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História Definindo Pais e Amor - Flores e desavença


Escrita por: Slytherin_Nice

Notas do Autor


Merlin, eu to muito feliz, a fic passou de mil exibições, MIL!
Muito obrigado tá, pelos comentários, favoritos e exibições, mesmo que são apenas para ver minha desgraça hehehe

Esse cap. é muito especial para minha pessoa, leia com carinho está bem? ^^

Capítulo 15 - Flores e desavença


Severus desaparatou na sala de estar de sua casa no Spinner's End. Severus quase perdeu o equilíbrio quando se materializou. Ele não podia acreditar na sorte que tiveram por não terem estrunchado. Ele sabia muito bem quem o tinha agarrado, por falar nisso o ser de cabelos espessos ainda estava agarrado a ele. Severus fechou os olhos com força e esfregou suas têmporas, tentado em vão afastar a dor de cabeça.

- Granger! Solte-me e explique por que fez isso. – Severus respondeu com uma voz fria e dura.

Hermione o saltou devagar, ela estava um pouco tonta, esse com certeza não foi seu melhor plano. Acalmando seu coração que batia rápido, Hermione olhou seus arredores, ela viu que estava em uma pequena sala de estar. O ar era mórbido e sombrio, como se um dementador morasse ali. Era escuro, mal iluminado, parecia que o sol nunca entrou pelas janelas. Os únicos móveis que tinham era uma pequena mesa, um sofá puído e uma poltrona velha. As paredes eram cobertas por prateleiras cheias de livros, a maioria eram encadernados com capas de couro preto ou marrom, os livros pareciam ser muito antigos, e tinham vários tamanhos. 

Hermione se aproximou de uma prateleira e começou a passar o dedo pelas capas dos livros, os acariciando lentamente, ela estava hipnotizada e encantada pela quantidade de todos esses livros. Ate que dedos longos e finos agarram sua mão.

- Não toque nos livros. E me responda, o que pensa que esta fazendo? – professor Snape perguntou com voz suave, saltando sua mão rapidamente, claramente muito irritado.

- Onde estamos? – Hermione perguntou como se não tinha ouvido nenhuma palavra do seu professor.

- Na minha casa. Agora deixe de bancar a sonsa e me responda, o que raios você está fazendo aqui?

Dando mais uma olhada na sala, Hermione voltou sua atenção a seu professor. Ela não pode deixar de ficar triste por ele, ela não sabia exatamente o porquê mais tudo o que ela queria era abraça-lo e dizer que ele não estava mais sozinho. O clima era tão triste e fúnebre, devia ser horrível morar aqui.

- Eu queria lhe fazer companhia. – disse Hermione suavemente.

- Você não entende Granger, que eu não quero sua companhia?

- Eu sei que você não quer, por isso o imponho. – falou Hermione se aproximando e pegando sua mão na dela. Ela olhou naqueles olhos escuros que ela achava tão bonitos, por mais que ele tentasse esconder, ela conseguia ver a dor dentro deles.– vem vamos colher as plantas. – Hermione disse com um sorriso gentil, tentado sair logo daquele lugar que ela sabia que trazia recordações nada boas para seu professor.

Severus engoliu um seco, Granger o deixava confuso com todas suas ações, ele não sabia o que pensar, ele sabia que Granger não sabia e talvez nunca entendesse o que esse lugar significava para ele, mas por algum motivo ele sabia que Granger se importava, ele apertou sua mão suavemente entrelaçando seus dedos, e a levou para o jardim. Enquanto segurava sua mão e via seu sorriso gentil, sentiu pela primeira em anos seu peito dando um leve aperto. Era um aperto bom ele decidiu.

Eles saíram da casa se deparando com um lindo jardim, era magnifico, diferente do clima de dentro da casa, as várias plantas e flores de todos os tamanhos e cores, traziam vida para esse lugar. Hermione se aproximou saltando a mão do seu professor e identificou várias espécies como azaléias, gardênias, gloxínias, jacintos, acônitos, margaridas, asfódelos, e isso não era nem a metade de todas as espécies que tinham ali.

- O senhor tem um dedo muito verde, não é? – Hermione disse alegre olhando para seu professor.

- De fato. – professor Snape respondeu, tirando a lista do bolso e indo em direção à primeira planta que ia colher. – você poder ficar Granger, só não pise e nem toque em nenhuma planta que não conhece. 

- Sim senhor. – Hermione respondeu alegre, ela começou a andar entre as varias flores encantada por tanta beleza. Ate que se lembrou de que devia procurar uma flor em particular.

Hermione queria pular de emoção quando encontrou, ela se ajoelhou, e acariciou suavemente o pequeno ageratum lilás. Ela sabia que eram muito delicados.

- Como o senhor conseguiu cultivar um ageratum aqui?

- Mágica senhorita Granger, mágica. –professor Snape respondeu de um lugar não muito longe de Hermione, onde estava agachado, retirando com muito cuidado alguma flor. Hermione revirou os olhos.

- Posso pegar um? – Hermione perguntou esperançosa.

- Não.

- Por favor.

- Não. – professor Snape respondeu sem olhar para ela. Mas Hermione sabia que ele estava muito atento para o que ela estava fazendo. Ela bufou e se levantou, quando ele estivesse de costas e mais concentrado ela pegaria o ageratum.

Hermione admirou outras plantas raras, mas logo foi ao encontro do seu professor, ela queria observar como delicado ele estava sendo, ela sempre admirou secretamente o quão suaves os movimentos que as mãos do professor Snape poderiam fazer. Enquanto Hermione se aproximava ela reparou que um uma flor foi colocada como se fosse um destaque. Ela estava no centro e mais elevada que as demais, Hermione notou que aquela flor era a única de sua espécie, diferentes das demais.

- Aquela flor deve ser especial para o senhor, não é? – Hermione perguntou, apontado a flor bonita enquanto se agachava ao lado do seu professor.

Professor Snape levantou os olhos e olhou na direção que Hermione apontava. – talvez.

- É um lírio branco muito bonito. – Hermione disse distraída, enquanto via as mãos delicadas de seu professor colher com muita delicadeza uma planta. – ei, o senhor sabia que as flores têm significados? – professor Snape se manteve em silencio obviamente a ignorava. – um dos significados atribuídos aos lírios é amor, os significados também podem depender da espécie da flor e da sua cor, por exemplo, tulipas amarelas significam amor impossível e as tulipas brancas significam desculpas...

- Granger, você nunca para de falar? – professor Snape perguntou a Hermione já sabendo a resposta.

Hermione deu de ombros e continuou. – minha flor favorita é a Edelweiss, para algumas pessoas ela pode não ser tão bonita como um lírio, para mim ela é linda e a historia por trás dela me encanta, ela é o símbolo do amor eterno. Ela é uma flor nativa dos Alpes europeus, muitos apaixonados se arriscavam escalando os Alpes em busca da flor. Os que retornaram com um buquê de Edelweiss provavam que eram valentes e merecedores do amor de sua amada. Por isso virou simbolo do amor eterno...

- Granger. – professor Snape interrompeu, e a olhou com a sobrancelha levantada.

Com um suspiro Hermione respondeu. – já sei, cale a boca Granger. – Hermione disse tentado imitar a voz do seu professor. 

Ela se levantou e foi em direção do lírio para vê-lo mais de perto, quando chegou ao lírio, sem nem perceber seu pé ficou preso em uma pequena raiz no chão, fazendo Hermione perder o equilíbrio e cair bem em cima do lírio. 

Severus viu e rapidamente se levantou e foi ver a situação do seu precioso lírio. Ele puxou Granger pelo braço sem nenhuma delicadeza e a tirou de cima do lírio, pegando o pequeno lírio esmagado em sua mão.

- Sinto muito professor foi um acidente... – Hermione disse tentando se desculpar, pela cara do seu professor aquela flor era muito importante. Ela se sentia péssima.

- Acidente? – professor Snape perguntou chocado se virando para olhar Hermione – você destruiu o meu lírio.

- Eu sinto muito professor, eu posso plantar um novo...

- CALA A BOCA. – professor Snape gritou olhando com fogo nos olhos de tão bravo, Hermione deu um passo pra trás involuntariamente. – você é uma garota desastrada, não faz nada direito, é uma sabe tudo insuportável, uma menina patética, se não fosse por aqueles dois cabeças ocas, não teria nenhum amigo, ate por que, quem em sã consciência ficaria perto de alguém como você? Você é ridícula Granger. A única coisa que sabe fazer é levantar a mão e ser uma chata dentuça. Se eu pudesse fazer um pedido, eu pediria que você morresse junto com seus pais trouxas, ninguém sentiria sua falta, não passa de uma sangue-rim imunda.

Hermione ouvia aquilo tudo chocada e triste, quando professor Snape terminou de falar seu coração se sentiu como se tivesse partido em dois com suas palavras impiedosas, lagrimas escorriam dos seus olhos. – isso foi cruel de dizer. – Hermione disse em uma voz baixa e tremula. – mas sabe de uma coisa, você pode me insultar o quanto quiser eu não me importo, mas colocar meus pais no meio foi cruel ate pra você, você pode plantar outra flor idiota professor, eu não. – Hermione respondeu esfregando os olhos furiosamente tentando afastar as lágrimas. – quer saber, o senhor ganhou, eu não vou mais ser sua assistente, muito menos quero ficar na sua presença de novo. – com isso Hermione desapareceu com um pop, deixando apenas lágrimas para trás.

Severus ficou olhando o local que Granger desapareceu pelo que pareciam horas. Assim que ele tinha terminado de falar ele tinha se arrependido profundamente, ele fechou os olhos, apertando os punhos e esmagado a flor que estava em sua mão, essa foi a segunda vez que ele deixou seu temperamento assumir, e como na ultima vez ele conseguiu afastar e feri alguém com quem ele se importava. 

Severus sentiu mais uma vez aquele aperto no peito, dessa vez, diferente do aperto de mais cedo ele sabia que era muito, muito ruim.


Notas Finais


Então... nos vemos no próximo capitulo...


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