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História Deixa rolar. - Você não tem noção do seu efeito sobre mim


Escrita por: Pirataurbana

Capítulo 4 - Você não tem noção do seu efeito sobre mim


Fanfic / Fanfiction Deixa rolar. - Você não tem noção do seu efeito sobre mim

A visita a Crystal foi interessante, estou adorando ajuda-la a projetar a nova máquinas de trocas do professor Carvalho, mas eu não esperasse que fosse demorar tanto, voltei para a casa do Gold quase escurecendo. Pedi aos céus que ele estivesse em casa, depois da noite anterior percebi que não dava para manter aquilo, estava na hora de nós dois conversarmos e se ele não assumisse o que estava sentido eu iria assumir. Sempre achei que seria ele a tomar a iniciativa, mas não posso mais esperar.

— Silver! Estou na cozinha — gritou Gold.

Opa, aquilo era um péssimo sinal, não estava com a menor vontade de arriscar comer algo feito pelo Gold. Muito menos quando eu podia sentir cheiro de peixe no ar.

— Estou com medo de perguntar, mas o que está fazendo? — perguntei entrando na cozinha. — Com o que vai nos envenenar hoje?

— O que? Ei, já disse que daquela vez sem querer usei fermento fora da validade. Eu moro sozinho Silver, sei algumas coisas, além disso não existe nada que eu não possa aprender.

— Excerto aprender a ser modesto...

— Isso não vem ao caso. Já alimentei todos os pokémons, menos os seus. Os tire das pokébolas, deixei a ração deles na sala.

— O Feraligatr só come...

— Se tiver Orage Berry cortada misturada a ração, eu sei, eu sei — ele me encarou. — Não me subestime Silver, sei a melhor ração para cada pokémon de cada pokeholder.

Sorri e concordei com um aceno. Não era minha intenção subestima-lo, apenas gosto de irrita-lo. Fui para a sala é liberei minha equipe, Gold tinha separado porções perfeitas para cada um deles, era fácil perceber que ele tinha acertado ao ver o rosto de satisfação dos meus companheiros.

— Você realmente é o melhor criador de Jotoh — disse voltando para a cozinha. — Não os via a semanas, como sabia o que cada um precisava?

— Conheça o treinador e saberá boa parte daquilo que o Pokémon precisa — ele não virou, fazia bolinhos de arroz, parecia concentrado. —E eu te conheço melhor que a mim mesmo.

Não havia como retrucar aquilo, até mesmo por que o contrário era verdade também. Eu também conhecia o Gold melhor que a mim mesmo.

O deixei cozinhando em quanto mexia na minha Pokédex, o professor a tinha atualizado para que eu pudesse registrar dados sobre troca pokémon, aquela era minha especialidade afinal.

— Silver, acho que nós precisamos conversar — ele colocou uma travessa de sushi e alguns bolinhos de arroz na mesa. — Fiz até um jantar especial, acho que vamos demorar por aqui.

Ele retirou o avental branco. Por baixo usava apenas uma camiseta preta justa e uma bermuda jeans feita para parecer rasgada em algumas partes, ele estava sem cinto, a roupa caia revelando parte de sua pele e o cós de uma box vermelha. Desviei o rosto para nao corar.

— Esse ar maduro não combina com você. — respondi.

— Nem esse ar confuso combina com você.

Acabei concordando e peguei um dos bolinhos. O fato era que nos dois estávamos estranhos, falando e agindo de formas diferentes do nosso normal. Conversas sérias não eram de nosso feitio, sempre resolvíamos tudo rapidamente com brincadeiras e provocações dos dois lados. Mas brincadeiras não iriam resolver aquilo, tínhamos que tomar uma decisão ou parar de se ver para sempre.

— Sil, o que você acha que está acontecendo com nos dois?

O negócio era sério, ele só me chama de Sil quando precisava falar sobre algo importante, encurtar meu nome era sua forma de dizer " não vai ser fácil falar isso, seja gentil na resposta".

— Adoraria saber também — dei uma mordida no bolinho e respirei fundo. Estava na hora de contar, não dava para continuar escondendo. — Gold, preciso te confessar uma coisa.

Ele me olhou curioso enquanto mastigava um dos sushis.

— Sabe, eu cheguei na cidade a dois dias e não ontem. Vim na sua casa, te chamei e, como você não respondeu, pensei em te procurar pela casa. A questão é que eu li aquela carta, a que você escreveu sobre mim.

Ele paralisou. O bolinho em sua mão caiu no chão se desfazendo. Talvez eu devesse ter dito aquilo de uma forma melhor?

— Sil, vo-você leu aquilo? Por Arceus, nunca senti tanta vergonha na vida.

— Não precisa de envergonhar...

— Ah preciso sim, você não tem noção de como foi difícil escrever aquilo? O quanto foi difícil admitir...

— Cara, está tudo bem — segurei sua mão com carinho. — A verdade Gold é que também me sinto assim, já faz um bom tempo que nutro sentimentos confusos em relação a você, não é fácil dizer o quanto demorei para perceber.

— Sil... Você...

— Você deve ter conversado com o Red sobre isso, bem eu conversei com o Green. Ele me disse para colocar minha mente em ordem e logo iria entender o que estava acontecendo, pois bem, agora eu entendo... Obrigada pelas inúmeras vezes que enxergou o melhor de mim, por que nessa vida muita gente já me olhou tão depressa que nem tentou me entender.

— Para, para — ele balançou os braços agitado. — Eu não vou deixar você se declarar primeiro.

— Como é? — não pude evitar rir.

Gold engoliu a seco antes de se levantar. Ele deu volta na mesa, quando me alcançou segurou meu rosto, como fazia quando estava preocupado comigo, abri um pequeno sorriso diante do gesto, ele corou. Parecia até que  tínhamos trocado de personalidade, talvez por que eu ja tivesse certeza do que queria e ele ainda estava relutante em aceitar.

— Ontem eu fui conversar com o Red, ele me disse para ser eu mesmo e enfrentar isso, bom farei isso, serei impulsivo como sempre — ele respirou fundo. — Silver, acho que estou apaixonado por você.

— Gold...

— Eu não preciso de você, eu quero você! 

Nossos lábios se encontraram, um beijo forte, quase desesperado, como se ambos estivéssemos desejando aquilo a muito tempo. Ele segurou meus braços me colocando de pé, seus braços envolveram minha cintura, minhas mãos buscaram seus fios negros. Gold tinha um gosto bom, algo parecido com guaraná ou energético. Coloquei minhas mãos dentro da sua camisa preta sentido os músculos definidos de sua barriga e costas, as mãos dele desceram até meu quadril e me puxaram para mais perto com força.

— Por Arceus — ele gritou quando nos separamos. — Por que esperei tanto para fazer isso?

— Nos dois esperamos.

— Acho que é verdade o que o Ruby me disse tempos atrás.

— O que?

— Ah sempre uma pessoa que te faz quebrar todas as regras que você disse que nunca iria quebrar.

O puxei novamente, dessa vez de forma mais luxuriante. Ele aceitou o novo beijo, suas mãos entrando pela minha blusa acariciando minhas costas, as vezes descendo até meus quadris.O toque era quente, cheio de desejo, era claro o quanto ambos queríamos seguir com aquilo. Meus dedos buscaram o passador de cinto dele, segurei e o puxei para para a parede. Senti minhas costas baterem no cimento frio, minha mão direita desceu em busca dos botões da bermuda dele, as mãos dele desceram para dentro da minha calça. Tirei minhas mãos do seu cós, segurei sua cintura e o envolvi quebrando toda a distância entre nossos corpos, nossas ereções roçavam, sua camisa estava meio levantada, podia sentir sua pele próxima, seu cheiro tão forte...Tudo fica melhor quando é possível sentir o desejo no beijo.

Estávamos entrelaçados. Pernas, braços, línguas, vidas, cheiros... Nunca me senti tão próximo a alguém.

— Sil, você tem gosto de café — ele mordeu meu pescoço. Um arrepio subiu pela minha espinha. — Vamos pro quarto para eu terminar de te provar.

— Não precisa dessa presa, podemos ir com calma. — ele me mordeu de novo. — Não deixe marcas em locais tão visíveis.

— Já passou uma década de amizade, acho que ambos já esperamos até demais. — ele me encarou sorrindo. — Sobre as marcas... Eu apenas comecei Sil.

Gold me empurrou contra a parede com mais força, nossos corpos colados em quanto ele abria minha jaqueta lentamente, seus dedos brincando com meus mamilos e minha barriga, sua boca subindo e descendo pelo meu tórax até o cós da minha calça. Suspirei irritado pela demora, segurei sua camisa e a puxei para cima, ele levantou os braços para se livrar da peça incomoda.

— Não foi você que disse para irmos devagar? — Gold sussurrou no meu ouvido fazendo um arrepio subir pela minha nuca. – Ah eu te amo Silver, mas isso é culpa sua, ninguém além de você saberia despertar isso em mim.

— Mas não precisa me torturar desse jeito...

Gold era bronzeado, como se passasse realmente muito tempo no sol, em contraste comigo minha pele ficava ainda mais branca. Ele riu ao ver minha jaqueta aberta, tinha percebido a mesma coisa?

— Hum, você é tão branquinho Silver — ele disse mordendo minha orelha. — Gostei, vai ser bom te marcar.

— Idiota...

— Sabe, tenho um vidrinho de óleo no meu bolso, se formos até o fim iremos precisar.

— Por que você carrega algo assim?

— Não é óbvio? Eu queria possuir você ainda hoje.

Acho que minha mente desligou por alguns segundos, possivelmente por que estava perdido nos movimentos dele, suas mãos exploravam meu corpo com tanto desejo, simplesmente não conseguia pensar. Quando Gold se ajoelhou pisquei confuso antes de gritar de surpresa. Aah, como algo podia ser tão bom?

Segurei a cabeça dele, puxando os fios negros conforme ele se movia. Não podia conter minha voz , sua língua descia e subia com tanta maestria, ele já tinha feito isso antes? Nem ao menos vi quando abaixou minha calça. Ah senti-lo fazer aquilo por cima da minha cueca era torturante.

— Aaah...Gold... Por favor...

Ele sorriu, com apenas um mão removeu minha cueca, antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele continuo. Acelerou os movimentos, mexia sua cabeça fazendo meu membro tocar sua garganta, arquei a cabeça e deixei minha voz livre, não conseguiria me controlar nem se quisesse.

— Sil... — ele parou me fazendo soltar um urro de raiva. — Isso pode doer um pouco.

—Do que você...Aaah!

Acho que meu grito de dor foi ouvido no final da rua. Ele tinha acabado de colocar um dedo em mim? Sério? Eu estava pronto para empurra-lo quando ele voltou a me chupar. Aquilo inibiu a dor quase automaticamente.

— Seu... I-idiota!

Consegui vê-lo dar aquele sorriso esperto antes de colocar o segundo dedo. Fiquei minhas unhas no ombro dele e gemi de dor, ele diminuiu os movimentos dos dedos, agora massageava calmamente.

— Sil, tente relaxar — Gold levantou-se, com a mão livre acariciou gentilmente meu rosto. — Sabe, algo maior vai entrar aí...

— Aah, isso é impossível!

— Não é não — ele tirou o frasco do bolso. — Passe isso nas suas mãos.

Eu estava impressionado com a habilidade dele com apenas um mão livre. Em quanto mexia lentamente seus dedos da mão esquerda conseguiu desabotoar sua bermuda e fazer ela, juntamente com sua cueca, caírem no chão.

— Você precisa me deixar bem lubrificado ou irá doer muito.

Gold segurou a mão onde eu tinha derramado o óleo e a levou até seu membro. Era um pouco estranho tocar outro homem daquela forma, mas era Gold que estava ali, era ele que deixava sua voz encher a sala conforme eu aumentava os movimentos, era ele que me inebriava em quanto descia beijos pelo meu pescoço até meu tórax. Foi o nome dele que eu gritei ao ser penetrado. Ele me transmitia calmaria mesmo quando minha mente estava uma confusão.

— Aaah! Gold!

— Sinto muito Sil, fui rápido demais?

Em resposta o puxei para um beijo ardente. Ele se moveu mais rápido, trocávamos gemidos entre o beijo desesperado. Arranjei suas costas, enrosquei minhas pernas em sua cintura, tínhamos tanto para falar, tanto para conversar, mas no calor daquela noite, na ardência daqueles movimentos nenhum dos dois tinha sanidade para pensar. Deixei os prazeres daquele ato me dominarem, arfando apoiei minha cabeça em seu ombro buscando apoio, o mordi com força e o observei sorrindo brincalhão em quanto aumentava a velocidade dos movimentos. Aquilo era tão bom, poderia durar para sempre.

— Você é tão lindo, Sil — sussurrou Gold em meu ouvido. — Mas do que todas as meninas com quem já fiquei.

Qualquer outra pessoa ficaria irritada por ele mencionar outros casos durante aquele momento, mas eu não me importo com isso, estava ocupado aproveitando tudo aquilo, aproveitando o que esperei por tanto tempo...

— Gold...Eu...

— Sim, Sil... Eu também.

Eu gozei primeiro deixando meu corpo extremamente mais sensível para receber as últimas investidas, puxei o cabelo dele em quanto nossas vozes se misturavam. Mordidas, arranhões, puxões. Ah como fomos selvagens.

— Ah, Sil... — ele disse ofegante após seu ápice. — Poderia abaixar...Sem a adrenalina eu...

O soltei e fiquei em pé. Ele quase despencou no chão aliviado pela ausência do peso, mas conseguiu manter o equilíbrio. Agora eu conseguia ver o estrago, havia marcas vermelhas pelos ombros e nas costas de Gold, o cabelo estava despenteado e colado na testa pelo suor, também havia marcas roxas onde eu tinha apoiado minhas pernas e seu abdômen estava sujo já que eu havia gozado quando ainda estava colado nele.

— Cara, desculpa, eu não... — começou Gold. — Só não se olha no espelho.

— Do que está falando? — questionei vestindo minha cueca — Você que parece ter acabado de sair de uma briga.

Não resiste a tentação, caminhei até um espelho na outra sala, quase cai ao ver meu reflexo. Meu cabelo parecia ter sido atacado por um Zubat, mas nem de longe isso era o pior, todo o meu tórax, pescoço e parte interna das coxas estavam cobertos de marcas vermelhas e arranhões. Quando ele fez tudo isso sem eu ver?

— Você tem sorte, eu sempre uso roupas largas — ele comentou quando voltei para a cozinha. — Acho que precisamos de um banho.

— Vai dizer que foi ruim?

— Ah não — ele abriu um sorriso maroto. — Foi tão bom que ate os vizinhos devem ter acendido um cigarro.

— Gold, você não tem noção do seu efeito sobre mim — acaricie o rosto dele — Ninguém nunca me deixou assim antes.

— Entendo perfeitamente — ele disse beijando meus dedos com carinho — Fique tranquilo, a missão de te fazer feliz é minha.

— Mas... E então... Como nos vamos... Você sabe...

Como vamos ficar agora? Era isso que eu queria saber. Gold envolveu minha cintura com seus braços me puxando para um beijo doce.

— Agora a gente deixa rolar, o que acontecer estará bom para mim, estará bom para nós.

 


Notas Finais


Okay e com isso acabo minha primeira fic desse shipp, eles são meus amorzinhos, eu sempre quis escrever algo mas a personalidade do Gold é tão difícil... Espero que tenha ficado aceitável <3


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