História Definindo Pais e Amor - Algumas revelações

Casper estava sentado na sua poltrona confortável, com os olhos fechados, muitas coisas passavam pela sua mente, pensamentos que giravam em volta de uma só pessoa... Tom. Os dois se conheceram um pouco depois que Tom saiu de Hogwarts, quando Tom estava na sua jornada de virar um Mestre nas artes das trevas. Casper se lembrava perfeitamente como Tom era na época. Apenas um jovem confuso, revoltado com tudo, um menino que nunca conheceu o amor de qualquer tipo, Tom era vazio por dentro, como se o garoto tivesse nascido sem sentimento algum. Apenas um sentimento Tom tinha na época, o medo, o medo da morte. 

Esse sentimento não era o bastante para Casper poder moldar a mente de Tom para seus objetivos. Era preciso muito mais, era preciso ódio profundo, mas Tom não tinha quem odiar, esse pensamento trouxe um sorriso mau em Casper, bem, não até Tom descobrir a verdade sobre sua família. Casper saltou uma risada maníaca com isso.

- Ah Tom, você é tão tolo. – Casper diz para a sala vazia. Durante muitos anos Tom foi uma marionete perfeita, sem mesmo desconfiar que era controlado. Ate aquela mulher aparecer na sua vida. Ele deveria ter desconfiando que algo estava errado quando Tom voltou de viajem, ele devia ter desconfiado daquelas faíscas de sentimentos que brilhavam nos olhos de Tom. Mas Casper deixou aquilo passar, e por isso, seus planos tiveram que mudar. Casper suspirou frustrado, Tom deixou de ser uma marionete, e virou um molenga.  Bem, ele apenas tem que transformar Tom no que era antes, no tempo em que ele não tinha conhecido aquela mulher. Seria muito mais fácil se Tom, se livrasse das lembranças dela... 

Casper foi interrompido de seus pensamentos por um grande barulho do lado de fora da casa, que logo foi seguido por batidas na porta. Casper revirou os olhos e acenou com a mão, abrindo a porta com magia sem varinha.

– Então, conseguiram alguma informação? – Casper perguntar sem enrolação.

- Com as informações que o senhor nos deu, conseguimos três possíveis jovens. – Greyback responde enquanto ele e Dolohov entram na sala.

- Os dados batem perfeitamente com a região que o senhor disse que a criança poderia ter sido deixada, e a idade também é a mesma. – Dolohov completa, Casper balança a cabeça como se pedindo para prosseguir. – dois garotos e uma menina. Um dos garotos já não estuda e trabalha no Ministério ele ao que parece é um Slytherin, os outros dois ainda estão em Hogwarts, o menino é um ravenclaw e a menina uma gryffindor.  

Casper esfrega o queixo pensativo. – eu quero que vocês os sequestrem, mas um por um, temos que ser o muito discretos, comecem pelo garoto que trabalha no Ministério, os outros dois poderão ser um problema... esses jovens por acaso permaneceram em Hogwarts nesse tempo sem aulas? – Casper pergunta olhando para Dolohov e Greyback.

- Apenas a menina permaneceu no castelo – Dolohov responde. 

- Excelente. – Casper diz com um sorriso maligno, seus olhos violetas brilhando. – vamos deixar a menina por ultimo, eu duvido muito que o jovem que procuro seja um gryffindor. 

- Sr Gloom, qual o interesse nesses jovens? E por que só agora? – Dolohov pergunta curioso.

- Por causa do Lord. – Casper responde indo em direção à janela e olhando pensativo a paisagem. 

- O Lord?! – Dolohov e Greyback perguntam surpresos. 

Casper suspira aborrecido e olha para seus dois capangas. – eu acho que para que isso funcione, vocês dois precisam saber um dos segredos mais bem guardados do Lord. – Dolohov e Greyback se entreolharam sem entender nada. – há muitos anos atrás o Lord conheceu uma mulher...

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Hermione estava sentada em sua cama admirando a pequena caixa que professor Snape a tinha dado, e que continha o precioso ageratum, ela sorriu boba com isso, professor Snape tinha lembrado, parece que mesmo a chamando de irritante e insuportável ele a ouvia.

- Eu preciso de um lugar para fazer a poção... – Hermione diz para si mesma.  – já sei. - Hermione diz e sai do quarto em direção ao banheiro feminino.

Hermione sabia que Murta a estava observando e revirou os olhos. – o que foi?

- O que você está fazendo? Outra poção para se transformar em um gato gigante? – Murta respondeu rindo enquanto flutuava belo banheiro. 

- Ha ha muito engraçado. O que estou fazendo não é do seu interesse, então, por favor, não me atrapalhe. – Hermione disse e voltou sua atenção aos ingredientes que estava cortando, os cortes tinha que ser precisos, ela não queria estragar essa poção, era uma poção muito importante, os ingredientes custaram uma fortuna, ela devia ter roubado do professor Snape, sairia mais barato, mas o mais importante é que se ela estragasse a poção ela tinha certeza que professor Snape não a daria outro ageratum. 

- Eu não sei não, essa coisa que você está fazendo parece muito perigosa, eu devia contar para algum professor. – Murta respondeu olhando para suas unhas invisíveis.

- Não! Er... quer dizer... não é nada perigoso, apenas um experimento inofensivo. – Hermione respondeu um pouco desconfortável, se Murta contasse para alguém sobre isso, ela estaria muito ferrada, professor Snape com certeza iria tirar uma dezena de pontos. Ela não podia correr o risco, aquele desgraçado a tinha em suas mãos, ate ela se livrar daquele caderninho. – que tal fazermos um acordo? – Hermione pergunta a Murta quando uma ideia surge em sua mente.

- Que tipo de acordo? – Murta pergunta muito interessada.

- Você me deixa em paz, não conta a ninguém, e em troca eu te dou uma foto do Harry sem camisa, o que acha? É pegar ou largar. – Hermione diz com um sorriso vitorioso.

- Eu prefiro uma foto do Harry sem roupa, mas eu acho que é melhor que nada, trato feito. – Murta responde flutuando em direção de um vaso sanitário e dando descarga em si mesma.

Hermione revira os olhos, pelo menos agora ela pode se concretar, já é ruim ter um morcego em seus ombros quando ela está fermentando uma poção, agora um fantasma é sacanagem.

Hermione ficou no banheiro a manhã inteira, essa poção era a mais difícil que ela tinha feito ate agora, era preciso muito mais que conhecimento, era preciso habilidade. Mas Hermione estava feliz, assim que a poção estivesse pronta ela saberia se um dos seus pais é bruxo, ou se ela é uma nascida trouxa depois de tudo. Ela estava tão concentrada que nem viu o tempo passar, ate que olhou o relógio e viu que era do almoço.

Hermione colocou um feitiço estase na poção e correu em direção ao salão principal. Quando Hermione chegou todos já estavam comendo, ela ficou um pouco envergonhada quando olharam para ela. Ela olhou em direção a professora McGonagall que apenas balançou a cabeça em reconhecimento, então seu olhar caiu em cima de um bruxo que esteva ignorado a todos, olhos fixos em seu prato, ele deve ter sentindo Hermione o olhando e levantou os olhos, ele apenas levantou uma sobrancelha e voltou a encarar seu prato. 

Hermione quase revirou os olhos pra ele. Hermione sentou e começou a por comida no prato, ela estava um pouco frustrada, seus cortes não estavam sendo precisos. Ela tem que aprender um jeito diferente para cortar a pele de sanguessuga.  Seu olhar voltou ao professor Snape, ela poderia pedir a ele, ele não diria não, certo?

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- Não. – professor Snape respondeu entediado.

- Por favor, professor, eu preciso aprender a cortar a pele de uma sanguessuga, quando e-...

- Granger o que você está aprontado? - Professor Snape interrompe observando intrigado.

- Nada, eu apenas quero saber, eu sou uma sabe-tudo, não se lembrar? Então, o que me diz? 

- Não. – professor Snape responde novamente.

- Por favor, é muito importante, se o senhor quiser eu imploro de joelhos. – Hermione responde se ajoelhando.

- Levante senhorita Granger, essa demonstração patética em nada me convenceu. Mas eu vou lhe ensinar se a senhorita fizer uma coisa para mim.

- Qualquer coisa. – Hermione responde esperançosa.

- Me dê um beijo. – professor Snape diz com um sorrisinho.

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- Ouch! – Hermione deu um pequeno grito surpresa, enquanto esfregava a cabeça que acabará de ser golpeada por um livro. Ela olha pra cima e vê professor Snape com a sobrancelha levantada, sorriso de escarnio e um livro na mão. – por que você fez isso?

- Você não apareceu no laboratório depois do almoço então eu vim procurar a senhorita. – ele respondeu cruzando os braços no peito.  Hermione ainda estava um pouco confusa com tudo, ela olhou a redor e viu que estava na biblioteca. Ah sim, agora ela se lembrava, depois do almoço ela tinha indo ate a biblioteca procurar sobre métodos de corte de ingredientes, ela deve ter caído no sono. Ela voltou seu olhar para professor Snape.

- Você ficou preocupado comigo não é professor Snape? – Hermione diz com um sorriso petulante.

- Na verdade eu preciso que você limpe três caldeirões, e depois leve as poções que já estão prontas para a enfermaria.

- Ei, espere um pouco, eu não sou um elfo domestico. – Hermione responde indignada. 

- Você, senhorita Granger, é minha assistente agora, e isso faz da senhorita pior que um elfo doméstico, tenha certeza disso. – professor Snape responde ainda com o sorriso de escarnio. – agora levante-se, você já perdeu muito tempo com esse soninho de beleza, que aliás, não está fazendo efeito algum na senhorita. – dito isso, professor Snape se virou e saiu da biblioteca, capa ondulante e tudo. 

- Ei! – Hermione tenta discutir. Mas ele já foi. “Morcego idiota”, Hermione pensa consigo mesma enquanto saia correndo atrás dele, ela vai ofende-lo mentalmente agora, gryffindor já perdeu muito pontos. Com algum esforço ela o alcança um pouco antes de chegar ao escritório.

- Isso foi vinte pontos de gryffindor Granger. – Severus fala sem olhar pra ela.

- O que?! Por quê?! – Hermione pergunta exasperada.

Professor Snape não responde, apenas continua andando em direção ao seu escritório. Ele para em frete a porta, e só então responde.

- Dez pontos pelo atraso, e dez pelo insulto.

- Mas que insulto, eu não...

- Tsc, tsc, tsc. Você acha mesmo que não conheço sua petulância Granger? – professor Snape pergunta interrompendo.

- Mas eu não-

- Isso foram mais cinco por tentar mentir. – Severus diz, e entra no escritório fechando a porta na cara de Hermione.

- Merlin! – Hermione diz apertando os punhos, ele era impossível. “Ele tá pior que Dumbledore e sua onisciência irritante”. Hermione pensa aborrecida, contando ate mil para se acalmar.  

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- Vocês entenderam a importância de achar esse jovem? – Casper pergunta a Dolohov e Greyback depois de contar toda a história do Lord e da sua quase ruína por causa de uma mulher. Dolohov e Greyback apenas afirmam com a cabeça.

- Sr Gloom, mas e a mãe da criança? Ela não seria um problema se resolvesse aparecer? – pergunta Dolohov. 

- Com isso não precisamos nos preocupar. – Casper diz um sorriso maléfico. Dolohov e Greyback ficam sem entender mas uma vez. Casper balança a cabeça em tamanha burrice. – muito simples meus caros, eu a matei.