheng não ousava soltar Kun.

— Eu ouvi... – SiCheng murmurou, próximo ao ouvido de Kun.

— Ouviu o que? – Perguntou suave e calmo, ainda pensando no que havia acabado de acontecer.

— Eu ouvi...eu senti, o seu coração, hyung!

Kun de repente saiu daquela que parecia ser uma hipnose, foi como acordar de um sonho bom, mas a melhor parte era descobrir que aquilo realmente aconteceu. Apertou ainda mais SiCheng em seus braços e afundou o rosto ao lado do capuz do loiro, sentindo seu rosto esquentar e praticamente morrer de vergonha.

— Não fique com vergonha, hyung. Se eu tivesse um coração ele estaria do mesmo jeito.

Kun riu baixinho.

— Foi bom... – Mais uma vez, o loirinho resmungou.

— O que? – Kun indagou, sem tirar o rosto dali.

— Ouvir e sentir seu coração, hyung.

— Hum... – Murmurou em resposta, sorrindo sozinho.

— Mas o beijo também foi bom...

— Hum...

— Sério hyung, nossa, foi muito bom, foi maravilhoso!  - Exclamou animado, praticamente dando pulinhos nos braços do Qian.

— Misericórdia, menino, para! – Em um impulso deu um tapa no robô, este tapa que acabou acidentalmente sendo na bunda do outro.

WinWin riu, sabendo que Kun estava ainda mais envergonhado.

— Quer ir embora? – Perguntou SiCheng.

— Não...

— Quer ficar aqui?

— Não...

O robozinho riu, achando graça na indecisão do outro.

(...)

Após devolverem as fantasias no depósito, seguiram caminho juntos, enquanto iam em direção às áreas das barracas. Jaehyun, Taeyong, Ten, Doyoung e Taeil não paravam de cochichar entre si. Enquanto WinWin e Kun foram deixados de lado.

— Eles tão falando sobre a gente... – SiCheng sussurrou para o chinês, em mandarim, para que não houvesse riscos de ser ouvidos.

Kun se surpreendeu com a mudança de idioma repentina. Ele não havia lhe informado que podia falar outras línguas.

— Você ‘tá ouvindo? – Sussurrou de volta, também em mandarim.

WinWin assentiu com um sorrisinho sapeca. Kun sorriu e riu, mesmo sem saber porque.

— Onde vocês estavam a festa toda? – Yuta perguntou de repente.

— Por aí. – Kun deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos da calça.

— “Por aí” onde? – Ten se intrometeu.

— Não sei, tinha alguma plaquinha com o nome daquele canto que gente tava? – Kun franziu a testa para WinWin, que negou com a cabeça e deu de ombros em seguida.

Dongyoung arregalou os olhos, junto de Taeil.

— E o que faziam num cantinho? – Taeyong sorriu malicioso.

— Jogando xadrez! – Kun exclamou sorrindo falso, fazendo WinWin rir alto, junto dos outros. Menos Taeyong, este revirava os olhos.

— Ai, segura que é de graça... – Murmurou Jaehyun. – Mas sério, o que vocês estavam fazendo?

— Nada. – Deus de ombros. – Só conversando.

— Com a boca? – Yuta sorriu malicioso.

— Não, não, conversando com o pé. – Kun revirando os olhos.

Yuta se encolheu e murmurou algo como “Ah é”.

— Yuta... – WinWin chamou, como quem não queria nada.

— Sim? – Sorriu.

— Quem era o outro panda? – Sorriu sugestivo.

— Como assim? – O japonês franziu a testa.

— Bom, as fantasia estavam organizadas em pares...logo, havia outro panda. – Sorriu novamente.

Yuta desviou o olhar pro chão, seus olhos pareciam levemente arregalados.

— Não...não sei. – Olhou pra outro canto.

Então foi como se uma onda de olhares e sorrisos sugestivos foram direcionados exclusivamente a si.

— Ah qual é! – Protestou. – Jaehyun e Taeyong pegaram as duas fantasias de príncipe e a princesa ficou sozinha. Ué, eu também fui um panda sozinho, porque alguém pegou a outra fantasia antes. – Deu de ombros, parecendo emburrado.

— Nossa, ele ficou pistola. – Taeyong riu sarcástico.

(...)

Kun tinha o rosto enterrado nas cobertas, como quem não queria ser incomodado, mas era totalmente o contrário, ele estava feliz como nunca esteve e se perguntava o porque. E se qualquer pessoa viesse lhe chamar, ele perguntaria a ela o porque.

— Hyung... – Ouviu ser chamado num resmungo.

— Sim?

— Amanhã é o último dia, né? – WinWin ainda meio que resmungava.

— Último dia? – Tirou o rosto dos cobertores, olhando para o loirinho, este que já lhe observava faz tempo.

— É, o acampamento, não eram só três dias?

— Ah sim...só mais amanhã, aproveite bem. – Sorriu.

WinWin sorriu igualmente, mesmo que soubesse que depois do dia de amanhã teria que voltar pro apartamento de Kun, que havia dito ser sem graça, mas que na verdade só estava brincando. Qualquer lugar que seu hyung estivesse era divertido. E mesmo que pudesse passar um mês no acampamento, se seu hyung não estivesse não seria nem um pouco divertido.

— Hyung...

— ...Sim? – Soltou um breve riso.

— Acho que o Ten vai tomar no cu.

Kun arregalou os olhos com o palavreado, mas apenas ignorou por causa da curiosidade e o poupou de uma advertência contra palavrões.

— Por...por que acha isso? – Virou-se de lado, encarando melhor o robozinho.

— Bom, o Johnny trabalha e vive aqui, que por sinal é bem longe de onde moramos. Ten vai ficar muito triste quando for embora e perceber que o Johnny não vai ficar com ele. Johnny também vai ficar triste pelo mesmo motivo. – Suspirou. Apesar de tudo, WinWin tinha um grande “afeto” por todos os amigos que fizera no acampamento e os amigos que fizera no apartamento de Kun.

O Qian apenas deixou seu ânimo anterior afundar num limbo de preocupação e tristeza por seu amigo.

— O mesmo pro Jaehyun se o Taeyong morar longe... – Completou, vendo SiCheng assentir. – Mas, independente da decisão deles, vamos apenas apoiá-los, ok? – Estendeu a mão fechada num soquinho em direção ao loiro.

— Ok. – Sorriu fraco e bateu ali.

(...)

O último dia era pra ser divertido, até porque seria o último dia que se veriam. Mas todos estavam cabisbaixos, Taeyong por motivos de: Jaheyun e amigos; Jaehyun por motivos de: Taeyong e amigos; Taeil por motivos de: amigos; Yuta por motivos de: amigos e...bom, outra coisa; Ten por motivos de: Johnny e amigos; Doyoung por motivos de: amigos; SiCheng por motivos de: amigos; Kun por motivos de: amigos.

Nenhum deles participou de qualquer atividade, apenas ficaram enfurnados em suas barracas, se lamentando pelos motivos citados anteriormente.

— SiCheng... – Chamou.

— Hm?

— Você lembra quem entre os nossos amigos tem a maior barraca? – Indagou, algo lhe incomodava e ele não sairia daquele acampamento até que aquilo se resolvesse.

— Taeyong... – Respondeu rapidamente, usufruindo de sua perfeita memória fotográfica.

— Vem. – Pegou a mão do loiro.

— Onde vamos? – Perguntou enquanto era arrastado pra fora da barraca. – Hyung, estamos de pijama... – Cerrou os olhos, por conta da luz forte do Sol.

— Não importa... – Resmungou subindo o zíper da proteção em que estavam. Novamente pegou a mão de SiCheng. – Vem.

Logo ao lado avistaram a barraca de Ten e Jaehyun.

— Ten! – Chamou o Qian, em alto e bom som. – Jaehyun!

O zíper foi descido rapidamente, revelando um Ten cabisbaixo, mas que logo riu ao ver o que os outros trajavam.

— Por que vocês estão de pijama aí fora? – Perguntou risonho.

— O Jaehyun tá aí?

— Estou. – Ouviu a voz do Jung ao fundo.

— Venham comigo. – Chamou.

— Tá brincando, né? – Jaehyun surgiu de trás, se espremendo ao lado de Ten.

— Não, sério, andem! – Apressou Kun.

— Mas estamos...

— Idai!? Nós também estamos de pijama, quanto mais rápido vocês forem, menos mico pagamos. Bora! – Bateu palma, interrompendo o protesto do Chittaphon.

Ten arregalou os olhos e saiu rapidamente. Kun estava com um semblante sério demais em sua opinião. Jaehyun saiu logo atrás, acanhado pelo que vestia. O lugar foi fechado e puderam finalmente caminhar, o mais rápido que puderam. Sabe...pijama e pé descalço não era algo que se vestia pra caminhar em público por um acampamento.

(...)

— Eles não estão aqui. – Concluiu SiCheng, depois de alguns segundos chamando por Dongyoung e Taeil.

— Ótimo, me poupa o trabalho de arrastar os dois conosco. – Kun concluiu, podendo finalmente andar em direção ao objetivo inicial, a barraca de Taeyong.

— Taeyong! – Chamou Kun, obtendo resposta quase que imediata.

— Sim? – Ouviu a voz abafada responder, enquanto o zíper descia, revelando um Taeyong embaladinho em cobertores, apesar do Sol que fazia do lado de fora. - O que fazem aqui? – Arregalou os olhos.

— Já explico...podemos entrar? Quer dizer...as nossas roupas não... – Limpou a garganta.

Taeyong assentiu rapidamente, dando espaço para que entrassem.

...

Nada com um bom e vergonhoso silêncio cheio de energia negativa causado pela tristeza alheia e a própria, não é? Não.

— Tá, eu sei que tá todo mundo com vontade de imitar os rescém-criados de algum dos filmes da saga Crepúsculo e andar debaixo da água todo trevoso e cheio de tristeza, mas acredite em mim, vocês vão se afogar. – Kun começou, fazendo os outros ao seu redor soltar um mínimo risinho. – Escuta, eu sei que eu não sou a melhor pessoa pra falar isso, até porque segundo o SiCheng eu sou uma pessoa que parece não ter sentimentos, mas eu tenho! Eu sei que vocês estão com essa cara de cu aí porque hoje é o último dia e vocês vão pra longe um do outro, e eu estou realmente triste por vocês. – Bufou, vendo as carinhas tristes piorarem.

Viu uma careta de choro brotar em Ten.

— Meu Deus Chittaphon, não chora! – Kun arregalou os olhos.

SiCheng se apressou em acudir o amigo e o abraçar.

— Enfim, sei que vocês tão com vontade de se enfiar um na mala do outro e ir morar junto, mas olha, porque ao em vez de ficarmos enfiados nas barracas não aproveitamos nosso último dia juntos? Quer dizer, está cheio de coisa pra fazer lá fora. Chittaphon! O Johnny deve estar preocupado por não te ver a manhã inteira. – Apontou pra um ponto não específico, indicando o lado de fora.

Ten assentiu lentamente.

— Yuta, todos sabemos que o que havia outro panda e que era o Hansol, ele deve estar na mesma situação que o Johnny. – Novamente apontou para um ponto não específico para indicar o lado de fora. Yuta arregalou os olhos, olhando envergonhado para o chão. – Jaehyun e Taeyong, porque não estão se abraçando, se beijando, se comendo e essas coisas ao em vez de ficarem no modo emo escondidos!?

SiCheng riu.

— Ah, aliás vocês estavam muito bonitinhos juntos de príncipe ontem... – Adicionou um comentário.

Taeyong sorriu, junto de Jaehyun.

— Taeil e Dongyoung... – Abriu. – Vocês são bem brisa e eu não sei qual é a de vocês então eu não tenho nada pra falar, só...cuidem deles pra gente. – Apontou para Yuta e Taeyong. – E vice-versa. – Alertou.

(...)

Ten, Kun e WinWin arrumavam as mochilas e outras coisas, para que finalmente pudessem ir embora.

— Que história é essa do SiCheng ser um robô? – A voz de Taeyong surgiu do nada, fazendo Kun o encarar assustado, junto de Ten, que por conta do susto caiu sentado no chão. WinWin apenas olhou para Jaehyun, junto de Kun. O Jung mexia a boca num “Foi sem querer!”.

— Do que você tá falando? Que coisa louca pfft! – Kun riu nervoso, voltando a arrumar as coisas. Tinha o cu na mão e o coração na boca.

WinWin apenas enfiou uma barra de cereal na boca, desviando o olhar e mastigando, enquanto Ten fingia tirar uma cutícula da unha.

— Kun... – Taeyong chamou mais uma vez.

— Hum?

— Me diz por que eu acreditei nisso? – Taeyong se aproximou, sendo seguido por Jaehyun assustado.

— Por...por que SiCheng é um perfeito ser humano, olha...- Puxou o loirinho para si. – Olha essa carinha fofa... – Apertou a bochecha do outro, que sorriu feliz. – Ele é bem inteligente também sabe? Ele sabe fazer várias coisas perfeitamente, coisas que nem eu sei o que é.... – Deixou no ar.

Taeyong riu.

— Tá, mas agora é sério...não minta pra mim, Jaehyun falou aquilo com tanta naturalidade que até me assustou.

Kun olhou para Yoonoh.

— E o que ele falou? – Voltou se olhar para o Lee.

— Eu tava falando sobre se o fato do WinWin comer antes de entrar no ônibus não faria ele passar mal... – Olhou para SiCheng. – Mas aí o Jaehyun disse que não tinha perigo de ele passar mal já que ele é um robô.

SiCheng se encolheu nos braços do Qian.

— Ah eu falei isso porque WinWin naturalmente parece um, sabe...ele tem um estômago de ferro...foi isso que eu quis dizer. – Jaehyun riu sem graça.

— Tá, e o que dizem sobre o fato de o tratarem como se ele fosse uma "criança"? – Interveio novamente. – Sério, eu já achava estranho aquele lance de Kun ficar bravo quando “ensinávamos” coisas para o SiCheng, coisas que o ser humano normal já saberia... – Taeyong completou. – E agora que Yoonoh disse isso, tudo fez sentido.

Kun olhou um bom tempo para o chão, antes de suspirar.

— Puta merda Jaehyun! – Ten berrou de repente, se levantando. – Você só faz merda garoto! – Deu um peteleco no Jung, antes de derrubá-lo no chão.

— AH! – Ouviu-se um berro de Jaehyun.

Taeyong arregalou os olhos. Kun ficou confuso, Ten não era assim.

— Ele está tentando distrair Taeyong do assunto. – SiCheng sussurrou em mandarim, próximo ao ouvido de Kun.

Kun mais uma vez suspirou.

— Ten, Jaehyun! Parem. – Pediu. – Não tem mais volta.

Ouviu-se mais suspiros e o Chittaphon saiu de cima de Jaehyun ainda protestando que realmente tinha vontade de fazer aquilo com Yoonoh.

— Taeyong. – Chamou, fazendo o outro se virar para si. – Você se lembra do meu nome inteiro né?

Taeyong assentiu.

— Qian Kun.

— Qian tem lembra alguma coisa?

Taeyong franziu a testa por uns bons segundos antes de arregalar os olhos surpresos.

(...)

Foram bons minutos explicando para Taeyong tudo que havia acontecido, e de bônus como SiCheng funcionava, a pedido do Lee. No final de tudo, Taeyong ficou encarando sorridente o robozinho. Kun sabia o que ele queria.

— Não.

— O que? – Taeyong desviou o olhar.

— Não, você não pode tocar. Não, você não pode levar ele pra você. E sim, talvez você possa ter um, caso tenha um dinheiro do caralho. – Kun sorriu, fazendo Taeyong cruzar os braços e bufar.

— Enfim, era por isso que você era todo protetor e ciumento com ele, não é? – Taeyong suspirou, sorrindo de lado.

— É... – Travou. – Não, espera, eu não ‘tava com ciúmes.

— Ata. – Taeyong sorriu debochado.

(...)

Estava na hora da despedida e nenhum deles estava pronto. Todos eles se abraçaram, um por um, mesmo com vergonha.

— Quando você ver ele de calça apertada, você fala “Maravilhosa”, e se ele perguntar o que você fala: “A raba”. – Yuta sussurrava para SiCheng enquanto o abraçava.

WinWin ria enquanto se separava do japonês.

— Taeyong!  -Ouviu Yoonoh chamar.

— Sim? – Se virou, para receber um abraço de urso do Jung. Não perdeu tempo em o abraçar de volta.

— Puta que pariu eu vou sentir sua falta. – Murmurou sem soltar o Lee.

Taeyong riu se afastando um pouco, conferiu se ninguém estava olhando e deu um selinho rápido em Jaehyun. Este que piscou repetidas vezes, tentando entender o que aconteceu.

— Onde você mora, Tae? – Perguntou morrendo de vergonha.

— Incheon. – Respondeu risonho, por conta da carinha envergonhada de Jaehyun.

Yoonoh arregalou os olhos e correu até Kun, pulando em suas costas em seguida.

— Mas o que...JAEHYUN! O QUE ESTÁ FAZENDO!? – Berrou, tentando tirar o coreano de cima de si.

— Ele mora em Incheon, mesmo que seja um pouco longe...É LOGO AO LADO DE SEOUL! – Berrou a última parte, descendo das costas do chinês.

(...)

Ao menos Ten poderia apreciar a presença de Johnny pelo resto da viagem.


Notas Finais


Eu vendo umas fanfic texting aqui do site e me deparo com um belo de um kibe de uma das partes Jaehyun Are You Dumb, acho que a pessoa nem achou que eu ia ver. Mas eu sei que a fanfic dessa pessoa tem o mesmo destino que a minha (a exclusão) então eu fico de boa. Chatead que roubaram até meu "Pão Kun Ovo".


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