História Definindo Pais e Amor - Tortura...

Severus se materializou no meio de uma grande clareira, cercada por grandes árvores secas, a pouca luz da lua crescente era a única coisa que iluminava aquele ambiente mórbido. Ele avistou a poucos metros a sua frente um grupo muito grande de comensais, pela quantidade, o que iria acontecer hoje seria grande. A cada passo que dava em direção do grupo as gargalhadas maníacas e gritos agonizantes ficavam cada vez mais altos. Severus estava um pouco receoso em se aproximar, pelo jeito, era o ultimo a chegar, e ele tinha certeza que seria punido, pelos gritos o Lord estava muito feliz. Severus parou, fechou os olhos e limpou completamente a sua mente, controlando suas emoções, ele não pensaria em nada e em ninguém. 

- Ora, ora, ora, então resolveu aparecer Severus. – o Lord das Trevas disse assim que notou a presença de Severus. Os demais comensais abriram caminho, para o Lord ter uma visão melhor de Snape. Severus não respondeu nada, apenas continuou andado, por trás de sua mascara de comensal ele podia ver as reações de seus companheiros, alguns tinham o olhar alegre, pois sabiam que ele seria punido, outros tinham inveja, por ele fazer parte do circulo interno do Lord, e por fim tinham aqueles que mesmo fechando suas mentes, ainda se via flash de medo passando por seus olhos. 

O Lord das Trevas estava no meio de todos os comensais, ele estava torturando pessoalmente alguns trouxas que foram capturados, apenas por serem trouxas, ele queria mostrar a seus seguidores como descartáveis e imprestáveis os trouxas eram, deviam ser tratados por aquilo que eram, as escorias mais sujas do mundo, só havia um destino para lixos como os trouxas e seus descendentes sangue-ruins imundos, a morte. 

Severus se aproximou do Lord, se curvando em uma profunda reverência. Voldemort abriu um sorriso pela subordinação que em um instante se transformou em desgosto. 

- Crucio! – Severus caiu em agonia no chão aos pés de Voldemort, a dor era quase insuportável, mas nenhum som iria sair da boca de Severus, ele não ia dar essa satisfação para o Lord. Voldemort se abaixou, tirou a mascara de Severus, pôs a varinha no queixo de Severus, fazendo-o olhar diretamente nos seus olhos sem vida. Severus viu aqueles olhos demoníacos sedentos por morte, aquele senhor com quem ele riu dias atrás, e se preocupou com ele não existia mais, diante dele estava uma criatura que não podia se chamar de humana, não por causa da sua aparência, mas pelos desejos que agora contaminavam seu interior. – por que a demora Severus? O seu senhor não é tão importante assim? – Voldemort estava possesso em raiva, alguns comensais começaram a rir do aparente fim que Snape ia ter hoje. – CALADOS! AVADA KEDAVRA! – Lord Voldemort gritou para o grupo, atingindo um deles em cheio no peito com o flash de luz verde, qualquer riso ou barulho se cessou imediatamente, apenas os gritos dos trouxas podiam ser ouvidos, eles ainda estavam sentindo a dor da tortura. – vamos Severus, não me deixe aguardando! – o Lord disse ainda sem tirar os olhos de Severus, a varinha no queixo de Severus o perfurou com mais força. 

Severus estava tentando se recompor da dor que estava sentindo, ele respirou fundo e respondeu calmamente. – Não há nada mais importante que o senhor, Milord. – Voldemort apertou os olhos desconfiado dessas palavras. – por uma questão de inconveniência eu precisei avisar Dumbledore sobre a minha saída, caso contrario seria muito suspeito, senhor.

Muito lentamente um sorriso de aceitação apareceu no rosto de Voldemort, ele se levantou e olhou Severus que estava deitando no chão. – levanta-se. – ele disse frio. Ele olhou para o lado, onde seus brinquedos trouxas ainda estavam gritando em agonia, ele apontou a varinha e três flashes verdes um atrás do outro foram lançados, fazendo cair um profundo silencio tenso.  Seu olhar agora recaindo sobre seus demais seguidores. – eu os chamei aqui não só para apreciarem a tortura daqueles trouxas sujos. Mas por um motivo mais importante. Hoje atacaremos Hogsmeade! – Voldemort disse, alegrando seus comensais. – eu quero destruição total. – O Lord disse com um sorriso maléfico, fazendo com que alguns comensais clamarem de empolgação.  – não só isso. – Voldemort fala olhando para os seus comensais, seu olhar demorando um milésimo a mais em Severus. – ao mesmo tempo em que atacaremos Hogsmeade, atacaremos a casa daqueles traidores de sangue, os Weasley. 

Se Severus fosse um homem menor, seus olhos teriam de arregalando em surpresa, como ele não era, seu rosto continuou impassível. “Merlin sangrento! Isso não é nada bom, como vou avisar Dumbledore?” Severus pensou.

 Enquanto Severus pensava em alguma ideia para avisar a Dumbledore, o Lord tinha dividido os comensais em dois grupos, o maior iria atacar Hogsmeade, o resto cuidaria dos Weasleys.

- Vocês partiram agora, ganhem bastante tempo! – dito isso, vários comensais voaram deixando para trás, somente os rastro de fumaça negra. – quanto a vocês – Voldemort disse aos que ficaram, Severus sendo um deles. – Algumas coisas que devem saber antes do ataque, não me importa o que acontece com os Weasleys, apenas não matem o menino se o encontrarem. Podem machucá-lo a ponto de quase morte, apenas não o matem, quem terá esse prazer será eu, entenderam? – vários ‘sim mestre’ e ‘sim Milord’ foram ouvidos. – ótimo, vocês partiram agora, não se aprecem muito, apenas o tempo suficiente para que todos estejam concentrados em Hogsmeade, vão! – mais uma vez, várias fumaças negras subiram ao céu.

– Severus, você fica. 

Severus apenas olhou para o Lord das Trevas, ele esperava que essa conversa acabasse logo, caso contrario, os Weasley estariam mortos.

-Diga-me Severus, o que achou de tudo isso?

Severus olhou um pouco confuso. – é um grande plano senhor, todos concentrados em Hogsmeade, deixa os Weasley como um alvo fácil. 

Voldemort andou até Severus ficando cara-a-cara, levantou a varinha para o pescoço de Severus.  – Aer Nagatio! – Severus começou a sufocar, caindo de joelhos, segurando o colarinho das suas vestes. – você me acha idiota Severus?

- Nunca... Milord. – Severus respondeu, sua voz quase não saindo, tentando muito difícil respirar. Se o Lord continuasse com o feitiço, ele morreria sufocado. 

Voldemort suspendeu o feitiço. Abaixou-se ficando da altura de Severus, que estava de joelhos recuperando folego. – você está sendo um espião medíocre Severus. Legilimens! – Voldemort adentrou a mente de Severus, não vendo nada de grande importância. Com as forças que ainda tinha, Severus conseguiu desviar todas as lembranças de Granger, no mais profundo da sua mente, ele não colocaria em risco a vida da menina, só porque ela era estupida em ser sua assistente.  – nada! Nada de útil! – Voldemort gritou na cara de Severus. Severus encarou sem falar nada, sua respiração quase voltando ao normal. Voldemort se levantou. – não, eu estou sendo injusto, você é um leal seguidor Severus, muito útil, com suas poções, inteligência, e grande criador de alguns feitiços, não é mesmo? Deixe me ver, se me lembro bem, um dos feitiços que você criou é muito bom. Qual é o nome mesmo? Oh é claro. Sectumsempra! – Voldemort grita, fazendo um grande corte profundo por todo o peito de Severus, fazendo suas vestes de encharcarem de sangue. 

- Milord... porque...

- Por quê?! Pela sua incompetência. CRUCIO. Ou você se esquece de que o único trabalho que deve fazer é conseguir informação da Ordem de Dumbledore? Você está falhando comigo Severus. CRUCIO. Eu não aceito falhas. CRUCIO. Na próxima vez que eu o chamar, venha imediatamente, e tenha uma informação útil. CRUCIO!

Dessa Severus não conseguia aguentar, a dor era terrível, ele sentia como se todos os seus músculos internos se dilacerassem, a dor era crucial. Severus emitiu um grito de martírio.

- Veja só, parece que finalmente consegui tortura-lo a ponto de você gritar Severus. – o Lord falava gargalhando do sofrimento de Severus. – CRUCIO!

Mais uma vez Severus gritou de dor, a grande ferida em seu peito junto com os crucios estavam o matando de dor. Severus estava deitado no chão, com espasmos causados pelo cruciatus. A cada maldição, uma onda de dor impensável percorria todo o seu corpo.  

- Se eu souber, ou suspeitar que esteja me traindo, tenha certeza que seu destino será pior que essa tortura fraca. CRUCIO!

Severus saltou um alto grito de dor, ele sabia que estava a ponto de desmaiar de dor. O rosto do Lord das Trevas, sorrindo de prazer pelo seu sofrimento, foi a ultima coisa que ele viu, antes de tudo ficar escuro.  

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O Lord viu quando Severus caiu na inconsciência, um sorriso satisfeito apareceu em seu rosto, agora Severus não ia correndo contar a Dumbledore sobre seus planos. Atrás dele, duas figuras surgiram de trás das arvores e se aproximaram para ver a situação.

- Merlin! Ele está morto? – perguntou um deles, indo até Severus, tocando seu corpo inconsciente com o pé.

- Não seja tolo Dolohov, ele não está morto... ainda não.

- O senhor quer que o matemos? – perguntou Greyback que tinha ficando do lado do Lord. 

- Isso... não será um problema se o verdadeiro Lord descobrir? – Perguntou Dolohov, que estava chutando as costelas de Severus, até que ouviu um ‘cracc’. Dolohov sorriu. Ele tinha quebrando as costelas de Severus. 

- Não é minha culpa, se Snape decidiu ficar para trás e colher alguns ingredientes para suas poções. Ele deveria saber que nessa floresta existem criaturas que não pensariam duas vezes em comê-lo vivo. – Lord/Casper respondeu cínico. 

- Tem certeza senhor? Não é melhor mata-lo só para garantir? – Greyback perguntou. 

- Não, deixe que alguma criatura venha e o coma vivo, ele não terá força alguma para se defender. – Lord/Casper responde, olhando a pequena poça de sangue que se formou ao redor de Severus. Aquilo com certeza atrairia alguma criatura esfomeada. – até porque, ele está quase morto com toda essa perda de sangue. – Lord/Casper olhou para seus dois capangas. – esqueça-o temos coisas mais importantes para fazer. Isso foi tempo suficiente, para que o ataque a Hogsmeade tenha chamado a atenção.  Eu quero os dois no ataque a casa dos Weasley, certifiquem de matar todos eles.  

- O senhor não vai? – perguntou Dolohov curioso.

- Não, se eu por os olhos naquele maldito menino, eu jogo um avada sem pensar duas vezes, o problema é que se eu fizer isso eu sou morto pelo Lord das Trevas. – Lord/Casper respondeu com desdém. Greyback e Dolohov concordaram com a cabeça. Dolohov se volta e olha o que há muitos anos considerou um parceiro comensal. 

- Eu acho uma pena que um grande comensal como Snape, tenha um fim assim. – Dolohov fala, olhando para Severus. 

- Não diga tolices Dolohov, Snape é uma farsa. Mas é claro que o Lord não acreditaria nas minhas suspeitas. Com Severus fora do caminho. As coisas vão ficar mais fácies. – Lord/Casper responde com um sorriso vitorioso. – e quanto a vocês dois, hora de matar alguns idiotas traidores de sangue. Vamos. – Lord/Casper fala e aparata indo embora. 

- É claro senhor Gloom. – Greyback e Dolohov respondem também partindo para seus respectivos destinos. 

- Senhor... Gloom... – Severus repete em um murmúrio em meio aos gemidos de dor. Ele tinha voltado à consciência, e escutado o ultimo nome que os dois haviam dito.  

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Hermione estava sentada perto dos portões de Hogwarts esperando o retorno do professor Snape, fazia algumas horas que ele tinha partido. Ela estava muito preocupada, aquele pressentimento ruim não a tinha deixado nem por um segundo. 

Ela estava olhando o horizonte, quando uma figura apareceu do nada caindo no chão em um forte tombo, a figura não fazia nenhum movimento, devia estar desacordada. De longe aquilo parecia apenas o monte de roupas negras espalhadas. Mas Hermione sabia muito bem quem era.

- PROFESSOR SNAPE! – Hermione gritou, correndo com todas as suas forças em direção à figura caída...