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História Deitado Sobre A Morte - Capitulo 2


Escrita por: igormateus

Notas do Autor


Ola pessoas, demorou um pouco mais esta ai entregue e a salvo. espero que estejam gostando e ate o proximo

Capítulo 3 - Capitulo 2


1

                 Quando meus olhos se abriram, foram de encontro com os olhos de Lydia pela primeira vez notei a cor de seus olhos, eram verdes. Verde. Uma cor que achei que não iria ver ate agora vi tudo empoeirado, acinzentado.

Diferente deles estou carregado de nostalgia, dormir por muito tempo. Lydia me perguntou se estou bem, solto um gruído quando me levantei rápido sinto todos os músculos de meu corpo fazendo um trabalho tremendo para me movimentar e suas mão vem direto ao meu encontro. Ela me pergunta o que foi o que aconteceu comigo a dois dias atrás.

— Dois dias atrás? – pergunto surpreso – Dois dias? Você tem certeza?

— Tenho sim, tentamos te acordar, quando você teve pesadelos ou eles era parecidos com um... Você se lembra de alguma coisa?

— Lembro dos tiros – iniciu e rapidamente vi que não era isso que ela estava perguntando – Não, não, não lembro, ou pelo menos lembro e não sei como falar. Na verdade não sei. Cadê ele?

— Já deve esta voltando, ele não foi muito longe.

— Como assim?

— Normalmente a gente anda o dia inteiro, você costumava ficar aqui sozinho o tempo inteiro e quando voltávamos a gente te dava um belo banho – ela riu da minha cara, provavelmente ela estava rindo da minha cara que demostrava surpresa dela me ver pelado, coisa que provavelmente era normal para ela. Enfermeira.

Continuo ouvindo ela me dizendo como eles me tratavam. Eles me davam sonda e me alimentavam através do buraco no meu pescoço passo a mão institivamente no local e sinto um alto relevo no local.

— Tivemos que trocar algumas vezes.

Assenti. Ela estava preocupada comigo ao falar de mim, continuei puxando assunto com ela para a deixar mais à vontade, afinal minha voz demorou mais do que o normal para voltar. Eu me comunicava através de gestos e quando encontrava papel eu escrevia, mas minha coordenação motora não estava em sua plena capacidade, com varias horas de exercício em ambas as mão eu consegui escrever, mas ate hoje não esta como deveria ser, ainda parece letra de uma criança em fase de alfabetização.

Depois de contar alguns números me levanto de vagar e com cuidado ela fica me olhando de perto, pois parecia que ela sabia de alguma coisa sobre mim que nem eu mesmo sabia ao terminar de me levantar vejo tudo girar e ela me segura.

— Você passou dois dias dormindo sem comer quase nada, Stiles.

Ela fez menção de me colocar no chão novamente e a impedi. A tontura passou e ela me soltou.

— O que ele foi procurar?

— Não tenho ideia.

— Não sei se eu já perguntei isso, mas em qual ponto da cidade estamos?

— Estamos a duas quadras da praia, só isso que eu sei – disse ela tirando o cabelo ruivo desbotado do rosto, acho que é a primeira vez que eu noto sua beleza.

Entendo um pouco o que ele sente por ela, mas não é o suficiente.

Pergunto para ela o que foi aquele tiroteio que me fizera apagar dias atrás. No inicio ela se recusou a falar, mas depois de eu insistir muito para que ela me contasse ela finalmente abriu a boca.

E pela primeira vez me senti como uma criança depois de tanto tempo aquela não estava parecendo sua voz seu tom mudou completamente era como se ela estivesse contando um conto de ninar ou uma historia qualquer para crianças. Ouvi atentamente cada palavra que ela pronunciava.

— Não demorou muito para as gangues ressurgirem na cidade depois do primeiro surto. No inicio a guarda nacional estava dando conda, mas o que eles não sabiam era que o pais inteiro estava assim, não apenas aqui. Com a guarda nacional estando em frente, varias cidades foram colocadas em quarentena e algumas foram bombardeadas não poupando ate mesmo quem não estava com a vacina, foi uma coisa de louco. Nova York se tornou uma zona de guerra mostrava canhões, helicópteros jogando misseis nos prédios e as pessoas estavam correndo gritando e quando o mundo viu isso viu que o nosso pais se tornou uma terra sem lei. – ela fez  uma pequena pausa, parecia que estava se confundindo em algumas partes então ela olhou para o lado e depois novamente para mim e continuou a falar – O que você quer saber é a gangue, certo? – balancei a cabeça em concordância com ela e aquela voz tinha indo embora. – Bem com o país em meio ao caos nem a policia estava dando conta, que em um momento mandaram liberar todos os presos, o que já estava pior ficou pior...

Ela foi interrompida pela voz de Scott do outro lado da porta ela suspirou aliviada. Lydia é capaz de saber de toda minha vida, graças a ele eu acho e eu não sei nada sobre a dela, acho que nem ele sabe.

Lydia abre a porta para ele que entra assustado, ele não fala nada apenas passa por nos em direção ao quarto, olho para ela com chance de ter uma resposta, mas pela sua expressão ela também não entendeu. Eu fecho a porta enquanto Lydia vai atrás dele. Quando termino de fechar a pesada porta com dificuldade, ver Lydia abrir e fechar ela faz com que a forma que ela feche seja natural e depois de alguns segundos emburrando consigo fechar.

Vou em direção a o quarto quando iria perguntar o que estava acontecendo Scott já estava virado em minha direção com o dedo em sua boca e agachado embaixo da janela, logo depois ele me faz um sinal com a mão pedindo para me abaixar. Me abaixo. Me aproximo de ambos e pergunto o que esta acontecendo.

— Aquela coisa me seguiu. – Apontou para a parede.

Levanto minha cabeça com calma e olho em direção a rua e não tem nada, nem uma sombra, nem nada vivo.

— O que era para estar ali não esta. – digo para ele.

— Tira sua cabeça da janela Stiles!

2

Estava sentado na minha cama pensando no que Scott viu. Ele disse que elas tem hábitos noturnos e que isso nada os impedes de sair em plena luz do dia quando estão caçando. Todo dia aprendo algo novo sobre essas coisas.

Scott senta na minha frente e começa a falar.

— Ela me disse que você ficou curioso sobre a gangue. – ele estava falando comigo como se eu fosse uma criança pequena. – Stiles quero que se lembre que não é essas coisas que estão a estreita esperando qualquer erro seu para te matar que são perigosas. O maior perigo ainda continua sendo nos mesmo, o mundo mudou e o que antes acontecia apenas na calada da noite agora acontece a qualquer hora e a qualquer momento, não podemos abaixar a nossa guarda e eu estou contando com você para continuar a sobreviver.

— Por que estão me tratando como criança? – foi a única coisa que conseguir falar.

— Não estamos – revirei os olhos ao ouvir sua resposta. – Por que estaríamos?

— Por que estariam? Scott eu fiquei meses deitado depois que eu acordei e desde então vocês me trata como criança, preferia ter morrido...

— Não fala isso! – ele aumenta sua voz, me fazendo ficar assustado. Esse talvez seja seu lado mais assustador, minhas memorias estão voltando aos poucos e em nenhuma delas eu me lembro de ouvir do modo que ele disse ou lembro de alguma briga com ele, se é que eu tive uma. Vendo que eu fiquei assustado ele volta a falar – Você não sabe o quanto foi difícil para te manter aqui você é a única pessoa que eu tenho nesse mundo e perder você não seria um bom jeito de continuar nesse mundo Sti – ele me da uma encarada – Não fale isso de novo, por favor. Somos amigos, irmãos e precisamos um do outro mais que nunca.

— Tudo bem. – digo e me arrependo de ter dito apenas isso.

Vejo ele se levantando e quando eu ia mudar a situação ele sai do quarto me deixando mudo. Deito virado para a parede esperando que o sono apareça rápido, mas nenhum sinal dele.

3

Quando abro os olhos vejo que não estou no apartamento em que vivi nos ultimo seis meses. Eu sai dele? Não. Ouço o chuveiro ligado e aquela mesma musica estava tocando, praticamente tudo estava no mesmo lugar, me sentei na cama e olho para o chão as mesmas peças de roupa estavam jogadas ao lado esquerdo da cama, peguei minha camisa observei ela e um ou dois botões dela estavam faltando. Joguei no chão novamente.

Sinto o toque áspero da coberta em minha pele e percebo que estou nu, com um pouco de pressa, saio da cama e coloco minha cueca. Me levanto e vou em direção ao banheiro e quando mais eu chego perto mais o barulho do chuveiro aumenta e mais alto fica a voz feminina tentando se sobressair ao barulho que o chuveiro fazia. Mexo na maçaneta da porta e sou impedido pela voz, ignoro aquele pedido e entro.

Meu corpo não se mexe quando vê a mancha escura do tamanho do corpo feminino, que estava reclamando por eu ter entrado e sai do banheiro, quando se aproxima de mim eu tento ver o que esta acontecendo e não dá para ver nada, a mancha esta onde eu queria olhar.

— O que você esta fazendo? – disse ela com raiva.

Sem a responder saio do banheiro, ouço um obrigado antes da porta se fechar atrás de mim.

Caminho pelo quarto que a janela esta fechada, arrasto a cortina ate a parede e vejo uma parte da cidade principalmente das praias. Saio do quarto observando tudo com cuidado, as paredes do corredor era de um tom escuro. Pisco.

4

Abro meus olhos e vejo que estou na rua. Como eu vim parar aqui? Vejo Scott na minha frente e Lydia esta falando alguma coisa comigo, olho para os lados para ter certeza de onde eu estou, mas resolvo me beliscar. Reclamo da dor.

— Por que você fez isso? – indagou ela me olhando torto.

— Não foi nada. Eu tive...

— Os dois da para pararem de corpo mole e apressarem o passo? – exclamou Scott na nossa frente, o que realmente nos fez aumentar a velocidade de nossa caminhada.

— Você teve?

— Eu sonhei que estava em m lugar, mas eu acho que eu conhecia aquele lugar. Não sei ainda tem muita coisa do que me lembrar.

— Acho que não, você quem é seu pai, sua mãe acho que só isso importa ainda mais na situação em que estamos que não precisamos lembrar de coisas banais. – olhei pra ela como uma expressão de duvida sobre o que seria banal para ela e acho que ela entendeu o que eu estava querendo saber. – Sim, Stiles coisas banais coisas do tipo fútil, que hoje em dia não vai fazer diferença, tipo dinheiro roupa e tudo mais.

— Lydia você sabe muito bem que eu e ele éramos assim já te falei sobre isso.

— Eu sei Scott, mas ele nesse estado por um lado é bom. – disse ela ao chegar ao seu lado.

— Eu ainda quero que ele se lembre de mais coisa Lydia não custa nada.

De repente Scott parou de andar e nos dois também paramos. Quando ia abrir a boca para reclamar dessa parada brusca dele vejo-o colocando o dedo em cima da boca e me pedindo silencio.

Um objeto é arremansado para fora de uma loja onde Scott estava olhando. De repente passos são ouvidos e uma arma aparece em nossa frente e um homem sai da loja, percebo que estou em pânico quando Lydia segura minha blusa e Scott tenta ficar em nossa frente. Segundos depois o homem tenta dizer alguma coisa ate que notamos seu rosto tinha uma expressão de pânico e estava balbuciando alguma coisa. Seus passos eram lentos, o que estava me deixando mais apreensivo ate que ele desaba definitivamente no chão. Suas costas não estavam na melhor forma podíamos ver seus ossos, não posso ver o rosto de Lydia mais sei que ela quase vomitou pelo som que ela fez ao ver as costas.

Lydia se agarra em mim enquanto Scott começa a nos empurrar para traz. Parecia que aquele seria meu primeiro encontro com aquelas coisas e a confirmação veio quando a criatura da um rugido, bem diferente do que estamos acostumados a ouvir durante a noite, era um som que indicava que achou comida.

Ouço Scott gritando para corrermos. E mais um barulho é ouvido agora mais perto de nos.

Não vejo se esta nos prosseguindo, mas o barulho dos objetos saindo da loja e indo de encontro ao asfalto soltando um som abafado quando se encontravam. Um rugido foi ouvido, a diferença do primeiro que foi abafado por ele esta dentro da loja agora ele estava fora e foi mais alto do que eu esperava. Eu corria de um jeito estranho por colocar ambas as mãos no ouvido. Vejo que estou me afastando de Lydia e Scott, mas por puro erro eu olho para traz e vejo o horror em carne viva.

Parecia uma coisa saída direto de filme de ficção, uma mistura de alien com varias outras criaturas, era bem feio e difícil de descrever.

Ouço Scott gritando o meu nome quando eu caio no chão sinto meus músculos travarem ao ver que aquela coisa estava tão perto. Belisquei-me para sair daquele momento olho rapidamente minhas opções de fuga e vejo que tem uma caminhonete praticamente do meu lado e naquele momento cada segundo estava contando.

Com dificuldade consigo chegar debaixo da caminhonete o que eu não esperava que a criatura pula-se em cima do veiculo o que me fez fechar os olhos esperando pelo contado do carro com meu corpo.

Não sei o que Scott esta fazendo, mas de cara já percebo que é uma ideia idiota quando ouço o barulho provido do encontro de duas coisas de metal. Tento me virar para onde o som estava vindo, mas não consigo tudo que pude ver é os pés de Scott e Lydia sumindo quando ele sai da capota do carro.

— Droga! – grito.

Começo me arrastar para fora do carro que ao meu ver estava instável, sinto alguma coisa me agarrando, tendo me debater, mas o espaço entre mim e a caminhonete não era dos melhores. Continuo fazendo o melhor possível para não sentir aquela coisa me agarrando ate ouvir uma voz.

— Para de se mexer. – disse a voz autoritária.

Obedeço a voz, como um cão obedece a seu dono. Ouço com atenção a instrução que a voz estava me passando e quando menos percebo sinto o calo do sol em meu rosto que logo sumiu quando o dono da voz atrapalha a passagem da luz para meu rosto olho para ele e vejo um homem com a pele suja, cabelos negros e olhos verdes. O choque de ver outra pessoa em meses me fez ficar novamente paralisado. Pelo jeito que Scott falou parecia que nos éramos esperança da humanidade, os escolhidos e todo aquele clichê de filmes de fim de mundo. Esboço um sorriso ao ver o homem que some no mesmo instante que veio, seu rosto era serio e transmitia segurança e conforto, não sei o por que deu estar pensando nisso. Vejo que ele abre a boca para dizer alguma coisa, mas foi interrompido por um rugido.

— Merda justo agora? – disse ele, não sei se aquilo era uma pergunta ou alguma coisa jogada ao vento para eu ficar em duvida se respondia ou não – Anda garoto não temos muito tempo antes de chegarem aqui.

Com presa e brutalidade ele me levanta a força e com uma facilidade e com uma mão ele me guia ate o corpo caído e me fala para pegar a arma do homem morto ele sussurra algumas palavras que eu tento ouvir o que ele estava dizendo, mas foi em vão.

— Ande pegue a arma! – ordenou ao perceber que eu não iria e agachar para pegar.

Levo um susto ao sentir minhas costa serem perfuradas eu poderia jurar que eu ouvi uma de minhas costelas quebrarem depois do soco nas costas que ele me deferiu. Solto um grito de dor e ele percebe. Acho que foi pra isso que ele me bateu.

Ao ouvirmos outro gruindo ele pega a arma e pede para segui-lo. Que escolha eu tenho a não ser seguir suas ordens. Se ele não estivesse ali e iria ficar ao relento, esperando Scott e Lydia me buscarem, mas nessa altura do campeonato não me deixo ficar esperançoso.

Para mim ele iria nos levar para longe dali o que não aconteceu. Ficamos no segundo andar de uma loja na frente da onde vimos a criatura sair então notei que ele já estava ali quando fomos atacados.

Com o barulho ficando alto meus olhos se fecham sem minha permissão.



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