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História Definindo Pais e Amor - Com quem está sua lealdade?


Escrita por: Slytherin_Nice

Notas do Autor


Nos comentários do último capítulo, minha leitora Sherlock (sim, eu ainda vou chamar você assim rs) me lembrou de uma coisa muito importante, que eu me toquei de que não avisei hehehe Oh, bem, aqui nessa fic tio Vold vai ser puro-sangue, eu posso ter criado uma história sobre ele ser puro-sangue? com certeza eu fiz isso. Para você vê a capacidade da minha mente doente, eu criei toda uma história sobre o tio Vold e seu passado, eu acredito que não vou entrar em muito detalhes sobre isso, o importante mesmo é ter em mente que tio Vold aqui nessa fanfic é puro-sangue. (se você por algum motivo, o que eu acho improvável, ficou curioso sobre isso, procure nos comentários do último cap eu meio que fiz um resumo muito confuso sobre isso,não, eu não estou dizendo em qual comentário está, por que? porque eu sou mau u.u muhahahahahahaha)

Capítulo 28 - Com quem está sua lealdade?


Severus estava chocado, não, não chocado, ele estava perplexo, ele podia sentir sua boca formando um quase “O” perfeito, Severus fechou rapidamente sua boca, e olhou para Tom.

- Você acha assim tão bizarro que uma mulher tenha se interessado por mim, Severus? – perguntou Tom com um olhar assassino.

- Sim! quer dizer não! Er... eu... bem... 

Tom saltou uma risada apreciativa, não era todo dia que Severus Snape tropeçava em suas palavras. 

- Não seja tão tenso, estou apenas brincando. – disse Tom, olhos brilhando em diversão. Então seu semblante ficou mais sério, Tom desviou o olhar de Severus. Severus viu o pequeno flash de dor e saudade que passou pelos olhos de Tom, mas foi tão rápido que se ele não fosse um bom observador não teria notado. – eu não vou entrar em detalhes sobre a mãe da criança, ela não me interessa em tudo. – Tom disse frio e duro. Mas Severus viu o esforço de suas palavras, “será que alguém como o Lord das Trevas poderia amar alguém?”, Severus pensou que sim, mas não o Lord em si, e sim o homem que parecia existir por trás.

Tom olhou para Severus novamente, ele sabia que Severus o estava avaliando atentamente, essa era uma das coisas que Tom gostava em Severus, ele era centrado e não deixava escapar o mínimo detalhe. Ele sabia que Severus tinha visto a dor por trás de suas palavras quando ele falou de Verina, que por Merlin, era uma mentira, ele se importava com Verina, depois de todos esses anos, mesmo depois do que ela fez, ele não podia simplesmente deixar de amá-la assim, como ele poderia? ela o ensinou a amar e sentir sentimentos que ele nunca pensou que existissem.  Tom se repreendeu internamente, ele não ia pensar nela, não mais, ele faria o que ele aprendeu em todos esses anos, ele iria ignorar e se esquecer de que ela um dia existiu e seguir em frente, mas os sentimentos e compaixão que ela o ensinou a ter, ele não conseguia esquecer e nem ignorar, então ele aceitou de bom grato, mas isso não significava que ele tinha virado um bruxo macio, porque ele não era, essa era a razão pela qual ele não demonstrava seu lado mais compreensível a todo mundo, as únicas pessoas que ele se deixou mostrar um lado mais... bem... um lado mais “Tom” por assim dizer, foi para os Malfoy, os Lestrange e Severus, os demais ele podia jogar um avada se fosse necessário, não eram importantes para ele, até seus seguidores não tinha presenciado esse lado... mais humano? Ele não sabia como chamar esse lado dele, o caso era que seus seguidores não sabiam, mas isso não significava que ele não se importava, porque ele se importava, eles eram seus seguidores afinal não eram? Ele não queria que fizessem um motim pelas suas costas...

- Eu fui informado que a mulher abortou a criança. Mas eu pensei melhor em quem me disse sobre isso, e cheguei à conclusão que não confinou nele completamente. – Severus pensou se essa tal pessoa seria Gloom. – o que quero dizer, é que quero ter completa certeza de que a criança está morta mesmo. 

- O que o senhor fará se a criança ainda vive? – Perguntou Severus intrigado.

- Então eu vou mata-la eu mesmo. – disse Tom com uma voz gelada. Então um sorriso se formou nos lábios de Tom. Severus olhou com seu semblante reservado normal. – na verdade você vai matar a criança se ela vive. – Tom disse com olhos brilhando em maldade. Severus olhou um tanto espantado, ele pensou que talvez, apenas talvez o Lord gostasse da ideia de ter um herdeiro, mas parece que não. Tom saltou uma risada alegre. Severus estava convencido de que ele tinha perdido sua mente. – eu estou brincando, já disse para não ser tão tenso.

- Eu não entendo Milord. – Severus disse, ele não entendia mesmo, o que estava acontecendo aqui?

- Eu não quero a criança morta, eu quero conhecê-la. – Tom disse, um sorriso malicioso se formando em seus lábios quando completou. – então depois vou mata-la. 

Severus olhou para Tom não entendendo nada, Tom levantou uma sobrancelha o imitando, Severus não pode contém o absurdo de tudo e saltou uma risada, o Lord estava brincando, mas parou quando espasmos afetavam seus músculos fazendo se contraírem, o bom era que isso só durava alguns segundos, isso era um efeito pós-cruciatus irritante, que só o tempo curava, às vezes nem o tempo poderia ajudar. 

- Desde quando aurores começaram a usar cruciatus? – perguntou Tom intrigado com o cenho franzindo. 

- Desculpe? – Severus perguntou confuso.

- Ontem foi o ataque a Hogsmeade e aos Weasley, eu suponho que a única explicação por esses espasmos de pós-cruciatus foi por ter sido acertado quando fazia seu trabalho de comensal? – Tom perguntou. Severus agora tinha certeza que existiam dois Lords das Trevas, e estava se debatendo consigo mesmo, deveria contar ou não o que aconteceu com ele?

- O senhor parece não lembrar Milord, mas foi o senhor que me amaldiçoou com cruciatus como punição de não ter nenhuma informação sobre algum plano de Dumbledore e sua Ordem. 

Tom olhou para Severus por alguns segundos sem dizer nada, deixando que essa informação sem sentido chegasse a sua mente, Tom conteve a fúria e raiva que sentiu quando se deu conta do que realmente aconteceu.  

- Eu vejo. – disse Tom indiferente. – siga-me. 

Tom se levantou e foi em direção a uma porta que levava ao que parecia um porão, Severus seguiu cauteloso. Desceram a escadas e chegaram a uma porta de cor cinza profundo. Tom parou e acenou para Severus entrar. 

Severus estava sem palavras, era um laboratório simples, mas elegante e muito bem equipado, havia várias prateleiras com ingredientes dos mais variados e exóticos, armários grandes onde Severus supôs que também havia ingredientes, um balcão enorme onde se fermentava poções, tinha algumas estantes com livros, as paredes eram de uma cor verde pastel, quanto a bancada do meio não havia nenhum caldeirão no fogo fermentando, eles estavam como se em exibição em um armário de vidro. O laboratório estava limpo, como se ninguém tivesse posto o pé aqui, com exceção da enorme mesa ao canto com vários papeis espalhados sobre ela junto com alguns objetos que Severus deduziu que eram coisas das trevas. Severus teve um forte desejo de mexer em tudo como uma criança em uma loja de brinquedos, mas se limitou a ficar encarando os livros, ele queria saber do que se tratavam. 

- Vá em frente e olhe os livros. – Tom disse divertido com o comportamento de Severus. 

Enquanto Severus estava passando os dedos por entre os livros lendo seus títulos, Tom foi até um armário e começou a procurar alguma coisa, Severus o observou por alguns segundos querendo saber o que ele procurava, mas logo sua atenção se voltou aos livros em sua frente, eram no geral livros de artes das trevas, maldições, e alguns livros sobre poções de edições raras, que Severus só tinha visto e lido cópias, um livro vermelho vinho em particular chamou a atenção de Severus, ele puxou o livro e leu o título, “Desvendando as Trevas” era o nome, ele já tinha lido é claro, era de uma famosa mestra de artes das trevas, agora que ele pensou sobre isso, fazia anos que ele não tinha ouvido falar nela. Severus devolveu o livro no lugar, quando mais uma vez sua atenção foi chamada para um livro de capa verde escura profunda, “Vício das Trevas” era o nome, um pequeno sorriso se formou nos lábios de Severus, esse livro tinha vários volumes, Severus havia lido todos, na verdade ele era um grande fã do escritor que se chamava T. Dark, um pseudônimo é claro.

- Vejo que também é um fã dessa obra? – preguntou Tom curioso quando viu Severus folheando o livro que ele conhecia muito bem.

- Oh, sim, o livro é de certa forma evolvente e apaixonante pelas artes das trevas, sempre muito sincero sobre as consequências. 

- Verdade?

- Sim, o escritor consegue descrever os feitiços, poções e demais magias das trevas com uma pequena historia trágica inteligente com uma escrita sempre precisa e direta, que faz o livro ser mais divertido se você ler nas entrelinhas. Não é atoa que vende tanto. – Severus disse com os lábios franzidos. 

- Vejo que você tem um problema com isso. – Tom perguntou distraído ainda procurando algo no armário. 

- Não é bem um problema, é só estranho que com todo o sucesso do livro, o escritor ainda se mantenha anônimo. 

- Vai ver é porque ele não tenha escrito pelo reconhecimento. – Tom disse olhando para Severus. Severus balançou a cabeça em acordo. – Muito bem, aqui está. – Tom disse mostrando um pequeno frasco de poções azul celeste.

Severus foi até ele e pegou o frasco, ele olhou incerto. – beba. – Tom o incentivou. – é uma poção que vai anular os efeitos deixados pelo cruciatus. 

- Mas...

- Apenas beba Severus. – Tom o cortou impaciente.

Severus olhou uma última vez do Lord para o frasco, com um gole bebeu todo o líquido azul que tinha um gosto nada vil que ele havia imaginado, na verdade o gosto se assemelhava estranhamente a canela, não era ruim ao todo. Dentro de segundos as dores que Severus ainda sentia em seus músculos se soltaram e o deixaram mais leve.

- Eu pensei que tal poção não era possível. – Severus sabia que não era possível, isso só podia significar uma coisa...

- Não era. Por mais estranho que pareça, ser um Lord das Trevas te deixa com algum tempo livre. – verdade seja dita, Tom precisou criar essa poção depois das torturas que Casper infringia a seus comensais quando ele jogava o Lord, não seriam uteis para a causa se vivessem se contorcendo com os efeitos pós-cruciatus o tempo todo. Tom derramava algumas gotas no chá dos que a tortura fosse mais difícil, ele não contaria a ninguém sobre isso é claro.

Severus estava louco para fazer perguntas como: quanto tempo durou a pesquisa? Que ingredientes foram usados? Qual o tempo de preparo? Em que... então ele pensou em Granger e como ele estava agindo como ela, esse pensamento o deixou com um gosto amargo na boca e uma carranca no rosto. “Maldita Granger, por aparecer sem permissão em meus pensamentos” Severus pensou em desgosto. 

- Agora voltando ao assunto Severus. – Tom disse enquanto se sentava na grande mesa e afastava o papeis, acendo para Severus se sentar em uma cadeira ao seu lado. – eu temo que eu não tenha muitas informações para dar a você sobre a localização da criança. – Tom pensou no que Verina tinha escrito na carta em que ela rompeu com tudo, suas mãos se apertaram em punhos. – muito provavelmente, se a criança estiver viva, tenha indo parar em um orfanato. 

- Er... humm... – Severus estava um pouco desconfortável em perguntar, mas precisava saber. – a chance da criança ser nascida com mágica, bem...

- Muito provável a criança ser mágica, na verdade ela é uma bruxa ou um bruxo muito poderoso tenho certeza. – Tom respondeu com um pequeno brilho nos olhos. 

- Como professor tenho acesso aos arquivos dos alunos, não será difícil achar quem de algum modo foi adotado. 

- Ótimo, faça isso. 

- Mas ajudaria imensamente se eu soubesse a idade da criança, Milord. – Severus disse um tanto curioso para saber qual a idade teria o filho ou filha do Lord. Tom franziu o cenho, obviamente fazendo contas mentais.

- Em torno de dezoito anos. – Tom disse com uma pequena sugestão de sorriso, era engraçado chamar de “criança” quando na verdade se tratava de um jovem.

Severus arregalou levemente os olhos. “Merlin, como alguém pode ser tão ignorante por tanto tempo? O que não deixou que o Lord soubesse da existência dessa criança? Porque só agora?” eram essas e outras perguntas que enchiam a cabeça de Severus.

- Se me der licença Milord, eu quero começar essa investigação o quanto antes. – disse Severus, o que era verdade, ele queria muito descobrir esse mistério, e o mais importante quem poderia ser o herdeiro do Lord das Trevas? 

Tom olhou para Severus muito sério. 

- Não use sua marca para falar comigo ou me encontrar se for necessário, principalmente não esse dias. – Severus ouvia tudo atentamente. – também não fale comigo sobre isso a menos que eu pergunte, principalmente se eu estiver com o glamour. – Severus afirmou com a cabeça.

- Como entrarei em contato Milord?

- Muito simples. – Tom disse um sorriso que poderia ser chamando de paternal. – eu vou lhe dizer a localização do Manor Riddle.

Severus estava sem palavras, isso significava que o Lord tinha plena confiança nele, ninguém sabia a localização do Manor, nem mesmo Lucius, Severus de algum modo estava tocado por tal confiança ao mesmo tempo lá no fundo se sentia culpado. Ele olhou para Tom direto nos seus olhos, Tom estava olhando para ele não como um Mestre e Senhor, mas como o que Severus pensou que seria como um pai olhando para seu filho, havia o brilho que dizia, "eu confio em você, não me decepcione, eu espero grandes coisas vindo de você", era o mesmo brilho que Severus tinha visto quando conheceu Tom. Então veio a Severus, o quão diferentes Gloom era de Tom, ele poderia diferencia-los facilmente agora, Tom era o único que tinha esse brilho nos olhos, mesmo sobre o glamour o brilho permanecia lá, sempre presente nos seus olhos castanhos escuros. Ele lembrou das vezes que olhou para os olhos do “Lord” e viu nada além de esferas frias e sem vida, com um toque de violeta, nessas ocasiões Severus pensava que estava louco, porque não entendia as vezes que o brilho nos olhos do Lord não estavam lá. Severus tinha plena certeza que nem todos poderiam ver essa diferença tão sutil, ele, Lucius e Rodolphus já tinham notado antes, até conversaram sobre isso na ocasião.

- Como vamos ter certeza que é o jovem certo? – Severus perguntou de repente quando esse pensamento veio a ele.

Tom levantou e voltou ao armário, dessa vez encontrou rapidamente o que queria, era um grande frasco com um líquido transparente.

- Sabe o que é isso não é Severus? – Tom perguntou pondo o grande frasco na mesa.

- Eu faço. - afirmou Severus encarando o frasco, ele se lembrou de Granger. Lá estava ela novamente em seus pensamentos.

Tom pegou uma faca e fez um pequeno furo no dedo indicador da mão direita, apenas uma gota de sangue caiu no frasco, fazendo a poção ficar com uma cor branco puro, escrito nela, como se em nuvens, era ‘slytherin’.

- Eu não sei se vai ajudar em alguma coisa, mas a mãe da criança tinha cabelos ondulados e olhos âmbar. – disse Tom indiferente. 

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Greyback e Dolohov estavam encolhidos de medo. Casper estava andando de um lado para o outro em fúria mal contida.

- Como assim não encontraram corpo nenhum?! – Casper gritou aos dois incompetentes. 

- Senhor Gloom, o corpo de Snape não estava lá...

*puff* um pequeno elfo pareceu na frente de Casper, todos olharam perplexos com a surpresa da aparição da pequena criatura. O pequeno elfo pegou nas vestes de Casper, com outro *puff* desapareceram. Greyback e Dolohov ficaram lá como dois peixes com bocas abertas se perguntando o que estava acontecendo.

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Severus desaparatou bem em frente aos portões de Hogwarts, à medida que se aproximava se deu conta de que havia alguém o esperando. 

- Diretor. – foi a saudação que Severus disse quando parou a poucos passos de Albus. 

- O que ele queria Severus? – Albus foi direto ao ponto.

Severus apenas encarou indiferente, por dentro ele estava tendo uma batalha interna, ele sabia que sua lealdade era da luz e que qualquer coisa que ele soubesse ou descobrisse devia ser dito a Dumbledore, mas por algum motivo ele não queria revelar nada do que o Lord tinha dito a ele. O que fazer?

- Eu espero que esse silêncio não signifique que devo começar a desconfiar da sua lealdade, Severus. – Albus disse sem qualquer brilho nos olhos. – ou quer que eu refresque sua memoria do porque sua lealdade é para a luz? 

- Eu lhe garanto que não há necessidade disso. – Severus disse sem qualquer expressão, sua mandíbula apertada. – respondendo a sua pergunta, o Lord apenas me chamou para se vangloriar do sucesso que foi o ataque a Hogsmeade.



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