1. Spirit Fanfics >
  2. Definindo Pais e Amor >
  3. Transações necessárias

História Definindo Pais e Amor - Transações necessárias


Escrita por: Slytherin_Nice

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Eu sei, eu sei, eu sei. E sim, eu sei. É como dizem: "antes tarde do que nunca." Muitas coisas aconteceram nesses meses que eu estava ausente por força maior, coisas que prefiro não sair compartilhando. E na semana passada quando tudo se resolveu, eu fiquei doente, mas agora já to melhorzinho, consigo até levantar da cama. Então aqui estou eu. rs

Mas antes de irmos para o capitulo "tão esperado" eu tenho algumas coisas importantes para avisar:
1: Tom nessa fic é puro sangue, e não mestiço como deveria ser (isso eu acho que já tinha avisado Oo)
2: Tom nunca se encontrou pessoalmente com Potter, Hermione ou qualquer um desde a sua volta. Todas as vezes que Vold era visto pessoalmente, sem ser para seus seguidores, era Casper no seu lugar. (isso é muito importante)
3: Eu acredito que nessa fic não haverá nenhuma cena de atividade sexual explicita. Mas manterei a classificação no caso de surgirem cenas de natureza forte futuramente rs. Então se sexo era o que você caro leitor perverso estava esperando, você não vai encontrar nada disso aqui.

Eu acho que era isso. Ah sim, eu não sei exatamente quantos capítulos ainda faltam para terminar essa fic. Mas acredito que não faltem muitas. Aguentem mais um pouco hehehe. Infelizmente logo serão livres da minha presença encantadora U_U hueheuehe

Você ainda se lembra do capítulo anterior? O.o

Capítulo 30 - Transações necessárias


- Não devemos buscar reforços? – Lyosha perguntou.

- Realmente? – Aleksandr debochou. – Eu não penso assim. 

- Espere um pouco Aleksandr, não sabemos o que ou quantos estaremos enfrentando! – Roksana interviu rapidamente, ela conhecia Aleksandr para saber o que ele estava planejando.

- Vocês dois não precisam vir comigo, voltem e tragam reforços, eu posso segurá-los aqui. 

Roksana e Lyosha se entreolharam, cada um tendo uma briga interna do que fazer. Por um lado, deixar Aleksandr sozinho era estupido, por outro lado, sempre existia a opção de só atrapalhar, ainda mais quando se tratava de Aleksandr Dominicovich. O temor que seu nome imponha não era vão. O homem era um inferno de um adversário.  

Antes mesmo de Lyosha e Roksana decidirem o que fazer Aleksandr já estava pondo abaixo a barreira mágica de proteção. 

- Hey! Espere um pouco! – Lyosha e Roksana gritaram juntos. 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Draco fechou o Profeta Diário depois de ler sobre o ataque a Hogsmeade. Isso tinha sido há três dias e mesmo assim a noticia ainda era vívida. Ele sabia que isso significava que o confronto final estava próximo. O que significava que ele teria que escolher um lado. 

Ele tinha ficado tão obcecado em descobrir sobre o que aconteceu há dezoito anos com o tio Vold, que ele acabou se esquecendo sobre sua decisão de que lado estaria sua lealdade.  

Escolher o lado da luz significava ficar do lado de Potter, e Draco não podia suportar isso. A grande maioria do chamado “lado da luz” eram gryffindors, ele tinha certeza que não seria muito aceito por eles. Ele seria uma cobra no meio de leões, eles provavelmente comeriam ele vivo, sem falar que ele não teria nenhum amigo. Bem, na verdade, ele teria um, Granger disse que era sua amiga... certo? 

Agora, se ele escolhesse o lado das trevas, significava escolher o lado do tio Vold. O que não era tão ruim se não fosse as coisas desumanas que ele teria que fazer algumas vezes. Tão orgulhoso como Draco era, ele teve que admitir que não tinha estômago para fazer o trabalho sujo que os comensais da morte são suposto fazerem. 

Seu olhar caiu sobre a foto das casas destruídas em Hogsmeade. Não, ele não conseguiria por fogo em uma casa com pessoas dentro. Draco suspirou tristemente. Ele era muito covarde e fraco para ser um comensal da morte. 

Batidas na janela interromperam seus pensamentos. Draco foi até a janela e a abriu deixando uma grande coruja entrar, uma carta estava no seu bico. A mensagem que a coruja trazia não era para ele, já que assim que Draco abriu a janela a coruja voou em direção a cozinha, onde Draco sabia que estava sua mãe dando ordens para os elfos domésticos. 

Draco não tinha se movido longe da janela quando a coruja voltou. Ela pousou no peitoril da janela e inclinou a cabeça, olhando para ele com grandes olhos amarelos. 

- O que você quer? – Draco falou desconfiado. Com um movimento rápido a coruja mordeu sua mão que repousava no peitoril. – Ouch! Coruja maldita! – Draco xingou tirando a mão bruscamente. Depois de mordê-lo a coruja voou para longe. – Merda de coruja! 

- Draco? – Narcissa chamou entrando na sala em que Draco estava. Narcissa viu Draco segurando sua mão com sangue escorrendo. – o que acontecendo? – ela foi até seu filho pegando sua mão e vendo o estrago. 

- Afanas maldito me mordeu. – Draco disse com uma voz chorosa. Ele tinha reconhecido a coruja, não tinha como não reconhecer. Aquela era a coruja do tio Vold. 

- Você sabe o quão hostil Afanas é. Você não deve implicar com ele, Draco. – sua mãe repreendeu suavemente. 

- Mas eu não fiz nada! Ele me mordeu sem...

- Draco. – Narcissa interrompeu com uma voz firme. 

Draco bufou irritado. Ele sabia que essa discussão não levaria a lugar nenhum. Mas assim que ele visse tio Vold novamente, ele se queixaria de Afanas.

- O que dizia a carta? – Draco perguntou mudando de assunto. Ele não tinha visto nem recebido noticias do tio Vold desde o ataque a Hogsmeade. Ele não sabia se isso era bom ou ruim. 

- O Lord está ocupado com assuntos pessoais repentinos. Mas em dois dias ou menos ele estará de volta. – Narcissa disse com um pequeno sorriso. 

Draco sorriu. Ele esperava que tio Vold voltasse logo, assim como seu pai. 

- Ah e Draco? – Draco olhou confuso para sua mãe. – o Lord também disse que espera que você já tenha terminado a poção que você pediu a ele, assim que ele voltar ele quer ser informado dos seus resultados.  

Draco arregalou os olhos. Ele tinha esquecido completamente disso.

“Espero que Granger tenha terminado a maldita poção.” – Draco pensou em certo pânico. Caso contrário ele estava perdido.  

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

- Lucius?  

Lucius olhou da multidão de novos recrutas comensais para Rodolphus.   

- Sim, isso é mais do que suficiente. – Lucius respondeu franzindo os lábios. – na verdade, eu não esperava tantos. 

Eles haviam recrutado comensais em toda Rússia. No começo o plano era apenas vim para Moscou, mas com as novas ordens do Lord depois de informa-lo do sucesso anterior, Moscou se tornou a última parada. Nunca ficando mais de um dia em uma cidade, para não chamar atenção dos aurores. O que foi um sucesso, porque o único empecilho até o momento tinha sido o auror que os desafiou pouco antes da sua partida da região de Durmstrang, o que é claro, foi calado por Bellatrix. 

Moscou era outra história, podia-se sentir o clima tenso e perigoso no ar, sem falar que a chuva que caia não ajudava. Agir com cautela era necessário, e era o que Lucius e Rodolphus estavam fazendo. Tudo isso tinha nome e sobrenome “Aleksandr Dominicovich”. Se eles encontrassem Aleksandr, todo o sigilo da missão estava acabado. 

- Escutem todos! – Lucius gritou chamando a atenção. – Nós estamos voltando para...

- Lucius! – Bella interrompeu.  

- Mas o que... – Lucius não precisou terminar de falar para saber o que estava acontecendo. O pior, era isso que estava acontecendo.

- As proteções foram abaixo! – alguém gritou, iniciando um alvoroço.

- Calem a boca! E se preparem para o combate! – Bella gritou, terminando a frase um com riso louco. 

Como raios rápidos, feitiços apareciam de toda parte. Ninguém podia ver quem estava lançando os feitiços. 

- O que é isso? – Rodolphus perguntou enquanto desviava um feixe vermelho de feitiço. – ele está invisível?

- Só pode ser ele, Rodolphus. – Bella respondeu balançando a varinha, ela estava jogando maldições como uma louca.

- Droga! – Lucius amaldiçoou. Ele sabia que se ficassem duelando poderiam perder muitos recrutas e sua missão poderia ser descoberta. Só havia uma coisa a fazer, recuar, e recuar o mais rápido possível. 

- Recuar! Temos que recuar! – Lucius ordenou.

- Eu não penso assim. – uma voz dura disse bem atrás de Lucius. 

Lucius ficou tenso, ele podia sentir a ponta fria da varinha no seu pescoço. 

- Façam qualquer movimento, e seu companheiro aqui morre. – Aleksandr disse para a multidão de bruxos das trevas raivosos. Ele tinha acertado em cheio. Já que o bruxo em sua posse era visivelmente o líder. 

Aleksandr olhou atentamente ao redor. Ele conhecia alguns bruxos aqui, muitos eram bruxos das trevas procurados. Mas o que chamou sua atenção e interesse foi o pequeno grupo que usava máscaras. 

- Tsc! O que comensais da morte como vocês fazem na minha jurisdição? – Aleksandr perguntou olhando para os que estavam mascarados. 

- Aleksandr! – Aleksandr ouviu a voz de Roksana o chamando. Ele tinha deixado seus dois companheiros para trás. E finalmente eles tinham o alcançado. 

- Quem são... – Roksana foi interrompida por um feitiço direto no peito que a fez cair da vassoura. 

- Roksana! – Lyosha gritou, indo em seu socorro. 

Foi o que chamou a atenção de Aleksandr, e esses poucos segundos de distração foram sua ruína, porque logo em seguida um feixe verde foi em sua direção. Que por pouco Aleksandr conseguiu desviar, mas para isso teve que se afastar de Lucius o deixando livre. Mas esse movimento deixou sua defesa baixa, que Rodolphus e Bella aproveitaram com precisão, lançando um Stupefy poderoso. 

Enquanto Aleksandr caia inconsciente. Lucius aproveitou para ordenar a todos que recuassem para o local combinado. 

- Não podemos ir embora Lucius. Vamos matá-los antes. – Bella protestou. 

- Pense um pouco Bella, se ficarmos só será pior para nós, reforços podem está chegando a qualquer momento. Vamos embora agora. – Lucius disse quase fora de si. O Lord não ficará nada feliz com isso. 

- E para onde vamos Lucius? – Rodolphus perguntou. 

- Para casa.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Hermione limpou o suor que se acumulava em sua testa com um pequeno lenço. O laboratório estava sangrento de abafado. Quatro caldeirões borbulhavam na mesa, sinalizando que estavam quase prontos. Esse era o último lote de poções que seriam usados não só na enfermaria como também nas aulas de poções. 

- Muito cuidado quando for mexer as poções Granger. – Snape disse em desdém. – Estrague minhas poções e você enfrentará as piores consequências.   

- O senhor falando assim, me faz parecer uma desastrada sem noção. – Hermione retrocou. 

- Sendo minha assistente nas ultimas semanas, e com o histórico de desastres que já fez, não deixa nada há desejar, senhorita. – Snape respondeu friamente. 

Hermione apenas o encarou em silêncio, e quando Severus desviou o olhar para continuar o trabalho, ela revirou os olhos.  

Os últimos três dias foram gastos com horas intensas e ininterruptas para concluir todas as poções que precisavam ser feitas. Com todas as poções finalizadas, deixaria tempo livre para Severus se focar na sua investigação sobre o possível herdeiro do Lord e Hermione com sua própria investigação sobre seus desconhecidos pais. 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Depois de engarrafadas todas as poções e limpado os caldeirões.  Hermione sentiu um pequeno engate no peito. Ela foi até o escritório do professor Snape, onde sentou no pequeno sofá que havia no meio da sala. Snape estava na sua mesa, analisando vários papéis, ele tinha feito muito isso desde que voltou do último chamado do Lord das Trevas. 

- Você sabe. – Hermione falou de repente, preenchendo o silencio da sala. – Hoje acabou meu tempo como sua assistente...

- Sim? – Severus levantou os olhos dos papeis em confusão, ele não sabia onde a menina queria chegar com essa conversa. 

- Eu só queria dizer... bem... – Hermione parou, ela estava incerta do que dizer. 

- Apenas cuspa logo, Granger. – Severus já estava impaciente, ele estava muito ocupado no momento.

- Eu só queria dizer... queria dizer que vou sentir falta. – Hermione disse timidamente, mas sem desviar o olhar de Severus. A última parte quase saindo como um sussurro. 

Severus piscou algumas vezes, até que começou a balançar a cabeça em descrença. 

- A senhorita é muito patética, sabia? – Severus disse frio com uma carranca no rosto. 

Hermione apenas deu de ombros diante da insensibilidade de seu professor.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

- Professor Snape? – Hermione chamou depois de alguns minutos. 

Severus a ignorou completamente dessa vez, continuando sua pesquisa. 

- O senhor lembra da coruja bufo-real de dias atrás? – Hermione perguntou sem se importar se estava sendo ignorada ou não. 

Hermione foi respondida apenas pelo silêncio.

- Oh, o senhor não deve está lembrando, bem, vou refrescar sua memoria, ela veio durante o jantar, sua penugem era...

- Já chegar Granger. – Severus interrompeu esfregando as têmporas. “A menina tinha que ser tão irritante?” – Eu me lembro muito bem da coruja, não preciso da sua descrição. 

- Ah bem. – Hermione disse com um pequeno sorriso doce. – Quem é o dono da coruja? 

Hermione estava bem atenta aos movimentos e expressões que Severus fazia, foi exatamente por isso que ela viu quando por segundos, seu corpo ficou tenso. 

- Isso é uma informação que não lhe diz respeito Granger. – Severus respondeu olhando intensamente para Hermione. – E porque tal interesse? – Severus perguntou desconfiado. 

- Nada demais realmente, só curiosidade.  – Hermione respondeu casualmente indo até a estante de livros. 

“Porque será que isso não me surpreende?” – Severus pensou em ironia, enquanto observava a menina mexer nos seus livros. 

Foi então que a cena de Granger com Afanas veio nitidamente em sua mente. “Porque a coruja do Lord agiu de um jeito tão anormal com Granger?” Severus pensou em curiosidade. Severus sabia o quanto hostil Afanas era com desconhecidos, até ele próprio no começo não podia se aproximar sem levar mordidas no dedo. “Então porque tal comportamento dócil com Granger, se foi a primeira vez que se encontraram?” 

Severus não era um idiota, isso era coincidência demais para se deixar passar assim sem nenhuma investigação. Alguma coisa estava acontecendo, coisa que envolvia Granger, ele iria descobrir o que era. Mas primeiro, ele tinha outro assunto para se concentrar no momento. Com um suspiro cansando, Severus voltou a sua pesquisa, depois de dias de trabalho, ele estava finalmente chegando a algum lugar. 

Hermione passava as pontas dos dedos na lombada dos livros suavemente quase em reverencia lendo seus títulos. Ela havia devorado o livro do T.Dark, e acabado de ler na noite passada, o que não a surpreendeu tanto, o livro era fascinante. De repente seus dedos pararam, um pensamento havia atingindo Hermione. 

- Merda. – ela amaldiçoou baixinho. 

Ela olhou para professor Snape só para encontra-lo absorvido em seu trabalho. Hermione mordeu o lábio inferior.  

- Hum... professor Snape? – Hermione chamou sua atenção. 

Mas uma vez Severus a ignorou, nem se dando o trabalho de levantar seus olhos dos papéis a sua frente. Hermione bufou irritada. Ela foi até ele e se pôs a sentar em uma das cadeiras que estava de frente da mesa de Severus. 

- O que é tão importante, que está fazendo você não me dar atenção? – Hermione perguntou com um pequeno sorriso provocador, tentando ler o que estava nos papéis.

- Qualquer coisa Granger, seja ela a mais fútil possível, é mais importante que a senhorita. – Severus começou calmamente. – A senhorita não passa de uma intragável sabe-tudo, que não vale o meu precioso tempo. Tenha certeza que isso não vai mudar. – Severus terminou cuspindo sarcasmo.

- Eu não sei se já disse isso, mas se não disse, vou dizer agora... SEU BASTARDO! 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Já fazia cinco longos minutos que a menina sentada a frente de Severus estava deixando-o louco, louco de raiva. A menina estava batendo na mesa com as pontas dos dedos, cantarolando uma música que ele não conhecia. Tirar vinte pontos ao que parece não era suficiente para fazê-la ficar quieta. 

- Granger! Será que a senhorita faria a gentileza de parar com esse barulho? – Severus disse em irritação. 

- Desculpe. – Hermione respondeu saltando uma profunda respiração. 

- Porque a senhorita não me livra da penitencia que é ficar na sua companhia e volta para o seu dormitório? – Severus disse com uma pequena contração de lábios.

- Porque eu sei que você, professor Snape, sentiria minha falta, mas como você é um bastardo sem coração, nunca admitiria isso. – Hermione respondeu como matéria de fato.

- Diga-me Granger, quando lhe dei liberdade para tamanha ousadia? – Severus perguntou com uma careta azeda.

- Quando você estava desesperado sem saber o que fazer, e eu fui sua única salvação. – Hermione disse com um sorriso cheio de dentes. – sem falar que foi no mesmo dia que o senhor tão gentilmente e sem pressão me aceitou como assistente. 

- Sem pressão minha bunda! A senhorita armou pra mim, em um momento de fraqueza! – Severus disse furioso. 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Hermione sorriu diante da cara carrancuda do seu professor. “O maldito é adorável assim.” Assim que esse pensamento surgiu ela se deu um tapa mental tão forte, que ela ficou tonta por alguns segundos. 

- Você não vai me deixar em paz vai Granger? – Severus perguntou irritado, quase a ponto de enfeitiça-la. 

- Não seja tão dramático professor. – Hermione disse tentando não parecer tão divertida, ela sabia que seu professor estava quase no seu limite. – eu só queria saber se o senhor irá para o Malfoy Manor nos próximos dias. 

Severus franziu o cenho. Das coisas insanas que ele esperava Granger dizer, isso nunca passou pela sua cabeça. 

- Você vê professor, eu só acabei de lembrar que ainda não mandei a parte do Bloed Detectum que prometi a Draco. – Hermione admitiu envergonhada por ter esquecido uma coisa assim.

- Ah, eu vejo. – Severus disse indiferente. Com os acontecimentos recentes, ele havia esquecido sobre isso. – A senhorita terá que resolver isso por conta própria, nenhuma visita aos Malfoy está na minha agenda pelos próximos dias. – Severus disse com sua voz baixa normal. 

- Eu acho que só terei que marcar um encontro com Draco então, o que não é tão ruim na verdade, Draco consegue ser encantador quando quer e...

- Na verdade, Granger. – Severus interrompeu rapidamente. Hermione olhou para ele surpresa. – eu acabo de lembrar que amanhã farei uma visita aos Malfoy. Posso levar a poção a Draco se a senhorita assim desejar. – Severus terminou rígido, como se dissesse que ele não queria fazer isso. 

- Verdade? – Hermione perguntou com um sorriso brilhante que estava dando náuseas a Severus. 

Severus suspirou pesadamente, uma careta desdenhosa firme em seu rosto, enquanto ele confirmava com uma aceno de cabeça. 

Hermione levantou alegremente.  Contornou a mesa para ficar do lado de Severus. Ela se inclinou e beijou sua bochecha direita. 

- Obrigada professor, isso significa muito. – Hermione disse com uma voz baixa sem se afastar. Severus virou a cabeça olhando diretamente para os olhos castanhos brilhantes. 

- Certo. – Severus limpou a garganta um pouco desconfortável com a proximidade. – agora se afaste Granger. 

Hermione saltou uma pequena risada dando um passo para trás.

- Eu lhe darei a poção pela manhã. 

Severus se limitou a acenar com a cabeça, voltando sua atenção para sua pesquisa. Talvez agora a menina lhe deixaria em paz.

Hermione observou como rapidamente professor Snape se tornou absorvido, seja o que for que ele estava fazendo, devia ser muito importante. 

- Boa noite, professor. – Hermione disse em despedida, ela não lhe incomodaria mais, até porque estava tarde e ela estava cansada de fazer poções o dia todo. 

Hermione ficou observando Severus por alguns segundos, ela sabia que ele também estava cansado, mas o idiota não iria dormir sem antes terminar o que ele estava procurando naqueles malditos papeis. 

- Não fique acordado até tarde, descanse um pouco. – Hermione falou suavemente. Severus não deu sinal que havia ouvido suas palavras. Hermione revirou os olhos. “Morcego bastardo.”

Hermione não perdeu a oportunidade e mais uma vez se inclinou, dessa vez beijando docemente sua testa. Ela se afastou lentamente, observando o quão concentrado Severus estava. Amanha ela iria verifica-lo para ver se ele teve algum descanso, caso contrário ela teria que fazer alguma coisa.  Mas por enquanto... Hermione se virou, caminhando ate a saída. 

Severus realmente não percebeu nada, nem mesmo a porta se fechando atrás de Granger. Depois de três dias de pesquisa intensa ele tinha encontrado alguma coisa. 

Não qualquer coisa, ele havia encontrado nomes.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...