História Definitive Choices - Decisão dolorosa

Decisão dolorosa

- Mark o que pensa que está fazendo? - Minha mãe pergunta parecendo chocada com o que havia visto.

Mark: Mãe calma, eu apenas...

Sou interrompido pela voz de alguém que entrava em meu quarto.

Pai: O que está acontecendo?

Ótimo, agora fodeu de vez! Se já seria difícil lidar com minha mãe, com meu pai vai ser pior!

Mãe: Nosso filho estava aos beijos com o rapaz ao seu lado! Que pouca vergonha!

Os olhos de meu pai vão em direção a mim, não sei como descrever sua feição, talvez uma mistura de tristeza e decepção!

Pai: Como é que é? Você é gay?

Pra falar a verdade, nem eu sabia o que eu era. Já havia me sentido atraído por garotas, mas nunca por garotos, não sei explicar, mas com Jackson foi diferente, foi algo que nunca senti antes. Não sei se sou Bi, Gay ou qualquer outra coisa, eu só sei que quero estar com Jackson, e isso já me basta.

Mark: Pai... eu não sei... eu...

Sou interrompido novamente, dessa vez por Jackson que se levanta da cama e começa a falar em um tom um pouco alterado.

Jackson: Qual o problema dele estar comigo? Eu amo seu filho e sei que ele me ama, não é isso que importa? Estar com quem você ama? E como assim pouca vergonha? Duvido que se ele estivesse aos beijos com uma garota ou até mesmo fazendo coisas muito piores se iriam reclamar!

Ele estava mais nervoso que o normal, mesmo ele tendo sido calmo com relação a isso esse tempo todo, o que estou passando agora com meus pais, faz ele lembrar o que ele passou com os seus. Acho que esse assunto realmente o irrita.

Mãe: Quem pensa que é para falar assim comigo? Eu sou a mãe dele, eu sei o que é melhor para ele, e tenho certeza que não é um garoto!

Percebo que Jackson está quase perdendo o controle e me levanto.

Mark: Mãe, calma! Você sabe que eu namorava a Momo, mas de certa forma eu não era feliz, e com o Jack... com ele eu me sinto bem, feliz e...

Pai: Markie, você tem certeza que é isso que você quer?

Meu pai parecia mais calmo, ou até mesmo conformado, apesar de saber que ele estava à detestar essa situação, o que me surpreendeu, já que geralmente é ele quem da o ataque de fúria.

Mãe: O que está querendo dizer, vai aceitar essa palhaçada?

Pai: O que podemos fazer? Bater nele? Tira-lo de casa? Proibi-lo de ser quem é?

Estou mais que surpreso com meu pai, não esperava que ele fosse compreender assim tão rápido!

Mãe: Pois eu não aceitarei isso, você trate de acabar com esse seu namoro idiota agora mesmo! Não irei permitir que meu filho vire uma bichinha, você está proibido de ficar com qualquer garoto, está me ouvindo?

Seguro na mão de Jackson, amo minha mãe, mas o que ela está me pedindo eu não posso fazer!

Mark: Desculpa mãe, mas eu amo ele, não posso e não vou fazer isso!

Jackson olha para mim com um olhar de felicidade.

Mãe: Então eu lamento muito, mas você irá sair daqui agora mesmo...

Ouvir isso da minha mãe dói muito, de uma maneira que não sei explicar.

Pai: Você está exagerando!

Mark: Pai, está tudo bem, se é isso que ela quer, eu faço, apesar de me doer! Mas também não quero ficar em um local com uma pessoa que não me aceita da forma que eu sou, mesmo que essa pessoa seja minha mãe...

Me dirijo até a porta, segurando ainda a mão de Jackson. Antes de sairmos dali, Jackson para ao lado de minha mãe.

Jackson: É impressionante como as pessoas podem ter uma mentalidade tão medíocre!

Descemos as escadas e estamos saindo da casa quando meu pai nos para.

Pai: Filho, eu quero que saiba que não estou feliz com essa situação e que também não queria que você tivesse seguido esse caminho, mas também quero que saiba que eu sempre estarei aqui por você e que irei te apoiar nas suas decisões! Eu te amo meu filho!

Saber que pelo menos meu pai me apoia, ameniza um pouco da dor que estou sentindo. Logo o abraço e começo a chorar. Me despeço dele e vou em direção ao táxi que Jackson havia pego para nós. Durante todo o caminho da volta, eu chorava mais que qualquer coisa, o que minha mãe havia dito estava me destruindo por dentro. Jackson tentava me confortar, mas sem sucesso.

Chegando ao colegial, Jackson me leva para meu quarto, peço que me deixe sozinho, eu estava muito arrasado e precisava desse tempo.

Jackson: Eu estarei no meu quarto se precisar, vai ficar tudo bem! Eu te amo, nunca esqueça disso!

Dou um leve sorriso, ele me beija e vai em direção ao seu quarto. Fecho minha porta, não havia ninguém ali, provavelmente Nayeon estava com Jinyoung. Me jogo em minha cama e fico ali à chorar, as palavras que eu havia escutado passavam pela minha mente repetidamente. Nunca pensei que podia vir a sentir tamanha dor.