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História (De)floramento - Quarto Crepusculo


Escrita por: NecMizu

Notas do Autor


Se eu não estivesse com tanto sono pra escrever as notas eu escreveria, me resumo a dizer isso: desculpa o sumiço, espero que gostem e me perdoem >_<

Capítulo 10 - Quarto Crepusculo


Eu não sei bem quanto tempo eu fiquei parado na cama. Eu sei que a partir de um certo momento eu apenas parei de chorar e fiquei quieto, sentindo-me miserável... Apenas mantive-me ali... Eventualmente, sentei-me, olhando ao meu redor rapidamente só para garantir... Tudo parecia normal. Acho que não iriam ter mudado muitas coisas sem eu perceber, pois meu quarto não era grande desse jeito. Eu não vivo num palácio, não sou uma princesa, apesar de que, a ideia me agrada. 

-Um banho... - disse para mim mesma, sozinho – Eu preciso de um banho... Uma roupa limpa... É... 

E com isso ergui-me, meio sem firmeza nas pernas. Olhei para a porta do banheiro e fui até esta, parando de frente e levando uma mão até a maçaneta, onde segurei, mas parei por ali. Fiquei naquela posição por um tempo, imaginando se ao virar aquela porta iria me defrontar com aquela coisa branca de novo. Mas mesmo que isso ocorre-se, qual seria a diferença? Depois do que me ocorreu, eu já não estava muito interessada em saber os perigos que corriam comigo... Quer dizer, eu falo isso agora, mas toda vez que defronto-me com o perigo eu... Bem... Digamos que eu deixo minhas palavras de lado e começo a agir ao invés de pensar, e ajo de uma maneira que não condiz com o que eu venho expressando poucos minutos ou várias horas ou mesmo durante minha vida. Acho que isso faz parte da condição humana né? Dizer uma coisa e fazer outra... É... Somos hipócritas por natureza. De todo modo, engoli um pouco de saliva e fechei os olhos, lentamente virando o pulso e fazendo a maçaneta virar. Seja lá o que pudesse ter lá, iria me ter de um modo ou de outro, pois eu eventualmente dormiria e não iria sair do quarto, então poderia muito bem me pegar a noite. Abri... Nada. Mais um dia sobrevivendo... Adentrando, eu não pude deixar de parar brevemente para encarar o espelho coberto pela toalha, como de costume. Aproximei-me deste e puxei devagar o tecido até o mesmo cair por completo e me revelar sua superficie refletora... Encarei-me por um tempo... Não sei bem o que eu estava esperando... Talvez ela aparecer atrás de mim... Talvez o espelho rachar... Algo cliche, certamente, algo que mesmo que fosse obviamente cliche, muito efetivo quando vivenciado... Se eu fosse completamente louca levaria uma ou duas velas para o banheiro com um tabuleiro de ouija hoje a noite para lá, trancaria-me com as velas e iria chamar pela minha estupradora... Mas eu não irei fazer isso enquanto sobrar-me o minimo de consciencia e sanidade, coisa que, espero que dure, pois parece estar se tornando mais e mais raro as vezes. Decisões idiotas atrás de decisões idiotas e atitudes estúpidas atrás de atitudes estúpidas. Ah, minha maldita cabeça doi... De todo modo, fiquei nessa de olhar-me intensamente até notar que no meu ombro, parecia ter algo... Isso é... Uma mão? E branca desse jeito... Só pode ser dela... Acho que vou vomitar... Virei meu rosto para onde a mão deveria estar... Nada... Volto a fitar o espelho... Se foi... Vou tomar um banho... Retirei minha roupa e corri para debaixo do chuveiro. Eu gosto de banhos quentes, mas hoje, pelo menos, agora, agora eu queria um banho gelado, e foi isso que eu tomei. Foi horrível, mas eu tomei mesmo assim, ao sair, sequei-me e fui na nudez mesmo para o armário, começando a revirar as coisas nele... Uma calcinha azul clara com babados abaixo de uma fogada calça moletom preta; uma regata igualmente preta e igualmente fogada; meias brancas de cano longo e por fim, uma máscara cirurgica e um protetor de olho cirúrgico... Dou uma olhada no espelho e estou relativamente satisfeito com o que vejo... Ficar de preto é bem diferente do que costumo fazer, e também não costumo por regatas, se quer imaginava que havia uma no armário... Mas hoje estou abrindo um precedente. 

Com isso, já arrumada, virei-me para a porta do banheiro e encarei-a brevemente... Esqueci de cobrir o espelho, então resolvi voltar e cobri-lo com a toalha novamente. Quando ia afastando-me do cômodo, eu parei na porta deste e virei-me uma vez mais para encarar o interior do local. Fiquei assim uns dois segundos, encarando o vazio até que falei baixo. 

-Se você esta ai... Por favor... Faça o que você quiser agora... Não me deixe passando toda essa ansiedade a toa, por favor... 

E fiquei ali, esperando algo acontecer... Acho que no fundo da minha mente eu desejava que uma criatura abominavel pulasse pra fora do vaso e avançasse até em mim, me trucidando em pedaços e comendo minha carne e ossos até... No fundo nada ocorreu... Talvez eu tenha visto um breve flash de uma figura branca risonha no meio do banheiro, mas provavelmente foi mais meu subconsciente me pregando uma peça que algo realmente ocorrendo. De todo modo, virei-me e deixei o local, indo até o meio do quarto... Ficar aqui todo dia, toda santa hora é bem entendiante até... Eu acho que eu já cheguei a mencionar isso, mas, não custa repetir... Tinha aquele celular novo que meu irmão me deu... Será que eu já usei? Acho que sim. Quer dizer, eu me recordo de ter que tido configura-lo, mas, novamente, eu não tenho estado a coisa mais coerente recentemente. Onde foi que eu o deixei? Ah... Aqui... É... Eu mexi pelo que parece, esta todo configurado e tudo mais... Até a bateria esta cheia... Quando foi que eu fiz isso? Como pude me esquecer tão facilmente disso? Deitando-me outra vez na cama, ignorei o que eu tinha deixado passando na TV e pus-me a dedilhar pela tela do aparelho em minhas mãos, começando a baixar alguns apps, em especial, jogos é claro. Era um modelo muito bom mesmo, meu irmão é tão legal... Eu não merecia alguém tão bom como ele. Ele merece algo melhor do que uma irmã idiota e inutil como eu. Seja lá como for, eu fiquei nisso até notar que o dia já ia acabando-se... Logo eu iria cair no sono, creio... E pra ser sincera, eu já estava começando a dar alguns piscares duros... Acho que eu devia me levantar para ir falar com meu irmão e agradece-lo pelo aparelho... Eu... Eu não gosto de sair do quarto, mas se é pelo meu irmãozão, bem, creio que não seja problema algum... E além do que, eu consigo se for por ele! É, eu consigo se for pelo meu irmão querido! Com isso em mente, mantive o celular comigo, mas fui até a porta e abri-a, deixando uma pequena fresta para olhar para o corredor e ver o que havia ao redor... Tudo parecia quieto... Não sei porque daquela precaução toda... Mas o que estava feito estava feito, e logo abri a porta o suficiente para me esgueirar para fora de lá. Do lado de fora, caminhei devagar até a porta do quarto de meu irmão e instantaneamente soube que ele estava lá dentro, pois podia ouvir a televisão do lado de fora. Tomando um pouco de ar, eu acho que podia muito bem improvisar qualquer agradecimento bobo e sair de lá... Ou ficar... Sei lá... Nisso eu abri a porta e olhei para dentro, procurando meu irmão. A luz estava apagada, deixando o quarto quase todo escuro, salvo a luz da televisão e a pouca luz de fim de dia que ia adentrando pela janela deste. Lá estava ele, casualmente deitado na cama com um pote de sorvete em uma mão e tomando-o enquanto assistia sei lá o que. Aproximei-me devagar e parei ao seu lado, esperando que ele notace-me. Não demorou muito, pois ele logo virou o rosto e me encarou neutro. 

-Ah... - começou ele – Noa, que você quer? Quer sorvete? 

-Não... - fiz um sinal negativo com a cabeça e ergui o celular um pouco, deixando-o visível para meu irmão - Eu apenas vim agradecer pelo celular... Eu não lhe agradeci antes e... E achei que era muito ruim de minha parte não dizer um obrigada pelo presente... Especialmente... Especialmente... - "Especialmente vindo de você" era o que eu queria dizer, mas evitei, recolhendo o celular contra o peito novamente – Bem... Nada... - completei – Bem... - continuei – O-obrigada maninho... 

-Não precisa me agradecer... - ele me deu um sorriso – Vem, deita aqui pra assistirmos TV... É tao raro voce sair do quarto... 

-Ta... 

Disse e fui subindo na cama, com cuidado para não aperta-lo demais. Eu fiquei vendo a TV sem interesse, não faço ideia do que estava passando agora que paro para pensar, mas o que sei é que fiquei lá por um bom tempo, eu e meu irmão... Isso me lembra daqueles dias... Aqueles dias que tudo era tão mais feliz... 

-Mas mano, eu não quero... - um eu menor dizia, todo cheio de má vontade de continuar andando – Eu não gosto da escola... Eu não quero ir... 

-Mas você precisa... - ele me dizia, puxando-me pela mão - É importante... 

-Eu não acho... - retrucava ainda tentando resistir – Todo mundo faz graça de mim... Ninguem lá é legal... 

-Você só não conheceu as pessoas certas... - ele retrucava, já com a escola a vista – Ah, estamos quase lá... Bem... - ele se virava pra mim – Vamos fazer um acordo, certo? 

-Que acordo? - eu encolhia os ombros, quantos anos eu tinha na época disso mesmo? - 

-Você vai ir pra escola e fazer tudo direitinho e eu prometo que vou te comprar um sorvete todo final de mês... Pode ser? 

Eu fiquei quieto. Aquilo era muito tentador e eu eventualmente apenas respondia. 

-Ta... 

Eu disse, desviando o olhar e meio vencido pela proposta de meu irmão.  

Imagino se todos os acordos que ele tinha de fazer fossem assim, se bem que, acho que esse tipo de coisa se chama corrupção numa situação dessa. Quantos anos eu tinha na época? Eu não lembro... Acho que o suficiente para eu poder já julgar que foi ali que tudo começou a dar errado... Minha pernas tremem só de pensar na escola de novo. Quando parei pra analisar os arredores, reparei que agora já estava de noite e que meu irmão havia pego no sono... Foi ai que tudo começou a desandar... Rápido... Eu lembro que da ultima vez que estive sozinha com meu irmão, eu quase o ataquei... Dessa vez não ia ser diferente... Eu voltei a sentir aquele impulso estranho, eu... Eu já não sei mais porque eu sentia esse tipo de coisa... Eu nunca senti antes, porque agora eu tenho sentido com tanta frequencia? Esgueirei-me até as pernas de meu irmão, e não pude deixar de ficar ofegante com o que ia fazer... Eu ainda estava com o celular na mão, então arrumei um modo de coloca-lo para gravar tudo... A razão pelo o porque eu armei o video, mas não tentava resistir aos meus impulsos estranhos eu não sei dizer, mas que ocorreu ocorreu. Eu abaixei as calças de meu irmão e com uma mão eu mantive a camerâ focada e filmando, já com a outra mão eu segurei meu irmão e logo levei minha boca até lá, e engoli tudo de uma só vez. Era salgado... E grande... Mesmo que ele estivesse dormindo, o corpo dele reagia bem, pois ele começou a endurecer cada vez mais ir mais e mais fundo. Eu não tinha mais controle sobre mim, acho, quer dizer, eu fazia aquilo, mas  não estou levando em conta que acho que eu realmente estivesse em minhas plenas faculdades, pois bem... Eu ataquei meu irmão enquanto ele dormia! Isso não parece muito sensato se me perguntarem... De todo modo... Eu era a namorada do meu irmão agora, e depois de um tempo, o corpo dele deu um leve tremor e eu não pude deixar de ouvir um resmungo baixo, até começar a sentir-lo soltar tudo bem no fundo de minha boca... Quente, grosso e pegajoso... Eu apenas engolia o que saia de lá sem questionar e para minha infelicidade futura, bem... Eu estava amando cada minuto e cada gota... Eu gravei cada segundo e quando eu terminei, eu me ergui e caminhei devagar de volta para meu quarto, esfregando as costas da mão livre para limpar meus lábios... Depois disso eu só me lembro arrumando a máscara cirurgica e fechando a porta atrás de mim... No quarto devo dizer que tudo estava igual como antes. Eu desliguei o modo video e com o celular ainda em mãos, caminhei até a cama, onde subi outra vez e me aconcheguei para dormir... Eu acho que entrei num modo automático, mas tudo caiu por terra quando eu reabri os olhos e encontrava-me outra vez dentro daquela maldita jaula da ultima vez. Antes que eu pudesse se quer dizer um ai, eu já via o vestido branco do outro lado das barras, e a voz estranha de minha captora 

-Ahh... - dizia ela, parecendo alegre – Passarinho engaiolado... Por onde você andou? Por acaso foi beber das árvores mais antigas? Bicando-as com seu pequeno biquinho? Ahh... Sim.. Você e mesmo um passarinho levado que merece ser punido... Não preocupa-te pois hei de punir-te severalmente por fugir de tua jaula e por atacar das árvores das redondezas.... 

Eu não entendi por um tempo o que ela falava, até que eu, primeiro, comecei a escutar um som pervertido, o mesmo som que eu escuto em videos de boquete pela internet; segundo, senti o leve peso em uma de minhas mãos. Eu olhei para esta, os olhos focando devagar enquanto ouvia o blá blá blá interminável de minha violadora e caiu-me a ficha... Eu tinha a visão de todo o vídeo que eu gravei, de como eu estava intensamente sugando meu irmão, como se fosse mesmo sua namorada... Eu sai do modo automático naquela hora, pois foi quando eu tinha percebido o que eu fiz e foi quando eu escutei o fecho da minha jaula se abrir e esta se arrastar um pouco, a mão gélida desta agarrando-me com firmeza pelo tornozelo. 

-Descase pois tua expiação começa agora, Marry...



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